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segunda-feira, 21 de março de 2016

Causas do esquecimento do passado 1ª. PARTE

Causas do esquecimento do passado 1ª. PARTE

Objetivos: Conhecer as causas do esquecimento do passado / refletir sobre a bondade e sabedoria de Deus.

Você já tomou alguma atitude na vida da qual não gosta nem de lembrar?

              Quantos homens gostariam de poder, durante a vida, lançar um véu sobre seus primeiros anos! Quantos disseram, ao fim da caminhada: "Se devesse recomeçar eu não faria o que fiz"!

Por que a pessoa diz isto? Porque sente remorso ou vergonha de alguma coisa que fez.

Muitas pessoas não aceitam a idéia do esquecimento do passado de que fala o Espiritismo. Quando argumentamos que todo sofrimento tem uma causa justa e, se esta causa não está nesta vida, remonta, com certeza a uma existência pretérita, objetam-nos, 'às vezes, que seria injusto ser castigado por faltas que foram esquecidas, como se o esquecimento apagasse a falta! Dizem-nos por exemplo: "Uma justiça que é tramada em segredo e que não podemos pessoalmente avaliar, deve ser considerada como uma iniqüidade."

              Mas, antes de mais nada, não há para nós em tudo um mistério? O talozinho da erva que rebenta, o vento que sopra, a vida que se agita, o astro que percorre a abóbada silenciosa, tudo são mistérios. Se só devemos acreditar no que compreendemos bem, em que é que haveremos então de acreditar?

              Se um criminoso, condenado pelas leis humanas, cai doente e perde a memória das suas ações, segue-se daí que a sua responsabilidade desaparece ao mesmo tempo que as suas lembranças? Nenhum poder é capaz de fazer que o passado não tenha existido!

O esquecimento é total, absoluto? 

              Não! É bastante comum o passado para nós, renovar-se em forma de impressões, senão de lembranças definidas. Estas impressões, às vezes influenciam nossos atos; são as que não vêm da educação, nem do meio, nem da hereditariedade.

Ex. As simpatias e antipatias repentinas

              As intuições rápidas

              As idéias inatas

Um certo Capitão Florindo Batista, narra na revista "Ultra", de Roma, a interessante história que se segue:

              Sua esposa, grávida de 3 meses, teve uma visão quando se havia deitado, mas ainda perfeitamente acordada. Uma filhinha, morta havia 3 anos, lhe aparecera, e com voz muito doce lhe disse:

              — Mamãe, eu volto!

              Seis meses depois, sua esposa deu á luz, uma menina que se assemelhava inteiramente 'a sua irmã falecida. Quando esta menina contava com 6 anos de idade, um fato muito interessante aconteceu.

              Para que se compreenda esse fato, é preciso acrescentar, diz o capitão, que, durante a vida da filha que falecera, eles tinham uma criada suíça, de nome Mary, que só falava o francês e ensinara para a menina uma canção de sua Terra. Quando a menina morreu, Mary voltou para seu país e ele e sua esposa esqueceram-se totalmente da canção, até o dia em que estando em seu quarto de trabalho, ouviram ambos, a famosa cantilena.

              Emocionados e estupefatos, seguindo para o quarto da menina, de onde vinha o som, encontraram a nova filhinha, sentada na cama, cantando com sotaque nitidamente francês, a canção que ninguém havia lhe ensinado. 

             Sua esposa, evitando parecer muito espantada, perguntou-lhe:
              — Quem te ensinou essa bela canção?

              — Ninguém; eu a sei de mim mesma. Respondeu ela, e acabou de cantá-la alegremente como se nunca tivesse cantado outra em sua vida.

              Livro dos Espíritos questão 393.

              ... "se não temos, durante a vida corpórea, uma lembrança precisa daquilo que fomos, e do que fizemos de bem ou de mal em nossas existências anteriores, temos, entretanto, a sua intuição." 

Intuição = buscar no subconsciente, no acervo do passado ou nas experiências. Para isto, basta descermos a nós mesmos, estudarmo-nos com atenção, para tornarmos a encontrar em nossos gostos, em nossas tendências, em traços do nosso caráter, numerosos vestígios desse passado. O que constitui o caráter? Conjunto das qualidades e dos defeitos, dos gostos e das aspirações, tudo o que transborda da consciência profunda para a consciência normal. Infelizmente, mui poucos de nós se entregam a esse exame com método e atenção. 

              E as nossas tendências instintivas são uma reminiscência do nosso passado, 'as quais a nossa consciência, ( que representa o desejo por nós concebido de não mais cometer as mesmas faltas), adverte que devemos resistir.

              Em todas as épocas da história, homens, que graças a disposições excepcionais do seu organismo psíquico, conservam recordações das suas vidas passadas.

Ex. Pitágoras se recordava pelo menos de três das suas existências e dos nomes que, em cada uma delas usava.

              No livro "O que é o Espiritismo", Kardec responde a seguinte colocação:             
  "Eu não entendo como o homem pode aproveitar a experiência adquirida em suas existências anteriores, se delas não se lembra, porque, desde o momento que delas não se recorda, cada existência é para ele como se fosse a primeira e, assim, tem sempre que recomeçar..."

              Kardec -" ... o Espírito não perde nada daquilo que adquiriu no passado: ele não esquece senão a maneira pela qual adquiriu a experiência".

Ex. para o aluno pouco importa saber onde, como e sob a orientação de que professores ele fez o ano anterior se, alcançando a 4a série ele sabe o que se aprende na anterior.

              O que importa é trazer consigo os frutos úteis do passado, isto é, as capacidade adquiridas; é esse o instrumento de trabalho, o meio de ação do Espírito.

Conclusão no próximo estudo.

Bibliografia:

 Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - questões 393 / 399

Allan Kardec - O que é o espiritismo - pág. 65 / 66 / 67

Leon Denis - O Problema do ser, do destino e da dor - pág. 217 / 228 / 229 / 230 / 231 / 232 / 233 / 235

Emmanuel - Emmanuel - pág. 82 / 83

Victor Hugo - O solar de Apolo - pág. 124 / 125 

Mocidade Espírita Batuira
 Maria Sueli Bertoldi Pereira 

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