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terça-feira, 1 de setembro de 2015

ceuinferno_018_1a. parte capítulo IX- Os demônios- Os demônios segundo a Igreja (itens 7 a 19)

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1a. parte capítulo IX - Os demônios - 

Os demônios segundo a Igreja (itens 7 a 19)


1. Expilique com base no que você já estudou:

a) Como a Igreja define os anjos:

b) Como os demônios são explicados pela Igreja:

c) Qual é a função dos anjos decaídos?

2. Por que se poderia dizer que esta doutrina não se coaduna com a Justiça Divina?

3. Na sua opinião, por que a Igreja criou a doutrina dos Anjos?

4. Esta doutrina nega ou reafirma os atributos de Deus? Por quê?

Conclusão:

1. 

a) Como seres criados a parte na obra de Deus; são superiores aos homens e já nascem perfeitos, ou seja, têm natureza angélica e são destinados ao bem e servem de elo entre Deus e os homens.

b) Deus criou todos os seres para o bem, porém, alguns se rebelaram e escolheram o caminho do mal; assim, surgiram os demônios, seres dedicados exclusivamente ao mal, perversos e contra Deus. Seriam a antítese dos anjos.

c) Dedicam-se a forjar armadilhas para desviar os homens do caminho do bem, conquistando, assim adeptos ao "reino do mal" que habitam.

2. Deus que é soberanemente justo e bom, não criaria seres que, de antemão, já estavam destinados ao mal, apenas para colocar a prova o homem. Se pensarmos bem para que o homem precisaria de demônios se ele mesmo é capaz de criar seu próprio inferno?

3. Para coagir pelo medo numa época em que, talvez, isso fosse necessário. O problema é que a humanidade evoluiu e a Igreja ficou parada num tempo de terrorismo que não mais se justifica.

4. Nega de todas as maneiras. Deus não permitiria que existissem seres com a única função de provocar a derrocada do homem. Se permitisse não seria justo nem bom. Se não pudesse impedir, não seria Deus pois que não teria controle sobre a própria criação.

Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. Mas, porventura, Deus seria justo e bom se houvera criado seres destinados eternamente ao mal e a permanecerem eternamente desgraçados ? Se há demônios, eles se encontram no mundo inferior em que habitais e em outros semelhantes. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus mau e vingativo e que julgam agradá-lo por meio das abominações que praticam em seu nome.
(...)

Os homens fizeram com os demônios o que fizeram com os Anjos. Como acreditaram na existência de seres perfeitos desde toda a eternidade, tomaram os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. Por demônios se devem entender os Espíritos impuros, que muitas vezes não valem mais do que as entidades designadas por esse nome, mas com a diferença de ser transitório o estado deles. São Espíritos imperfeitos, que se rebelam contra as provas que lhes tocam e que, por isso, as sofrem mais longamente, porém que, a seu turno, chegarão a sair daquele estado, quando o quiserem. Poder-se-ia, pois, aceitar o termo demônio com esta restrição. Como o entendem atualmente, dando-se-lhe um sentido exclusivo, ele induziria em erro, com o fazer crer na existência de seres especiais criados para o mal. Satanás é evidentemente a personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram com a figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contra-senso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representaram os Anjos, os puros Espíritos, por uma figura radiosa, de asas brancas, emblema da pureza; e Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões vis. O vulgo, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses emblemas individualidades reais, como vira outrora Saturno na alegoria do Tempo. (LE, q. 131)

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