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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

ESTUDO 34 O LIVRO DOS MÉDIUNS - SEGUNDA PARTE DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS – CAPITULO VI – MANIFESTAÇÕES VISUAIS - Item 100 (itens 1 a 11) - Perguntas sobre as Aparições

 (Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores) Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
SEGUNDA PARTE
DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO VI  
MANIFESTAÇÕES VISUAIS

Estudo 34 - Item 100 (itens 1 a 11) - Perguntas sobre as Aparições

De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes são sem dúvida aquelas pelas quais os Espíritos podem se tornar visíveis. Estes fenômenos são chamados Aparições. Pela explicação dos mesmos, veremos que, assim como os outros, nada têm de sobrenatural. 
Buscando estudos anteriores recordamos que o períspirito, no seu estado normal, é invisível; mas, como é formado de sustância etérea, o Espírito, em certos casos, pode, por sua vontade, fazê-lo passar por uma modificação molecular que o torna momentaneamente visível. É assim que se produzem as aparições, que não se dão, do mesmo modo que outros fenômenos, fora das leis da Natureza.
Conforme o grau de condensação do fluido perispiritual, a aparição é às vezes vaga e vaporosa; de outra, mais nitidamente definida; em outras, enfim, com todas as aparências da matéria tangível. Pode mesmo chegar à tangibilidade real, ao ponto do observador se enganar com relação à natureza do ser que tem diante de si. Através de uma sequência de perguntas feitas por Allan Kardec aos Espíritos, vamos compreender melhor o fenômeno chamado aparição. 
1ª Os Espíritos podem se tornar visíveis? 
 Podem, sobretudo, durante o sono. Entretanto algumas pessoas os vêem quando acordadas, porém, isso é mais raro.
NOTA. Enquanto o corpo repousa, o Espírito se desprende dos laços materiais; fica mais livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos, entrando com eles em comunicação. O sonho não é senão a recordação desse estado. Quando de nada nos lembramos, diz-se que não sonhamos, mas, nem por isso a alma deixou de ver e de gozar da sua liberdade. Aqui nos ocupamos especialmente com as aparições no estado de vigília. (Ver O Livro dos Espíritos, cap. "Da emancipação da alma" n. 409) (Allan Kardec).
2ª Os Espíritos, que se manifestam pela visão, pertencem a uma determinada categoria? 
 Não; podem pertencer a todas as categorias, das mais elevadas, às mais inferiores.
3ª É permitido a todos os Espíritos se manifestarem livremente?
 Todos o podem; mas nem sempre têm a permissão nem o desejo de fazê-lo.
4ª Com que fim os Espíritos que se manifestam visivelmente?
 Isso depende; de acordo com sua natureza, o fim pode ser bom ou mau.
5ª Como pode ser permitido, quando o fim é mau? 
 É então para pôr à prova aqueles que os veem. A intenção do Espírito pode ser má, mas o resultado pode ser bom.
6ª Qual o objetivo dos Espíritos que se fazem ver com má intenção?
 Amedrontar e muitas vezes vingar-se.
a) Qual o objetivo dos Espíritos que aparecem com boa intenção?
 Consolar as pessoas que deles guardam saudades, provar-lhes que existem e estão perto delas; dar conselhos e, algumas vezes, pedir assistência para si mesmos.
7ª Que inconveniente haveria em ser permanente e geral a possibilidade de ver os Espíritos?
Não seria esse um meio de tirar a dúvida aos mais incrédulos? 
 Estando o homem constantemente cercado de Espíritos, o fato de vê-los sem cessar o perturbaria, constrangendo-o nas suas atividades, e lhe tiraria a iniciativa na maioria dos casos, enquanto que, julgando-se só, pode agir com mais liberdade. Quanto aos incrédulos, dispõem de muitos meios para se convencerem, caso queiram aproveitá-los e se não estiverem cegos pelo orgulho. Sabes de pessoas que viram e nem por isso acreditam, pois dizem que se trata de ilusões. Não te inquietes por essa gente, de que deus se encarrega.
NOTA. Tantos inconvenientes haveria em vermos constantemente os Espíritos, como em vermos o ar que nos cerca e as miríades de animais microscópicos que pululam ao nosso redor. Do que devemos concluir que o que Deus faz é bem feito e que Ele sabe melhor do que nós o que nos convém (Allan Kardec).
8ª Se a visão dos Espíritos tem inconvenientes, porque é permitida em alguns casos?
 Para dar ao homem uma prova de que nem tudo morre com o corpo, que a alma conserva a sua individualidade após a morte. A visão passageira basta para essa prova e para atestar a presença de amigos ao vosso lado e não oferece os inconvenientes da visão constante.
9ª Nos mundos mais adiantados que o nosso, os Espíritos são vistos com mais frequência do que entre nós? 
 Quanto mais o homem se aproxima da natureza espiritual, mais facilmente entra em relação com os Espíritos. A grosseria do vosso envoltório é que dificulta e torna rara a percepção dos seres etéreos.
10ª É racional assustar-se com a aparição de um Espírito? 
 Quem refletir deverá compreender que um Espírito, qualquer que seja, é menos perigoso do que um vivo. Os Espíritos, aliás, estão por toda parte e não tens a necessidade de vê-los para saber que podem estar ao teu lado. O Espírito que queira causar dano pode fazê-lo, e até com mais segurança, sem se visto. Ele não é perigoso por ser Espírito, mas pela influência que pode exercer no pensamento do homem, desviando-o do bem e impelindo-o ao mal.
NOTA. As pessoas que têm medo da solidão e do escuro, raramente compreendem a causa do seu pavor. Elas não saberiam dizer do que têm mais medo, mas certamente deveriam recear-se mais de encontrar homens do que espíritos, porque um malfeitor é mais perigoso em vida do que após a morte. Uma senhora de nosso conhecimento teve uma noite, em seu quarto, uma aparição tão bem definida que acreditou estar na presença de alguém e sua primeira sensação foi de pavor. Certificando-se de que ali não havia nenhuma pessoa, disse a si mesma: Parece que se trata apenas de um Espírito; posso dormir tranquila (Allan Kardec).
11ª Aquele que vê um Espírito poderia com ele conversar?
 Perfeitamente. E é o que se deve fazer nesse caso, perguntando quem é o Espírito, o que deseja e o que se pode fazer por ele. Se o Espírito for infeliz e sofredor, o testemunho de comiseração o aliviará. Se for um Espírito bondoso, pode acontecer que traga a intenção de dar bons conselhos.
a) Como o Espírito poderia responder?
 Às vezes falando, como uma pessoa viva; a maioria das vezes por uma transmissão de pensamentos.
Continuaremos no próximo estudo refletindo sobre as perguntas e respostas contidas em O Livro dos Médiuns, questão 100, através das quais compreendemos que a Vida continua e que o fato dos Espíritos não mais possuírem o corpo material, não os impede de continuar entre nós, os encarnados, de estabelecerem relações, se comunicarem, influenciando e sendo influenciados, em constante processo de sintonia, em que semelhantes se atraem e dessemelhantes se repelem.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap VI - 2ª Parte
KARDEC, Allan - A Gênese: 26.ed. Brasília: FEB, 1984 - Cap. XIV - item 35
Consultar Estudos Anteriores: 
ESTUDO 18: ITEM 57 – FORMAÇÃO DO PERISPIRITO: OS FLUÍDOS
ESTUDO 19: ITEM 57 – FORMAÇÃO DO PERISPIRITO
ESTUDO 20: ITEM 56 – PROPRIEDADES DO PERISPIRITO
ESTUDO 21: ITEM 56 – FUNÇÕES DO PERISPIRITO

Tereza Cristina D'Alessandro 
Maio / 2004


Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br

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