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terça-feira, 15 de junho de 2010

O Livro dos Espíritos Estudo 18

Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita
1 - Esclarecimento
Dispondo-nos a estudar "O Livro dos Espíritos" seus fundamentos doutrinários surge a "Introdução ao estudo da Doutrina Espírita" com itens que levam a perguntar:
- por que esse resumo, se no decorrer do livro, aqueles pontos serão retomados, minuciados inclusive em livros específicos à cada assunto?
Nesse tempo de passado, a novidade das propostas aliadas ao desconhecimento ou a um conhecimento superficial, levavam a que se formulassem questões, a que se dessem explicações, cujas respostas corretas facilmente seriam encontradas através do estudo aprofundado.
Muitos ainda, antes de se decidir a esse estudo, preferiam ter uma idéia do que se tratava para ajuizar se valeria ocupar-se da então, novidade.
Esse, portanto é o objetivo dessa Introdução e desses resumos que se enfeixarão em duas brochuras: "O que é o Espiritismo" e "O principiante espírita", onde, sob a forma de diálogos, há as respostas às questões comumente formuladas, bem como refutações aos principais argumentos dos contraditores.
A propósito, na "Revista Espírita" - fev. 1868 - há citação, transcrição, apreciação e refutação de Allan Kardec, sobre comentários acerbos, críticas duras (Journal d'Amiens - 29-12-1867) ao livro escrito por Florent Loth que, tendo morado em Paris, conhecia o Espiritismo...
..."o autor não faz de seu livro, nem uma questão de amor próprio, nem uma questão de interesse; espírita fervoroso e devotado, publicou-o somente para propagar a doutrina; a modéstia de seus pontos de vista não impede que esse livrinho (brochura de 150 páginas) possa alhures ser muito útil".
Essa apreciação faz surgir comentários afirmando que o autor e seu livro haviam sido colocados no "Índex". Motiva artigo violento de M. A. Gabriel Rembault que o encerra dizendo ..."Não admitimos todas as idéias do autor"... "enquanto a paz pública não for perturbada por doutrinas ímpias, enquanto a ordem social não for abalada por máximas subversivas"... etc. etc. etc.
Os comentários do Sr. Rembault, suscitam resposta do autor e apreciações de Allan Kardec na Revista Espírita onde ressalta o fato de que o Sr. Rembault não conhecia nada da Doutrina julgando-a como tantos outros por ouvir dizer, sem se ter dado ao trabalho de ir ao fundo das questões. O livro do Sr. Loth não o convenceu, mas mostrou-lhe o lado sério e as tendências morais da Doutrina e ele redige retificação dirigida ao autor onde faz constar: "o que mais me tocou foram as tendências liberais e anti-retrógradas, o espírito de tolerância e de conciliação, uma doutrina liberal, emancipadora da inteligência, contrária à fé cega, proclama a liberdade de consciência, o livre-exame como base essencial de toda crença séria".
Tal, mais ou menos, o clima ou uma parte da história.
Na realidade essas polêmicas tiveram desfecho importante. Nesse caso, o interdito lançado a esse pequeno volume, a condenação pela congregação do Índex sediada em Roma, fez com que esse material fosse procurado até em meios onde o Espiritismo era desconhecido. Muitos o leram por curiosidade, para conhecer detalhes e entre estes, muitos também se interessaram e o aceitaram.
Esses são parte dos fatos que motivaram constar na "Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita", o resumo da mesma, destacando-se reflexões sobre as principais objeções que a nova doutrina recebia então:
1. Espiritismo e Espiritualismo
2. Alma, princípio vital e fluido vital
3. A doutrina e seus contraditores
4. Manifestações Inteligentes
5. Desenvolvimento da Psicografia
6. Resumo da Doutrina dos Espíritos
7. A Ciência e o espiritismo
8. Perseverança e Seriedade
9. Monopolizadores do bom senso
10. A linguagem dos Espíritos e o poder diabólico
11. Grandes e Pequenos
12. Da Identificação dos Espíritos
13. Divergência de linguagem
14. As questões de ortografia
15. A loucura e suas causas
16. A teoria magmática e a do meio ambiente
17. Preenchendo os vazios do espaço

Após o estudo aprofundado desses itens, espera-se que o Espiritismo seja percebido na proposta libertadora de Jesus, servindo para... "guiar os homens desejosos de se esclarecerem, mostrando-lhes um objetivo grande e sublime, o do progresso individual e social, e indicando-lhes o caminho a seguir para a sua consecução".
Bibliografia
Allan Kardec - "Revista Espírita" - fev. 1868
Allan Kardec - "O Livro dos Espíritos" - Introdução XVII
Leda Marques Bighetti
Novembro / 2002

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