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sábado, 6 de dezembro de 2008

A POLÍTICA X OS POLÍTICOS


CLAUDIO C. CONTI

PORQUE AS LEIS HUMANAS SÃO AINDA TÃO INJUSTAS?

Política é coisa séria e deveria estar acima dos interesses pessoais.

Por este motivo Sócrates, filósofo grego, acreditava que os homens de bem não se interessariam por cargos políticos, caso estivessem seguros de que apenas aqueles que detivessem conduta ilibada assumiriam tais tarefas. Nesta condição, a eleição se daria apenas entre os mais capazes e devotados ao bem-estar alheio, cuja candidatura não seria proveniente de interesses pessoais, mas de um desejo firme de conduzir a população.

Sob este aspecto, fica mais fácil compreender a finalidade dos legisladores.

Para complementar a idéia, recorremos a uma passagem de um diálogo de Sócrates, quando este conversava com alguns amigos sobre a justiça e a injustiça. Glauco, um dos participantes desta discussão, expressando sua opinião, disse então:

“Os homens afirmam que é bom cometer a injustiça e mau sofrê-la, mas que há mais mal em sofrê-la do que bem em cometê-la. Por isso, quando mutuamente a cometem e a sofrem e experimentam as duas situações, os que não podem evitar um nem escolher o outro julgam útil entender-se para não voltarem a cometer nem a sofrer injustiça. Daí se originaram as leis e as convenções e considerou-se legítimo e justo o que prescrevia as leis.” (A República – Platão)

Um dos deveres dos políticos é elaborar leis para reger a vida em sociedade, assegurando que todos possam usufruir a liberdade sem, com isso, violar a liberdade dos outros indivíduos. Esta, todavia, ainda é uma pedra de tropeço para muitos povos, especialmente nas grandes cidades.

A idéia de liberdade deve estar sempre atrelada ao bem estar alheio, isto é, nossos atos devem estar em acordo com o respeito ao próximo.

Muitos crêem que, agindo assim, não estariam exercendo a tão aclamada liberdade. Contudo, o homem liberto não é aquele que age como bem entender, sem maiores considerações sobre as conseqüências de seus atos, mas aquele que restringe suas ações para garantir a paz e a harmonia, tanto suas quanto da sociedade que o circunda.

Em realidade, o comportamento comedido serve para assegurar a manutenção desta liberdade, pois quando, em determinado grupo de pessoas vivendo em sociedade, como no caso das cidades, o desrespeito aos concidadãos atinge limites críticos, os seus integrantes vão, gradativamente, se tornando mais e mais agressivos, no intuito de salvaguardar seus direitos.

A partir de um determinado momento, nas situações alarmantes, a agressividade poderá atingir níveis em que o indivíduo comum estará completamente cerceado por um mar de violência. Quando este estado é atingido, qualquer atitude mal interpretada poderá desencadear reações hostis, podendo, inclusive, ser fatal para um dos participantes da contenda.

Portanto, a liberdade individual somente estará assegurada enquanto a liberdade da coletividade também estiver. Isto, é óbvio, requer trabalho e dedicação de todos.

Neste contexto, a responsabilidade dos dirigentes políticos é enorme, tanto quanto a de seus habitantes, pois os primeiros são um reflexo dos últimos. O comportamento social dependerá de seus integrantes, sendo assim, um país mudará quando os seus habitantes se transformarem.

Não podemos esperar por um futuro melhor se não começarmos imediatamente a conduzir adequadamente os jovens, apresentando o certo e o errado. Porém não basta falar, é preciso exemplificar.

Em um sistema capitalista como o atualmente vigente na maior parte do planeta, somos bombardeados sobre a pseudonecessidade da satisfação dos desejos em detrimento de qualquer outra coisa e, nessa busca frenética, muitos equívocos são cometidos. A realidade do

espírito imortal deve sempre nortear nossos atos, pois, como disse Jesus, “meu reino não é deste mundo”.

A educação é a base para que um país possa atingir o desenvolvimento social.

 

O jornal O APRENDIZ é uma publicação bimestral do CEMA - Centro Espírita Maria Angélica

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5.000 exemplares - Jornalista responsável: Gustavo Poli - DRT/RJ: 9019198

Ano 4 • Nº 16 outubro / dezembro 2005

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