Giovanni Scognamillo
Foi um dos maiores cientistas que o mundo conheceu, cientista que marcou a sua passagem pela Terra e muithttp://www.blogger.com/img/blank.gifo contribuiu para o melhor entendimento quanto à evolução dos seres, sendo, diga-se de passagem, contemporâneo de Allan Kardec, embora os dois não tivessem mantido qualquer contato.
Charles Robert Darwin (1809-1882) foi um espírito avançado para o seu tempo, e o seu principal livro, lançado em 1859, que trata da origem das espécies, provocou reações adversas nos meios científicos, filosóficos e religiosos. Provocou reações mas não sofreu desmentidos dos opositores de suas ideias, fundamentadas na observação e na lógica. Uma das suas conquistas foi a de que ele não via diferenças fundamentais entre o homem e os animais. Esta a pedra angular do evolucionismo também abordado por Allan Kardec, conforme se pode averiguar em a “Revista Espírita” de julho de 1868, no capítulo dedicado ao estudo da geração espontânea.
A Doutrina Espírita é, na sua essência, evolucionista e não promulga nem aceita o criacionismo. Darwin colaborou, embora distante de Kardec, com este princípio amplamente defendido pelo Codificador, pois há uma clara semelhança de ponto de vista científico entre os dois e Kardec amplia o estudo conforme o capítulo 11, item 15, de “A Gênese”. Também encontramos farto material em “O Livro dos Espíritos”, nas questões 585 a 613.
Ao tempo de Darwin, em Londres, vivia o também cientista William Crookes, cuidadoso pesquisador da fenomenologia mediúnica, ocupando-se com o fenômeno das materializações. Naquele ano de 1874, Darwin foi convidado e aceitou o convite para participar de uma dessas reuniões.
Isto, depois de ler atentamente um opúsculo editado pelo colega Crookes, relatando sua experiência e resultados obtidos naqueles encontros com os desencarnados através da médium Florence Cooke.
Os detalhes desses encontros com a espiritualidade, comprovados cientificamente, estão relatados em matéria divulgada pelo jornal italiano “Il Giornale dei Misteri” (O Jornal dos Mistérios), em artigo assinado pelo médico, estudioso e divulgador espírita Dr. Giulio Caratelli, que afirma ter Charles Darwin enviado uma carta à sua amiga Lady Derby relatando, em detalhes, as reuniões de materializações promovidas por William Crookes e onde o mesmo admitia estar sofrendo uma certa perplexidade diante daquilo que lhe fora dado presenciar e que estava vivendo uma encruzilhada moral, pois a sua formação fortemente racional o impelia a não acreditar naquele complexo e relevante evento, mas, ao mesmo tempo, era levado a aceitar minimamente o trabalho honesto e atento de Crookes, cientista muito estimado e admirado por ele mesmo, Darwin.
Foi dado a Darwin notar a presença de renomados cientistas ingleses, também interessados naquelas reuniões de intercâmbio espiritual. São citados como assíduos frequentadores homens respeitáveis como Thomas Huxley, considerado um cético e até mesmo contrário àquelas reuniões; George Elliot, George Huxley, Alfred Russel Wallace e outros que honravam com suas presenças aqueles trabalhos mediúnicos.
As ideias evolucionistas de Darwin, escoimadas de qualquer prurido filosófico, marcham de acordo com aquilo que expõe o Espírito Emmanuel no livro “O Consolador”, ditado ao médium Chico Xavier, como se lê na questão 79: “O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem é razão. O anjo é divindade”.
Darwin é sempre atual e nos dias de hoje, quando se enfatiza o respeito à Natureza, o mundo deve a ele a ação de pioneiro do movimento ecológico, pois foi ele quem mudou a crença contemporânea sobre o surgimento da vida organizada na Terra.
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal editado pelo Lar Fabiano de Cristo
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Sábado, 16/5/2009 – no 2146
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