ABORTO: O GRITO SILENCIOSO
Visto por milhares de pessoas em todo o mundo, o documentário “The Silent Scream”
(O grito silencioso), tem mudado a opinião de muita gente favorável ao aborto.
Produzido nos anos 80, pode hoje ser facilmente assistido, em vários idiomas, pela internet, bastando para tanto uma rápida visita aos sites de busca. O documentário não possui cunho religioso, mas científico, sendo apresentado por alguém com larga experiência em questão de aborto, o médico norte-americano Bernard Nathanson, conhecido há algumas décadas como “o rei do aborto”. Ele – que hoje é um ícone na defesa da vida –, dirigiu, em 1971 e 1972, o Centro de Saúde Reprodutiva e Sexual, em Nova York, então a maior clínica de abortos do mundo ocidental, e foi membro-fundador da hoje chamada Liga Nacional pelo Direito ao Aborto. Sob suas ordens, naqueles dois anos, foram praticados 60 mil abortos, tendo só ele realizado uns 5 mil.
Passou a defender a legalização do aborto nos Estados Unidos depois de trabalhar num hospital de mulheres, onde teve contato com pacientes que fizeram aborto clandestino.
E, para alcançar seu objetivo, como corajosamente admitiu ao mundo, não mediu esforços, manipulando com amigos os números do aborto para influenciar a opinião pública, luta difícil já que naquela ocasião, como lembra, apenas 1% dos 200 milhões de norte-americanos era favorável ao aborto-livre.
“Exercíamos pressão sobre os membros do Congresso e Câmaras Legislativas dos 48 Estados para conseguir que anulassem antigas leis antiaborto. (...) Dizíamos, em 1968, que nos Estados Unidos se praticava por ano um milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos muito bem que não ultrapassavam os mil; não nos servia. Para chamar a atenção, multiplicamos a quantidade. Repetíamos também constantemente que as mortes das mães por abortos clandestinos se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que não eram mais de duzentas. Lançamo-nos à conquista dos meios de comunicação, dos grupos universitários, sobretudo feministas.
Elas escutavam tudo o que dizíamos, incluindo as mentiras, e logo as divulgavam na mídia. (...) Outra tática eram as nossas próprias invenções. Dizíamos, por exemplo, que tínhamos feito uma pesquisa e que 25% dos entrevistados eram a favor do aborto.
Três meses mais tarde, dizíamos que eram 50% e, assim, sucessivamente. As pessoas acreditavam. (...) Quando mais tarde os pró-aborto usavam os mesmos slogans e argumentos que eu tinha posto a circular em 1968, dava-me vontade de rir, porque eu tinha sido um dos inventores e sabia muito bem que eram mentiras” – declarou Nathanson, confirmando uma prática comum dos grupos pró-aborto ainda nos dias de hoje, conforme também denunciou, em 2007, ao “Catholic Family and Human Rights Institute”, o ex-chefe do Escritório de Estatísticas da Organização das Nações Unidas (ONU), Joseph Chamie, que acusou a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Fundo de População da ONU (Unfpa) de publicarem, defendendo interesses, que todo ano entre 500 e 600 mil mulheres morrem no mundo por causa do aborto não-legalizado, algo impossível de definir visto que só 31 de 193 países (16%) entrega informações confiáveis sobre mortes, a maioria não diz nem a causa, nem o sexo ou idade dos falecidos.
Nathanson chamou a atenção também para as cifras do aborto. Conta que em 1968, quando começaram com o movimento, o orçamento a ele destinado era de 7.500 dólares, mas, em 1982, o valor já alcançara 1 milhão de dólares.
A postura do Dr. Bernard Nathanson em relação ao aborto, no entanto, iria mudar depois da sua saída da direção da clínica em Nova York, em 1972, para assumir o serviço de obstetrícia do Hospital de São Lucas, naquela mesma cidade. Lá, criou o setor de Fetologia, uma ciência nova que colocava à disposição do médico uma tecnologia que se aperfeiçoava, o ultrassom, capaz de captar a vida do feto dentro do útero. Foi assim que pôde acompanhar – com tristeza e arrependimento – o desespero do feto, que durante o aborto chega a se debater freneticamente e, acredite-se, a tentar se desviar, em vão, do instrumento que lhe irá dilacerar o corpo para depois sugá-lo aos pedaços para fora. Foi, inclusive, a expressão de dor do feto, que abre a boca como a gritar tão logo começa a ser mutilado, que inspirou o título do seu documentário: “O grito silencioso”.
Nele, além de uma aula sobre o feto em suas diferentes fases de desenvolvimento, e imagens do ultrassom durante o aborto, o Dr. Bernard Nathanson desculpa-se com o mundo, num apelo emocionado:
“Todo esse conhecimento concluiu, e sem exceção, que o feto é um ser humano, igual a qualquer um de nós, e parte integral da comunidade humana. Agora, a destruição de uma vida humana não é solução para o que, basicamente, é um problema social. E acredito que recorrer a essa violência é admitir que a ciência e, pior ainda, a ética, estão empobrecendo. Eu me recuso a acreditar que a Humanidade que chegou até a Lua não possa criar uma solução melhor do que recorrer à violência. Devemos todos nós, aqui e agora, dedicar todos os nossos esforços para achar uma melhor solução, uma solução composta de amor e compaixão e um decente respeito pela inegável prioridade da Vida Humana. Vamos todos, pelo bem da Humanidade, aqui e agora, parar esse genocídio.”
Além do documentário e das palestras e seminários que faz contra o aborto, o Dr. Bernard Nathanson, hoje com 83 anos, é autor de diversos artigos e de dois livros, nos quais conta, sem medo, tudo sobre o movimento abortista e seus artifícios. Os livros são: “Aborting America” (A América aborta), publicado em 1979, e “The Hand of God” (A mão de Deus), de 1996.
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal editado pelo Lar Fabiano de Cristo
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Sábado, 2/5/2009 – no 2144
Bernard Nathanson morreu em 21/02/2011 aos 84 anos. http://diasimdiatambem.com/2011/02/22/morre-o-medico-que-fez-5-mil-abortos-antes-de-se-tornar-pro-vida/
ResponderExcluirBernard Nathanson morreu em 21/02/2011 aos 84 anos.
ResponderExcluirhttp://diasimdiatambem.com/2011/02/22/morre-o-medico-que-fez-5-mil-abortos-antes-de-se-tornar-pro-vida/