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domingo, 15 de fevereiro de 2015

O SUICIDA E OS ANJOS DA GUARDA

Pinga Fogo

Richard Simonetti
1  Segundo concepções teológicas milenares, todo ser humano tem um anjo da guarda. O que o Espiritismo nos diz a respeito?

Contamos, mais apropriadamente, segundo a terminologia espírita, com um mentor ou vários deles.

São componentes de nossa família espiritual, ligados ao nosso coração, que nos protegem e inspiram nas situações adversas. Essa realidade está expressa em todas as culturas e tradições, desde a mais remota antiguidade.

2  Quando alguém se suicida, falharam os mentores?

Eles não são babás, lidando com crianças. Atuam como orientadores, procurando, pelos condutos da inspiração, mostrar-nos os melhores caminhos.

Sobretudo, buscam demover-nos de semelhante loucura, quando nos deixamos envolver pela desvairada suposição de que seria melhor morrer.

3  Por que não conseguem, com sua inspiração, evitar que seus pupilos comprometam-se no suicídio?

Quando o indivíduo começa a cogitar do suicídio, entra numa espécie de curto-circuito mental, uma
conturbação íntima, que o torna impermeável à ajuda espiritual.

4  Não consegue captar seus pensamentos?

Exatamente. Não podemos esquecer que nossas relações com os Espíritos obedecem ao fator sintonia,
determinada pela natureza de nossos sentimentos e pensamentos. Quem pensa em se matar está muito
mais aberto à sintonia com Espíritos perturbadores, que aproveitam essa brecha em suas defesas espirituais para imiscuírem-se com suas sugestões danosas.

5  Então, não há nada que os benfeitores possam fazer?

Há, sim, por intermédio de pessoas ligadas ao candidato ao suicídio. Digamos que um amigo esteja fechado em sua casa, na iminência de atentar contra a própria vida. Seus mentores podem inspirar-nos a visitá-lo.

Um simples contato, uma palavra, um gesto de solidariedade, podem demovê-lo de seu intento, mudando suas disposições e abrindo campo para uma ajuda mais efetiva da Espiritualidade.

6  Isso acontece com freqüência?

Sim, e seria bem maior o número de suicídios se não houvesse a ação dos benfeitores espirituais. Eles
têm o maior interesse em preservar nossa integridade, socorrendo não apenas os candidatos ao suicídio, mas a todos aqueles que enfrentam privações, problemas, doenças e dificuldades.

7  Pode ocorrer que os mentores espirituais não encontrem instrumentos de boa vontade para intervir?

Infelizmente, é o que mais acontece. Raros estão de antenas ligadas, cogitando de valores espirituais, abertos ao exercício da fraternidade. Lembro o caso de um rapaz que entrava no prédio onde morava, num domingo à tarde. Veio à sua mente a figura de um vizinho, que morava sozinho, em outro andar. Sentiu forte desejo de visitá-lo. Sabia que o rapaz estava com problemas. Não obstante, preferiu ir para seu apartamento, dormir. Depois ficou sabendo que, enquanto dormia, o vizinho matara-se. O desejo de visitá-lo nasceu da inspiração dos mentores espirituais. Infelizmente, ele refugou.

8  Podemos imputar-lhe alguma culpa ou responsabilidade em relação à tragédia?

Evidentemente, não, mesmo porque não tinha consciência do que estava acontecendo, nem exerceu
nenhuma influência sobre o suicida. Situa-se apenas como um exemplo dos problemas dos mentores espirituais quando se dispõem a socorrer alguém por intermédio de um reencarnado. Dificilmente encontram gente bem sintonizada, disposta a ceder aos apelos da solidariedade.

Departamento de Doutrina
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Ano XXXIV, nº 395
Fevereiro de 2006

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