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terça-feira, 1 de junho de 2010

O Livro dos Espíritos Estudo 11

Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita
O processo da comunicação
Desenvolvimento da Psicografia
3 - B) Circunstâncias morais
3: b:a) - Temperamento - vimos que a vontade exerce ponto fundamental na produção do fato. Um caráter firme e resoluto sem dúvida, acelerará o processo fazendo com que a mesa se mova quase que instantaneamente. Poderá independer do sexo, entretanto as experiências mostram-no como mais evidente nos homens.
3:b:b) - Sensibilidade Mental - as faculdades que dependem da existência de sentimentos dividimos em duas categorias principais:
Atração
Faculdades da e
Repulsão
Que passando pelos vários graus expressam os menores matizes da sensibilidade da mente. A simpatia, sentimento que nos leva desapercebidamente a outra pessoa torna-se alternativamente:
• Amizade
• Amor
• Paixão
• Frenesi ou mesmo idiotia
O mesmo acontece com a antipatia, que sob a influência da excitação se transforma em:
• Repulsa
• Desdém
• Desprezo
• Ódio
• Fúria ou loucura
Os dois extremos:
• Frenesi, idiotia e
• Fúria ou loucura gradualmente enfraqueceriam a emissão fluídica, entrando, por assim dizer, o Homem em estado de "indiferença" - considerada esta como "ausência de sentimento".
A importância dessas reflexões visa despertar para que se entenda o grau de influência que as faculdades e sentimentos exercem sobre "esse novo fluido", quer sejam elas atrativas, repulsivas ou indiferentes.
Algo, porém, se afirma como conclusivo: variarão, alterar-se-ão ao contato com faculdades opostas ou análogas, quer sejam examinadas separadamente ou em relação de grupo.
Observados separadamente - quando o sentimento da pessoa estiver realmente "vivo", constituir-se-á em estado favorável para a emissão do fluido, provocando em menos tempo e com maior intensidade a comunicação. Ex. - "uma jovem mãe e uma feliz noiva que à lembrança do bebê ou á aproximação do noivo ansiosamente esperado colocaram meu chapéu em movimento no espaço recorde de três minutos".
No relacionamento social, no caso agora um casal, que reciprocamente experimentavam violenta repulsa, quase mesmo ódio, um pelo outro - observamos: quando as experiências eram feitas com um dos dois separadamente, o objeto da experimentação logo se punha em movimento.
Estando os dois juntos, o movimento levava muito tempo para se produzir e os efeitos eram reduzidos, tão incipientes que praticamente se anulavam, por não oferecerem condições para prosseguimento
- "se eu participasse da experimentação, meus fluidos, minha vontade e sentimentos, aceleravam as oscilações do objeto, mas os resultados eram indecisos, de certo modo emperrados, como se algum obstáculo físico impedisse seu curso".

- "nova experiência com esse mesmo casal, eu, uma Sra. e o irmão que se estimavam extremadamente e cujo caráter era envolto em coragem adquirido em tempos de lutas e problemas e que exteriorizavam essa coragem em entusiasmo e alegria embasado na certeza e esperança dos dias melhores, alterou completamente o quadro - o movimento antes indeciso, fraco e emperrado, tornou-se livre, rápido inclusive submisso à nossa vontade".

- a jovem e seu noivo - apressavam a produção do fenômeno (1 ou 2 segundos bastavam para produção do mesmo).

- se um dos dois se afastava, dando lugar a outra pessoa, havia demora (5 a 6 minutos) e as vezes, duas ou mais tentativas.

- a mesma lentidão, nas mesmas circunstâncias observava-se quando as duas pessoas eram indiferentes entre si e quando o casal amoroso não tomava parte.

-... "previno os experimentadores e fisiologistas para que não se fiem nas aparências: o coração da mulher é um labirinto no qual poucos homens poderão penetrar e muitas vezes ocupa a verdade sob admirável máscara. Assim, seu sentimento, pode vir envolto em vontade cuja intensidade se desconhece"...

- pode-se afirmar: a boa ou má influência que as faculdades de atração ou repulsão causam viabilizam ou impedem o fenômeno;

- o fluido será emitido com maior rapidez e abundância sob a ação de duas ou mais pessoas de temperamentos e objetivos semelhantes do que sob a ação daqueles que não se conhecem, têm objetivos diferentes, se odeiam ou se desprezam.
Nota “... não acho tenha o direito de retirar conclusões definitivas ou de estabelecer princípios absolutos. Neste assunto as experimentações não podem ser bastante numerosas ou variadas demais. Não se fiar nas aparências, porém, é princípio seguro no campo da investigação".
Mais adiante, novo alerta...
“... todas essas premissas e predisposições não são absolutas - apresento-as como meras suposições como dados levantados da experimentação, a serem confirmados ou rejeitados por novas, numerosas e variadas experimentações que certamente acontecerão".
A honestidade desses pesquisadores, não colocando nada como conclusivo, final, fechado, fala de mentes abertas, também comprometidas, sem dúvida, com um trabalho maior em que se encaixavam, sem terem consciência clara dessa posição.
Ao abrirmos hoje revistas, jornais, livros; assistirmos a documentários, filmes, examinando a sério, dentro também de pesquisas avançadas, a existência de vida inteligente fora da Terra, a palingenesia, o corpo bioplasmático, somos tomados de profundo respeito ao trabalho do Codificador em sua também honestidade e abertura sobre tais aspectos, principalmente quando escreve que o Espiritismo se modificaria nos pontos em que entrasse em conflito com os fatos científicos devidamente comprovados.
Essa posição de Allan Kardec, que a muitos possa parecer uma expressão ou até uma porta, por assim dizer, para saída honrosa, ao contrário, constitui-se como afirmação corajosa de quem percebia claramente o campo a que adentrava e projetou para o futuro sua própria responsabilidade.
A Doutrina Espírita aí está e se apresenta não para responder todas as questões propostas pelo homem no seu afã de saber. "O Livro dos Espíritos" contém um complexo de princípios fundamentais de onde se originam tantas outras aberturas para novas especulações, conquistas e realizações “... Nele estão os germes de todas as grandes idéias que a Humanidade sonhou pelos tempos afora"...
O tempo vem dando a resposta nesses trabalhos, pesquisas e empenhos que sintetizados em Kardec, foram antecipados:- não há em Espiritismo, em Doutrina Espírita o que reformular, uma vez que suas concepções estruturais básicas como
- existência de Deus

- sobrevivência do Espírito

- reencarnação

- comunicabilidade
- pluralidade dos mundos habitados, permanecem como pilares estruturados onde, à repetição do passado, aguardam agora pelo crescimento moral, em aberturas no tempo que evidenciarão de forma cada vez mais precisa, sem conflitos e dramas dentro de fatos científicos devidamente comprovados a evolução, a estruturação em novas formas de consciência, onde a renovação moral decorrente apressará nesse mesmo homem a busca, o retorno ou o caminhar nos caminhos do Pai.
Bibliografia
• Allan Kardec - "O Livro dos Espíritos" - Introdução - q. 805 com.
• Allan Kardec - "O Livro dos Médiuns" - cap. V - IV - XIV - X - XVI
• Allan Kardec - "Revista Espírita" outubro - agosto 1859
• junho - agosto 1958
• maio - junho 1863
• Arthur C. Doyle - "A História do Espiritismo"- V - VIII
• Hermínio C. Miranda - Nas Fronteiras do Além 1 a 4
Leda Marques Bighetti
Abril / 2002

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