Exercício de compaixão
Se fosses o pedinte agoniado que estende a mão à bondade pública...
Se fosses a mãezinha infeliz, atormentada pelo choro dos filhinhos que desfalecem de fome...
Se fosses a criança que vagueia desprotegida à margem do lar...
Se fosses o pai de família, atribulado, ante a doença e penúria que lhe devastam a casa...
Se fosses o enfermo desamparado, suplicando remédio...
Se fosses a criatura caída em desvalimento, implorando compreensão...
Se fosses o obsidiado, carregando inomináveis suplícios interiores, para desvencilhar-se das trevas...
Se fosses o velhinho atirado às incertezas da rua...
Se fosses o necessitado que te roga socorro, decerto perceberias com mais segurança a função de fraternidade para sustento da vida.
Se estivéssemos, no lado da dificuldade maior que a nossa, compreenderíamos, de imediato, o imperativo da caridade incessante e do auxílio mútuo.
Reflitamos nisso. E nós, que nos afeiçoamos a estudos diversos, com vistas à edificação da felicidade e ao aperfeiçoamento do mundo, façamos
quanto possível, semelhante exercício de compaixão.
Albino Teixeira
(De Caminho Espírita, de Francisco Cândido Xavier Autores diversos)
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