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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

57- O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

- ALLAN KARDEC

CAPÍTULO V; BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS

PROVAS VOLUNTÁRIAS E VERDADEIRO CILÍCIO


31 - Os que aceitam com resignação os seus sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e com vistas à sua felicidade futura, não trabalham para eles mesmos, e podem tornar os seus sofrimentos proveitosos para outros?


Os que assim o fazem, “por submissão à vontade de Deus e com vistas à sua felicidade futura", estão se esforçando para viver de acordo com sua fé em Deus e nas Suas leis. Confiam no Seu amor e na Sua justiça, e quanto mais imperfeitos, maior é esse esforço de colocar-se sob as leis divinas.

Não é, pois, um ato de egoísmo, mas de resignação, de humildade, na aceitação de sua condição de filho de Deus, ainda imperfeito, mas buscando viver de acordo com Suas leis. E uma dessas leis é o determinismo da conquista da felicidade e da perfeição possível ao espírito imortal.

Enquanto esse espírito está se desenvolvendo - e essa é a condição de todos nós na Terra - é pelo entendimento e aceitação das leis naturais, que levam ao que se deve fazer, que o homem pode, um dia, alcançar o desenvolvimento pleno das qualificações que Deus colocou , em gérmen, em todos os espíritos desde a sua criação.

Quanto a última pergunta da questão, se os que assim o fazem, "podem tornar os seus sofrimentos proveitosos para outros, São Luís afirma que sim e de duas maneiras.

A primeira, de forma material, quando, pelo trabalho, suas privações e sacrifícios que se impõem, contribuem para o bem-estar material do próximo.

Nessa, vem-nos logo à mente, as renúncias que, em geral, fazem os pais para que seus filhos tenham boas condições de vida, enquanto seus dependentes. É um excelente exercício de abnegação que os pais têm a oportunidade de desenvolver em si, com os espíritos a eles ligados por afinidades, para poderem também, agora ou mais tarde, serem capazes de fazer o mesmo a todos os seus próximos.

A segunda, talvez, a mais importante, o exemplo que dão, com sua resignação, de submissão às leis de Deus, de fé nas Suas leis. Exemplo esse, que pode estimular outros que sofrem à resignação e a refletirem na maneira como o crente em Deus, na vida futura, na sobrevivência da alma, consegue enfrentar melhor as vicissitudes dessa vida.

O espírita, pelo muito que recebe da doutrina, ao vivenciá-la, nas expiações e provas, também pode estimular outros a interessar-se a conhecer essa doutrina que faz seu adepto a enfrentar, com fé e confiança, sofrimentos difíceis para muita gente.

Leda de Almeida Rezende Ebner

Março / 2006

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