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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

MUDAR A AUTO-IMAGEM

Perspectiva Espírita
“A coragem não é a ausência do medo e sim a
presença da fé, apesar do medo.”


“Nós achamos que somos maus, no entanto somos apenas ignorantes.
Nós achamos que temos um interior inadequado, no entanto temos um jeito de ser único.
Nós achamos que deveríamos ser perfeitos, no entanto somos apenas seres em desenvolvimento espiritual.
Nós achamos que somos anormais, no entanto somos apenas criaturas vivenciando a normalidade da imperfeição humana”.
(Fonte: Um modo de entender – uma nova forma de viver – Francisco do Espírito Santo Neto / Hammed – Página 29)
Você consegue perceber que nas frases acima está anunciada a nossa libertação? Todo um peso de culpas foi sacudido por essas afirmativas tão simples e sábias.
Durante nossa história milenar fomos absorvendo idéias tristes de culpas e castigos. Essas idéias se acumularam em nosso íntimo e emergem como sentimentos fortes a cada vez que reprisamos uma ação negativa ou de omissão.
Nesse caminhar, passamos a acreditar com firmeza que muitos sentimentos, posturas e impulsos nos tornam errados, anormais, maus. E que tudo isso deve ficar escondido, reprimido em nossa intimidade, pois não suportaríamos a vergonha de constatarmos o que há dentro de nós.
O Cristo, porém, e mais claramente o Consolador, vêm promover um despertar fundamental para nossa felicidade.
Todos nós queremos ser felizes e, por medo de se conhecer (pois conhecer-se sempre foi perceber a vergonha de ser o que é), recuamos apavorados e nos voltamos para o mundo, quase que exclusivamente para a vida exterior.
A Vida tem nos mostrado que não há nada no mundo exterior que não nos convide a voltarmos para nosso próprio interior para descobrir que somente ali há a felicidade. Pois é em nosso íntimo que estão nossos anseios existenciais e, sem a realização deles, não haverá paz e alegria de viver.
Nossa felicidade está na liberdade de sermos o que somos, pois não somos maus, nem anormais, nem inadequados. Somos Filhos de Deus e isso tem que representar a grandiosidade do Amor Divino em nós. Se podemos nos maravilhar com o mundo que nos cerca, como não somos capazes de acreditar que nada em nossa essência é vergonhoso?
Nossos erros? Nossos desejos? Nosso egoísmo? Sim, eles existem em nós, mas são incapazes de tirar o menor brilho de nossa essência, de nos impedir de crescer para a Luz, de diminuir nossa capacidade de amar, de renunciar pelo outro.
Vamos nos libertar da tristeza da culpa. Nos amarmos.
Vamos mergulhar em nós mesmos sem medo. Nos aceitarmos.
A Vida tem como único objetivo permitir nosso crescimento e felicidade e nós estamos naquele exato momento de decidir como será o próximo passo: será autêntico, nascido do nosso íntimo, ou será inconsciente, nascido do automatismo que nos aprisiona?
Reflitamos sobre a proposta do Espiritismo que quer ver desabrochar o Homem Novo em todos os seres. Vamos procurar nos renovar, seguindo os bons exemplos que temos, como o apóstolo Paulo: “Quando era menino, fazia coisas de menino; agora como homem, tenho que agir como homem”. Ele próprio seguiu Jesus com fervor, chegando a afirmar: “Já não sou eu que vive, mas é Cristo que vive em mim”.
Neste período de Natal (que significa nascimento) e de Novo Ano (ou renovação), vamos festejar o Nascimento de Jesus, não nos presépios, nas festividades, nos presentes, mas da forma que ele gostaria: dentro de nós.

Pergunta: Devemos pedir, nas nossas preces, que não
tenhamos problemas?
Resposta: Não


Boletim Informativo
Ano XXXIV, nº 394
Janeiro de 2006
U.S.E.- UNIÃO DAS SOCIEDADES

ESPIRÍTAS INTERMUNICIPAL BAURU

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