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sexta-feira, 18 de junho de 2010

O LIVRO DOS MÉDIUNS - Estudo 27

SEGUNDA PARTE
DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO IV
TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
Estudo 27: itens 75 a 78
Continuando o estudo do capítulo IV, relembramos que o fluido universal, que encerra o princípio da vida, é o agente principal das manifestações e que esse agente que recebe seu impulso do Espírito, quer seja encarnado ou errante. O fluido condensado constitui o perispírito ou invólucro semimaterial do Espírito. Na encarnação, o perispírito se acha unido à matéria do corpo; na erraticidade está livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito se acha mais ou menos fundida com a matéria corpórea, mais ou menos colada a ela, se assim podemos dizer. Em algumas pessoas se verifica, por efeito de suas organizações, uma espécie de emanação desse fluido e é isso, propriamente falando, o que constitui o médium de efeitos físicos. A emissão do fluido animalizado pode ser mais ou menos abundante, como mais ou menos fácil a sua combinação, daí os médiuns mais ou menos possantes. Essa emissão, porém, não é permanente, o que explica a intermitência do poder mediúnico.
Para compreender esses processos Allan Kardec propõe uma comparação. Quando queremos atingir alguma coisa à distância de nós, é pelo pensamento que o tentamos, mas o pensamento sozinho não poderia realizar o nosso intento. Precisamos de um instrumento que o pensamento dirigirá: um bastão, um projétil, um sopro, etc. Note-se ainda que o pensamento não age diretamente sobre o bastão, que precisamos pegar. A inteligência, que é o próprio Espírito encarnado, está unida ao corpo pelo perispírito e não pode agir sobre o bastão sem o corpo. Assim: ela (a inteligência) age sobre o perispírito que é a substância com que tem mais afinidade, o perispírito age sobre os músculos, estes fazem a mão pegar o bastão e o bastão atinge o alvo. Quando o Espírito está desencarnado necessita de um instrumento que não pertence ao seu organismo esse instrumento é o fluido com ao auxílio do qual torna o objeto apropriado a realizar o impulso da sua vontade.
Quando, pois, um objeto é movido, erguido ou atirado no ar, o Espírito não o pegou, não o ergueu nem o atirou como nós fazemos com as mãos. Ele o saturou, por assim dizer, com o seu fluido, combinado com o do médium, e o objeto, assim, momentaneamente vivificado, age como um ser vivo, com a diferença de não ter vontade própria e obedecer ao impulso da vontade do Espírito.
Assim, o fluido vital, dirigido pelo Espírito, dá vida artificial e momentânea aos corpos inertes. Sendo o perispírito formado por esse fluido, segue-se que o Espírito encarnado, por meio do seu perispírito, é quem dá vida ao corpo, conservando-se unido a ele enquanto o organismo o permite. Quando se retira, o corpo morre. Agora, se em vez de uma mesa, fizéssemos uma estátua de madeira, teríamos sob a ação mediúnica, uma estátua que se moveria e daria pancadas, respondendo às nossas perguntas. Teríamos, em suma, uma estátua animada momentaneamente de uma vida artificial. Em lugar de mesas falantes, também se poderia dizer estátuas falantes. Quanta luz lança esta teoria sobre uma imensidade de fenômenos até agora inexplicáveis! Quantas alegorias e efeitos misteriosos vem explicar!
Ressalta Allan Kardec que os incrédulos ainda objetam que o fenômeno da suspensão das mesas, sem ponto de apoio, é impossível, por contrariar a lei de gravitação. Responde o Codificador que, em primeiro lugar, a negação não constitui uma prova; em segundo lugar, que, sendo real o fato, pouco importa contrarie ele todas as leis conhecidas, circunstância que só provaria uma coisa: que ele decorre de uma lei desconhecida e os negadores não podem alimentar a pretensão de conhecerem todas as leis da Natureza.
Nos próximos estudos, concluímos o estudo do capítulo IV, abordaremos aumento e diminuição de peso dos corpos.
BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - 2ª Parte Cap. IV - itens 75 a 78

Tereza Cristina D'Alessandro
Outubro / 2003

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