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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

C B - Aula 14 - Recordação Das Existências Anteriores(1) 17

C B - Aula 14 - Recordação Das Existências Anteriores(1) 17

 14 recordação das existências anteriores

PERGUNTAS/RESPOSTAS:

Existe a possibilidade (em casos especiais) de lembrarmos de outra reencarnação por intermédio da terapia de vidas passadas?

Sim, existem casos especiais em que a TVP pode auxiliar a lembrança de vidas passadas. E como você mesmo coloca, são casos especiais que o plano espiritual auxilia nessa lembrança.

Não seria uma mera questão de exercício, onde através de dinâmicas adentramos na memória maior? Não me refiro a sua utilidade, mas a questão de se fazer a ligação entre as duas memórias, a física e a espiritual?

Na verdade, o próprio LE nos explica que podemos saber sobre nossas existências passadas: As pessoas que tanto se interessam por saber o que foram em vidas anteriores, devem prestar atenção as suas tendências atuais. Creio que esse é o melhor caminho para identificarmos nossas atuações em outras vidas.

Nos 7 anos necessários para completar a reencarnação o espírito se identifica mais com a existência anterior?

Creio que podemos dizer que sim. Pois a criança tem mais ligação com o plano espiritual. Essa fase é atenuada com a presença dos amigos invisíveis.

Alguém, uma certa vez, me disse que quase, ou praticamente todas as pessoas que vivem ao nosso redor foram nossos obsessores em vidas passadas. 

Esquecemos, e em outras vidas, através do amor, perdoamos. Isso justifica o fato de que se, por exemplo Uma pessoa de quem eu gosto muito, que faz parte de mim, se eu vier a descobrir que esta pessoa em outra vida me estuprou, ou me fez um outro mal grave, esse ódio pode renascer. Isso é verdade?

Tudo pode acontecer. Na verdade, sabemos que o ódio não nos faz bem. E devemos seguir a máxima que Jesus nos ensinou Perdoar. Imagino o quanto deva ser difícil sofrer tal violência, porem, e principalmente, acontecido em uma outra época creio que podemos perdoar com maior facilidade. Lembremos, viver com alegria no coração, deixando as amarguras e tristezas no passado, só nos fará evoluir e caminhar para junto de nosso amado Pai.

E qual é a verdadeira razão de esquecermos de nós mesmos, lembrando apenas do período desta encarnação?

Veja, Deus é sábio. E tudo faz pelo nosso próprio bem. Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, nos poupa dessa condição de lembrança de outras vidas, porque sabe que isso somente nos poderia causar dificuldade. Ele nos poupa, para podermos nos manter firmes na condição atual e vencer as imperfeições e erros cometidos nas existências anteriores. Se por um lado, nos esquecemos do passado para justamente evoluir com mérito, por outro, renascemos com nossa intuição, que será nosso termômetro para avaliarmos as situações dentro do que estamos necessitando corrigir. Ele, porem, nos concede as ferramentas necessárias para nos corrigirmos com pleno mérito da nossa evolução.

Andréa Azevedo  
Centro Espírita Léon Denis


 RETORNO À VIDA CORPORAL

DA INFÂNCIA

Frequentemente ocorre ser o Espírito que anima o corpo de uma criança, tão desenvolvido, ou mais ainda, do que o de um adulto, conforme o seu progresso anterior. Enquanto criança, os órgãos da inteligência estando ainda em desenvolvimento, não lhe põe à disposição todas as faculdades de um adulto. a sua inteligência permanecerá limitada, até que a idade amadureça e ele domine totalmente o novo organismo.

A perturbação que acompanha a encarnação não cessa de súbito com o nascimento e só se dissipa com o desenvolvimento dos órgãos.(LE, perg. 380). Segundo Emmanuel no livro "O Consolador", o Espírito no período infantil, até os sete anos, ainda se encontra em fase de adaptação à nova existência. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são mais vivas, tornando-se mais susceptível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.

Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem e por que tão profunda é a missão dos pais perante as leis divinas, pois é aí que a criança deve receber as bases do sentimento e do caráter. O estado infantil é uma necessidade do Espírito e corresponde aos desígnios da Providência, pois é um tempo de repouso para o Espírito (LE, perg. 382). O objetivo da encarnação é o aperfeiçoamento do Espírito e o estado de infância torna-o acessível às impressões que recebe; sua nova fase de vida vai fundamentar-se nos novos registros inseridos a partir de então.

Daí os novos rumos limitados e dependentes deles e o aumento da probabilidade de sucesso na nova vida. As sábias leis divinas colocam-no em um meio onde ele só haure o que é útil, o que convém, junto daqueles que estão incumbidos de educá-lo e talvez capacitados a lhe auxiliar o adiantamento. Aos pais e professores cumpre ponderar seriamente sobre este aspecto, pois o Espiritismo abre um novo capítulo na Psicologia Infantil e na Pedagogia, mostrando a importância da educação da criança, não apenas para a vida em curso, mas também para a sua perene e definitiva evolução espiritual.

Os estabelecimentos de ensino propiciam instruções, mas somente a família consegue educar; a universidade forma o cidadão, mas somente o lar edifica o Espírito. O primeiro sinal de vida da criança é expresso pelo choro para excitar o interesse da mãe e provocar os cuidados necessários (LE, perg. 348). Se a sua manifestação fosse em hosanas de alegria, as reações seriam tão diferentes que poucos se inquietariam com as suas necessidades. Em tudo erige-se a sabedoria divina.

A mudança que se opera no caráter das criaturas ao atingirem certa idade, particularmente a partir da adolescência, deve-se ao fato de o Espírito retomar paulatinamente a sua natureza e mostrar-se qual era em encarnação anterior. O que o Espírito foi, é ou será, permanece oculto na inocência da criança. Isso permite que, no caso de Espíritos antagônicos, receba todas as manifestações de carinho e amor essenciais para que se lhe conceda a oportunidade adicional de redimir-se. Assim não procederiam os pais, se ao invés da criança cheia de graça e ingenuidade, se encontrassem sob os traços infantis um Espírito adulto, mostrando o seu verdadeiro caráter e instinto.

A infância tem ainda outra utilidade: os Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para se melhorarem; a debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir. É então que se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas más tendências.

Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão que responder. É assim que a infância não é somente útil, necessária, indispensável, mas ainda a consequência natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo (LE, perg. 385).

SIMPATIAS E ANTIPATIAS TERRENAS - ESQUECIMENTO DO PASSADO

Frequentemente durante a romagem terrena, dois seres sentem-se naturalmente atraídos um pelo outro, em circunstâncias aparentemente fortuitas; ou inversamente, a sensação que surge é de antipatia e rejeição. Estes personagens não se reconhecem, porém, esta primeira impressão é resultante de encarnações anteriores, cujas experiências felizes ou desagradáveis emergem da memória espiritual de cada um.

Nem sempre é recomendável que eles se reconheçam; a recordação das existências passadas teria inconvenientes maiores do que pensais. Após a morte eles se reconhecerão e saberão em que tempo estiveram juntos (LE, perg. 386a). Afora estas circunstâncias, dois Espíritos que tenham afinidades se procuram sem que necessariamente se hajam conhecido em épocas remotas; fazem-no por identidade de objetivos e metas.

Além de os encontros que se dão entre certas pessoas não serem obra do acaso, mas sim o efeito de relações simpáticas, há, entre os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis. O magnetismo é a bússola desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor (LE, perg. 388). Assim como a atração de um ser para outro resulta da simpatia, Espíritos antipáticos se reconhecem sem se falarem.

Dois Espíritos não são necessariamente maus pela ausência de simpatia, mas também pela falta de similitude do modo de pensar. Tal acontece por não serem afins. À medida em que eles se elevam, as diferenças se anulam e a antipatia desaparece. Um Espírito mau sente antipatia por aquele que possa julgá-lo e desmascará-lo. Ao sentir sua aproximação, já pela primeira vez percebe iminente desaprovação; reage então sob a forma de uma repulsa que se transforma facilmente em rancor, inveja e uma inspiração de fazer o mal.


O bom Espírito, por sua vez, pode afastar-se do mau porque sabe que não será por ele entendido; porém, consciente de sua superioridade não alimenta rancor nem inveja; limita-se a evitá-lo.

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