14 recordação das existencias
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PROVAS VOLUNTÁRIAS
Perguntais se é permitido aliviar vossas
próprias provas. Esta pergunta, se relaciona com esta outra," É permitido
a quem se afoga, procurar salvar-se? A quem se espeta um espinho, procurar
extirpá-lo? Ao que está enfermo, se chamar um médico?
O objetivo das provas, é exercitar a
inteligência, bem como a paciência e a resignação.
Um homem pode nascer em situação penosa e
embaraçosa, exatamente para ser obrigado a buscar os meios de vencer as
dificuldades. O mérito está em suportar o inevitável. É necessário bem
distinguir. Não debiliteis vosso corpo com inúteis privações e macerações sem
propósito, porque tendes necessidade de todas as forças.
Martirizar voluntariamente vosso corpo, é
infringir a lei de Deus, O cilício em benefício do próximo é abençoado por
Deus, Se quiserdes um cilício, aplicai-o à vossa alma e não ao corpo. (UM ANJO
DA GUARDA)
Em vez de buscar a paz do coração, única e
real felicidade aqui na Terra, o homem é ávido de tudo quanto agitá-lo e
perturbá-lo e- coisa singular! Parece que a prosperidade cria os próprios
tormentos, quando está em suas mãos evitá-los.
Há-os porventura, maiores que os causados
pela inveja e pelo ciúme? Para o invejoso e para o ciumento, não há repouso; é
uma febre continua. A prosperidade dos rivais dá-lhes vertigens.
A estes não se aplica as Bem-Aventuranças,
ao contrário, quantos tormentos a si mesmo evita, aquele que sabe contentar-se
com o que tem
Esses é que são os tormentos voluntários
para os que buscam os prazeres perecíveis. (FÉNELON)
VERDADEIRA DESGRAÇA
A verdadeira desgraça, não é a que os
homens supõem. Essas são para aqueles que só enxergam o presente. Dizei-me se
um acontecimento momentaneamente feliz, mas de funestas conseqüências, não é
realmente mais desgraçado que um outro que inicialmente causando uma viva
contrariedade, acaba produzindo um bem?
HÁ MALES QUE VEM PARA O BEM
Para julgar uma coisa, é mister saber as
conseqüências, Para o homem, é necessário transportar-se além da vida, porque é
ali que se fazem sentir as conseqüências.
Esperai, vós que chorais
Tremei vós que rides
A verdadeira desgraça é a que surpreende a
alma enfraquecida pela indiferença e pelo egoísmo. (DELFINA DE GERARDIN)
Por outro lado: desde que não haja intenção
de buscar a morte, não há suicídio. Mas sacrifício e abnegação na ajuda ao
próximo, mesmo que se tenha certeza de perecer. (SÃO LUIZ)
PROVEITO PARA ALGUÉM DOS NOSSOS
SOFRIMENTOS
Tais sofrimentos podem proveitosos para os
outros material e moralmente. Materialmente, se, pelo trabalho, privações e os
sacrifícios que se impõem contribuem para o bem estar material do próximo;
moralmente pelo exemplo que dão a sua submissão à vontade de Deus.
Esse exemplo do poder da fé Espírita, pode
estimular os infelizes a resignação, salva-los do desespero e de funestas
conseqüências para o futuro. (SÃO LUIZ) Paris 1860.
DEVEMOS POR TERMO ÀS PROVAS
ALHEIAS?
Se estas na Terra de expiação e provas,
tudo o que vos acontece, é conseqüência das vidas anteriores. A justiça de Deus
deve seguir o seu curso. Mas vejamos que meios nosso Pai do Céu pôs ao nosso
alcance para aliviar os sofrimentos de meus irmãos vejamos se nossos conforto
moral, nosso apoio material e nossos conselhos poderão ajuda-lo. Ajudai-os
sempre, mas lembrando que só Deus é quem pode fazer essa prova cessar ou
continuar. (BERNARDIM)
É LÍCITO ABREVIAR A VIDA DE QUEM
SOFRE MAL INCURÁVEL?
Quem vos dá o direito de prejulgar o
designo de Deus? Qualquer que seja o estado de um moribundo, ninguém pode
assegurar que haja soado a sua última hora. O materialista que só vê o corpo e
nada se importa com a alma, não pode compreender tais coisas Mas o Espírita que
sabe o que se passa além do túmulo, conhece o valor dos últimos instantes.
Mitiguei os últimos sofrimentos quanto
puderes, mas não cuideis de abreviar a vida, por um minuto que seja, porque
esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro (SÃO LUIZ)
SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA
Quer o homem se mate, quer se faça matar, o
objetivo é sempre o mesmo de abreviar a vida e, por conseguinte, há suicídio de
intenção embora não de fato.
Intenção premeditada, anula o mérito da
ação. (SÃO LUIZ)
DESAVENÇA FAMILIAR - OSVALDO SHIMODA
É nas famílias onde costumam se reunir os
inimigos do passado.
Chico Xavier
O líder de movimentos da década de 60
e Prêmio Nobel da Paz que buscava o respeito aos direitos dos negros e o fim da
discriminação e segregação racial nos EUA, Martin Luther King, dizia: Nós
aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos
ainda a conviver como irmãos; o amor é a única força capaz de transformar um
inimigo num amigo.
Suas palavras servem de reflexão para
todos nós, pois tivemos grandes avanços tecnológicos, científicos e materiais;
porém, isso não ocorreu na mesma proporção no convívio pacífico entre os seres
humanos, principalmente, no lar, dentro das famílias.
No meu entender, dentre todos os
relacionamentos, a relação familiar é o mais importante. Mas por quê?
Porque na vida tudo passa: emprego,
poder, prestígio, status, dinheiro, mas o que permanece com você é a sua
família, principalmente, nos momentos difíceis da vida ou mesmo na velhice.
Onde você renova as suas energias antes de ir para o trabalho ou nos momentos
de lazer? Onde fica o seu Porto seguro?
A quem você recorre quando fica doente ou
em crise? É fundamental, portanto, assegurar um ambiente familiar agradável e
saudável.
Mas, lamentavelmente, o que observo com os
meus pacientes e nos noticiários, são fartas reportagens envolvendo desavenças
familiares que, muitas vezes, acabam em tragédias, em assassinatos.
Por que há famílias que se dão muito bem,
enquanto que em outras estão sempre em pé-de-guerra, um verdadeiro barril de
pólvora, prestes a estourar a qualquer momento?
Muitos acreditam que família é o resultado
de um mero encontro fortuito, onde seus membros estão juntos por acaso.
Acreditam, portanto, que uma família que se dá bem e o ambiente em geral é
harmonioso, é porque os seus membros são pessoas sensatas, equilibradas e
civilizadas; agora, se o ambiente familiar é carregado de conflitos, brigas
constantes, pautadas na maior parte do tempo em agressões, desrespeito e
desentendimentos, é porque essa família é imatura e desequilibrada. Tais
explicações em parte fazem sentido, mas, ainda assim, é um pensamento
reducionista e simplista. Por isso, é preciso ampliar a visão de família dentro
de uma ótica reencarnacionista.
Não foi por acaso que o grande médium
Chico Xavier afirmou: É nas famílias onde costumam se reunir os inimigos do
passado. Ao usar a expressão inimigos do passado, ele estava se referindo aos
desafetos de outras encarnações os quais prejudicamos.
Neste aspecto, a família não é o resultado
de um mero encontro fortuito, onde todos estão juntos por acaso. E não é por
acaso também que ocorrem conflitos, discórdia no lar.
Na verdade, todos estão juntos por
afinidades cármicas, ou seja, por terem se prejudicado numa existência passada.
Desta forma, a família atende a uma finalidade clara que é proporcionar a todos
um aprendizado, uma grande oportunidade - através da convivência - de transformar
laços de ódio em amor. É o que constatei em meu consultório, após ter conduzido
mais de 8000 sessões de regressão com a TER (Terapia Regressiva Evolutiva) - A
Terapia do Mentor Espiritual, abordagem psicológica e espiritual breve,
canalizada por mim pelos Espíritos Superiores do Astral.
Nesta terapia, é comum o mentor espiritual
do paciente (ser desencarnado de elevada evolução espiritual, responsável
diretamente pelo nosso aprimoramento espiritual) lhe revelar que ele e sua
família estão presos, amarrados por um laço antigo de brigas, discórdias, ódio,
desamor e desunião, que se repete em várias encarnações; portanto, esse laço
tem que ser desfeito, caso contrário, a vida de todos não irá deslanchar. E
para ser desfeito, a chave da libertação é a reconciliação, o perdão de todos
os envolvidos.
Mas de todas as relações familiares, há uma
que é a mais forte, mais visceral, que é a relação mãe e filho. Explica o
motivo do porquê a providência divina levar dois inimigos de uma vida passada
reencarnarem justamente como mãe e filho.
Na maternidade, a mulher gera de seu
ventre, de suas entranhas, um pequeno ser e, nessa relação, as condições tendem
a ser mais propícia para que ambos - outrora desafetos do passado - se amem e
se reconciliem.
Já presenciei uma paciente regredir
ao útero materno e identificar a sua mãe como uma inimiga que tirou sua vida
numa existência passada e, por conta disso, se recusar, dificultar ao máximo o
seu nascimento. Mas, após ser orientada pelo seu mentor espiritual de que ela
veio na vida atual para se reconciliar com o seu desafeto (mãe), a relação com
sua mãe melhorou consideravelmente. Através do amor, da reconciliação, o laço
de ódio que as unia foi rompido.
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