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terça-feira, 8 de junho de 2010

O Livro dos Espíritos Estudo 16

Manifestações Inteligentes - Desenvolvimento da psicografia
Conclusão
Nos vários estudos que se seguiram, vimos fases, detalhes que se encadearam no sentido de que se perceba um fim em vista, nada havendo de mágico, sobrenatural, mas O Espiritismo visa, tanto nos estudos como na sua finalidade, tornar compreensível as relações encarnados-desencarnados e vice-versa, erradicando superstições, crendices e fantasias.
Conhecemos tudo? Não. Mesmo cumulando vasto campo de informações,... "continua válida a afirmação shakespeariana de que... "há mais mistério entre o céu e a terra do que julga a vossa vã filosofia". O que importa é que esse conhecimento hoje lentamente, sirva para despertar para que se abandonem as concepções do mistério e se perceba, penetre o aspecto espiritual da Vida.
Muitos poderão perguntar:- por que desejam os espíritos comunicar-se? A comunicação é decorrente da preservação da individualidade. Continua, prosseguem, na Vida que não se acabou, os desejos, os impulsos, os valores intelectuais e afetivos.
Despojado do corpo físico, onde interagia através das mais variadas formas de expressão, agora busca da mesma forma, por amor ou ódio, comunicar-se com os que ainda permanecem no corpo físico até mesmo pela necessidade básica de afirmar que não se extinguiram no nada, que continuam vivos, mantendo laços de afinidade, que os compele a procurá-los a fim de comunicando-se, satisfazer sua emoção.
Desse modo, a comunicação dos Espíritos é fato natural que se processa ininterruptamente, através das associações mentais. Quanto mais elevadas forem as ondas mentais os pensamentos em que cada um se detenha mais seletiva será a relação entre encarnados e desencarnados. O clima moral vivido mantido determinará as associações, companhias e comunicações.
Essas deduções decorreram da observação, onde Allan Kardec coletando experiências, fatos, colhendo informações através de escritos, estabelece os princípios da experimentação mediúnica que vão constituir "O Livro dos Médiuns".
Desde então, abrem-se os horizontes espirituais mostrando a comunicação entre duas realidades existenciais, duas inteligências, dois mundos realidade onde a morte não se fecha nos limites do túmulo, mas prossegue na Imortalidade dinâmica.
Por isso, é imprescindível conhecer, distinguir o pensamento espírita para se aquilatar quanto à pureza e autenticidade das comunicações.
A sistematização, a explicação das leis que regem o fenômeno, as profundas questões de "O Livro dos Médiuns", os cuidados todos exigidos à prática mediúnica, como nunca se tornam hoje necessários conhecer e estudar. Por ser essa comunicabilidade normal, aberta a todos, em todos os lugares e circunstâncias, no Espiritismo está ligada ao fator moral, isto é, ao objetivo da prática do bem, onde seu primeiro princípio será o desinteresse pessoal, a gratuidade, a alegria do servir para que outro fique muito bem, ou desperte, ou perceba objetivos maiores, encarnado ou desencarnado, criados para a felicidade.
O estudo, portanto, é que propicia esse discernimento facilitando análise das comunicações recebidas na psicofonia, na escrita ou através de qualquer outra modalidade.
Basta só estudar? Não. É necessário a aplicação do conhecimento para que as comunicações recebidas tenham finalidade útil, colocada a benefício do próximo, oferecendo resultados práticos no consolo e no esclarecimento.
Do que depende essa aplicação? Justamente o que diferencia o uso da mediunidade no Espiritismo será o vínculo que o médium terá com o Evangelho de Jesus que o conscientiza de que na proporção em que ele se renova, estimula sentimentos de fraternidade onde a felicidade do outro passa ser motivo, incentivo. Na transformação moral, o trabalhador fiel, consciente se abandona para que todo seu esforço seja dignificado na exemplificação constante do homem de bem, humilde, sincero, paciente, perseverante, bondoso, estudioso, trabalhador, desinteressado...
Assim, manifestação dos Espíritos, comunicação com eles ou deles em Espiritismo baseia - na vivência evangélica do Amor sob os esclarecimentos da Doutrina Espírita. Desse modo, o intercâmbio, a mensagem, a comunicação será realização, valorização de talentos, esclarecimento e consolo, garantia de plenitude em Jesus;...

Bibliografia
• Allan Kardec - "O Livro dos Médiuns" - vários itens
• Jaci Régis - "Do Homem e do Mundo" - 5
• Allan Kardec - "Revista Espírita" - 1867

Leda Marques Bighetti
Setembro / 2002

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