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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

AULAS E DINÂMICAS
PARA A JUVENTUDE
Animais, nossos irmãos
Nesta aula você encontra subsídios para o tema ANIMAIS, esses seres espirituais em evolução. Assim como nós, eles são criados por Deus, são nossos companheiros de jornada, merecem ser respeitados e amados por todos.
         O material aqui disponível é a contribuição de vários evangelizadores, que visam, através de suas aulas, esclarecer e sensibilizar as crianças e jovens a respeito desse tema tão importante e necessário à evolução de nosso planeta, de um mundo de Provas e Expiação para um mundo de Regeneração. Você poderá usar ou adaptar as sugestões aqui expostas para todos os ciclos, inclusive para a juventude.
         Prece inicial
         Primeiro momento: iniciar a aula fazendo com que as crianças se sensibilizem com imagens de animais. Pode ser em fotos, recortes de revistas, ou um PowerPoint.
         Segundo momento: contar uma das muitas histórias que envolva o tema animais, abaixo algumas sugestões.
        A morte do cão Lorde
         José e Chico Xavier possuíam um lindo cão. Chamava-se Lorde.
         Era diferente de outros cães. Possuía até dons mediúnicos.
         Conhecia, nas pessoas que visitavam seus donos, quais os bem intencionados, quais os curiosos e aproveitadores.
         Dava logo sinal, latindo insistentemente ou mudamente balançando a cauda, à chegada de alguém, dizendo nesse sinal se a visita vinha para o bem ou para o mal... Chico conta-nos casos lindos sobre seu saudoso cão. Depois, tristemente, acrescenta:
         — Senti-lhe, sobremodo, a morte. Fêz-me grande falta. Era meu inseparável companheiro de oração. Toda manhã e à noite, em determinada hora, dirigia-me para o quarto para orar. Lorde chegava logo em seguida.
         Punha as mãos sobre a cama, abaixava a cabeça e ficava assim em atitude de recolhimento, orando comigo.
         Quando eu acabava, ele também acabava e ia deitar-se a um canto do quarto.
         Em minhas preces mais sentidas, Lorde levantava a cabeça e enviava-me seus olhares meigos, compreensivos, às vezes cheios de lágrimas, como a dizer que me conhecia o íntimo, ligando-se a meu coração.
         Desencarnou. Enterrei-o no quintal lá de casa.
         Lembramos ao Chico o Sultão, inteligente cão do Padre Germano. Igual ao Lorde.
         Falamos-lhe de um cão que possuímos e se chamava Sultão, em homenagem ao padre Germano.
         Contou-nos casos do Lorde; contamos-lhe outros do Sultão.
         E, em pouco, estávamos emocionados.
         Ah! sim, os animais também têm alma e valem pelos melhores amigos!
Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama
Amor de Mãe!!
         Ela era apenas uma gata de pêlos curtos, sem eira nem beira e sem nome, com cinco filhotinhos, tentando sobreviver nas ruas pobres de um bairro de Nova York.
         Estabeleceu morada numa garagem abandonada e depredada, bastante sujeita a incêndios. Vasculhava a vizinhança procurando restos de comida para poder alimentar-se e cuidar dos filhotes. Tudo isso iria mudar às 6h06 da manhã de 29 de março de 1996, quando um incêndio rapidamente engolfou a garagem.
         A casa dos felinos ficou em chamas. A divisão 175 do corpo de bombeiros foi acionada, e logo o incêndio foi debelado. O bombeiro David Giannelli notou que as queimaduras eram progressivamente mais graves, de um gatinho para outro, alguns tendo esperado mais tempo para ser resgatados, visto que a mãe os carregou um por um para fora do local do incêndio.
         O Daily News de Nova York, na sua edição de 7 de abril de 1996, relatou o seguinte a respeito do paradeiro da gata e do seu desvelo:
         "Quando Giannelli encontrou a gata, ela estava prostrada de dor num terreno baldio ali perto, e aquilo lhe cortou o coração. As pálpebras da gata estavam fechadas de tanto que incharam por causa da fumaça. As almofadas das patas apresentavam queimaduras gravíssimas. A cara, as orelhas e as pernas estavam horrivelmente chamuscadas. Giannelli providenciou uma caixa de papelão onde cuidadosamente colocou a gata e os filhotes. Ela nem conseguia abrir os olhos, disse Giannelli. Mas tocou os gatinhos um por um com a pata, contando-os."
         Quando chegaram à Liga de Animais North Shore, ela estava morre-não-morre.
         O relato continuou:
         "Deram-lhe medicamentos para combater o choque. Colocaram um tubo intravenoso cheio de antibiótico na heróica felina, e, delicadamente, passaram pomadas antibióticas nas queimaduras. Daí, ela foi colocada numa gaiola com câmara de oxigênio para ajudar a respiração, e todo o pessoal da liga de animais ficou em suspense... Em 48 horas, a heroína já conseguia sentar-se. Seus olhos inchados se abriram e, segundo os veterinários, não tinham sofrido nenhuma lesão".
         Para uma gata que tem medo inato do fogo, entrar no local enfumaçado e em chamas para resgatar os filhotinhos que miavam desesperadamente... Entrar uma vez para levar os filhotinhos indefesos já seria incrível, mas fazer isso cinco vezes, cada vez com dores mais intensas devido a queimaduras adicionais na cara e nos pés, é inimaginável! A corajosa criatura foi chamada de Scarlett porque as queimaduras revelavam uma pele cor de escarlate, ou vermelha.
         Quando essa comovente história do grande amor de uma mãe por sua prole foi veiculada ao mundo pela Liga de Animais North Shore, o telefone não parava de tocar. Mais de 6.000 pessoas, de lugares tão distantes como o Japão, a Holanda e a África do Sul, telefonaram para perguntar sobre o estado de Scarlett. Umas 1.500 se ofereceram para adotar Scarlett e seus filhotes. Um dos gatinhos mais tarde morreu.
         Scarlett comoveu o coração de muita gente no mundo todo. Isso nos faz pensar se o coração de milhões de mães hoje, que eliminam o filho antes de nascer, ou por abusos, logo depois que nasce, não sente nenhum remorso diante do exemplo do amor de Scarlett pelos seus filhotes.
         As fotos abaixo mostra o estado em que o local ficou depois do incêndio e a gata Scarlett (ainda queimada) com seus filhotes.
As Formigas
         Waldo olhava torto para o sentimentalismo de Chico. E evitou fazer comentários quando soube como o parceiro tinha cuidado das formigas em seu quintal. À noite, o batalhão avançava sobre a horta e devorava verduras e legumes plantados para as sopas dos pobres. Os amigos já tinham providenciado o veneno quando Chico tentou um último recurso: dois dedos de prosa.
         Ele se debruçou sobre o formigueiro e começou a conversar: Vocês precisam ser mais piedosas, mais humanas. Estão faltando com a caridade ao seu semelhante. Estão tirando o alimento de quem precisa, e não há justificativa para tal procedimento. Usou todos os argumentos possíveis e até se deu ao trabalho de sugerir um caminho para as adversárias. Ao lado desta modesta horta (e apontou) tem um enorme terreno todo plantado das mais variadas gramíneas, uma grande mata que a natureza colocou à disposição de todos. Mudem-se e nos deixem em paz. Caso contrário, se isso não ocorrer dentro de três dias, tomarei enérgicas providências.
         No dia seguinte, sobrou apenas uma formiga, a "subversiva", segundo Chico.
Trecho extraído do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior
Dom Negrito
         Este é o nome de um cãozinho preto, luzidio, simpático, para não dizermos espiritualizado, que, recente e espontaneamente, aparece as sessões públicas do “LUIZ GONZAGA”: chega, vagarosa e respeitosamente, dirige-se para o canto em que está o Chico e ali fica, como em estado de concentração e prece, até ao fim dos trabalhos.
         A dona do D. Negrito encontrou-se com Chico e lhe disse:
         — Imagine, Chico, o Negrito às segundas e sextas-feiras desaparece das 20 às 2 horas da madrugada. E, agora, há pouco, é que soube para onde vai: às sessões do “LUIZ GONZAGA”.
         Isto tem graça. Ele, que é um cão, consegue vencer os obstáculos e procurar os bons ambientes e eu, que sou sua dona, por mais que me esforce, nada consigo...
         E o Chico, como sempre útil e bom, a consola:
         — Isto tem graça e é uma bela lição. Mas, não fique desanimada por isto; Dom Negrito vem buscar e leva um pouquinho para sua dona e um dia há de trazê-la aqui. Jesus há de ajudar.
         Os tempos estão chegados, é uma verdade. Até os cães estão dando lições e empurrões nos seus donos, encaminhando-os com seus testemunhos, à Vereda da Verdade, por meio do Espiritismo, que esclarece, medica, consola e salva.
Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama
Francisco de Assis e o lobo de Gúbio
         Gubbio, uma cidade na Úmbria, Itália, estava tomada de grande medo. Na floresta da região vivia um grande lobo, terrível e feroz, o qual não somente devorava os animais como os homens, de modo que todos do povoado estavam apavorados! Por isso, cercaram a cidade com altas muralhas e reforçaram as portas. E todos andavam armados quando saíam da cidade, como se fossem para um combate.
         Certa vez, quando Francisco chegou naquela cidade, estranhou muito o medo do povo. Percebeu que a culpa não podia ser unicamente do lobo. Havia no fundo dos corações uma outra causa que era tão destrutiva, como parecia ser a causa do lobo.
         Logo, Francisco ofereceu-se para ajudar. Resolveu sair ao encontro do lobo, sozinho e desarmado, mas cheio de simpatia e benevolência pelo animal, e como dizia às pessoas, na força da “Cruz”. O perigoso lobo, de fato, foi ao encontro de Francisco, raivoso e de boca aberta pronto para devorá-lo! Mas quando o lobo percebeu as boas intenções de Francisco e ouviu como este se dirigia a ele como a um “irmão”, cessou de correr e ficou muito surpreendido. As boas vibrações de Francisco de Assis anularam a violência que havia no “irmãozinho” lobo.
         De olhos arregalados, viu que esse homem o olhava com bondade. Francisco então falou para o lobo:
         - Irmãozinho Lobo, quero somente conversar com você, “meu irmão”... E caso você esteja me entendendo, levante, por favor, a sua patinha para mim!
         O “irmãozinho lobo”, então, perante "tão forte vibração de amor e carinho", perdeu toda a sua maldade. Levantou, confiante, a pata da frente, e calmamente a pôs na mão aberta de Francisco...
         Então, Francisco disse-lhe amorosamente:
         - Querido Irmãozinho Lobo, vou fazer um trato com você! De hoje em diante, vou cuidar de você, meu irmão! Você vai morar em minha casa, vou lhe dar comida e você irá sempre me acompanhar e seremos sempre amigos! Você, por sua vez, também será amigo de todas as pessoas desta cidade, pois de agora em diante você terá uma casa, comida e carinho, sendo assim, não precisará mais matar nem agredir ninguém, para sobreviver..."
         Com a promessa de nunca mais lesar nem homem nem animal, foi o lobo com Francisco até a cidade. Também o povo da cidade abandonou sua raiva e começou a chamar o lobo de "irmão". Prometeram dar-lhe cada dia o alimento necessário. Finalmente, o “irmão lobo” morreu de velhice, pelo que, todos da cidade tiveram grande pesar.
         Ainda hoje se mostra em Gubbio, um sarcófago feito de pedra, no qual os ossos do lobo estão depositados e guardados com grande carinho e respeito durante séculos.
         Assim acontece em nossas vidas! Se oferecermos aos nossos semelhantes azedume, palavras de pessimismo, rancor, ódio e intolerância, receberemos indubitavelmente, na mesma dose, tudo aquilo que semearmos... Pois como dizia São Francisco, "é dando que recebemos..."
Autor desconhecido
Para o melhor amigo, o melhor pedaço
         Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade.
         Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira-lata branco e preto que atendia pelo nome de Malhado.
         Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou outro alimento qualquer.
         Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras.
         O mendigo era conhecido como um homem bom que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade.
         Não tomava bebida alcoólica e estava sempre tranqüilo, mesmo quando não recebia comida alguma.
         Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que precisava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos.
         Serapião agradecia com reverência e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava.
         Tudo que ganhava, dava primeiro para o Malhado, que, paciente, comia e ficava esperando por mais um pouco.
         Não tinham onde passar as noites. Onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte do ribeirão. Ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte.
         Aquela figura era intrigante, pois levava uma vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor.
         Certo dia, um homem, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas, foi bater um papo com o velho mendigo.
         Iniciou a conversa falando do Malhado, perguntou pela idade dele, mas Serapião não sabia.
         Dizia não ter idéia, pois se encontraram certo dia, quando ambos perambulavam pelas ruas.
         Nossa amizade começou com um pedaço de pão. - Disse o mendigo. Ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço. Ele agradeceu, abanando o rabo, e daí, não me largou mais.
         Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso.
         Como vocês se ajudam? Perguntou.
         Ele me vigia quando estou dormindo. Ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
         Continuando a conversa, o homem lhe fez uma nova pergunta: Serapião, você tem algum desejo de vida?
         Sim, respondeu ele. Tenho vontade de comer um cachorro-quente, daqueles que têm na lanchonete da esquina.
         Só isso? Indagou.
         É, no momento, é só isso que eu desejo.
         Pois bem, disse-lhe o homem, vou satisfazer agora esse grande desejo.
         Saiu, comprou um cachorro-quente e o entregou ao velho.
         Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e, em seguida, tirou a salsicha, deu para o Malhado, e comeu o pão com os temperos.
         O homem não entendeu aquele gesto, pois imaginava que a salsicha era o melhor pedaço.
         Por que você deu para o Malhado, logo a salsicha? Interrogou, intrigado.
         Ele, com a boca cheia, respondeu: Para o melhor amigo, o melhor pedaço.
         E continuou comendo, alegre e satisfeito.
         O homem se despediu de Serapião, passou a mão na cabeça do cão e saiu pensando com seus botões: Aprendi alguma coisa hoje. Como é bom ter amigos. Pessoas em que possamos confiar.
         Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal. Jamais esquecerei a sabedoria deste mendigo.
         E você, que parte tem reservado para os seus amigos?
Redação do Momento Espírita, com base no texto Para o melhor amigo, o melhor pedaço! de autor desconhecido.
Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9, ed. FEP.

Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais

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