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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Céu inferno_037_2ª parte cap. II - Espíritos Felizes - O doutor Vignal

Céu inferno_037_2ª parte cap. II - Espíritos Felizes - O doutor Vignal

RESUMO PARA ESTUDO

Antigo membro da Sociedade de Paris, falecido a 27 de março de 1865. - Na véspera do enterro, um sonâmbulo lúcido e bom vidente, instado a transportar-se para junto dele e narrar o que visse, discorreu:

"Vejo um cadáver, no qual se opera um trabalho extraordinário; dir-se-ia uma quantidade de massa que se agita e alguma coisa que parece fazer esforços para se lhe desprender, encontrando, contudo, dificuldade em vencer a resistência. Não distingo forma de Espírito bem caracterizada."

Fez-se a evocação na Sociedade de Paris, a 31 de março.
(...)

- P. Dizei-nos primeiramente como vos encontrais no mundo espiritual, descrevendo o trabalho da separação, as sensações desse momento, bem como o tempo necessário ao reconhecimento do vosso estado.
(...)

A separação foi rápida; mais do que podia esperar pelo meu apoucado merecimento. Fui eficazmente auxiliado pelo vosso concurso e o sonâmbulo vos deu uma idéia bastante clara do fenômeno da separação, para que eu nele insista. Era uma espécie de oscilação intermitente, um como arrastamento em sentidos opostos. Triunfou o Espírito aqui presente. Só deixei completamente o corpo quando ele baixou à terra; e aqui vim ter convosco.
(...)

- R. A vossa assistência auxiliou-me grandemente, e voltei a vós, abandonando por completo a velha carcaça. Demais, sabeis, pouco me importam as coisas materiais. Só pensava na alma e em Deus.

- P. (...) Podereis descrever-nos da melhor forma a diferença entre o vosso atual desprendimento e aquele de então [quando ainda encarnado]?

- R. (...) E que grande diferença entre um e outro! Naquele estado, a matéria me oprimia ainda na sua trama inflexível, isto é, queria mas não podia desembaraçar-me radicalmente.

Hoje sou livre; um vasto campo desconhecido se me depara, e eu espero com o vosso auxílio e o dos bons Espíritos, aos quais me recomendo, progredir e compenetrar-me o mais rapidamente possível dos sentimentos que é mister possuir, e dos atos que me cumpre empreender para suportar as provações e merecer a recompensa. (...)
(...)

Falar-vos-ei sempre que possa, pois estimo-vos e desejo prová-lo. Outros Espíritos, porém, mais adiantados, reclamam prioridade, devendo eu curvar-me àqueles que me permitiram dar livre curso à torrente das idéias acumuladas. Deixo-vos, amigos, e devo agradecer duplamente não só a vós espíritas que me evocastes, como também a este Espírito que houve por bem ceder-me o seu lugar, Espírito que na Terra tinha o ilustre nome de Pascal.

Daquele que foi e será sempre o mais devotado dos vossos adeptos.
Dr. Vignal.


QUESTÕES PARA ESTUDO  

1. Durante o sono, por exemplo, o Espírito expande-se do corpo físico e, muitas vezes, lembramos dessas sensações. Segundo o Dr. Vignal, que diferença existe entre essas sensações e o estar realmente livre do invólucro carnal?

CONCLUSÃO

1. Quando o espírito expande-se do corpo físico durante o sono ainda permanece ligado a ele, por isso suas sensações ainda são limitadas, embora ele esteja bastante livre durante estes desprendimentos ainda sofre a influência e as limitações de estar preso ao corpo denso e material.

Quando desencarnado todas estas restrições desaparecem e o espírito sente-se livre, sem amarras, desfrutando, tão plenamente quando lhe for possível no seu estágio evolutivo, de todas as faculdades sensoriais que estavam limitadas pela carne.

Foi esta diferença que o Dr. Vignal descreveu.

No LE podemos ler o seguinte

A Alma se desprende gradualmente, não se escapa como um pássaro cativo a indivíduos. Estes laços se desatam, não se quebram.

Durante a vida, o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semimaterial ou perispírito.
Em uns, o desprendimento é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o da libertação.

Em outros, naqueles sobretudo cuja vida toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem a possibilidade de volver à vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria.

É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo.


Essas observações ainda provam que a afinidade, persiste entre a alma e o corpo, em certos indivíduos, é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso, porém, é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte. Verifica-se com alguns suicidas. (LE: p. 114; 155)

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