Seminário:
"PASSES E
PASSISTAS"
Estudo sobre o
passe magnético ou a imposição
das mãos
segundo a Doutrina Espírita
|
Astolfo Olegário
de Oliveira Filho
Londrina-PR
Seminário:
"PASSES E PASSISTAS"
Astolfo Olegário
de Oliveira Filho (De Londrina, PR)
Conteúdo programático:
1. A
imposição de mãos e o Evangelho
2. Os
fluidos: conceito e qualidades
3. O
passe magnético e suas formas
4.
Mecanismo da ação curativa
5. A
importância do passe
6. Qualidades e requisitos do tarefeiro do
passe
7.
Resultados do passe
8. Três
recomendações aos passistas
9.
Postura física e mental no momento do passe
10.
Sete conselhos para o serviço do passe
1- A imposição de mãos e o Evangelho
1.1. Em Lucas
(10:9), Jesus recomenda a seus apóstolos: "E curai os enfermos que nela
houver e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus". O Nazareno torna
claro, portanto, que não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que
nos expressamos, mas a cura da alma.
Emmanuel, em "Pão Nosso" (cap. 44 e 110), assevera: "Que
o homem se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor da
saúde". É necessário que o enfermo interessado na bênção da cura
reconsidere as questões que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para
seu espírito um novo dia no caminho redentor.
1.2. Em Marcos
(16:15 a 18), Jesus recomenda expressamente: "Ide por todo o mundo, pregai
o evangelho a toda criatura (...) E estes sinais seguirão aos que crerem: expulsarão
os demônios em meu nome; falarão novas línguas; manusearão as serpentes, e se
beberem alguma potagem mortífera, não lhes fará mal; porão as mãos sobre os enfermos, e eles sararão".
1.3. Emmanuel
nos conta que no Egito dos Ramsés um velho papiro já preceituava quanto ao magnetismo
curativo: "Pousa a tua mão sobre
o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece"
("Religião dos Espíritos", cap. 59). E o citado instrutor espiritual
nos lembra que é justamente em Jesus que o magnetismo curativo atingiu o seu
ponto culminante na humanidade. O
Mestre estende a mão e cegos vêem, paralíticos se levantam, feridentos
se limpam, obsidiados se recuperam. Na mesma lição, Emmanuel nos propõe:
"Se te afeiçoas ao fenômeno magnético, seja qual for o filão de tuas
atividades, poderás estudá-lo e incrementá-lo, estendê-lo e defini-lo, mas,
para que dele faças motivo de santidade e honra, somente em Jesus-Cristo
encontrarás o luminoso e indiscutível padrão".
1.4. O livro de
Atos dos Apóstolos mostra que estes entenderam bem o recado do Mestre:
a) Pedro, após
haver curado, à porta do templo, um coxo de nascença, que contava então mais de
40 anos (Pedro lhe disse, simplesmente: "Não tenho prata nem ouro, mas o
que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, Nazareno, levanta-te e
anda"), foi levado, junto com João, para a prisão. No dia
seguinte, interpelado no Sinédrio, diante de Anás, Caifás, João e Alexandre,
ele lhes fala sobre o evangelho e diz que a cura daquele coxo foi feita em nome
de Jesus. Depois, já com os companheiros, eles oram a Deus pedindo que conceda
aos seus servos o poder de, estendendo
as mãos sobre os enfermos, curar as enfermidades (Atos, 4:30);
b) O pedido foi
atendido, como prova este trecho: "E pelas mãos dos apóstolos se faziam
muitos milagres e prodígios entre a plebe" (Atos, 5:12); ou este outro:
"A estes apresentaram diante dos apóstolos, e orando puseram as mãos sobre eles" (Atos, 6:6);
c) É assim que
Saulo de Tarso recupera a visão: "E foi Ananias, e entrou na casa; e pondo as mãos sobre ele, disse:
Saulo, irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me
enviou para que recobres a vista, e fiques cheio do Espírito Santo" (Atos,
9:17);
d) Depois, Paulo
repetiria o gesto em Éfeso: "E havendo-lhes Paulo imposto as mãos veio sobre eles o Espírito Santo, e
falavam em diversas línguas e profetizavam" (Atos, 19:6), repetindo-o
tantas vezes quantas necessárias, como ocorreu na ilha de Malta, ao curar o pai
do príncipe Públio (Atos, 28:8).
2. Os fluidos: conceito e qualidades
2.1. Em
"Obras Póstumas", Kardec ensina que "cada ser tem seu fluido
próprio que o envolve, como a atmosfera envolve cada planeta".
2.2. A atmosfera
fluídica do ser humano é plasmada por seus atos, pensamentos e sentimentos,
dada a enorme influência que o pensamento e a vontade exercem sobre o fluido.
2.3. Os fluidos
são formas energéticas da substância elementar que o organismo perispiritual absorve
do meio ambiente, transforma segundo o padrão vibratório em que se
encontra e irradia em derredor de si.
2.4. Neutros em
si mesmos, os fluidos adquirem as qualidades do meio em que são elaborados, do
mesmo modo que a água se modifica conforme o leito onde caminhe. Assim, do
ponto de vista moral, os fluidos trazem a impressão dos sentimentos de ódio, inveja,
ciúme, orgulho, egoísmo, violência, bondade, benevolência, doçura etc.
2.5. Do ponto de
vista físico, os fluidos são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes,
irritantes, dulcificantes, soporíferos, narcóticos, tóxicos, reparadores, etc.
2.6. Os fluidos serão mais harmônicos, agradáveis,
luminosos e saudáveis, quanto mais elevados são os pensamentos e os sentimentos
da pessoa que os emite. O fluido bom possui vibração elevada e pura que
reconforta, estimula e cura as perturbações físicas e morais.
2.7. Os fluidos
pesados, mórbidos e desagradáveis, que são irradiados por Espíritos inferiores,
maléficos ou enfermos, causam distúrbios e doenças. Há fluidos tão pesados,
animalizados e impuros, que possuem mau cheiro. Os Espíritos obsessores condensam-nos
até torná-los viscosos e fortemente aderentes, e com eles envolvem as regiões
ou órgãos da pessoa que desejam atingir e até mesmo a aura de sua vítima,
isolando-a completamente do meio exterior.
3. O passe magnético e suas formas
3.1. O passe
magnético dissolve esse visco e permite a penetração de fluidos finos e
luminosos que restabelecem as funções orgânicas. (Veja o Apêndice, item 1.)
3.2. Sendo,
conforme conceituação dada por Emmanuel, uma "transfusão de energias fisiopsíquicas, operação de boa vontade, dentro
da qual o companheiro do bem cede de si mesmo" em favor de outrem, o
passe magnético pode revestir três formas:
a) inteiramente
humano (magnetismo humano);
b) inteiramente
espiritual (magnetismo espiritual);
c)
humano-espiritual (magnetismo misto), em que, combinado com o fluido humano, o
fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece (A Gênese, cap.
XIV).
3.3. "Somos aqui, neste recinto consagrado à
missão evangélica, sob a inspiração de Jesus, algo semelhante à singela tomada
elétrica, dando passagem à força que não nos pertence e que servirá na produção
de energia e luz", diz Conrado a André Luiz, em "Nos Domínios da
Mediunidade", cap. 17, p. 164.
3.4. André Luiz assim descreve o fenômeno: "Os
passistas pareciam duas pilhas humanas deitando raios de espécie múltipla, a
lhes fluírem das mãos, depois de lhes percorrerem a cabeça, ao contato do irmão
Conrado e de seus colaboradores" (N.D.M., p. 165).
4. Mecanismo da ação curativa
4.1. Já vimos
anteriormente que a ação magnética curativa pode revestir três formas:
magnetismo humano, magnetismo espiritual e magnetismo humano-espiritual. Em
qualquer delas, porém, o elemento fundamental é a qualidade do fluido que se
transmite do doador para o receptor.
4.2. O corpo
perispiritual é uma criação fluídica (para valer-nos aqui da terminologia
adotada pelo Espiritismo) e ele não fica preso ao corpo, mas se irradia ao seu
redor. Nessa expansão, ele coloca a alma encarnada em relação mais direta com
os Espíritos -- emitindo e recebendo vibrações, saneando ou viciando os fluidos
circundantes. Devido à sua natureza fluídica, o perispírito assimila com
facilidade os fluidos espirituais, como uma esponja se embebe de um líquido. (Veja o
Apêndice, itens 8 a 14.)
4.3. Os
Espíritos, quando respondem a Kardec a respeito da natureza do fluido
magnético, assim a descrevem: "Fluido vital, eletricidade animalizada, que
são modificações do fluido universal" (L.E., item 427). Esse fluido pode,
assim, fornecer princípios reparadores ao corpo: o Espírito, encarnado ou não,
"é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte da
substância do seu envoltório fluídico. A cura se opera mediante a substituição
de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na
razão direta da pureza da substância inoculada; mas depende também da energia
da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica
provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido" (Kardec, em
"A Gênese", cap. 14, itens 31 a 33).
4.4. Os fluidos
têm, assim, sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quanto por sua
expansão e irradiação este se confunde com aqueles. Reagem sobre o perispírito
e este, por sua vez, reage sobre o organismo físico ao qual está ligado
molecularmente. Se tais eflúvios forem de boa natureza, o corpo receberá uma
salutar impressão. É o que ocorre nos passes benéficos. (Veja o Apêndice, itens 15 a 17.)
4.5. Se os
eflúvios forem maus, a impressão será penosa. Se forem maus e permanentes,
poderão provocar desordens físicas e moléstias de origem desconhecida: é o que
ocorre nas obsessões graves. Kardec afirma: "não é outra a causa de certas
enfermidades" (ver "A Gênese", cap. 14, itens 16 a 19).
5- A importância do passe
5.1. A
importância e o valor do passe podem ser aquilatados pelas informações
seguintes:
a) a equipe
espiritual, depois de atender os encarnados, ministra socorro eficiente às
entidades infelizes desencarnadas, principalmente as que se constituíam em
séquito familiar dos encarnados (M.L, cap. 19, p. 320);
b) a mulher que
portava uma nuvem negra na região do coração e da válvula mitral: a mente pode
intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive. Ela tivera
sérios atritos com o esposo naquele dia. Com o passe, a porção de matéria negra
deslocou-se e veio aos tecidos da superfície, espraiando-se sob a mão
irradiante, ao longo da epiderme (M.L., p. 326);
c) o homem com o
fígado profundamente alterado: toda a vesícula biliar permanecia atingida pela
nuvem muito escura e os reflexos negros alcançavam o duodeno e o pâncreas,
modificando o processo digestivo. Sua mente produziu pensamentos terríveis e
destruidores, que segregaram matéria venenosa, atraída de imediato para o seu
ponto orgânico mais frágil, que é o fígado. Com o passe, a nuvem, de escura, se
fizera opaca e desfez-se pouco a pouco (M.L., p. 328);
d) a gestante
pobre, abatida por anemia profunda: manchas escuras cercam a organização fetal.
Se as manchas negras atravessarem o líquido amniótico, o aborto será inevitável.
Há seis dias permanece desalentada, aflita, porque o marido, de escassos recursos,
deve quitar uma dívida para a qual não tem os recursos suficientes. A gestante,
além dos pensamentos negativos próprios, absorve as emissões de matéria mental
doentia do companheiro. O passe dissolve as manchas escuras e, depois, Anacleto
retirou de um vaso certa porção de substância luminosa, projetando-a nas
vilosidades uterinas, enriquecendo o sangue materno destinado a fornecer
oxigênio ao embrião (M.L., p. 330);
e) o homem
irritadiço, de mente invigilante, cujos rins pareciam envolvidos em crepe
negro, tal a densidade de matéria mental fulminante que os cercava (M.L., 333);
f) o cavalheiro
idoso, cujo fígado e baço acusavam enorme desequilíbrio: o passe só lhe dará alívio,
mas não a cura. "Após dez vezes de socorro completo, é preciso deixá-lo
entregue a si mesmo, até que adote nova resolução", diz Anacleto. (M.L.,
p. 334). O homem, apesar de simpatizar com o Espiritismo, é portador de um temperamento
menos simpático, por ser extremamente caprichoso. Estima as rixas freqüentes,
as discussões apaixonadas, o império de seus pontos de vista. Encoleriza-se com
facilidade e desperta a cólera e a mágoa dos que lhe desfrutam a companhia.
Ficará agora entregue a si mesmo (M.L., p. 333);
g) obsidiados
ganhavam ingresso no recinto, acompanhados de seus verdugos. No entanto, com o
toque sobre a região cortical, depressa se desligavam, postando-se nas
vizinhanças, como que à espera das vítimas. Alguns enfermos não alcançavam a
mais leve melhoria, porque lhes faltava fé. O escárnio e a dureza do coração
são comparáveis a espessas camadas de gelo sobre o templo da alma (N.D.M., p.
167).
5.2. O efeito do
passe não é apenas físico, como é mostrado no caso de Antonina, narrado por
André Luiz no livro "No mundo maior", cap. 13.
6. Qualidades e requisitos do tarefeiro
do passe
6.1. O tarefeiro
do passe, na esfera espiritual, precisa revelar determinadas qualidades de
ordem superior e certos conhecimentos especializados. Não lhe basta a boa vontade: ele não pode satisfazer em semelhante
serviço, se ainda não conseguiu manter um padrão superior de elevação
mental contínua, condição indispensável à exteriorização das faculdades
radiantes (Missionários da Luz, cap. 19, pp. 321 e seguintes).
6.2. O êxito do
trabalho reclama experiência, horário, segurança e responsabilidade
do servidor fiel aos compromissos assumidos. A oração é prodigioso banho de
forças. O missionário do auxílio magnético, na Crosta ou na esfera espiritual,
necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de
sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da
vida, fé vigorosa e profunda confiança em Deus.
6.3. Alexandre
ressalva, em "Missionários da Luz", cap. 19, que, na Crosta, a boa
vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficiência,
devido a que o passista é, na verdade, um instrumento da ajuda, mas não a fonte
exclusiva dessa ajuda. Adquirida a vontade de servir, os passos seguintes, para
o servidor encarnado, serão: elevação, equilíbrio do campo das emoções,
alimentação equilibrada, libertação do álcool e de outras substâncias tóxicas,
seguidos do aperfeiçoamento moral contínuo.
7. Resultados do passe
7.1. Há pessoas
que têm uma capacidade maior de absorção e armazenamento das energias que emanam
do fluido cósmico universal. Tal requisito as coloca em condições de transmitir
o potencial de energias a outras criaturas que estejam eventualmente
necessitando. O fluxo energético se mantém às custas da projeção da vontade do
passista, bem como das entidades desencarnadas que auxiliam na composição e direção
dos fluidos, não existindo necessidade de incorporação mediúnica.
7.2. As forças
fluídicas vitais a serem transmitidas dependerão do estado de saúde do médium e
as espirituais do seu grau de desenvolvimento moral. É por isso que o passista
deve estar em perfeito equilíbrio orgânico e espiritual. (Veja o
Apêndice, item 18.)
7.3. Os
resultados do passe, dependendo das condições do trabalho e do passista, podem
então ser maléficos, nulos ou benéficos:
a) maléficos:
quando o passista está com estado de saúde precário, com o organismo intoxicado
por excesso de alimentação ou vícios (como fumo, álcool, drogas) e quando
esteja em estado de desequilíbrio espiritual (revolta, raiva, orgulho etc.) e,
nesses casos, o paciente esteja com suas defesas nulas;
b) nulos:
quando, na hipótese descrita na letra "a", o paciente possui defesas
positivas diante da torrente de energias negativas transmitidas pelo passista,
o que se dá nos casos de merecimento individual e por ação dos protetores
desencarnados; e quando, apesar de receber um recurso favorável, o paciente
mantém posição refratária com relação ao passe (descrença, aversão, sarcasmo);
c) benéficos:
quando o passista apresenta estado de saúde equilibrado e equilíbrio espiritual
e o paciente apresenta receptividade ao recurso espiritual, bem como disposição
de melhora efetiva.
8. Três recomendações aos passistas
8.1. A primeira
recomendação aos passistas é, portanto, libertar-se dos vícios arraigados, tais
como o fumo, o álcool e as drogas, para não transferirem aos pacientes, junto
com seus fluidos, as emanações naturais desses vícios.
8.2. A segunda
é abster-se de aplicar o passe quando estiverem enfermos, fracos ou intoxicados
por excessos de alimentação e medicamentos, ou quando se encontrarem
perturbados espiritualmente, por encostos ou obsessões, visto que pelo passe se
transmitem fluidos perniciosos decorrentes desses estados.
8.3. A terceira
é procurar renovar os hábitos para que, através da mudança de pensamentos,
sentimentos e atos, sua atmosfera individual seja cada vez mais elevada.
8.4. O passe
requer tão-somente a imposição de mãos, sem necessidade de transe mediúnico e
sem contato físico. (Veja o Apêndice, itens 2, 3, 4, 5, 6 e 7.) André Luiz
explica: "Os recursos magnéticos, aplicados a reduzida distância,
penetravam assim mesmo o halo vital, ou a aura dos doentes, provocando modificações
subitâneas" (N.D.M., cap. 17, p. 164).
8.5. Não é que
as outras formas de aplicação de passe sejam nocivas, mas sim que a
movimentação de mãos e braços não se justifica, porque quem dirige a energia fluídica é o Espírito, não o passista, e
porque o concurso espiritual independe do transe mediúnico (O Livro dos
Médiuns, cap. XIV, item 176:2).
9. Postura física e mental no momento do
passe
9.1. O valor da
oração e do pensamento elevado é uma coisa bem conhecida no meio espírita.
Ensina André Luiz ("Missionários da Luz", cap. 5): "A prece, a
meditação elevada, o pensamento edificante refundem a atmosfera,
purificando-a". Na mesma obra, André anota: "O pensamento elevado
santifica a atmosfera em torno e possui propriedades elétricas que o homem
comum está longe de imaginar".
9.2. Emmanuel
("Caminho, Verdade e Vida", cap. 153) ensina: "Onde exista
sincera atitude mental do bem, pode estender-se o serviço providencial de
Jesus. Não importa a fórmula exterior". Em outra obra ("Pensamento e
Vida", cap. 2 e 26), Emmanuel nos diz que o pensamento é força eletromagnética
e a vontade, "o impacto determinante": "A prece impulsiona as
recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens de nosso desejo,
por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas que,
ascendendo às Esferas Superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis
que nos rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do Plano Divino".
9.3.
Compreende-se, então, que a postura física não é relevante: não existe posição
convencionada para que o beneficiado receba as energias. Pernas descruzadas,
mãos em concha voltadas para o alto etc. são convenções sem fundamento
doutrinário: o importante é a disposição mental de quem aplica e de quem recebe
o passe, e não a posição do corpo ou a técnica adotada pelo passista. Quanto a
esta, já vimos que a imposição de mãos, tal como utilizada por Jesus e pelos
apóstolos, é a mais recomendada por sua simplicidade e por estar ao alcance do
entendimento de qualquer pessoa.
9.4. Kardec
destaca como elementos importantes, no passe, o desejo ardente, a confiança, a
fé do doente. O passista age, no passe magnético, como uma bomba calcante e o
paciente como uma bomba aspirante. "Algumas vezes é necessária a
simultaneidade das duas ações; doutras basta uma só", diz Kardec ("A
Gênese", cap. 14, item 11).
9.5. O
codificador diz que "a faculdade de curar pela imposição das mãos deriva
evidentemente de uma força excepcional de expansão, mas diversas causas
concorrem para aumentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha:
a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de
proporcionar alívio, a prece fervorosa e a confiança em Deus; numa palavra:
todas as qualidades morais" ("Obras Póstumas", Manifestações dos
Espíritos, itens 52 e 53). "Uma grande força fluídica, aliada à maior soma
possível de qualidades morais, pode operar, em matéria de curas, verdadeiros
prodígios", afirma Kardec. E ele completa: "A ação fluídica, ao
demais, é poderosamente secundada pela confiança do doente, e Deus quase sempre
lhe recompensa a fé, concedendo-lhe o bom êxito".
9.6. Assim,
quando o paciente se coloca em posição impermeável ante o passe (atitudes de
descrença, leviandade, aversão), mesmo que o auxílio recebido seja bom, o passe
será nulo quanto ao seu resultado. Jesus sempre enfatizava em suas curas: `A
tua fé te curou'. Isso explica tudo.
10. Sete conselhos para o serviço do
passe
10.1. Em sua
obra intitulada "Conduta Espírita", cap. 28, André Luiz nos propõe
sete conselhos, que adiante resumimos:
a) Quando da
aplicação de passes, fugir à indagação sobre resultados e jamais temer a
exaustão das forças magnéticas. O bem ajuda sem perguntar;
b) Lembrar que
na aplicação de passes não há necessidade da gesticulação violenta, da
respiração ofegante ou do bocejo costumeiro, nem do toque direto no paciente. O
passe dispensa qualquer recurso espetacular;
c) Esclarecer
sobre a inconveniência da petição de passes todos os dias, sem que haja
necessidade real. É falta de caridade abusar da bondade alheia;
d) Proibir
ruídos, o fumo, o álcool e o ajuntamento de pessoas, ou a presença de criaturas
sarcásticas ou irreverentes no recinto da assistência e do tratamento
espiritual. De ambiente poluído, nada de bom se pode esperar;
e) Interromper
as manifestações mediúnicas no horário do passe. Disciplina é a alma da
eficiência;
f) Interditar,
se necessário, a presença de enfermos portadores de moléstias contagiosas nas
sessões de assistência em grupo, situando-os em regime de separação para o
socorro previsto. A fé não exclui a previdência;
g) Quando for
oportuno, adicionar o sopro curativo aos serviços do passe magnético, bem como
o uso da água fluidificada ou do atendimento a distância, através da oração. O
Bem Eterno é bênção de Deus à disposição de todos.
10.2. Aos
conselhos de André Luiz poderíamos aditar mais um, fundamental a um bom
trabalho na atividade do passe: o passista deve preparar-se convenientemente
para a tarefa, através da elevação espiritual, da prece, da meditação e do
estudo contínuo, entendendo que a transmissão do passe é um ato eminentemente
fraterno, pelo qual doamos o que melhor podemos ter em sentimentos e vibrações.
Em depoimento acerca do tema, Divaldo P. Franco nos diz que o que vamos
transmitir "é uma radiação que fomenta no paciente uma reativação dos seus
fulcros energéticos para restabelecer-lhe o equilíbrio". "O passe é,
antes de tudo, uma transfusão de amor."
Apêndice
1. A expressão magnetismo
animal (do grego e do latim magnes – ímã) surgiu por analogia com o
magnetismo mineral, embora essa analogia seja apenas aparente. Alguns
estudiosos a substituíram pelo vocábulo mesmerismo, mas tal idéia não
prevaleceu. Kardec, em seu livro “Instruções Práticas sobre as Manifestações
Espíritas”, Edicel’, pág. 190, assim define magnetismo animal: “Ação recíproca
de dois seres vivos por intermédio de um agente especial chamado fluido magnético”.
2. Lendo os autores e textos seguintes entender-se-á
por que a imposição de mãos, sem necessidade de gestos ou quaisquer outros
rituais, é suficiente para o pleno êxito do tratamento por meio do passe magnético:
a - COEM, 11a
Sessão de Exercício Prático, edição de 1978, pág. 89.
b - José Herculano Pires, em "Obsessão, o
passe, a doutrinação", editora Paidéia, págs. 35 a 37.
c - Allan Kardec, em "O Livro dos
Médiuns", cap. XIV, item 176:2.
d - Allan Kardec, em "Obras Póstumas",
manifestações dos Espíritos, itens 52 e 53.
e - Mesmer, em "Revista Espírita" de
janeiro de 1864, Edicel, pág. 7.
f - Allan Kardec, em "Revista Espírita" de
setembro de 1865, Edicel, pág. 254.
g - Atos dos Apóstolos, 4:30, 5:12, 6:6, 9:17, 19:6
e 28:8.
h - Evangelho segundo Marcos, 5:23, 16:15 a 16:18.
i - Emmanuel, em "Religião dos Espíritos",
cap. 59.
j - Emmanuel, em "Caminho, Verdade e
Vida", cap. CLIII, pág. 269.
k - J. Raul Teixeira, em "Diretrizes de
Segurança", perguntas 28 e 77.
l - André Luiz, em "Nos Domínios da
Mediunidade", cap. 17, págs. 164 e 165.
m - André Luiz, em "Entre a Terra e o
Céu", cap. XX, pág. 127.
n - Roque Jacintho, em "Passe e Passista",
cap. 34.
o - USE, Subsídios para Atividades Doutrinárias,
1993, págs. 72 e seguintes.
3. No Paraná já faz mais de vinte anos que a
orientação emanada dos órgãos de unificação ligados à Federação, a respeito do
passe, tem sido no sentido de ministrá-lo da forma mais singela possível, tal
como se fazia nos tempos apostólicos: a simples imposição de mãos.
4. Diz um dos textos que formam a apostila do Centro
de Orientação e Educação Mediúnica (COEM), obra elaborada sob a supervisão do
Dr. Alexandre Sech (11a.
Sessão de Exercício Prático, Centro Espírita Luz Eterna, edição de 1978): “A
imposição de mãos, como o fez Jesus, é o exemplo correto de transmitir o passe.
Os movimentos que gradativamente foram sendo incorporados à forma de aplicação
do passe criaram verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita,
desfigurando a verdadeira técnica." “Os passistas passaram a se preocupar
mais com os movimentos que deveriam realizar do que com o dirigir seus pensamentos
para movimentar os fluidos."
5. José Herculano Pires é enfático no tocante ao assunto
("Obsessão, o passe, a
doutrinação", editora Paidéia, págs. 35 a 37): "O passe espírita
é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê
nos Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Sua
fonte humana e divina são as mãos de Jesus.
O passe espírita não comporta as
encenações e gesticulações em que hoje o envolveram alguns teóricos
improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem
mágica ou feiticista. Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita dependem
do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e
não dele mesmo. Os passes padronizados e classificados derivam de teorias e
práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um passado há muito superado.
Os Espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas
apenas a prece e a imposição das mãos. Toda a beleza espiritual do passe
espírita, que provém da fé racional no poder espiritual, desaparece ante as
ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações”.
6. Em o número de janeiro de 1864 da "Revista
Espírita" (Edicel, ano de 1864, pág. 7), Kardec transcreve uma mensagem de
Mesmer (Espírito), recebida na Sociedade Espírita de Paris em 18-12-1863, na
qual o aludido Espírito analisa a questão das curas através do magnetismo
animal e do magnetismo espiritual. Mesmer explica na mensagem que Deus sempre
recompensa o humilde sincero que pede a ajuda espiritual, enviando-lhe o
socorro para que ele possa auxiliar o enfermo. "Esse socorro que envia são
os bons Espíritos que vêm penetrar o médium de seu fluido benéfico, que é
transmitido ao doente", afirma Mesmer, que acrescenta: "Também é por
isto que o magnetismo empregado pelos médiuns curadores é tão potente e produz
essas curas qualificadas de miraculosas, e que são devidas simplesmente à
natureza do fluido derramado sobre o médium; ao passo que o magnetizador
ordinário se esgota, por vezes
em vão, a fazer passes, o
médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição das mãos, graças ao concurso dos bons
Espíritos".
7. Em setembro de 1865, na "Revista
Espírita" (Edicel, ano 1865, pág. 254), o Codificador esclarece: "Se a mediunidade curadora
pura é privilégio das almas de escol, a possibilidade de suavizar certos sofrimentos,
mesmo de curar, ainda que não instantaneamente, umas tantas moléstias, a todos
é dada, sem que haja necessidade de ser magnetizador. O conhecimento dos
processos magnéticos é útil em casos complicados, mas não indispensável. Como a todos é dado apelar aos bons
Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode
fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em Deus.
É de notar que a maior parte dos médiuns curadores inconscientes, os que não se
dão conta de sua faculdade, e que por vezes são encontrados nas mais humildes
posições e em gente privada de qualquer instrução, recomendam a prece e se
entreajudam orando. Apenas sua ignorância
lhes faz crer na influência desta ou daquela fórmula".
8. Na obra “Evolução
em Dois Mundos”, psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira, André Luiz diz que são 7 os centros vitais, ou chacras. (Veja a figura constante da
pág. 12.)
9. Os centros
vitais são fulcros energéticos que, sob a direção automática da alma,
imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo
denso (e os Espíritos detêm no corpo espiritual, em recursos equivalentes) as
células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos,
as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham
complexas funções químicas no fígado, as que se transformam em filtros do
sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de
substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos
tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação.
10. Essas células que obedecem às ordens do
Espírito, diferenciando-se e adaptando-se às condições por ele criadas,
procedem do elemento primitivo, comum, de que todos provimos em laboriosa
marcha no decurso dos milênios, desde o seio tépido do oceano, quando as
formações protoplásmicas nos lastrearam as manifestações primeiras.
11. Eis as funções dos 7
sete centros vitais:
1. Centro
coronário -
Com a função de regente da atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia
terrena, o centro coronário, instalado na região central do cérebro,
relaciona-se com a epífise (glândula pineal) do corpo físico, assimila os
estímulos do Plano Superior e orienta a
forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida
consciencial da alma encarnada ou desencarnada.
No centro coronário temos o ponto de interação entre
as forças determinantes do Espírito e as forças fisiopsicossomáticas
organizadas. Dele parte a corrente de energia vitalizante formada de estímulos
espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve,
transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos
sentimentos, idéias e ações, tanto
quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes
reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular,
plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa
influência e conduta.
A mente elabora as criações que fluem de sua
vontade, apropriando-se dos elementos que a circundam, e o centro coronário
incumbe-se automaticamente de fixar a natureza da responsabilidade que lhes
diga respeito, marcando no próprio ser as conseqüências felizes ou infelizes de
sua movimentação consciencial no campo do destino. O centro coronário
supervisiona, ainda, todos os demais centros vitais que lhe obedecem ao
impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundárias de uma usina
respondem ao comando da peça-motor de
que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.
2. Centro
cerebral - Contíguo
ao coronário e relacionado com os lobos frontais do cérebro e a hipófise no
corpo físico, exerce influência decisiva sobre os demais centros de força
vital. Governa o córtice encefálico – a
camada externa do encéfalo – na
sustentação dos sentidos, marcando as atividades das glândulas endocrínicas e administrando
o sistema nervoso central, em toda a sua organização, coordenação, atividade e
mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras, ou seja, as
células dos músculos ou glândulas que efetuam resposta a um estímulo causador
de um impulso nervoso.
3. Centro
laríngeo - Relacionado
com o plexo cervical, o timo e a
tiróide, controla notadamente a respiração e a fonação e regula os fenômenos
vocais, assim como o funcionamento das do timo e da tiróide.
4. Centro
cardíaco -
Relacionado com o plexo cardíaco do corpo físico, é responsável pelo funcionamento
do aparelho circulatório e pelo controle da emotividade.
5. Centro
esplênico - Relacionado
com o plexo mesentérico e o baço do corpo físico, regula a distribuição e a
circulação dos recursos vitais e a formação e reposição das defesas orgânicas
através do sangue. Determina todas as atividades em que se exprime o sistema
hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo.
6. Centro
gástrico - Relacionado
com o plexo solar do corpo físico, responsabiliza-se pelo funcionamento do aparelho
digestivo e pela assimilação de elementos nutritivos e reposição de fluidos em
nossa organização física.
7. Centro
genésico -
Relacionado com os plexos hipogástrico e sacral, guia a modelagem de novas
formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas
ao trabalho, à associação e à realização entre as almas. Responsabiliza-se,
assim, pelo funcionamento dos órgãos de reprodução e das emoções sexuais.
12. Na mesma obra, diz André Luiz que o fluido
magnético constitui por si emanação controlada de força mental sob a alavanca
da vontade. Figuremos – diz André Luiz - o nosso veículo de manifestação como
sendo o Estado Orgânico em que nos expressamos.
Semelhante esfera celular pode ser dividida em duas
partes essenciais:
1a. - o hemisfério visível ou
campo somático – o corpo físico;
2a. - o hemisfério invisível ou campo psicossomático
– o perispírito definido por Kardec, ou corpo espiritual, que preside a
todas as formações do cosmo físico.
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13. Os órgãos desse Estado Orgânico – diz André
Luiz, na obra citada – podem ser
considerados províncias
diferenciadas entre si, apesar de conjugadas em sintonia de ação para os mesmos
fins. Os milhões de células seriam povos
infinitesimais, a se caracterizarem por atividades específicas.
14. Concluindo a lição, aduz André Luiz que,
representando o sistema hemático, no corpo humano, o conjunto das energias
circulantes no psicossoma – energias essas tomadas pela mente, através da
respiração, ao infinito reservatório do fluido cósmico – é para ele que devemos voltar a maior
atenção, uma vez que se encontra intimamente associado ao estímulo nervoso ou
aparelho de comunicação entre o governo do Estado Orgânico e suas províncias e
cidadãos – os órgãos e as células.
15. Reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético
para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e
eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do Estado Orgânico,
particularmente as sangüíneas e as histiocitárias, determinando-lhes o nível
satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos
ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na
defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos
patogênicos, por intermédio de ordens automáticas da consciência profunda. (Evolução em Dois Mundos, 2a Parte, cap. XV, pp. 201 a 203.)
16. Toda queda moral nos seres
responsáveis opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou perispírito, a
refletir-se em desarmonia no hemisfério somático ou veículo carnal, provocando
determinada causa de sofrimento. A dor é, portanto, sempre uma situação de
alarma ou emergência, mais ou menos durável no império orgânico, requisitando o
socorro externo da medicina do corpo ou da alma, na execução do alívio ou da
cura. Pelo passe magnético, notadamente naquele que se baseie no divino
manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida
de outrem, para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente
os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico
se recomponha para o equilíbrio indispensável. (Idem ibidem.)
17. Orar em nosso favor é atrair a Força divina para
a restauração de nossas forças humanas, e orar a benefício dos outros ou
ajudá-los, através da energia magnética, à disposição de todos os que desejem realmente
servir, será sempre assegurar-lhes as
melhores possibilidades de auto-reajustamento, compreendendo-se, porém, que, se
o amor consola, instrui, ameniza, levanta, recupera e redime, todos estamos condicionados
à justiça a que voluntariamente nos rendemos, perante a Vida Eterna, justiça
que preceitua seja dado isso ou aquilo “a cada um segundo as suas próprias
obras”, cabendo-nos recordar que as obras felizes ou menos felizes podem ser
fruto de nossa orientação todos os dias e, por isso mesmo, todos os dias será
possível alterar o rumo de nosso próprio roteiro. (Obra citada, 2a Parte,
cap. XV, pp. 203 e 204.)
18. Nas obras a seguir citadas verifica-se por que
existem restrições a que pessoas enfermas ministrem o socorro magnético por
meio da imposição de mãos:
a - Padre
Francis MacNutt, em "O Poder de Curar", edição de Ave Maria Press, de
Indiana (EUA).
b - COEM, 10a Sessão de Exercício Prático,
edição de 1978, pág. 83.
c - COEM, 12a Sessão de Exercício Prático,
edição de 1978, pág. 95.
d - Divaldo
P. Franco, em "Diretrizes de Segurança", pergunta 69.
e - Martins
Peralva, em "Estudando a Mediunidade", págs. 144 e 145.
f - Roque
Jacintho, em "Passe e Passista", cap. 6 e 30.
g - Edgard
Armond, em "Pontos da Escola de Médiuns", Tomo IV, pág. 88.
h - Allan
Kardec, em "A Gênese", cap. XIV, item 31.
i - Allan
Kardec, em "Revista Espírita" de janeiro de 1864, Edicel, pág. 8.
j - Allan
Kardec, em "Revista Espírita" de setembro de 1865, item 4, Edicel,
pág. 252.
k - Anuário
de Espiritismo Científico, FEPESCI, 1993, pág. 132.
l - USE,
"Subsídios para Atividades Doutrinárias", 1993, págs. 80, 88 e 90.
Londrina, 16/10/2005.
Astolfo O de Oliveira Filho
Seminário sobre o passe
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