C B - Aula 14 - Recordação Das Existências
Anteriores(1) 17
14 recordação das existências
anteriores
PERGUNTAS/RESPOSTAS:
Existe a possibilidade (em casos especiais)
de lembrarmos de outra reencarnação por intermédio da terapia de vidas
passadas?
Sim, existem casos especiais em que a TVP
pode auxiliar a lembrança de vidas passadas. E como você mesmo coloca, são
casos especiais que o plano espiritual auxilia nessa lembrança.
Não seria uma mera questão de exercício,
onde através de dinâmicas adentramos na memória maior? Não me refiro a sua
utilidade, mas a questão de se fazer a ligação entre as duas memórias, a física
e a espiritual?
Na verdade, o próprio LE nos explica que
podemos saber sobre nossas existências passadas: As pessoas que tanto se
interessam por saber o que foram em vidas anteriores, devem prestar atenção as
suas tendências atuais. Creio que esse é o melhor caminho para identificarmos
nossas atuações em outras vidas.
Nos 7 anos necessários para completar a
reencarnação o espírito se identifica mais com a existência anterior?
Creio que podemos dizer que sim. Pois a
criança tem mais ligação com o plano espiritual. Essa fase é atenuada com a
presença dos amigos invisíveis.
Alguém, uma certa vez, me disse que quase,
ou praticamente todas as pessoas que vivem ao nosso redor foram nossos
obsessores em vidas passadas.
Esquecemos, e em outras vidas, através do amor,
perdoamos. Isso justifica o fato de que se, por exemplo Uma pessoa de quem eu
gosto muito, que faz parte de mim, se eu vier a descobrir que esta pessoa em
outra vida me estuprou, ou me fez um outro mal grave, esse ódio pode renascer.
Isso é verdade?
Tudo pode acontecer. Na verdade, sabemos
que o ódio não nos faz bem. E devemos seguir a máxima que Jesus nos ensinou Perdoar.
Imagino o quanto deva ser difícil sofrer tal violência, porem, e
principalmente, acontecido em uma outra época creio que podemos perdoar com maior
facilidade. Lembremos, viver com alegria no coração, deixando as amarguras e
tristezas no passado, só nos fará evoluir e caminhar para junto de nosso amado
Pai.
E qual é a verdadeira razão de esquecermos
de nós mesmos, lembrando apenas do período desta encarnação?
Veja, Deus é sábio. E tudo faz pelo nosso
próprio bem. Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, nos poupa dessa
condição de lembrança de outras vidas, porque sabe que isso somente nos poderia
causar dificuldade. Ele nos poupa, para podermos nos manter firmes na condição
atual e vencer as imperfeições e erros cometidos nas existências anteriores. Se
por um lado, nos esquecemos do passado para justamente evoluir com mérito, por
outro, renascemos com nossa intuição, que será nosso termômetro para avaliarmos
as situações dentro do que estamos necessitando corrigir. Ele, porem, nos
concede as ferramentas necessárias para nos corrigirmos com pleno mérito da
nossa evolução.
Andréa Azevedo
Centro Espírita Léon Denis
RETORNO À VIDA CORPORAL
DA INFÂNCIA
Frequentemente ocorre ser o Espírito que
anima o corpo de uma criança, tão desenvolvido, ou mais ainda, do que o de um
adulto, conforme o seu progresso anterior. Enquanto criança, os órgãos da
inteligência estando ainda em desenvolvimento, não lhe põe à disposição todas
as faculdades de um adulto. a sua inteligência permanecerá limitada, até que a
idade amadureça e ele domine totalmente o novo organismo.
A perturbação que acompanha a encarnação
não cessa de súbito com o nascimento e só se dissipa com o desenvolvimento dos
órgãos.(LE, perg. 380). Segundo Emmanuel no livro "O Consolador", o
Espírito no período infantil, até os sete anos, ainda se encontra em fase de
adaptação à nova existência. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita
entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são mais
vivas, tornando-se mais susceptível de renovar o caráter e estabelecer novo
caminho na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos
pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis por que o lar é tão importante para a
edificação do homem e por que tão profunda é a missão dos pais perante as leis
divinas, pois é aí que a criança deve receber as bases do sentimento e do
caráter. O estado infantil é uma necessidade do Espírito e corresponde aos
desígnios da Providência, pois é um tempo de repouso para o Espírito (LE, perg.
382). O objetivo da encarnação é o aperfeiçoamento do Espírito e o estado de
infância torna-o acessível às impressões que recebe; sua nova fase de vida vai
fundamentar-se nos novos registros inseridos a partir de então.
Daí os novos rumos limitados e dependentes
deles e o aumento da probabilidade de sucesso na nova vida. As sábias leis
divinas colocam-no em um meio onde ele só haure o que é útil, o que convém,
junto daqueles que estão incumbidos de educá-lo e talvez capacitados a lhe
auxiliar o adiantamento. Aos pais e professores cumpre ponderar seriamente
sobre este aspecto, pois o Espiritismo abre um novo capítulo na Psicologia Infantil
e na Pedagogia, mostrando a importância da educação da criança, não apenas para
a vida em curso, mas também para a sua perene e definitiva evolução espiritual.
Os estabelecimentos de ensino propiciam
instruções, mas somente a família consegue educar; a universidade forma o
cidadão, mas somente o lar edifica o Espírito. O primeiro sinal de vida da
criança é expresso pelo choro para excitar o interesse da mãe e provocar os
cuidados necessários (LE, perg. 348). Se a sua manifestação fosse em hosanas de
alegria, as reações seriam tão diferentes que poucos se inquietariam com as
suas necessidades. Em tudo erige-se a sabedoria divina.
A mudança que se opera no caráter das
criaturas ao atingirem certa idade, particularmente a partir da adolescência,
deve-se ao fato de o Espírito retomar paulatinamente a sua natureza e
mostrar-se qual era em encarnação anterior. O que o Espírito foi, é ou será,
permanece oculto na inocência da criança. Isso permite que, no caso de
Espíritos antagônicos, receba todas as manifestações de carinho e amor
essenciais para que se lhe conceda a oportunidade adicional de redimir-se.
Assim não procederiam os pais, se ao invés da criança cheia de graça e
ingenuidade, se encontrassem sob os traços infantis um Espírito adulto,
mostrando o seu verdadeiro caráter e instinto.
A infância tem ainda outra utilidade: os
Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para se
melhorarem; a debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis, acessíveis aos
conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir. É então que
se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas más tendências.
Esse é o dever que Deus confiou aos pais,
missão sagrada pela qual terão que responder. É assim que a infância não é
somente útil, necessária, indispensável, mas ainda a consequência natural das
leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo (LE, perg. 385).
SIMPATIAS E ANTIPATIAS TERRENAS -
ESQUECIMENTO DO PASSADO
Frequentemente durante a romagem terrena,
dois seres sentem-se naturalmente atraídos um pelo outro, em circunstâncias
aparentemente fortuitas; ou inversamente, a sensação que surge é de antipatia e
rejeição. Estes personagens não se reconhecem, porém, esta primeira impressão é
resultante de encarnações anteriores, cujas experiências felizes ou
desagradáveis emergem da memória espiritual de cada um.
Nem sempre é recomendável que eles se
reconheçam; a recordação das existências passadas teria inconvenientes maiores
do que pensais. Após a morte eles se reconhecerão e saberão em que tempo
estiveram juntos (LE, perg. 386a). Afora estas circunstâncias, dois Espíritos
que tenham afinidades se procuram sem que necessariamente se hajam conhecido em
épocas remotas; fazem-no por identidade de objetivos e metas.
Além de os encontros que se dão entre
certas pessoas não serem obra do acaso, mas sim o efeito de relações
simpáticas, há, entre os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis. O
magnetismo é a bússola desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor (LE,
perg. 388). Assim como a atração de um ser para outro resulta da simpatia,
Espíritos antipáticos se reconhecem sem se falarem.
Dois Espíritos não são necessariamente maus
pela ausência de simpatia, mas também pela falta de similitude do modo de
pensar. Tal acontece por não serem afins. À medida em que eles se elevam, as
diferenças se anulam e a antipatia desaparece. Um Espírito mau sente antipatia
por aquele que possa julgá-lo e desmascará-lo. Ao sentir sua aproximação, já
pela primeira vez percebe iminente desaprovação; reage então sob a forma de uma
repulsa que se transforma facilmente em rancor, inveja e uma inspiração de
fazer o mal.
O bom Espírito, por sua vez, pode
afastar-se do mau porque sabe que não será por ele entendido; porém, consciente
de sua superioridade não alimenta rancor nem inveja; limita-se a evitá-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário