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segunda-feira, 21 de março de 2016

ESTUDO 51a O LIVRO DOS MÉDIUNS - SEGUNDA PARTE DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS – CAPITULO XIII - PSICOGRAFIA Itens 146 a 151

O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)


Por

ALLAN KARDEC


Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS


CAPITULO XIII

PSICOGRAFIA

Estudo 51a - Itens 152 a 156


Em estudo anterior, vimos que a escrita tem a vantagem de demonstrar de maneira mais material a intervenção os Espíritos, deixando traços que podemos conservar, como fazemos com nossa correspondência. O primeiro meio empregado foi o das pranchetas e das cestas munidas de lápis, e era chamado de psicografia indireta. A seguir, veremos a psicografia direta ou manual, conforme descrição feita por Allan Kardec.
A psicografia direta ou manual é obtida pelo próprio médium. Para se compreender este processo, é necessário saber como se verifica a operação. O Espírito comunicante atua sobre o médium que, sob essa influência, move maquinalmente o braço e a mão para escrever, sem ter (é pelo menos o caso mais comum) a menor consciência do que escreve; a mão atua sobre a cesta e a cesta sobre o lápis. Assim, não é a cesta que se torna inteligente; ela não passa de um instrumento manejado por uma inteligência; não passa, realmente, de uma lapiseira, de um apêndice da mão, de um intermediário, entre a mão e o lápis. Suprima-se esse intermediário, coloque-se o lápis na mão e o resultado será o mesmo, com um mecanismo muito mais simples, pois que o médium escreve como o faz nas condições ordinárias. Dessa maneira, toda pessoa que escreve com a cesta, prancheta, ou qualquer outro objeto, pode escrever diretamente. De todos os meios de comunicação, a escrita manual, que alguns denominam escrita involuntária, é, sem contestação, a mais simples, a mais fácil e a mais cômoda, porque nenhum preparativo exige e se presta, como a escrita comum, às dissertações mais extensas. Esse assunto será aprofundado quando estudarmos os médiuns.
No começo dessas manifestações, quando ainda não se tinha ideias precisas a respeito, muitas publicações foram feitas com os títulos: Comunicações de uma mesa, de uma cesta, de uma prancheta, etc. Hoje, tais expressões são impróprias, ou errôneas, abstração feita do caráter pouco sério que revelam. Efetivamente, como acabamos de ver, as mesas, pranchetas e cestas não são mais do que instrumentos inteligentes, embora animados, por instantes, de uma vida factícia. Nada dizem por si mesmas e entender o contrário seria tomar o efeito pela causa, o instrumento pelo princípio. Fora o mesmo que um autor declarar, no título da sua obra, tê-la escrito com uma pena metálica ou com uma pena de pato. Esses instrumentos, aliás, não são exclusivos. Tem-se o conhecimento de alguém que, em vez da cesta-pião, usava um funil, em cujo gargalo introduzia o lápis. Poderia, pois, haver comunicações através de um funil, do mesmo modo que de uma caçarola ou de uma saladeira. Se elas são obtidas por meio de pancadas com uma cadeira, ou uma bengala, já não há uma mesa falante, mas uma cadeira, ou uma bengala falantes. Como se vê, o que importa conhecer não é o instrumento e, sim, o modo de obtenção das comunicações. Se a obtemos pela escrita, qualquer que seja o aparelho que sustente o lápis trata-se de psicografia; se por meio de pancadas, tiptologia.
Tomando o Espiritismo as proporções de uma ciência, indispensável se lhe torna uma linguagem científica.
Recordando que o Espiritismo não inventou e nem descobriu essas manifestações, mas as estudou em profundidade, inclusive através da psicografia utilizada pelos Espíritos para diminuir a distância entre os mundos Material e Espiritual, derramando sobre a Terra páginas de consolação e esperança, esclarecimentos e orientações, é que percebemos a importância desse meio de comunicação e o que ele representou para a própria divulgação da Doutrina Espírita.

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XIII - 2ª Parte.


Tereza Cristina D'Alessandro
Novembro / 2005


Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br

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