5 _ XXII COMEERJ
Pólo IV Cafarnaum
8º CRE Nova Friburgo
Educação e Vivências
A Terra mais se assemelha a um gigantesco laboratório, onde se elaboram os mais diversos elementos espirituais, em retortas e tubos de ensaio os mais variados em suas configurações, ensejando o acrisolamento de caracteres, de sentimentos, possibilitando que as almas se alcandorem na busca incessante do Criador.
Desde os pródromos da Civilização, quando se forjavam as mais diferentes sociedades, os indivíduos foram sentindo a necessidade de se ajustar às injunções das Leis que regem a vida em toda parte, iniciando pelo cerne do próprio homem, a fim de melhor atuar pelos caminhos terrenos.
Nessa polimilenária viagem anelando o progresso geral, não tendo sido poucas as vivências das criaturas, dentro de multiplicada gama de reencarnações, exigindo em cada uma delas todo um leque de orientações, de instruções, capazes de permitir que o ser pense e viva melhor, conseguindo arrimar-se sempre mais aos ensinos celestes que, aos poucos, mas continuadamente, inundaram o planeta, sustentando os seus habitantes na rota para a perfeição.
É nessa infinda movimentação ao redor das almas humanas que identificamos a ação educativa da vida, nos seus mais amplos ou singelos matizes, ensinando a quem estivesse atendo, o modo pelo qual ela se estruturava, podendo assumir certos formatos, de conformidade com os grupos sociais que a vivenciava, ou, ainda, de acordo com os indivíduos que por ela se pautavam.
Ao longo das épocas, um contingente formidável de pensadores hão se posicionado na esteira dos estudos, das pesquisas e práticas educacionais, ofertando à humanidade um vasto contributo de luzes, tanto ao nível do intelecto, quanto ao nível dos procedimentos éticos e morais, visando facilitar a iluminação das estradas terrenas, por onde transitam as criaturas de Deus.
Platão, ao ensinar que a educação é o único valor que se pode levar para o Além, afirmava que ela somente existe quando o ser humano consegue se libertar das ilusões das percepções meramente sensoriais e avançar para a realidade, alcançando as estâncias do bem, admitindo mesmo que a educação devia ser tida como a arte de converter a alma para o bem.
Valorizando a auto-educação, e tendo-a como o durame da sua pedagogia, Sêneca estabelece que o querer e a atitude moral estão em nível mais alto do que a própria razão, enquanto Comênio, apaixonado pelo aprendiz, se apresenta com seu otimismo realista, afirmando que todo ser humano tem como propriedade o poder aprender e ser educado, chegando a pontificar que para todo e qualquer nível de corrupção somente por meio de portentosa educação encontrar-se-á a solução.
No passar dos séculos, é com Leibniz que ouviremos a afirmativa de que a educação é capaz de tudo vencer, sendo a ele atribuída a sentença que diz: Dai-nos a educação na mão e em menos de um século modificaremos o caráter da Europa.
Pestalozzi, na velha Suíça, proclama a importância do lar paterno como sendo o alicerce para a educação natural e perfeita da humanidade.
Ao seu tempo, Steiner, o pai da antropossofia, enfatiza o seu pensamento de que uma vez que vida é transformação, não será mais importante que nos preocupemos com o concluído ou com o definitivo, mas, sim, com a capacidade dos indivíduos de estarem permanentemente abertos para aprender e renovar-se.
Por seu turno, o emérito educador Prof. Rivail tudo investia por desenvolver uma educação pró-responsabilidade, explorando o poder de discernimento dos seus educandos, e, ao cognominar-se Allan Kardec, com a codificação do Espiritismo, estabelece que educar é promover mudança de hábitos, transformando moralmente a pessoa.
É com o excelente Jesus, filho de José e de Maria, entretanto, que aprenderemos a compatibilizar a educação com cada uma das vivências no mundo, pois é através dos Seus ensinamentos e dos Seus exemplos que logramos perceber que os caminhos do bem e da auto-transformação não existem para que sejam observados, discutidos ou descritos, mas, para que sejam trilhados. Assim, para cada vivência, para todo e qualquer momento, a mensagem de Jesus apresentava todo um conteúdo educativo, fomentando bem-querer, fraternidade, indulgência, perdão, fidelidade ao bem, auto-definição.
Agora, quando o mundo atual, conturbado, se debate em mil e um conflitos, num tempo em que grassam teses, teorizações e opiniões sobre tudo, muito próprias algumas, disparatadas outras, dúbias tantas, imaturas incontáveis, tomamos a liberdade de convidar aos queridos companheiros do mundo, que se angustiam com o que estão vendo e vivendo, e que se indagam perante toda essa avalanche de confusões e despautérios, para que pensemos, juntos, em torno de alguns tópicos que nos têm chamado a atenção, procurando examiná-los sob a mirífica visão da veneranda Doutrina Espírita, que nos faculta calma, orientação e disposição para avançar, sempre dignos, pelas alamedas do mundo.
Na singeleza em que se expressam, tais comentários pretendem oferecer algum outro enfoque para quem o esteja buscando, instigando novas reflexões sobre a liberdade de viver, associada às responsabilidades incontáveis do cotidiano.
Desse modo, na certeza de que carecemos revisar nossos conceitos de educação social, nossos entendimentos sobre a moral divina, sempre vigente, eternal, diante da variegada gama de morais de época, estabelecidas pelas sociedades, em consonância com os apetites e interesses passageiros dessas comunidades, apresentamos às tuas considerações, amigo leitor, mais este pequeno trabalho, exorando do celeste Educador as energias das quais todos necessitamos, a fim de que nós todos, os que nos movemos nos dois campos da Vida, o visível e o invisível, conquistemos a luz da qual sentimos falta, para que, com os empenhos indispensáveis e intransferíveis, nos identifiquemos com a Crística Mensagem, o que nos permitirá acercar-nos mais e mais das Esferas da Grande Luz do Criador.
Camilo
(Do Livro: Educação & Vivências -
Psicografado por José R. Teixeira)
domingo, 31 de maio de 2015
CENTRO DE ORIENTAÇÃO
E
EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA COEM II
SOCIEDADE ESPÍRITA 20/30
2a. PARTE - RESUMOS DAS UNIDADES
UNIDADE PRÁTICA 10 - IRRADIAÇÃO TÉCNICA A SER SEGUIDA
ROTEIRO
* Possibilidade de auxílio pela irradiação
* Emissão fluídica e sua qualidade
* Sintonia e doação
* Técnica de irradiação RE-set 1865, pag 253; NDM-17; EM-27; PVE-31; Em.
Independentemente da mediunidade ostensiva, todos podemos auxiliar o próximo, se tivermos amor e vontade firme de o fazer.
Quanto à técnica a ser usada, devemos lembrar, em primeiro lugar, que os fluidos ou forças magnéticas, psíquicas e espirituais, também se submetem à lei de proporções. Isto é, não é pelo fato de alguém pedir excessivamente em favor de muitos que conseguirá o seu desiderato.
Cada um de nós movimenta uma certa quantidade relativa dessas forças que podem ser ajuntadas com as do mundo espiritual, proporcionalmente, sendo então carreadas para o seu objetivo.
Assim, devemos focalizar o nosso pensamento, restringindo-o a uma certa área, pessoa ou grupo de pessoas, para que ele seja o sustentáculo dessa mesma força. Isto quer dizer que a nossa irradiação deve focalizar alguém, alguns, ou uma situação determinada, cientes de que os pedidos feitos genericamente em favor de todos os necessitados não alcançam objetivamente os seus fins, valendo apenas pela intenção de quem irradia.
Nosso pedido individual, como uma cota proporcionada, se soma aos outros e são capazes, assim ajuntados, de auxiliar o objeto da irradiação.
A pessoa que irradia, estando já em concentração e prece, focaliza, pela sua vontade, o objeto de sua irradiação e transmite aquilo que deseja: paz, conforto, coragem, saúde, equilíbrio, paciência, etc. O potencial movimentado é aplicado de acordo com os critérios que o mundo espiritual achar conveniente.
Sugerimos aos grupos mediúnicos os seguintes procedimentos:
Em ficha apropriada, registrar o nome, idade, endereço e motivo pelo qual se está solicitando irradiação para determinada pessoa;
Na reunião programada, as fichas de irradiação são levadas para atendimento, em quantidade compatível com o grupo e a disponibilidade de tempo;
O dirigente lerá, de cada ficha, uma a uma, em voz alta, o nome, idade e endereço do receptor;
Após a leitura de cada ficha, o grupo se concentra, sintoniza e, com o auxílio dos amigos espirituais e pela vontade, com muito amor e vontade de auxiliar e de se doar, deseja que as energias e fluidos sejam canalizados para o solicitante, levando a ele bem-estar, conforto, consolo, força, fé, coragem, paz e harmonia.
Cada irradiação deve durar no mínimo um minuto para que todas as etapas da doação energética possam ser cumpridas.
Cada caso pode ser lido e atendido em até cinco reuniões consecutivas, sendo sempre anotada , em campo próprio na ficha, a data de cada atendimento.
LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
CENTRO ESPÍRITA LUZ ETERNA CELE
Avenida Desembargador Hugo Simas, 137 Bom Retiro
80520-250 Curitiba Paraná Brasil
www.cele.org.br cele@cele.org.br
REDAÇÃO: Equipe do CELE
09 esboço de o livro dos médiuns
10=33
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 2 - Manifestações Físicas
Manifestações Inteligentes
65 No que acabamos de ver, seguramente não há nada que nos revele a intervenção de um poder oculto, e esses fatos poderiam perfeitamente se explicar pela ação de uma corrente elétrica ou magnética ou de um fluido qualquer. Essa foi, de fato, a primeira solução dada a tais fenômenos, e com razão podia passar por muito lógica. Ela teria, sem contestação, prevalecido se outros fatos não tivessem demonstrado a sua insuficiência; esses fatos são as provas de inteligência que eles revelaram; acontece que, como todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente, ficou evidente que, mesmo admitindo que a eletricidade ou qualquer outro fluido exercesse uma ação, havia a presença de uma outra causa. Que causa era essa? Qual seria essa inteligência? É o que a sequência das observações fez conhecer.
66 Para que uma manifestação seja inteligente, não é necessário que seja eloquente, espirituosa ou sábia; basta que seja um ato livre e voluntário, que exprima uma intenção ou responda a um pensamento. Seguramente, quando se vê um cata-vento girando, é certo que obedece apenas a uma impulsão mecânica do vento, mas, caso se reconhecesse nos movimentos do cata-vento sinais intencionais, se girasse à direita ou à esquerda, rapidamente ou com lentidão, atendendo a um comando, seria forçoso admitir não que o cata-vento é inteligente, mas que obedece a uma inteligência. É o que aconteceu com a mesa.
67 Vimos a mesa se mover, levantar-se, dar pancadas sob a influência de um ou de vários médiuns. O primeiro efeito inteligente notado foi o de ver esses movimentos obedecer a um comando; assim, sem mudar de lugar, a mesa se levantava alternativamente sobre o pé designado; depois, ao cair, batia um número determinado de vezes, respondendo a uma questão. Outras vezes a mesa, sem o contato da pessoa, passeava sozinha pela sala, indo à direita ou à esquerda, para frente ou para trás, executando diversos movimentos, atendendo à ordem dos assistentes. É evidente que afastamos toda a suposição de fraude, que admitimos a perfeita lealdade dos assistentes, atestada por sua honorabilidade e seu absoluto desinteresse. Falaremos mais adiante das fraudes contra as quais é prudente se manter em guarda.
68 Por meio das batidas e especificamente dos estalos no interior da madeira de que acabamos de falar, constatamos efeitos ainda mais inteligentes, como a imitação do rufar de tambores, do detonar de armas de guerra com fogo de fila ou do pelotão, da descarga de canhões; depois, o ruído de uma serra, as batidas de martelo, o ritmo de diferentes melodias etc. Era, como se compreende, um vasto campo aberto à exploração. Depois se presumiu que, uma vez que aí houvesse uma inteligência oculta, deveria poder responder a perguntas, e ela respondeu, de fato, por sim ou não, de acordo com um número de batidas convencionadas. Eram respostas bem insignificantes, por isso surgiu a ideia de fazer designar por batidas cada uma das letras do alfabeto e de compor, assim, palavras e frases.
69 Esses fatos, repetidos à vontade por milhares de pessoas e em todos os países, não podiam deixar dúvida sobre a natureza inteligente das manifestações. Foi então que surgiu uma nova explicação para o fato pela qual essa inteligência não seria outra senão a do médium, do interrogador ou mesmo dos assistentes. A dificuldade era explicar como essa inteligência podia se refletir na mesa e se exprimir por meio de batidas, desde que se averiguou que, se as batidas não eram dadas pelo médium, eram dadas, então, pelo pensamento; mas, se o pensamento provocasse as batidas, resultava num fenômeno ainda mais prodigioso do que se havia pensado e presenciado. A experiência não tardou em demonstrar a impossibilidade de tal opinião. De fato, as respostas se encontravam geralmente em oposição formal ao pensamento dos assistentes, muito além do alcance intelectual do médium e mesmo em línguas ignoradas por ele ou relatando fatos desconhecidos por todos. Os exemplos são tão numerosos que é quase impossível que alguém que tenha se ocupado um pouco das comunicações espíritas não os tenha testemunhado muitas vezes. Em relação a isso, citaremos apenas um exemplo, que nos foi relatado por uma testemunha ocular.
70 Num navio da marinha imperial francesa, em missão nos mares da China, toda a tripulação, desde os marinheiros até o estado-maior, se ocupava da experiência das mesas falantes. Tiveram a ideia de evocar o Espírito de um tenente desse mesmo navio, morto há dois anos. Ele veio e, depois de diversas comunicações que impressionaram a todos, disse o que se segue, por meio de batidas: Eu vos suplico insistentemente que paguem ao capitão a soma de... (ele indicava a quantia), que eu lhe devo e que lamento não ter podido lhe reembolsar antes de morrer. Ninguém conhecia o fato; o próprio capitão tinha esquecido o débito, que, aliás, era muito pequeno; mas, ao verificar os seus apontamentos, encontrou a anotação da dívida do tenente, e a quantia indicada era perfeitamente exata. Perguntamos: do pensamento de quem essa indicação podia ser reflexo?
71 Aperfeiçoou-se a arte das comunicações pelas pancadas alfabéticas, mas o processo era muito lento; porém, obteve-se algumas comunicações de certa extensão, assim como interessantes revelações sobre o mundo dos Espíritos. Eles mesmos indicaram outros meios, e assim se deve a eles a descoberta das comunicações escritas.
As primeiras comunicações assim recebidas aconteceram prendendo- se um lápis ao pé de uma mesa leve, colocada sobre uma folha de papel. A mesa, uma vez em movimento pela influência de um médium, punha-se a traçar caracteres, depois palavras e frases. Simplificou-se sucessivamente esse processo, com mesinhas do tamanho da mão, feitas para isso, depois com cestas, caixas de papelão e, por fim, com simples pranchetas. A escrita era tão corrente, tão rápida e tão fácil como a manual, mas reconheceu-se mais tarde que todos esses objetos eram, definitivamente, apenas apêndices, verdadeiras lapiseiras desnecessárias desde que o próprio médium segurasse com a sua mão o lápis; a mão levada por um movimento involuntário escrevia sob o impulso dado pelo Espírito e sem a ajuda da vontade ou do pensamento do médium. Desde então, as comunicações do além-túmulo são como a correspondência habitual entre os vivos. Voltaremos a esses diferentes meios, que explicaremos detalhadamente; resumimos para mostrar a sucessão dos fatos que conduziram à constatação, nesses fenômenos, da intervenção de inteligências ocultas, ou seja, de Espíritos.
10=33
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 2 - Manifestações Físicas
Manifestações Inteligentes
65 No que acabamos de ver, seguramente não há nada que nos revele a intervenção de um poder oculto, e esses fatos poderiam perfeitamente se explicar pela ação de uma corrente elétrica ou magnética ou de um fluido qualquer. Essa foi, de fato, a primeira solução dada a tais fenômenos, e com razão podia passar por muito lógica. Ela teria, sem contestação, prevalecido se outros fatos não tivessem demonstrado a sua insuficiência; esses fatos são as provas de inteligência que eles revelaram; acontece que, como todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente, ficou evidente que, mesmo admitindo que a eletricidade ou qualquer outro fluido exercesse uma ação, havia a presença de uma outra causa. Que causa era essa? Qual seria essa inteligência? É o que a sequência das observações fez conhecer.
66 Para que uma manifestação seja inteligente, não é necessário que seja eloquente, espirituosa ou sábia; basta que seja um ato livre e voluntário, que exprima uma intenção ou responda a um pensamento. Seguramente, quando se vê um cata-vento girando, é certo que obedece apenas a uma impulsão mecânica do vento, mas, caso se reconhecesse nos movimentos do cata-vento sinais intencionais, se girasse à direita ou à esquerda, rapidamente ou com lentidão, atendendo a um comando, seria forçoso admitir não que o cata-vento é inteligente, mas que obedece a uma inteligência. É o que aconteceu com a mesa.
67 Vimos a mesa se mover, levantar-se, dar pancadas sob a influência de um ou de vários médiuns. O primeiro efeito inteligente notado foi o de ver esses movimentos obedecer a um comando; assim, sem mudar de lugar, a mesa se levantava alternativamente sobre o pé designado; depois, ao cair, batia um número determinado de vezes, respondendo a uma questão. Outras vezes a mesa, sem o contato da pessoa, passeava sozinha pela sala, indo à direita ou à esquerda, para frente ou para trás, executando diversos movimentos, atendendo à ordem dos assistentes. É evidente que afastamos toda a suposição de fraude, que admitimos a perfeita lealdade dos assistentes, atestada por sua honorabilidade e seu absoluto desinteresse. Falaremos mais adiante das fraudes contra as quais é prudente se manter em guarda.
68 Por meio das batidas e especificamente dos estalos no interior da madeira de que acabamos de falar, constatamos efeitos ainda mais inteligentes, como a imitação do rufar de tambores, do detonar de armas de guerra com fogo de fila ou do pelotão, da descarga de canhões; depois, o ruído de uma serra, as batidas de martelo, o ritmo de diferentes melodias etc. Era, como se compreende, um vasto campo aberto à exploração. Depois se presumiu que, uma vez que aí houvesse uma inteligência oculta, deveria poder responder a perguntas, e ela respondeu, de fato, por sim ou não, de acordo com um número de batidas convencionadas. Eram respostas bem insignificantes, por isso surgiu a ideia de fazer designar por batidas cada uma das letras do alfabeto e de compor, assim, palavras e frases.
69 Esses fatos, repetidos à vontade por milhares de pessoas e em todos os países, não podiam deixar dúvida sobre a natureza inteligente das manifestações. Foi então que surgiu uma nova explicação para o fato pela qual essa inteligência não seria outra senão a do médium, do interrogador ou mesmo dos assistentes. A dificuldade era explicar como essa inteligência podia se refletir na mesa e se exprimir por meio de batidas, desde que se averiguou que, se as batidas não eram dadas pelo médium, eram dadas, então, pelo pensamento; mas, se o pensamento provocasse as batidas, resultava num fenômeno ainda mais prodigioso do que se havia pensado e presenciado. A experiência não tardou em demonstrar a impossibilidade de tal opinião. De fato, as respostas se encontravam geralmente em oposição formal ao pensamento dos assistentes, muito além do alcance intelectual do médium e mesmo em línguas ignoradas por ele ou relatando fatos desconhecidos por todos. Os exemplos são tão numerosos que é quase impossível que alguém que tenha se ocupado um pouco das comunicações espíritas não os tenha testemunhado muitas vezes. Em relação a isso, citaremos apenas um exemplo, que nos foi relatado por uma testemunha ocular.
70 Num navio da marinha imperial francesa, em missão nos mares da China, toda a tripulação, desde os marinheiros até o estado-maior, se ocupava da experiência das mesas falantes. Tiveram a ideia de evocar o Espírito de um tenente desse mesmo navio, morto há dois anos. Ele veio e, depois de diversas comunicações que impressionaram a todos, disse o que se segue, por meio de batidas: Eu vos suplico insistentemente que paguem ao capitão a soma de... (ele indicava a quantia), que eu lhe devo e que lamento não ter podido lhe reembolsar antes de morrer. Ninguém conhecia o fato; o próprio capitão tinha esquecido o débito, que, aliás, era muito pequeno; mas, ao verificar os seus apontamentos, encontrou a anotação da dívida do tenente, e a quantia indicada era perfeitamente exata. Perguntamos: do pensamento de quem essa indicação podia ser reflexo?
71 Aperfeiçoou-se a arte das comunicações pelas pancadas alfabéticas, mas o processo era muito lento; porém, obteve-se algumas comunicações de certa extensão, assim como interessantes revelações sobre o mundo dos Espíritos. Eles mesmos indicaram outros meios, e assim se deve a eles a descoberta das comunicações escritas.
As primeiras comunicações assim recebidas aconteceram prendendo- se um lápis ao pé de uma mesa leve, colocada sobre uma folha de papel. A mesa, uma vez em movimento pela influência de um médium, punha-se a traçar caracteres, depois palavras e frases. Simplificou-se sucessivamente esse processo, com mesinhas do tamanho da mão, feitas para isso, depois com cestas, caixas de papelão e, por fim, com simples pranchetas. A escrita era tão corrente, tão rápida e tão fácil como a manual, mas reconheceu-se mais tarde que todos esses objetos eram, definitivamente, apenas apêndices, verdadeiras lapiseiras desnecessárias desde que o próprio médium segurasse com a sua mão o lápis; a mão levada por um movimento involuntário escrevia sob o impulso dado pelo Espírito e sem a ajuda da vontade ou do pensamento do médium. Desde então, as comunicações do além-túmulo são como a correspondência habitual entre os vivos. Voltaremos a esses diferentes meios, que explicaremos detalhadamente; resumimos para mostrar a sucessão dos fatos que conduziram à constatação, nesses fenômenos, da intervenção de inteligências ocultas, ou seja, de Espíritos.
sexta-feira, 29 de maio de 2015
09 esboço de o livro dos médiuns
8-33
28 Dentre aqueles que aceitaram a Doutrina Espírita estudando-a, podemos distinguir:
1o) Aqueles que acreditam pura e simplesmente nas manifestações dos Espíritos. O Espiritismo é para eles uma simples ciência da observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos; nós os chamaremos espíritas experimentadores.
2o) Aqueles que não vêem no Espiritismo nada além dos fatos; compreendem a parte da filosofia, admiram a moral que dela se origina, mas não a praticam. A influência da Doutrina sobre seu caráter é insignificante ou nula; não mudam nada em seus costumes e não renunciam a um único prazer: o avarento continua a ser mesquinho; o orgulhoso, sempre cheio de amor-próprio; o invejoso e o ciumento sempre hostis; para estes, a caridade cristã é apenas uma bela máxima; são os espíritas imperfeitos.
3o) Aqueles que não se contentam em admirar a moral espírita, mas que a praticam e aceitam todas as suas consequências. Convencidos de que a existência terrestre é uma prova passageira, fazem o possível para aproveitar esses curtos instantes e avançar na direção do caminho do progresso, para poderem se elevar na hierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-se para fazer o bem e reprimir suas tendências para o mal. A caridade está em todas as coisas, é a regra para sua conduta; aí estão os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos.
4o) Finalmente, há os espíritas exaltados. A espécie humana seria perfeita se tomasse sempre o lado bom das coisas. O exagero em tudo é prejudicial. No Espiritismo, ele provoca a confiança cega e infantil nas coisas do mundo invisível e faz aceitar muito facilmente e sem cuidado o que a reflexão e o exame demonstrariam ser absurdo ou impossível. O entusiasmo não faz raciocinar, deslumbra. Essa espécie de seguidores da Doutrina é mais prejudicial do que útil para a causa do Espiritismo; são os menos competentes para convencer, porque se desconfia, com razão, de seu julgamento; são enganados na sua boa-fé por Espíritos mistificadores, enganadores, ou por pessoas que procuram explorar sua credulidade. Se as consequências disso atingissem somente a eles, haveria apenas inconvenientes; o pior é que dão, inocentemente, argumentos aos incrédulos que procuram antes ocasiões de zombar do que de se convencer e não deixam de impor a todos o ridículo de alguns. Isso, sem dúvida, não é nem justo nem racional; mas, como já se sabe, os adversários do Espiritismo apenas reconhecem a sua razão como de boa qualidade, e procurar conhecer a fundo aquilo do que falam é o menor de seus cuidados.
29 As maneiras pelas quais se aceita a Doutrina variam muito conforme os indivíduos; o que persuade uns não consegue nada sobre outros;um é convencido observando algumas manifestações, outro, pelas comunicações inteligentes, e uma grande parte, pelo raciocínio. Até mesmo podemos dizer que, para a maioria, os fenômenos não despertam interesse ou são de pouco significado. Quanto mais esses fenômenos são extraordinários e se afastam das leis conhecidas, maior oposição encontram, e isso por uma razão muito simples: se é naturalmente levado a duvidar de uma coisa da qual não se tem um conhecimento racional; cada um a vê de acordo com o seu ponto de vista e a explica à sua maneira: o materialista vê uma causa puramente física ou um embuste; o ignorante e o supersticioso vêem uma causa diabólica ou sobrenatural; porém, uma prévia explicação tem por efeito anular as ideias preconcebidas e aclarar, senão a realidade, pelo menos a possibilidade do fenômeno; compreende-se antes de o ter visto; acontece que, a partir do momento em que a possibilidade é reconhecida, estamos a meio caminho da convicção.
30 Vale a pena tentar convencer um incrédulo obstinado? Dissemos que depende das causas e da natureza de sua incredulidade; muitas vezes, a insistência em querer convencê-lo o faz acreditar em sua importância pessoal, que é uma razão para a sua teimosia. Aquele que não se convenceu nem pelo raciocínio nem pelos fatos é porque ainda deve sofrer a prova da incredulidade; é preciso confiar à Providência o momento de circunstâncias mais favoráveis; muitas pessoas pedem para receber a luz; não há que perder tempo com aquelas que a repelem. Dirigi-vos aos homens de boa vontade, cujo número é maior do que se acredita, e seu exemplo, ao se multiplicar, vencerá mais resistências do que as palavras. O verdadeiro espírita nunca deixará de fazer o bem; há sempre corações aflitos a amparar, consolações a dar, desesperados a acalmar, reformas morais a realizar; aí está a sua missão, e nela encontrará sua verdadeira satisfação. O Espiritismo está no ar; ele se espalha pela força dos fatos e porque torna felizes aqueles que o professam. Quando seus adversários sistemáticos o ouvirem ressoar ao redor deles, entre seus próprios amigos, compreenderão seu isolamento e serão forçados a se calar ou a se render.
31 Para se ensinar o Espiritismo, como qualquer outra ciência, seria preciso passar em revista toda a série de fenômenos que se podem produzir, a começar pelos mais simples, chegando sucessivamente aos mais complicados. Mas não pode ser assim, porque seria impossível fazer um curso de Espiritismo experimental como se faz um de física e química. Nas ciências naturais opera-se a matéria bruta, que se manipula à vontade e sempre se tem a certeza de regular os efeitos. No Espiritismo, lidamos com inteligências, que têm liberdade e nos provam a cada instante que não são submissas aos nossos caprichos; é preciso, portanto, observar, esperar os resultados colhendo-os no exato momento; daí termos afirmado claramente que todo aquele que se vangloriasse de obtê-los à vontade seria apenas um ignorante ou um impostor. Eis por que o verdadeiro Espiritismo jamais será um espetáculo e nunca se apresentará sobre um tablado. Realmente há algo de ilógico em supor que os Espíritos venham desfilar e se submeter à investigação como objetos de curiosidade. Os fenômenos poderiam não acontecer quando se tivesse necessidade ou se apresentar em uma outra ordem totalmente diferente daquela que desejaríamos. Acrescentamos ainda que, para obtê-los, é preciso pessoas dotadas de faculdades especiais, que variam ao infinito conforme a aptidão dos indivíduos; acontece que, como é extremamente raro que a mesma pessoa tenha todas as mediunidades, é uma dificuldade a mais, porque seria preciso sempre ter à mão uma verdadeira coleção de médiuns, o que é totalmente impossível.
O meio de superar esse inconveniente é simples; basta começar estudando a teoria na qual todos os fenômenos são passados em revista, são explicados, podendo deles se inteirar, compreender a sua possibilidade, conhecer as condições nas quais podem se produzir e os obstáculos que se podem encontrar; independentemente da ordem em que venham a acontecer, não há nada que nos possa surpreender. Esse caminho oferece ainda outra vantagem: poupar o experimentador que quer operar por si mesmo de uma série de decepções; precavido contra as dificuldades, pode se manter em guarda e evitar adquirir experiências à sua custa.
Desde que nos ocupamos com o ensino do Espiritismo, seria difícil dizer o número de pessoas que vieram depois de nós e, entre estas, quantas vimos permanecer indiferentes ou incrédulas na presença dos fatos mais evidentes e entretanto se convencer mais tarde por uma explicação racional; quantas outras foram predispostas à convicção pelo raciocínio; enfim, quantas foram persuadidas sem terem visto nada, simplesmente porque haviam compreendido. É, portanto, por experiência que falamos, e é também porque dizemos que o melhor método de ensinamento espírita é o de se dirigir à razão antes de se dirigir aos olhos. É o que seguimos em nossas lições, e temos alcançado muito sucesso.
32 O estudo preliminar da teoria tem uma outra vantagem: mostrar imediatamente a grandeza do objetivo e o alcance dessa ciência; aquele que se inicia no Espiritismo vendo uma mesa girar ou bater está mais propenso ao espetáculo, porque não imagina que de uma mesa possa sair uma doutrina regeneradora da humanidade. Sempre notamos que aqueles que acreditaram antes de terem visto, porque leram e compreenderam, longe de se ater ao superficial, são, ao contrário, os que mais refletem, ligando-se mais ao fundo do que à forma. Para eles, a parte filosófica é a principal e os fenômenos propriamente ditos são o acessório; dizem a si mesmo que, se os fenômenos não existissem, teríamos uma filosofia, que é a única capaz de resolver os problemas até agora insolúveis, a única que apresenta uma teoria racional do passado do homem e de seu futuro. Sua razão prefere uma doutrina que explica àquelas que nada explicam ou que explicam mal. Todo aquele que reflete compreende muito bem que a Doutrina se afirma e subsiste independentemente das manifestações espirituais, que vêm fortificá-la, confirmá-la, mas que não são a sua base essencial; o observador consciencioso não as repele; ao contrário, ele espera as circunstâncias favoráveis que lhe permitirão testemunhá-las. A prova de que avançamos é que, antes de ter ouvido falar sobre as manifestações, uma grande quantidade de pessoas teve a intuição da Doutrina e apenas aguardava que se lhe desse um corpo, uma conexão lógica às ideias.
33 Também não seria exato dizer que aqueles que começam pela teoria deixam de ter o conhecimento das manifestações práticas; ao contrário, eles o têm, e, aos seus olhos, porque conhecem as causas, elas se revelam mais naturais, precisas e valiosas; são os numerosos fatos das manifestações espontâneas, das quais falaremos nos capítulos a seguir. Há poucas pessoas que não têm conhecimento delas, ainda que seja por ouvir falar; muitos as viveram pessoalmente, sem lhes prestar maior atenção. A teoria explica os fatos, e esses fatos têm grande importância quando se apóiam em testemunhos irrecusáveis, porque não tiveram nem preparações nem cumplicidade. Se os fenômenos provocados não existissem, os fenômenos espontâneos bastariam, e o Espiritismo igualmente lhes daria uma solução racional, o que já seria muito. Por isso, a maior parte daqueles que estudam a teoria com antecedência relembram-se dos fatos vividos, que confirmam a teoria.
34 Estaria redondamente enganado quem supusesse que aconselhamos desprezar os fatos; é pelos fatos que chegamos à teoria; é verdade que para isso foi preciso um trabalho assíduo de muitos anos e milhares de observações; mas, uma vez que os fatos nos serviram e servem todos os dias, seríamos inconsequentes com nós mesmos se lhes negássemos a importância que têm, especialmente quando fazemos um livro destinado a conhecê-los. Dizemos entretanto que, sem o raciocínio, os fatos não bastam para se chegar à convicção; que uma explicação preliminar, expondo as prevenções e mostrando que os fatos não têm nada de contrário à razão, dispõe as pessoas a aceitá-los. Isso é tão verdadeiro que de dez pessoas que assistam a uma sessão de experimentação, nove sairão sem estarem convencidas, e algumas sairão mais incrédulas do que antes, porque as experiências não respondem às suas expectativas. Será completamente diferente com aquelas que puderem compreender os fatos mediante um conhecimento teórico antecipado, porque esse conhecimento iria servir de meio de controle, de forma que, por conhecerem, nada irá surpreendê-las, nem mesmo o insucesso, pois sabem em que condições os fatos se produzem e que não se pode pedir-lhes o que não podem dar. A compreensão prévia dos fatos as coloca, então, a ponto de entender não só todas as anomalias, mas também de notar uma multidão de detalhes, de nuanças, muitas vezes delicados, que são para elas meios de convicção e que escapam ao observador ignorante. Esses são os motivos que nos levam a admitir em nossas sessões experimentais apenas pessoas com noções preparatórias suficientes para compreender o que se faz; acreditamos que as outras perderiam seu tempo ou nos fariam perder o nosso.
35 Àqueles que quiserem adquirir esses conhecimentos preliminares pela leitura de nossas obras, eis a ordem que aconselhamos:
1o) O que é o Espiritismo? Essa brochura de apenas cem páginas é uma exposição resumida dos princípios da Doutrina Espírita, um relance geral que permite abraçar o conjunto sob um quadro restrito. Em poucas palavras, vê-se o objetivo, e pode-se julgar sua importância. Contém as principais questões e objeções que as pessoas novatas habitualmente fazem. Essa primeira leitura, que necessita apenas de pouco tempo, é uma introdução que facilita um estudo mais aprofundado.
2o) O Livros dos Espíritos. Contém a Doutrina completa ditada pelos próprios Espíritos, com toda sua filosofia e todas as suas consequências morais; é a revelação do destino do homem, a iniciação à natureza dos Espíritos e aos mistérios da vida do além-túmulo. Ao lê-lo, compreende-se que o Espiritismo tem um objetivo sério, e não é um passatempo fútil.
3o) O Livro dos Médiuns. É destinado a guiar a prática das manifestações pelo conhecimento dos meios mais apropriados para se comunicar com os Espíritos; é um guia tanto para os médiuns quanto para os evocadores e o complemento de O Livro dos Espíritos.
4o) Revista Espírita1. É uma coletânea variada de fatos, explicações teóricas e trechos destacados que completa o que foi dito nas duas obras precedentes e que é de alguma forma a sua aplicação. A leitura pode ser feita ao mesmo tempo, mas será mais proveitosa e mais inteligível especialmente após a leitura de O Livro dos Espíritos.
Isso em relação a nós. Aqueles que querem conhecer tudo em uma ciência devem necessariamente ler tudo o que é escrito sobre a matéria ou pelo menos as coisas principais, e não se limitar a um único autor; devem mesmo ler os prós e os contras, tanto as críticas como as opiniões elogiosas, e estudar os diferentes sistemas, a fim de poder julgar com conhecimento. Nesses assuntos, não indicamos nem criticamos nenhuma obra, não querendo influenciar em nada a opinião que se pode formar dela; trazendo nossa pedra ao edifício, fizemos o que devíamos; não nos cabe ser juiz e parte, e não temos a ridícula pretensão de sermos os únicos portadores da luz; cabe ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso.
8-33
28 Dentre aqueles que aceitaram a Doutrina Espírita estudando-a, podemos distinguir:
1o) Aqueles que acreditam pura e simplesmente nas manifestações dos Espíritos. O Espiritismo é para eles uma simples ciência da observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos; nós os chamaremos espíritas experimentadores.
2o) Aqueles que não vêem no Espiritismo nada além dos fatos; compreendem a parte da filosofia, admiram a moral que dela se origina, mas não a praticam. A influência da Doutrina sobre seu caráter é insignificante ou nula; não mudam nada em seus costumes e não renunciam a um único prazer: o avarento continua a ser mesquinho; o orgulhoso, sempre cheio de amor-próprio; o invejoso e o ciumento sempre hostis; para estes, a caridade cristã é apenas uma bela máxima; são os espíritas imperfeitos.
3o) Aqueles que não se contentam em admirar a moral espírita, mas que a praticam e aceitam todas as suas consequências. Convencidos de que a existência terrestre é uma prova passageira, fazem o possível para aproveitar esses curtos instantes e avançar na direção do caminho do progresso, para poderem se elevar na hierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-se para fazer o bem e reprimir suas tendências para o mal. A caridade está em todas as coisas, é a regra para sua conduta; aí estão os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos.
4o) Finalmente, há os espíritas exaltados. A espécie humana seria perfeita se tomasse sempre o lado bom das coisas. O exagero em tudo é prejudicial. No Espiritismo, ele provoca a confiança cega e infantil nas coisas do mundo invisível e faz aceitar muito facilmente e sem cuidado o que a reflexão e o exame demonstrariam ser absurdo ou impossível. O entusiasmo não faz raciocinar, deslumbra. Essa espécie de seguidores da Doutrina é mais prejudicial do que útil para a causa do Espiritismo; são os menos competentes para convencer, porque se desconfia, com razão, de seu julgamento; são enganados na sua boa-fé por Espíritos mistificadores, enganadores, ou por pessoas que procuram explorar sua credulidade. Se as consequências disso atingissem somente a eles, haveria apenas inconvenientes; o pior é que dão, inocentemente, argumentos aos incrédulos que procuram antes ocasiões de zombar do que de se convencer e não deixam de impor a todos o ridículo de alguns. Isso, sem dúvida, não é nem justo nem racional; mas, como já se sabe, os adversários do Espiritismo apenas reconhecem a sua razão como de boa qualidade, e procurar conhecer a fundo aquilo do que falam é o menor de seus cuidados.
29 As maneiras pelas quais se aceita a Doutrina variam muito conforme os indivíduos; o que persuade uns não consegue nada sobre outros;um é convencido observando algumas manifestações, outro, pelas comunicações inteligentes, e uma grande parte, pelo raciocínio. Até mesmo podemos dizer que, para a maioria, os fenômenos não despertam interesse ou são de pouco significado. Quanto mais esses fenômenos são extraordinários e se afastam das leis conhecidas, maior oposição encontram, e isso por uma razão muito simples: se é naturalmente levado a duvidar de uma coisa da qual não se tem um conhecimento racional; cada um a vê de acordo com o seu ponto de vista e a explica à sua maneira: o materialista vê uma causa puramente física ou um embuste; o ignorante e o supersticioso vêem uma causa diabólica ou sobrenatural; porém, uma prévia explicação tem por efeito anular as ideias preconcebidas e aclarar, senão a realidade, pelo menos a possibilidade do fenômeno; compreende-se antes de o ter visto; acontece que, a partir do momento em que a possibilidade é reconhecida, estamos a meio caminho da convicção.
30 Vale a pena tentar convencer um incrédulo obstinado? Dissemos que depende das causas e da natureza de sua incredulidade; muitas vezes, a insistência em querer convencê-lo o faz acreditar em sua importância pessoal, que é uma razão para a sua teimosia. Aquele que não se convenceu nem pelo raciocínio nem pelos fatos é porque ainda deve sofrer a prova da incredulidade; é preciso confiar à Providência o momento de circunstâncias mais favoráveis; muitas pessoas pedem para receber a luz; não há que perder tempo com aquelas que a repelem. Dirigi-vos aos homens de boa vontade, cujo número é maior do que se acredita, e seu exemplo, ao se multiplicar, vencerá mais resistências do que as palavras. O verdadeiro espírita nunca deixará de fazer o bem; há sempre corações aflitos a amparar, consolações a dar, desesperados a acalmar, reformas morais a realizar; aí está a sua missão, e nela encontrará sua verdadeira satisfação. O Espiritismo está no ar; ele se espalha pela força dos fatos e porque torna felizes aqueles que o professam. Quando seus adversários sistemáticos o ouvirem ressoar ao redor deles, entre seus próprios amigos, compreenderão seu isolamento e serão forçados a se calar ou a se render.
31 Para se ensinar o Espiritismo, como qualquer outra ciência, seria preciso passar em revista toda a série de fenômenos que se podem produzir, a começar pelos mais simples, chegando sucessivamente aos mais complicados. Mas não pode ser assim, porque seria impossível fazer um curso de Espiritismo experimental como se faz um de física e química. Nas ciências naturais opera-se a matéria bruta, que se manipula à vontade e sempre se tem a certeza de regular os efeitos. No Espiritismo, lidamos com inteligências, que têm liberdade e nos provam a cada instante que não são submissas aos nossos caprichos; é preciso, portanto, observar, esperar os resultados colhendo-os no exato momento; daí termos afirmado claramente que todo aquele que se vangloriasse de obtê-los à vontade seria apenas um ignorante ou um impostor. Eis por que o verdadeiro Espiritismo jamais será um espetáculo e nunca se apresentará sobre um tablado. Realmente há algo de ilógico em supor que os Espíritos venham desfilar e se submeter à investigação como objetos de curiosidade. Os fenômenos poderiam não acontecer quando se tivesse necessidade ou se apresentar em uma outra ordem totalmente diferente daquela que desejaríamos. Acrescentamos ainda que, para obtê-los, é preciso pessoas dotadas de faculdades especiais, que variam ao infinito conforme a aptidão dos indivíduos; acontece que, como é extremamente raro que a mesma pessoa tenha todas as mediunidades, é uma dificuldade a mais, porque seria preciso sempre ter à mão uma verdadeira coleção de médiuns, o que é totalmente impossível.
O meio de superar esse inconveniente é simples; basta começar estudando a teoria na qual todos os fenômenos são passados em revista, são explicados, podendo deles se inteirar, compreender a sua possibilidade, conhecer as condições nas quais podem se produzir e os obstáculos que se podem encontrar; independentemente da ordem em que venham a acontecer, não há nada que nos possa surpreender. Esse caminho oferece ainda outra vantagem: poupar o experimentador que quer operar por si mesmo de uma série de decepções; precavido contra as dificuldades, pode se manter em guarda e evitar adquirir experiências à sua custa.
Desde que nos ocupamos com o ensino do Espiritismo, seria difícil dizer o número de pessoas que vieram depois de nós e, entre estas, quantas vimos permanecer indiferentes ou incrédulas na presença dos fatos mais evidentes e entretanto se convencer mais tarde por uma explicação racional; quantas outras foram predispostas à convicção pelo raciocínio; enfim, quantas foram persuadidas sem terem visto nada, simplesmente porque haviam compreendido. É, portanto, por experiência que falamos, e é também porque dizemos que o melhor método de ensinamento espírita é o de se dirigir à razão antes de se dirigir aos olhos. É o que seguimos em nossas lições, e temos alcançado muito sucesso.
32 O estudo preliminar da teoria tem uma outra vantagem: mostrar imediatamente a grandeza do objetivo e o alcance dessa ciência; aquele que se inicia no Espiritismo vendo uma mesa girar ou bater está mais propenso ao espetáculo, porque não imagina que de uma mesa possa sair uma doutrina regeneradora da humanidade. Sempre notamos que aqueles que acreditaram antes de terem visto, porque leram e compreenderam, longe de se ater ao superficial, são, ao contrário, os que mais refletem, ligando-se mais ao fundo do que à forma. Para eles, a parte filosófica é a principal e os fenômenos propriamente ditos são o acessório; dizem a si mesmo que, se os fenômenos não existissem, teríamos uma filosofia, que é a única capaz de resolver os problemas até agora insolúveis, a única que apresenta uma teoria racional do passado do homem e de seu futuro. Sua razão prefere uma doutrina que explica àquelas que nada explicam ou que explicam mal. Todo aquele que reflete compreende muito bem que a Doutrina se afirma e subsiste independentemente das manifestações espirituais, que vêm fortificá-la, confirmá-la, mas que não são a sua base essencial; o observador consciencioso não as repele; ao contrário, ele espera as circunstâncias favoráveis que lhe permitirão testemunhá-las. A prova de que avançamos é que, antes de ter ouvido falar sobre as manifestações, uma grande quantidade de pessoas teve a intuição da Doutrina e apenas aguardava que se lhe desse um corpo, uma conexão lógica às ideias.
33 Também não seria exato dizer que aqueles que começam pela teoria deixam de ter o conhecimento das manifestações práticas; ao contrário, eles o têm, e, aos seus olhos, porque conhecem as causas, elas se revelam mais naturais, precisas e valiosas; são os numerosos fatos das manifestações espontâneas, das quais falaremos nos capítulos a seguir. Há poucas pessoas que não têm conhecimento delas, ainda que seja por ouvir falar; muitos as viveram pessoalmente, sem lhes prestar maior atenção. A teoria explica os fatos, e esses fatos têm grande importância quando se apóiam em testemunhos irrecusáveis, porque não tiveram nem preparações nem cumplicidade. Se os fenômenos provocados não existissem, os fenômenos espontâneos bastariam, e o Espiritismo igualmente lhes daria uma solução racional, o que já seria muito. Por isso, a maior parte daqueles que estudam a teoria com antecedência relembram-se dos fatos vividos, que confirmam a teoria.
34 Estaria redondamente enganado quem supusesse que aconselhamos desprezar os fatos; é pelos fatos que chegamos à teoria; é verdade que para isso foi preciso um trabalho assíduo de muitos anos e milhares de observações; mas, uma vez que os fatos nos serviram e servem todos os dias, seríamos inconsequentes com nós mesmos se lhes negássemos a importância que têm, especialmente quando fazemos um livro destinado a conhecê-los. Dizemos entretanto que, sem o raciocínio, os fatos não bastam para se chegar à convicção; que uma explicação preliminar, expondo as prevenções e mostrando que os fatos não têm nada de contrário à razão, dispõe as pessoas a aceitá-los. Isso é tão verdadeiro que de dez pessoas que assistam a uma sessão de experimentação, nove sairão sem estarem convencidas, e algumas sairão mais incrédulas do que antes, porque as experiências não respondem às suas expectativas. Será completamente diferente com aquelas que puderem compreender os fatos mediante um conhecimento teórico antecipado, porque esse conhecimento iria servir de meio de controle, de forma que, por conhecerem, nada irá surpreendê-las, nem mesmo o insucesso, pois sabem em que condições os fatos se produzem e que não se pode pedir-lhes o que não podem dar. A compreensão prévia dos fatos as coloca, então, a ponto de entender não só todas as anomalias, mas também de notar uma multidão de detalhes, de nuanças, muitas vezes delicados, que são para elas meios de convicção e que escapam ao observador ignorante. Esses são os motivos que nos levam a admitir em nossas sessões experimentais apenas pessoas com noções preparatórias suficientes para compreender o que se faz; acreditamos que as outras perderiam seu tempo ou nos fariam perder o nosso.
35 Àqueles que quiserem adquirir esses conhecimentos preliminares pela leitura de nossas obras, eis a ordem que aconselhamos:
1o) O que é o Espiritismo? Essa brochura de apenas cem páginas é uma exposição resumida dos princípios da Doutrina Espírita, um relance geral que permite abraçar o conjunto sob um quadro restrito. Em poucas palavras, vê-se o objetivo, e pode-se julgar sua importância. Contém as principais questões e objeções que as pessoas novatas habitualmente fazem. Essa primeira leitura, que necessita apenas de pouco tempo, é uma introdução que facilita um estudo mais aprofundado.
2o) O Livros dos Espíritos. Contém a Doutrina completa ditada pelos próprios Espíritos, com toda sua filosofia e todas as suas consequências morais; é a revelação do destino do homem, a iniciação à natureza dos Espíritos e aos mistérios da vida do além-túmulo. Ao lê-lo, compreende-se que o Espiritismo tem um objetivo sério, e não é um passatempo fútil.
3o) O Livro dos Médiuns. É destinado a guiar a prática das manifestações pelo conhecimento dos meios mais apropriados para se comunicar com os Espíritos; é um guia tanto para os médiuns quanto para os evocadores e o complemento de O Livro dos Espíritos.
4o) Revista Espírita1. É uma coletânea variada de fatos, explicações teóricas e trechos destacados que completa o que foi dito nas duas obras precedentes e que é de alguma forma a sua aplicação. A leitura pode ser feita ao mesmo tempo, mas será mais proveitosa e mais inteligível especialmente após a leitura de O Livro dos Espíritos.
Isso em relação a nós. Aqueles que querem conhecer tudo em uma ciência devem necessariamente ler tudo o que é escrito sobre a matéria ou pelo menos as coisas principais, e não se limitar a um único autor; devem mesmo ler os prós e os contras, tanto as críticas como as opiniões elogiosas, e estudar os diferentes sistemas, a fim de poder julgar com conhecimento. Nesses assuntos, não indicamos nem criticamos nenhuma obra, não querendo influenciar em nada a opinião que se pode formar dela; trazendo nossa pedra ao edifício, fizemos o que devíamos; não nos cabe ser juiz e parte, e não temos a ridícula pretensão de sermos os únicos portadores da luz; cabe ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Programa de Qualificação Continuada do Tarefeiro do Grupo Mediúnico
Esther Fregossi Gonzalez *
Dirigimo-nos aos que vêem no Espiritismo um objetivo sério, que lhe compreendem toda a gravidade e não fazem das comunicações com o mundo invisível um passatempo. Allan Kardec. O Livro dos Médiuns. Introdução.1
Quando Allan Kardec elaborou, sob a inspiração dos Espíritos Guias da Humanidade, a obra monumental intitulada O Livros dos Médiuns, nos ofertou o maior e mais completo compêndio de informações relativas a paranormalidade humana e a fenomenolgia espírita.
O singular conteúdo desta obra, que permanece atualíssimo e insuperado, confere ao fenômeno espírita e à mediunidade objetivos nobres, alicerçados na conduta moral dos investigadores e dos médiuns. Na atualidade, quando as comprovações são dispensáveis, o estudo aprofundado e constante é atitude inadiável, de todo aquele que deseje obter comunicações produtivas. Convictos de que [...] a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos.2 É indispensável delinear diretrizes que venham a garantir a qualidade do intercâmbio mediúnico.
Refletindo sobre as assertivas de Allan Kardec, compreendemos que, somente quando as diretrizes de O Livro dos Médiuns forem consideradas e aplicadas, poderemos obter Reuniões Instrutivas, ou seja, tornaremos sérias e verdadeiramente úteis às reuniões mediúnicas espíritas. É portanto, imprescindível compreender, considerar e aplicar os conceitos e critérios contidos em O Livro dos Médiuns.
O insigne Codificador asseverou: Esta obra (O Livro dos Médiuns) se destina a lhes aplainar o caminho, levando-os a tirar proveito dos nossos longos e laboriosos estudos, porquanto muito falsa idéia formaria aquele que pensasse bastar, para se considerar perito nesta matéria, saber colocar os dedos sobre uma mesa, a fim de fazê-la mover-se, ou segurar um lápis, a fim de escrever (grifos nossos).3
Indubitavelmente, o Mestre Lionês não mediu esforços para precaver os adeptos quanto aos escolhos naturais que a prática espírita apresenta. Afirmando claramente que, o seu objetivo não se restringia a indicar os meios de desenvolvimento da mediunidade, mas também, a assinalar os obstáculos que hão necessariamente de encontrar, e fundamentalmente a apontar os meios de se obterem boas comunicações.
Resta-nos questionar: estamos efetivamente tirando proveito dos seus longos e laboriosos estudos?
Se nos reportarmos ao Livro dos Espíritos, verificaremos Allan Kardec afiançar, na introdução, item III: Para se conhecerem essas leis, (as que regem as relações do mundo material com o espiritual) preciso é que se estudem as circunstâncias em que os fatos se produzem e esse estudo não pode deixar de ser fruto de observação perseverante, atenta e às vezes muito longa. (grifos nossos) 4
A todo momento nos deparamos com a recomendação do estudo, no entanto, temos confundido a instrução teórica inicial - pré-requisito básico para a prática espírita - com o estudo continuado, perseverante e laborioso, o estudo recomendado pelo Codificador, cujas características indispensáveis são continuidade, regularidade e o recolhimento 5
___________________________
* Federação Espírita Catarinense. Membro da diretoria e coordenadora da Mediunidade. Florianópolis-Santa Catarina. Representante da UEM- área da atividade mediúnica nas comissões regionais, CFN-FEB.
O grande erro que temos cometido é o de acharmos que sendo portadores de aptidões mediúnicas patentes, uma vez concluída a etapa da instrução teórica espírita, estamos prontos para o exercício mediúnico. Em verdade, a instrução inicial é apenas um estágio, onde vencemos algumas dificuldades de ordem material, porém, a partir deste ponto é que efetivamente iniciam os verdadeiros desafios, é neste momento, mais do que nunca, que precisamos do estudo aprofundado, bem como, dos conselhos da prudência e da experiência, se não quisermos cair nas armadilhas da obsessão.
Presentemente, quando os vastos elementos de estudo apresentados por Allan Kardec, são desdobrados e aprofundados por nobres Benfeitores Espirituais, como André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda através da pena mediúnica de Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco, respectivamente alargam-se as possibilidades de estudo e pesquisa, neste largo campo de valiosas e imprescindíveis informações para a prática mediúnica segura.
O Espiritismo é Ciência e, como tal, nos incita ao estudo e à investigação continuada, seja do próprio fenômeno mediúnico e seu mecanismo, seja a mediunidade em suas diversas nuances, bem como, as comunicações mediúnicas propriamente ditas.
O fascinante mecanismo da mediunidade, ao ser desvendado, confere-nos oportunidade de conhecer e compreender o intrincado processo do transe, bem como, os seus desdobramentos na organização física. Conhecer em profundidade as variadas facetas do mecanismo mediúnico é de suma importância para o medianeiro comprometido com a qualidade da sua tarefa.
É por tanto imprescindível, investirmos em metodologias de estudo que visem tornar a Doutrina Espírita melhor compreendida e adequadamente aplicada. O estudo metódico e sistemático da mediunidade e do fenômeno mediúnico apresenta-se como recurso seguro e eficiente, para obter o aprimoramento constante do médium e por via de conseqüência, da reunião mediúnica.
Esta metodologia, de estudo sistemático e continuado, deve, em princípio, contemplar dois aspectos:
* Qualificação continuada do tarefeiro.
* Qualificação continuada do grupo de tarefeiros.
Vamos, em seguida, fazer uma análise de ambos os tipos de qualificação.
1. Qualificação Continuada Individual
* 1ª Etapa - Formação Básica: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, com base em todas as obras da Codificação Espírita. Entendemos que esta etapa é imprescindível para o tarefeiro Espírita, qualquer que seja a sua área de atuação, mas, especialmente, na prática mediúnica Espírita.
* 2ª Etapa - Estudo Teórico da Mediunidade. Tendo como base O Livro dos Médiuns. Após adquirir o conhecimento básico do Espiritismo, o tarefeiro inicia o estudo específico da Mediunidade e do fenômeno Mediúnico, tendo como base o Livro dos Médiuns e obras subsidiárias como a série André Luiz (Francisco Cândido Xavier) e Manoel P. de Miranda (Divaldo Franco).
* 3ª Etapa - Estudo Teórico-Prático. O objetivo desta etapa é o aprofundamento teórico-prático, que pode ser desenvolvido por meio de dinâmicas e exercícios que possibilitem ao tarefeiro o auto-conhecimento, e a disciplina do pensamento e das emoções. Se o tarefeiro apresenta faculdade mediúnica bem caracterizada, poderá, concomitantemente, ir educando a aptidão mediúnica através de exercícios práticos específicos, sob supervisão de trabalhadores mais experientes.
Observação: a conclusão das etapas de estudo, não habilita o tarefeiro ao exercício da Mediunidade em um grupo mediúnico. O seu ingresso e sua integração nesta reunião espírita deverá atender também a outros critérios, além dos estabelecidos pela Instituição Espírita.
* 4ª Etapa Prática Mediúnica: participação em grupo mediúnico. A fim de garantir um grupo mediúnico homogêneo, seguro e qualificado, necessário se faz considerar alguns critérios básicos na admissão e manutenção do tarefeiro na atividade Mediúnica. Sugerimos observar se o tarefeiro atende as condições básicas, tais como: Conhecimento Doutrinário (contemplando as etapas anteriores); equilíbrio emocional / espiritual; vinculação comprovada na Instituição Espírita; participação efetiva nas demais atividades da Instituição; disposição para aderir a proposta de qualificação continuada e compromisso com a transformação moral; atitude espírita: hábito da oração, Evangelho no lar; esforço em renovação moral, vinculação a uma atividade de assistência e promoção social.
É sempre oportuno lembrar que a participação em grupo mediúnico é opcional, não implicando que todos os tarefeiros que preencherem os pré-requisitos e participem das etapas de estudo, devam obrigatoriamente, vincular-se à prática mediúnica.
2 Qualificação Continuada Grupal
* Estudo Continuado para os Grupos Mediúnicos.
Através de programação específica, podem-se contemplar estudos periódicos, que poderão ser realizados no dia da reunião mediúnica após o termino da reunião ou destinando uma das reuniões semanais exclusivamente para o estudo (exemplo: a primeira semana do mês está destinada ao estudo) ou em outro momento escolhido pelo grupo. Sugerimos para compor o programa as seguintes obras:
a) O Livro dos Médiuns,
b) Obras de André Luiz e algumas de Emmanuel
c) Obras de Manoel Philomeno de Miranda
O programa poderá ser desenvolvido de duas formas: estudo seqüencial das obras espíritas ou por temas, os quais serão pesquisados nos referidos livros.
* Seminários, Cursos , Encontros
Deve-se promover Cursos, Seminários e Encontros periódicos, previamente definidos e divulgados na Casa Espírita. A programação deve, necessariamente, abordar temas que destaquem o estudo continuado da mediunidade, dando ênfase ao aspecto moral, possibilitando ao tarefeiro oportunidades de reflexão, de auto-avaliação, o nível de comprometimento com a tarefa, a qualidade da prática mediúnica etc.
* Avaliação Contínua
Estabelecer critérios para realizar com periodicidade, avaliação quantitativa e qualitativa das reuniões mediúnicas, bem como, do desempenho dos tarefeiros da atividade mediúnica. Esta avaliação poderá servir de base para ajustes no Programa de Estudo Continuado da Mediunidade, bem como, na definição de temas dos Seminários e Cursos a serem realizados.
É imperioso ainda destacar que a proposta de estudo continuado tem por objetivo a educação integral do tarefeiro, que não se restringe apenas ao conhecimento teórico, porquanto [...] há uma relação muito estreita entre a educação para a vida e a educação para a mediunidade. Se a vida exige do ser disciplina e responsabilidade no fruir dos gozos materiais, equilíbrio e brandura ao lidar com o próximo, além de resistência nas provas; a mediunidade se enriquece de modo idêntico com estas conquistas. Podemos, por tanto, afirmar, que não existe médium educado antes que tenhamos um cidadão educado.6
A mediunidade é ponte sublime que interliga o mundo físico e o mundo espiritual. Instrumento abençoado que permite que as luzes da verdade, trazidas pelos imortais, impulsionem o progresso moral da Humanidade. Na consecução desta meta superior, consagram-se encarnados e desencarnados de boa vontade, construindo e consolidando esta ponte que transpõe o abismo da ignorância e da morte.
Busquemos sempre a qualificação continuada, porquanto, [...] o médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela sua própria iluminação. Somente desse modo poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa que lhe foi confiada, cooperando eficazmente com os Espíritos sinceros e devotados ao bem e à verdade.7
Bibliografia
1. KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 80. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução.
2. XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, questão 382.
3. KARDEC, O livro dos médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 80. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução.
4. ________. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 91. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução.
5. ________. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 91. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução.
6. FRANCO, Divaldo. Vivência mediúnica. 7. ed. Salvador: LEAL, 1994.
7. XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, questão 392.
Esther Fregossi Gonzalez *
Dirigimo-nos aos que vêem no Espiritismo um objetivo sério, que lhe compreendem toda a gravidade e não fazem das comunicações com o mundo invisível um passatempo. Allan Kardec. O Livro dos Médiuns. Introdução.1
Quando Allan Kardec elaborou, sob a inspiração dos Espíritos Guias da Humanidade, a obra monumental intitulada O Livros dos Médiuns, nos ofertou o maior e mais completo compêndio de informações relativas a paranormalidade humana e a fenomenolgia espírita.
O singular conteúdo desta obra, que permanece atualíssimo e insuperado, confere ao fenômeno espírita e à mediunidade objetivos nobres, alicerçados na conduta moral dos investigadores e dos médiuns. Na atualidade, quando as comprovações são dispensáveis, o estudo aprofundado e constante é atitude inadiável, de todo aquele que deseje obter comunicações produtivas. Convictos de que [...] a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos.2 É indispensável delinear diretrizes que venham a garantir a qualidade do intercâmbio mediúnico.
Refletindo sobre as assertivas de Allan Kardec, compreendemos que, somente quando as diretrizes de O Livro dos Médiuns forem consideradas e aplicadas, poderemos obter Reuniões Instrutivas, ou seja, tornaremos sérias e verdadeiramente úteis às reuniões mediúnicas espíritas. É portanto, imprescindível compreender, considerar e aplicar os conceitos e critérios contidos em O Livro dos Médiuns.
O insigne Codificador asseverou: Esta obra (O Livro dos Médiuns) se destina a lhes aplainar o caminho, levando-os a tirar proveito dos nossos longos e laboriosos estudos, porquanto muito falsa idéia formaria aquele que pensasse bastar, para se considerar perito nesta matéria, saber colocar os dedos sobre uma mesa, a fim de fazê-la mover-se, ou segurar um lápis, a fim de escrever (grifos nossos).3
Indubitavelmente, o Mestre Lionês não mediu esforços para precaver os adeptos quanto aos escolhos naturais que a prática espírita apresenta. Afirmando claramente que, o seu objetivo não se restringia a indicar os meios de desenvolvimento da mediunidade, mas também, a assinalar os obstáculos que hão necessariamente de encontrar, e fundamentalmente a apontar os meios de se obterem boas comunicações.
Resta-nos questionar: estamos efetivamente tirando proveito dos seus longos e laboriosos estudos?
Se nos reportarmos ao Livro dos Espíritos, verificaremos Allan Kardec afiançar, na introdução, item III: Para se conhecerem essas leis, (as que regem as relações do mundo material com o espiritual) preciso é que se estudem as circunstâncias em que os fatos se produzem e esse estudo não pode deixar de ser fruto de observação perseverante, atenta e às vezes muito longa. (grifos nossos) 4
A todo momento nos deparamos com a recomendação do estudo, no entanto, temos confundido a instrução teórica inicial - pré-requisito básico para a prática espírita - com o estudo continuado, perseverante e laborioso, o estudo recomendado pelo Codificador, cujas características indispensáveis são continuidade, regularidade e o recolhimento 5
___________________________
* Federação Espírita Catarinense. Membro da diretoria e coordenadora da Mediunidade. Florianópolis-Santa Catarina. Representante da UEM- área da atividade mediúnica nas comissões regionais, CFN-FEB.
O grande erro que temos cometido é o de acharmos que sendo portadores de aptidões mediúnicas patentes, uma vez concluída a etapa da instrução teórica espírita, estamos prontos para o exercício mediúnico. Em verdade, a instrução inicial é apenas um estágio, onde vencemos algumas dificuldades de ordem material, porém, a partir deste ponto é que efetivamente iniciam os verdadeiros desafios, é neste momento, mais do que nunca, que precisamos do estudo aprofundado, bem como, dos conselhos da prudência e da experiência, se não quisermos cair nas armadilhas da obsessão.
Presentemente, quando os vastos elementos de estudo apresentados por Allan Kardec, são desdobrados e aprofundados por nobres Benfeitores Espirituais, como André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda através da pena mediúnica de Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco, respectivamente alargam-se as possibilidades de estudo e pesquisa, neste largo campo de valiosas e imprescindíveis informações para a prática mediúnica segura.
O Espiritismo é Ciência e, como tal, nos incita ao estudo e à investigação continuada, seja do próprio fenômeno mediúnico e seu mecanismo, seja a mediunidade em suas diversas nuances, bem como, as comunicações mediúnicas propriamente ditas.
O fascinante mecanismo da mediunidade, ao ser desvendado, confere-nos oportunidade de conhecer e compreender o intrincado processo do transe, bem como, os seus desdobramentos na organização física. Conhecer em profundidade as variadas facetas do mecanismo mediúnico é de suma importância para o medianeiro comprometido com a qualidade da sua tarefa.
É por tanto imprescindível, investirmos em metodologias de estudo que visem tornar a Doutrina Espírita melhor compreendida e adequadamente aplicada. O estudo metódico e sistemático da mediunidade e do fenômeno mediúnico apresenta-se como recurso seguro e eficiente, para obter o aprimoramento constante do médium e por via de conseqüência, da reunião mediúnica.
Esta metodologia, de estudo sistemático e continuado, deve, em princípio, contemplar dois aspectos:
* Qualificação continuada do tarefeiro.
* Qualificação continuada do grupo de tarefeiros.
Vamos, em seguida, fazer uma análise de ambos os tipos de qualificação.
1. Qualificação Continuada Individual
* 1ª Etapa - Formação Básica: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, com base em todas as obras da Codificação Espírita. Entendemos que esta etapa é imprescindível para o tarefeiro Espírita, qualquer que seja a sua área de atuação, mas, especialmente, na prática mediúnica Espírita.
* 2ª Etapa - Estudo Teórico da Mediunidade. Tendo como base O Livro dos Médiuns. Após adquirir o conhecimento básico do Espiritismo, o tarefeiro inicia o estudo específico da Mediunidade e do fenômeno Mediúnico, tendo como base o Livro dos Médiuns e obras subsidiárias como a série André Luiz (Francisco Cândido Xavier) e Manoel P. de Miranda (Divaldo Franco).
* 3ª Etapa - Estudo Teórico-Prático. O objetivo desta etapa é o aprofundamento teórico-prático, que pode ser desenvolvido por meio de dinâmicas e exercícios que possibilitem ao tarefeiro o auto-conhecimento, e a disciplina do pensamento e das emoções. Se o tarefeiro apresenta faculdade mediúnica bem caracterizada, poderá, concomitantemente, ir educando a aptidão mediúnica através de exercícios práticos específicos, sob supervisão de trabalhadores mais experientes.
Observação: a conclusão das etapas de estudo, não habilita o tarefeiro ao exercício da Mediunidade em um grupo mediúnico. O seu ingresso e sua integração nesta reunião espírita deverá atender também a outros critérios, além dos estabelecidos pela Instituição Espírita.
* 4ª Etapa Prática Mediúnica: participação em grupo mediúnico. A fim de garantir um grupo mediúnico homogêneo, seguro e qualificado, necessário se faz considerar alguns critérios básicos na admissão e manutenção do tarefeiro na atividade Mediúnica. Sugerimos observar se o tarefeiro atende as condições básicas, tais como: Conhecimento Doutrinário (contemplando as etapas anteriores); equilíbrio emocional / espiritual; vinculação comprovada na Instituição Espírita; participação efetiva nas demais atividades da Instituição; disposição para aderir a proposta de qualificação continuada e compromisso com a transformação moral; atitude espírita: hábito da oração, Evangelho no lar; esforço em renovação moral, vinculação a uma atividade de assistência e promoção social.
É sempre oportuno lembrar que a participação em grupo mediúnico é opcional, não implicando que todos os tarefeiros que preencherem os pré-requisitos e participem das etapas de estudo, devam obrigatoriamente, vincular-se à prática mediúnica.
2 Qualificação Continuada Grupal
* Estudo Continuado para os Grupos Mediúnicos.
Através de programação específica, podem-se contemplar estudos periódicos, que poderão ser realizados no dia da reunião mediúnica após o termino da reunião ou destinando uma das reuniões semanais exclusivamente para o estudo (exemplo: a primeira semana do mês está destinada ao estudo) ou em outro momento escolhido pelo grupo. Sugerimos para compor o programa as seguintes obras:
a) O Livro dos Médiuns,
b) Obras de André Luiz e algumas de Emmanuel
c) Obras de Manoel Philomeno de Miranda
O programa poderá ser desenvolvido de duas formas: estudo seqüencial das obras espíritas ou por temas, os quais serão pesquisados nos referidos livros.
* Seminários, Cursos , Encontros
Deve-se promover Cursos, Seminários e Encontros periódicos, previamente definidos e divulgados na Casa Espírita. A programação deve, necessariamente, abordar temas que destaquem o estudo continuado da mediunidade, dando ênfase ao aspecto moral, possibilitando ao tarefeiro oportunidades de reflexão, de auto-avaliação, o nível de comprometimento com a tarefa, a qualidade da prática mediúnica etc.
* Avaliação Contínua
Estabelecer critérios para realizar com periodicidade, avaliação quantitativa e qualitativa das reuniões mediúnicas, bem como, do desempenho dos tarefeiros da atividade mediúnica. Esta avaliação poderá servir de base para ajustes no Programa de Estudo Continuado da Mediunidade, bem como, na definição de temas dos Seminários e Cursos a serem realizados.
É imperioso ainda destacar que a proposta de estudo continuado tem por objetivo a educação integral do tarefeiro, que não se restringe apenas ao conhecimento teórico, porquanto [...] há uma relação muito estreita entre a educação para a vida e a educação para a mediunidade. Se a vida exige do ser disciplina e responsabilidade no fruir dos gozos materiais, equilíbrio e brandura ao lidar com o próximo, além de resistência nas provas; a mediunidade se enriquece de modo idêntico com estas conquistas. Podemos, por tanto, afirmar, que não existe médium educado antes que tenhamos um cidadão educado.6
A mediunidade é ponte sublime que interliga o mundo físico e o mundo espiritual. Instrumento abençoado que permite que as luzes da verdade, trazidas pelos imortais, impulsionem o progresso moral da Humanidade. Na consecução desta meta superior, consagram-se encarnados e desencarnados de boa vontade, construindo e consolidando esta ponte que transpõe o abismo da ignorância e da morte.
Busquemos sempre a qualificação continuada, porquanto, [...] o médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela sua própria iluminação. Somente desse modo poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa que lhe foi confiada, cooperando eficazmente com os Espíritos sinceros e devotados ao bem e à verdade.7
Bibliografia
1. KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 80. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução.
2. XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, questão 382.
3. KARDEC, O livro dos médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 80. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução.
4. ________. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 91. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução.
5. ________. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 91. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução.
6. FRANCO, Divaldo. Vivência mediúnica. 7. ed. Salvador: LEAL, 1994.
7. XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, questão 392.
Aula 16 B Ação e Reação
Ação e Reação na física
Bem, hoje vamos falar sobre uma lei da física. A 3ª lei de Newton.
Para isso iremos realizar um complexo experimento científico.
Jogar a bolinha de ping pong na parede.
Definição: Pra toda ação, cabe uma reação em igual intensidade em sentido contrário.
Trazendo a física para nossas vidas
Vamos esquecer essa brincadeira que fizemos e vamos começar a aula de verdade. Na aula de hoje vamos falar sobre a justiça divina.
Questionamento:
Como sabemos o que é justo ou não?
Como a justiça divina se processa?
Existe alguma relação entre ela esta lei da física que acabamos de demonstrar?
Espiritismo e a causa e efeito
Vocês acham que tudo isso é realmente correto?
Bem, o espiritismo também crê neste princípio.
Vocês já ouviram historinhas ou coisas sobre a lei da ação e da reação?
Reencarnação
Carma
Contar pequenos exemplos de como a ação e reação se processa. Enfocando que não é o processo que é o mesmo e sim o resultado.
Vocês já perceberam alguma vez isso na vida de vocês?
Pedir para que pensem e escrevam num papel.
Nossas dívidas nós podemos pagar pelo amor ou pela dor. (exemplo do senhor feudal) Na física isso equivale aos diversos fatores que podem influenciar no trajeto da bolinha (atrito, vento, etc)
Faça aos outros aquilo que gostaria de receber de volta. Sabendo da lei de ação e reação, nós podemos escolher o que queremos para nossa vida, esoclhendo o que vamos fazer. É por isso que tivemos as aulas sobre moral antes dessa.
Loucura e realizar a mesma coisa varias vezes esperando resultados diferentes.
Brincadeira do adoletá do ódio. Mostrar que enquanto espíritos não estamos presos à apenas reagir. Nós escolhemos nossas atitudes. (se não voltaríamos para o tempo do olho por olho dente por dente)
Assim como o JC, nós podemos escolher agir ao invés de apenas reagir. Quem reage são os animais. Nós estamos sempre agindo (pedir para que um jogue a bolinha para o outro)
- Caso do discípulo de Freud que foi parar nos campos de concentração
Ação e Reação na física
Bem, hoje vamos falar sobre uma lei da física. A 3ª lei de Newton.
Para isso iremos realizar um complexo experimento científico.
Jogar a bolinha de ping pong na parede.
Definição: Pra toda ação, cabe uma reação em igual intensidade em sentido contrário.
Trazendo a física para nossas vidas
Vamos esquecer essa brincadeira que fizemos e vamos começar a aula de verdade. Na aula de hoje vamos falar sobre a justiça divina.
Questionamento:
Como sabemos o que é justo ou não?
Como a justiça divina se processa?
Existe alguma relação entre ela esta lei da física que acabamos de demonstrar?
Espiritismo e a causa e efeito
Vocês acham que tudo isso é realmente correto?
Bem, o espiritismo também crê neste princípio.
Vocês já ouviram historinhas ou coisas sobre a lei da ação e da reação?
Reencarnação
Carma
Contar pequenos exemplos de como a ação e reação se processa. Enfocando que não é o processo que é o mesmo e sim o resultado.
Vocês já perceberam alguma vez isso na vida de vocês?
Pedir para que pensem e escrevam num papel.
Nossas dívidas nós podemos pagar pelo amor ou pela dor. (exemplo do senhor feudal) Na física isso equivale aos diversos fatores que podem influenciar no trajeto da bolinha (atrito, vento, etc)
Faça aos outros aquilo que gostaria de receber de volta. Sabendo da lei de ação e reação, nós podemos escolher o que queremos para nossa vida, esoclhendo o que vamos fazer. É por isso que tivemos as aulas sobre moral antes dessa.
Loucura e realizar a mesma coisa varias vezes esperando resultados diferentes.
Brincadeira do adoletá do ódio. Mostrar que enquanto espíritos não estamos presos à apenas reagir. Nós escolhemos nossas atitudes. (se não voltaríamos para o tempo do olho por olho dente por dente)
Assim como o JC, nós podemos escolher agir ao invés de apenas reagir. Quem reage são os animais. Nós estamos sempre agindo (pedir para que um jogue a bolinha para o outro)
- Caso do discípulo de Freud que foi parar nos campos de concentração
4 l XXII COMEERJ
Pólo IV Cafarnaum
8º CRE Nova Friburgo
Filosofia Materialista
Define o educando como um ser biológico, que vai desenvolver as suas potencialidades intelecto-morais, através de um trabalho mental, com sede no cérebro, potencialidades estas que variam, de indivíduo para indivíduo.
Como esta Filosofia está baseada no raciocínio de que o homem só vive uma única existência, que se extingue com a morte, a Educação visará somente munir o ser de conhecimentos para que tenha uma profissão rendosa, buscando apenas atender aos valores imediatista da vida.
Filosofia da Unicidade das Existências
Esta filosofia defende a idéia de que o educando é um ser que possui uma alma, criada por Deus no momento do seu nascimento, cujo destino, após a morte, dependerá das suas ações boas ou más, destino esse que será eterno.
Dentro deste raciocínio, a Educação nem sempre atingirá seus objetivos, porque o educando, não encontrando respostas para diversas questões, principalmente as que dizem respeito às desigualdades sociais, aos sofrimentos sem causa aparente, não se sentirá propenso à prática do bem, questionando inclusive a bondade e justiça de Deus.
Filosofia Reencarnacionista
As doutrinas reencarnacionistas, principalmente a Espírita, dão um enfoque diferente, conceituando o educando como um ser espiritual, imortal, que preexiste ao corpo físico e, após o fenômeno da morte, fica um período no mundo espiritual, até novamente retornar ao mundo corpóreo, por intermédio de uma nova encarnação.
Criados simples e ignorantes, os Espíritos encarnam com a finalidade de atingirem à absoluta perfeição moral, ao estado de Espírito Puro. Para cumprir este mister, é necessário fazer crescer as duas asas: a do amor, através do desenvolvimento do senso moral; e a do saber, pelo aculturamento do ser imortal, e para tanto dispõe do tempo necessário nos diversos estágios reencarnatórios.
Emmanuel, na questão 204 do livro O Consolador, assim se expressa:
O sentimento e a sabedoria são duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita.
No círculo acanhado do orbe terrestre amos são classificados como adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas.
Para realizar este crescimento, o Espírito terá necessidade de receber certas informações e experiências de outros seres que já as adquiriram e vivenciaram. Este o papel da Educação.
Em visto disso, o processo educacional pode ser desenvolvido nas diversas fases da vida física (infância, adolescência, mocidade e madureza) e continuada após a desencarnação, no mundo espiritual, já que na lei de Deus só existe um determinismo a Lei do Progresso.
No livro O Mestre na Educação, Vinícius ao enfocar o assunto, no capítulo intitulado Educação, assim se expressou:
Enquanto os homens persistirem no erro de colocar em primeiro lugar o corpo, nada de que o corpo depende estará acautelado e seguro.
Logo, porém, que o Espírito esteja acima da matéria, a razão acima do estômago e o sentimento acima dos interesses, os problemas da vida humana terão pronta solução. Este critério está de acordo com as seguintes palavras daquele que é a luz do mundo: Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça; tudo o mais vos serão dado de graça e por acréscimo.
Por isso, e para terminar este capítulo, repetimos as sábias palavras do Espírito André Luiz:
A EDUCAÇÃO DA ALAMA É A ALMA DA EDUCAÇÃO.
Homem é espírito eterno.
Seu corpo é vestuário
Que a alma usa na Terra,
Em caráter temporário.
José Fuzeira
(Do livro Trovas de Sombra e de Luz).
Do Livro: A Educação à Luz do Espiritismo.
- Lydienio Barreto de Menezes.
-- x --
Pólo IV Cafarnaum
8º CRE Nova Friburgo
Filosofia Materialista
Define o educando como um ser biológico, que vai desenvolver as suas potencialidades intelecto-morais, através de um trabalho mental, com sede no cérebro, potencialidades estas que variam, de indivíduo para indivíduo.
Como esta Filosofia está baseada no raciocínio de que o homem só vive uma única existência, que se extingue com a morte, a Educação visará somente munir o ser de conhecimentos para que tenha uma profissão rendosa, buscando apenas atender aos valores imediatista da vida.
Filosofia da Unicidade das Existências
Esta filosofia defende a idéia de que o educando é um ser que possui uma alma, criada por Deus no momento do seu nascimento, cujo destino, após a morte, dependerá das suas ações boas ou más, destino esse que será eterno.
Dentro deste raciocínio, a Educação nem sempre atingirá seus objetivos, porque o educando, não encontrando respostas para diversas questões, principalmente as que dizem respeito às desigualdades sociais, aos sofrimentos sem causa aparente, não se sentirá propenso à prática do bem, questionando inclusive a bondade e justiça de Deus.
Filosofia Reencarnacionista
As doutrinas reencarnacionistas, principalmente a Espírita, dão um enfoque diferente, conceituando o educando como um ser espiritual, imortal, que preexiste ao corpo físico e, após o fenômeno da morte, fica um período no mundo espiritual, até novamente retornar ao mundo corpóreo, por intermédio de uma nova encarnação.
Criados simples e ignorantes, os Espíritos encarnam com a finalidade de atingirem à absoluta perfeição moral, ao estado de Espírito Puro. Para cumprir este mister, é necessário fazer crescer as duas asas: a do amor, através do desenvolvimento do senso moral; e a do saber, pelo aculturamento do ser imortal, e para tanto dispõe do tempo necessário nos diversos estágios reencarnatórios.
Emmanuel, na questão 204 do livro O Consolador, assim se expressa:
O sentimento e a sabedoria são duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita.
No círculo acanhado do orbe terrestre amos são classificados como adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas.
Para realizar este crescimento, o Espírito terá necessidade de receber certas informações e experiências de outros seres que já as adquiriram e vivenciaram. Este o papel da Educação.
Em visto disso, o processo educacional pode ser desenvolvido nas diversas fases da vida física (infância, adolescência, mocidade e madureza) e continuada após a desencarnação, no mundo espiritual, já que na lei de Deus só existe um determinismo a Lei do Progresso.
No livro O Mestre na Educação, Vinícius ao enfocar o assunto, no capítulo intitulado Educação, assim se expressou:
Enquanto os homens persistirem no erro de colocar em primeiro lugar o corpo, nada de que o corpo depende estará acautelado e seguro.
Logo, porém, que o Espírito esteja acima da matéria, a razão acima do estômago e o sentimento acima dos interesses, os problemas da vida humana terão pronta solução. Este critério está de acordo com as seguintes palavras daquele que é a luz do mundo: Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça; tudo o mais vos serão dado de graça e por acréscimo.
Por isso, e para terminar este capítulo, repetimos as sábias palavras do Espírito André Luiz:
A EDUCAÇÃO DA ALAMA É A ALMA DA EDUCAÇÃO.
Homem é espírito eterno.
Seu corpo é vestuário
Que a alma usa na Terra,
Em caráter temporário.
José Fuzeira
(Do livro Trovas de Sombra e de Luz).
Do Livro: A Educação à Luz do Espiritismo.
- Lydienio Barreto de Menezes.
-- x --
CENTRO DE ORIENTAÇÃO
E
EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA COEM II
SOCIEDADE ESPÍRITA 19/30
2a. PARTE - RESUMOS DAS UNIDADES
UNIDADE PRÁTICA 09 - IRRADIAÇÃO BASES E CONDIÇÕES
ROTEIRO
* Mecanismos envolvidos
* Metabolização de fluidos
* Emissão e transmissão de fluidos
* Objetivos e finalidades G-XIV; ETC-20; EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS-2; FSA-1; FV-150; Em.
Vivemos, todos nós, os encarnados e os desencarnados, em um meio comum formado de Fluido Cósmico Universal. Mergulhados nos encontramos nessa substância primitiva que absorvemos automática e inconscientemente, por várias portas de entrada, destacando-se a respiração e os centros de força vital, também chamados chakras.
Jorge Andréa assim se refere a esses centros de força: Vários estudos têm mostrado a existência no perispírito, de discos energéticos (chakras), como verdadeiros controladores das correntes de energias centrífugas (do espírito para a matéria) ou centrípetas (da matéria para o espírito) que se instalam como manifestações da própria vida....
O Fluido Cósmico Universal ao ser absorvido por um destes centros de força é metabolizado em fluido vital e canalizado para todo o organismo, com maior ou menor intensidade, de acordo com o estado emocional da pessoa, irradiando-se posteriormente em seu derredor, formando o que poderíamos chamar de aura psíquica.
É fácil compreender que, pela tonalidade de nossa aura psíquica, pela sua forma, pelo seu brilho e pela sensação que causa, seremos facilmente identificados. As pessoas sensíveis, mediunicamente falando, sentem com precisão o estado do ambiente e das pessoas que o compõem pelo fato de perceberem essa irradiação.
Outro tipo de irradiação é aquela que se faz à distância, projetando os nossos pensamentos e sentimentos em favor de alguém, movimentando as forças psíquicas através da vontade. Dessa forma, os bons sentimentos, os bons pensamentos, os bons atos, vão plasmando na atmosfera espiritual de cada um, uma tonalidade vibratória e uma quantidade de fluidos agradáveis e salutares que poderão ser mobilizados através da vontade dirigida.
As condições básicas para realizar-se uma boa irradiação são: frugalidade na alimentação; abster-se dos vícios álcool, fumo, etc. -; evitar conversações maldosas, de imagens pouco dignas; dominar os sentimentos passionais e instintivos; e, procurar ter comportamento cristão, dispondo assim de elementos fluídicos de boa qualidade para transmitir aos necessitados.
LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
CENTRO ESPÍRITA LUZ ETERNA CELE
Avenida Desembargador Hugo Simas, 137 Bom Retiro
80520-250 Curitiba Paraná Brasil
www.cele.org.br cele@cele.org.br
REDAÇÃO: Equipe do CELE
E
EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA COEM II
SOCIEDADE ESPÍRITA 19/30
2a. PARTE - RESUMOS DAS UNIDADES
UNIDADE PRÁTICA 09 - IRRADIAÇÃO BASES E CONDIÇÕES
ROTEIRO
* Mecanismos envolvidos
* Metabolização de fluidos
* Emissão e transmissão de fluidos
* Objetivos e finalidades G-XIV; ETC-20; EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS-2; FSA-1; FV-150; Em.
Vivemos, todos nós, os encarnados e os desencarnados, em um meio comum formado de Fluido Cósmico Universal. Mergulhados nos encontramos nessa substância primitiva que absorvemos automática e inconscientemente, por várias portas de entrada, destacando-se a respiração e os centros de força vital, também chamados chakras.
Jorge Andréa assim se refere a esses centros de força: Vários estudos têm mostrado a existência no perispírito, de discos energéticos (chakras), como verdadeiros controladores das correntes de energias centrífugas (do espírito para a matéria) ou centrípetas (da matéria para o espírito) que se instalam como manifestações da própria vida....
O Fluido Cósmico Universal ao ser absorvido por um destes centros de força é metabolizado em fluido vital e canalizado para todo o organismo, com maior ou menor intensidade, de acordo com o estado emocional da pessoa, irradiando-se posteriormente em seu derredor, formando o que poderíamos chamar de aura psíquica.
É fácil compreender que, pela tonalidade de nossa aura psíquica, pela sua forma, pelo seu brilho e pela sensação que causa, seremos facilmente identificados. As pessoas sensíveis, mediunicamente falando, sentem com precisão o estado do ambiente e das pessoas que o compõem pelo fato de perceberem essa irradiação.
Outro tipo de irradiação é aquela que se faz à distância, projetando os nossos pensamentos e sentimentos em favor de alguém, movimentando as forças psíquicas através da vontade. Dessa forma, os bons sentimentos, os bons pensamentos, os bons atos, vão plasmando na atmosfera espiritual de cada um, uma tonalidade vibratória e uma quantidade de fluidos agradáveis e salutares que poderão ser mobilizados através da vontade dirigida.
As condições básicas para realizar-se uma boa irradiação são: frugalidade na alimentação; abster-se dos vícios álcool, fumo, etc. -; evitar conversações maldosas, de imagens pouco dignas; dominar os sentimentos passionais e instintivos; e, procurar ter comportamento cristão, dispondo assim de elementos fluídicos de boa qualidade para transmitir aos necessitados.
LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
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REDAÇÃO: Equipe do CELE
09 esboço de o livro dos médiuns
7-33
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Primeira - Noções Preliminares - cap. 2 - O Maravilhoso e o Sobrenatural
Os críticos afirmam que os fenômenos Espíritas são sobrenaturais
SEGUNDOS OS CRÍTICOS OS FENÔMENOS ESPÍRIITAS SÃO CONTRÁRIOS A QUÊ?
EM QUAL SISTEMA OS CRÍTICOS SE APOIAM?
Os fenômenos Espíritas parecem estar além da lei comum
TENDO EM VISTA TAIS FENÔMENOS PODEMOS AFIRMAR QUE EXISTEM MILAGRES?
Qual o princípio básico de todos os fenômenos Espíritas?
ONDE ESTES FENÔMENOS ESTÃO FUNDAMENTADOS?
Em que constituem os fatos Espíritas suas causas e consequências?
Método
18 Um desejo natural e muito louvável de todo espírita desejo que se deve sempre encorajar é o de fazer prosélitos, isto é, novos seguidores. Foi em vista de facilitar sua tarefa que nos propusemos a examinar aqui o caminho mais seguro, conforme nosso ponto de vista, para atingir esse objetivo, a fim de poupar esforços inúteis.
Dissemos que o Espiritismo é toda uma ciência, toda uma filosofia; aquele que quer conhecê-lo seriamente deve, como condição primeira, dedicar-se a um estudo sério e se compenetrar que, mais do que qualquer outra ciência, ele não pode ser aprendido brincando. O Espiritismo, como já dissemos, aborda todas as questões que interessam a humanidade; seu campo é imenso e é, principalmente, em suas consequências que convém ser examinado. A crença nos Espíritos sem dúvida forma sua base, mas não é suficiente para formar um espírita esclarecido, da mesma forma que a crença em Deus não basta para formar um teólogo. Vejamos de que modo convém ensinar a Doutrina Espírita para levar mais seriamente à convicção.
Que os espíritas não se espantem com a palavra ensinar; ensinar não é somente o que se faz do alto da cátedra ou da tribuna; há também o da simples conversação. Toda pessoa que procura convencer uma outra, seja por explicações, seja por experiências, pratica o ensinamento; o que desejamos é que esse esforço alcance resultados, e é por isso que julgamos dever dar alguns conselhos igualmente proveitosos para os que querem se instruir por si mesmos; neles encontrarão o modo de chegar mais segura e rapidamente ao objetivo.
19 Acredita-se geralmente que, para convencer alguém, basta mostrar os fatos; esse parece sem dúvida o caminho mais lógico; entretanto, a experiência mostra que nem sempre é o melhor a se fazer, porque há pessoas a quem os fatos mais evidentes não convencem de maneira alguma. Por que isso acontece? É o que vamos tentar demonstrar.
No Espiritismo, crer na existência dos Espíritos é questão secundária; é uma consequência, não o ponto de partida. É aí precisamente que está o nó da questão que muitas vezes provoca repulsa a certas pessoas.
Os Espíritos não são outra coisa senão a alma dos homens. Assim, o verdadeiro ponto de partida é a existência da alma. Como pode o materialista admitir que seres vivem fora do mundo material quando acredita que ele mesmo é apenas matéria? Como pode admitir Espíritos à sua volta se não acredita ter um em si? Em vão reuniremos diante de seus olhos as provas mais palpáveis; ele contestará todas, porque não admite o princípio.
Todo ensinamento metódico deve caminhar do conhecido para o desconhecido, e para o materialista o conhecido é a matéria; deve-se partir da matéria e procurar, antes de tudo, levá-lo a observá-la, convencê-lo de que há alguma coisa que escapa às leis da matéria; em uma palavra, antes de o tornar espírita, tentai torná-lo espiritualista*; para isso, há toda uma outra ordem de fatos, um ensinamento todo especial em que é preciso proceder por outros meios. Falar-lhe dos Espíritos antes de ele estar convencido de ter uma alma é começar por onde seria preciso acabar, porque ele não pode admitir a conclusão se não admite as bases. Antes de começar a convencer um incrédulo, mesmo pelos fatos, convém se assegurar de sua opinião em relação à alma, ou seja, se ele acredita na sua existência, na sua sobrevivência ao corpo, na sua individualidade após a morte; se a resposta for negativa, será trabalho perdido falar-lhe dos Espíritos. Eis a regra. Não dizemos que não haja exceções, mas nesse caso há provavelmente outra causa que o torna menos refratário.
20 Entre os materialistas, é preciso distinguir duas classes: na primeira os que o são por sistema; para eles não há dúvida, apenas a negação absoluta, raciocinada à sua maneira; aos seus olhos, o homem é apenas uma máquina que funciona enquanto está viva, que se desarranja e da qual, após a morte, resta apenas a carcaça.
São, felizmente, em número muito pequeno e não constituem em nenhuma parte uma escola altamente reconhecida; não temos necessidade em insistir sobre os deploráveis efeitos que resultariam para a ordem social a propagação de uma doutrina semelhante; fomos suficientemente esclarecidos sobre esse assunto em O Livro dos Espíritos, questão no 147, e Conclusão, item no 3.
Quando dissemos que a dúvida cessa para os incrédulos com uma explicação racional, é preciso excluir destes os materialistas, pelo menos os que negam qualquer poder ou princípio inteligente fora da matéria; a maioria deles teima em sua opinião por orgulho e acredita por amor-próprio que são obrigados a persistir nisso; persistem, apesar de todas as provas contrárias, porque não querem se rebaixar. Com essas pessoas, não há nada a fazer; não é preciso nem mesmo se deixar levar pelas falsas aparências de sinceridade dos que dizem: faça-me ver e acreditarei. Há os que são mais francos e dizem vaidosamente: ainda que visse não acreditaria.
21 A segunda classe dos materialistas é muito mais numerosa, porque o verdadeiro materialismo é neles um sentimento antinatural; compreende os que o são por indiferença e, pode-se dizer, por falta de coisa melhor; não o são de caso pensado, e o que mais desejam é crer, porque para eles a incerteza é um tormento. Há neles uma vaga aspiração em relação ao futuro; mas esse futuro lhes foi apresentado de uma forma que sua razão não pode aceitar; daí a dúvida e, como consequência da dúvida, a incredulidade. Para eles, a incredulidade não é um sistema; apresentai-lhes algo de racional e o aceitam de bom grado, estes podem nos compreender, porque estão mais perto de nós do que eles mesmos pensam. Aos primeiros não se deve falar nem de revelação, nem de anjos, nem de paraíso, pois não compreenderiam; mas, ao vos colocar no seu terreno, provai-lhes primeiramente que as leis da fisiologia são impotentes para explicar tudo; o resto virá a seguir. É muito diferente quando a incredulidade não é preconcebida, porque assim a crença não é absolutamente nula; há um germe latente sufocado pelas ervas daninhas, mas que uma faísca pode reanimar; é o cego a quem se restitui a visão e que fica feliz em rever a luz, é o náufrago a quem se estende uma tábua de salvação.
22 Ao lado dos materialistas propriamente ditos, há uma terceira classe de incrédulos que, embora espiritualistas, pelo menos de nome, não são menos refratários; são os incrédulos de má vontade. Estes ficariam zangados em acreditar, porque isso perturbaria sua satisfação com os prazeres materiais; receiam ver condenadas a ambição, o egoísmo e as vaidades humanas, que são os seus prazeres; fecham os olhos para não ver e tapam os ouvidos para não ouvir. Só se pode lamentá-los.
23 Citemos apenas para mencioná-la uma quarta categoria, que chamaremos de incrédulos interesseiros ou de má-fé. Estes sabem muito bem tudo em relação ao Espiritismo, mas o condenam ostensivamente por interesse pessoal. Não há nada a dizer sobre eles, como não há nada a fazer com eles. Se o materialista puro se engana, tem pelo menos a seu favor a desculpa da boa-fé; pode-se corrigi-lo ao provar o erro; porém, nesta categoria de que falamos, há uma determinação radical contra a qual todos os argumentos se chocam; o tempo se encarregará de lhes abrir os olhos e lhes mostrar, talvez à custa de sofrimento, onde estavam seus verdadeiros interesses, porque, não podendo impedir que a verdade se espalhe, serão arrastados pela torrente, juntamente com os interesses que acreditavam salvaguardar.
24 Além de todas essas categorias de opositores, há uma infinidade de nuanças entre as quais se podem contar os incrédulos por covardia: a coragem lhes virá quando virem que os outros não se prejudicam; os incrédulos por escrúpulos religiosos: um estudo esclarecido lhes ensinará que o Espiritismo se apóia sobre as bases fundamentais da religião e respeita todas as crenças e que uma das suas consequências é dar sentimentos religiosos aos que não os têm e fortificá-los naqueles em que estão vacilantes; há ainda os incrédulos por orgulho, por espírito de contradição, por indiferença, por leviandade etc. etc.
25 Não podemos omitir uma categoria que chamaremos de incrédulos por decepções. São pessoas que passaram de uma confiança exagerada à incredulidade, causada por decepções; então, desencorajadas, abandonaram e rejeitaram tudo. É como se alguém negasse a honestidade só por ter sido enganado. É a consequência de um estudo incompleto do Espiritismo e da falta de experiência. Os Espíritos enganam geralmente aqueles que lhes solicitam o que não devem ou não podem dizer e que não são esclarecidos o suficiente sobre o assunto para discernir a verdade da impostura. Muitos, aliás, vêem o Espiritismo apenas como um novo meio de adivinhação e imaginam que os Espíritos existem para adivinhar o futuro; acontece que os Espíritos levianos e zombeteiros não deixam de se divertir à custa dos que pensam dessa forma; é por isso que prometem marido às moças; ao ambicioso, honras, heranças, tesouros escondidos etc.; daí surgem, muitas vezes, decepções desagradáveis, das quais o homem sério e prudente sempre sabe se preservar.
26 Uma outra classe, a mais numerosa de todas, mas que não podemos classificar como opositores, é a dos indecisos; geralmente são espiritualistas por princípio; na sua maioria, têm uma vaga intuição das ideias espíritas, uma aspiração para algo que não podem definir. Falta-lhes somente formular e coordenar os pensamentos; para eles, o Espiritismo é como um raio de luz: é a claridade que dissipa o nevoeiro; por isso o acolhem com entusiasmo, porque os liberta das angústias da incerteza.
27 Se continuarmos examinando as diversas categorias dos que crêem, encontraremos também os espíritas sem o saberem; e, especificamente falando é uma variedade ou uma nuança da classe dos indecisos. Sem nunca terem ouvido falar na Doutrina Espírita, possuem o sentimento inato dos seus grandes princípios, e esse sentimento se percebe em algumas passagens de seus escritos e discursos, a tal ponto que, ao ouvi-los, julgaríamos que são conhecedores da Doutrina. Encontra-se numerosos exemplos disso nos escritores sacros e profanos, nos poetas, nos oradores, nos moralistas, nos filósofos antigos e modernos.
7-33
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Primeira - Noções Preliminares - cap. 2 - O Maravilhoso e o Sobrenatural
Os críticos afirmam que os fenômenos Espíritas são sobrenaturais
SEGUNDOS OS CRÍTICOS OS FENÔMENOS ESPÍRIITAS SÃO CONTRÁRIOS A QUÊ?
EM QUAL SISTEMA OS CRÍTICOS SE APOIAM?
Os fenômenos Espíritas parecem estar além da lei comum
TENDO EM VISTA TAIS FENÔMENOS PODEMOS AFIRMAR QUE EXISTEM MILAGRES?
Qual o princípio básico de todos os fenômenos Espíritas?
ONDE ESTES FENÔMENOS ESTÃO FUNDAMENTADOS?
Em que constituem os fatos Espíritas suas causas e consequências?
Método
18 Um desejo natural e muito louvável de todo espírita desejo que se deve sempre encorajar é o de fazer prosélitos, isto é, novos seguidores. Foi em vista de facilitar sua tarefa que nos propusemos a examinar aqui o caminho mais seguro, conforme nosso ponto de vista, para atingir esse objetivo, a fim de poupar esforços inúteis.
Dissemos que o Espiritismo é toda uma ciência, toda uma filosofia; aquele que quer conhecê-lo seriamente deve, como condição primeira, dedicar-se a um estudo sério e se compenetrar que, mais do que qualquer outra ciência, ele não pode ser aprendido brincando. O Espiritismo, como já dissemos, aborda todas as questões que interessam a humanidade; seu campo é imenso e é, principalmente, em suas consequências que convém ser examinado. A crença nos Espíritos sem dúvida forma sua base, mas não é suficiente para formar um espírita esclarecido, da mesma forma que a crença em Deus não basta para formar um teólogo. Vejamos de que modo convém ensinar a Doutrina Espírita para levar mais seriamente à convicção.
Que os espíritas não se espantem com a palavra ensinar; ensinar não é somente o que se faz do alto da cátedra ou da tribuna; há também o da simples conversação. Toda pessoa que procura convencer uma outra, seja por explicações, seja por experiências, pratica o ensinamento; o que desejamos é que esse esforço alcance resultados, e é por isso que julgamos dever dar alguns conselhos igualmente proveitosos para os que querem se instruir por si mesmos; neles encontrarão o modo de chegar mais segura e rapidamente ao objetivo.
19 Acredita-se geralmente que, para convencer alguém, basta mostrar os fatos; esse parece sem dúvida o caminho mais lógico; entretanto, a experiência mostra que nem sempre é o melhor a se fazer, porque há pessoas a quem os fatos mais evidentes não convencem de maneira alguma. Por que isso acontece? É o que vamos tentar demonstrar.
No Espiritismo, crer na existência dos Espíritos é questão secundária; é uma consequência, não o ponto de partida. É aí precisamente que está o nó da questão que muitas vezes provoca repulsa a certas pessoas.
Os Espíritos não são outra coisa senão a alma dos homens. Assim, o verdadeiro ponto de partida é a existência da alma. Como pode o materialista admitir que seres vivem fora do mundo material quando acredita que ele mesmo é apenas matéria? Como pode admitir Espíritos à sua volta se não acredita ter um em si? Em vão reuniremos diante de seus olhos as provas mais palpáveis; ele contestará todas, porque não admite o princípio.
Todo ensinamento metódico deve caminhar do conhecido para o desconhecido, e para o materialista o conhecido é a matéria; deve-se partir da matéria e procurar, antes de tudo, levá-lo a observá-la, convencê-lo de que há alguma coisa que escapa às leis da matéria; em uma palavra, antes de o tornar espírita, tentai torná-lo espiritualista*; para isso, há toda uma outra ordem de fatos, um ensinamento todo especial em que é preciso proceder por outros meios. Falar-lhe dos Espíritos antes de ele estar convencido de ter uma alma é começar por onde seria preciso acabar, porque ele não pode admitir a conclusão se não admite as bases. Antes de começar a convencer um incrédulo, mesmo pelos fatos, convém se assegurar de sua opinião em relação à alma, ou seja, se ele acredita na sua existência, na sua sobrevivência ao corpo, na sua individualidade após a morte; se a resposta for negativa, será trabalho perdido falar-lhe dos Espíritos. Eis a regra. Não dizemos que não haja exceções, mas nesse caso há provavelmente outra causa que o torna menos refratário.
20 Entre os materialistas, é preciso distinguir duas classes: na primeira os que o são por sistema; para eles não há dúvida, apenas a negação absoluta, raciocinada à sua maneira; aos seus olhos, o homem é apenas uma máquina que funciona enquanto está viva, que se desarranja e da qual, após a morte, resta apenas a carcaça.
São, felizmente, em número muito pequeno e não constituem em nenhuma parte uma escola altamente reconhecida; não temos necessidade em insistir sobre os deploráveis efeitos que resultariam para a ordem social a propagação de uma doutrina semelhante; fomos suficientemente esclarecidos sobre esse assunto em O Livro dos Espíritos, questão no 147, e Conclusão, item no 3.
Quando dissemos que a dúvida cessa para os incrédulos com uma explicação racional, é preciso excluir destes os materialistas, pelo menos os que negam qualquer poder ou princípio inteligente fora da matéria; a maioria deles teima em sua opinião por orgulho e acredita por amor-próprio que são obrigados a persistir nisso; persistem, apesar de todas as provas contrárias, porque não querem se rebaixar. Com essas pessoas, não há nada a fazer; não é preciso nem mesmo se deixar levar pelas falsas aparências de sinceridade dos que dizem: faça-me ver e acreditarei. Há os que são mais francos e dizem vaidosamente: ainda que visse não acreditaria.
21 A segunda classe dos materialistas é muito mais numerosa, porque o verdadeiro materialismo é neles um sentimento antinatural; compreende os que o são por indiferença e, pode-se dizer, por falta de coisa melhor; não o são de caso pensado, e o que mais desejam é crer, porque para eles a incerteza é um tormento. Há neles uma vaga aspiração em relação ao futuro; mas esse futuro lhes foi apresentado de uma forma que sua razão não pode aceitar; daí a dúvida e, como consequência da dúvida, a incredulidade. Para eles, a incredulidade não é um sistema; apresentai-lhes algo de racional e o aceitam de bom grado, estes podem nos compreender, porque estão mais perto de nós do que eles mesmos pensam. Aos primeiros não se deve falar nem de revelação, nem de anjos, nem de paraíso, pois não compreenderiam; mas, ao vos colocar no seu terreno, provai-lhes primeiramente que as leis da fisiologia são impotentes para explicar tudo; o resto virá a seguir. É muito diferente quando a incredulidade não é preconcebida, porque assim a crença não é absolutamente nula; há um germe latente sufocado pelas ervas daninhas, mas que uma faísca pode reanimar; é o cego a quem se restitui a visão e que fica feliz em rever a luz, é o náufrago a quem se estende uma tábua de salvação.
22 Ao lado dos materialistas propriamente ditos, há uma terceira classe de incrédulos que, embora espiritualistas, pelo menos de nome, não são menos refratários; são os incrédulos de má vontade. Estes ficariam zangados em acreditar, porque isso perturbaria sua satisfação com os prazeres materiais; receiam ver condenadas a ambição, o egoísmo e as vaidades humanas, que são os seus prazeres; fecham os olhos para não ver e tapam os ouvidos para não ouvir. Só se pode lamentá-los.
23 Citemos apenas para mencioná-la uma quarta categoria, que chamaremos de incrédulos interesseiros ou de má-fé. Estes sabem muito bem tudo em relação ao Espiritismo, mas o condenam ostensivamente por interesse pessoal. Não há nada a dizer sobre eles, como não há nada a fazer com eles. Se o materialista puro se engana, tem pelo menos a seu favor a desculpa da boa-fé; pode-se corrigi-lo ao provar o erro; porém, nesta categoria de que falamos, há uma determinação radical contra a qual todos os argumentos se chocam; o tempo se encarregará de lhes abrir os olhos e lhes mostrar, talvez à custa de sofrimento, onde estavam seus verdadeiros interesses, porque, não podendo impedir que a verdade se espalhe, serão arrastados pela torrente, juntamente com os interesses que acreditavam salvaguardar.
24 Além de todas essas categorias de opositores, há uma infinidade de nuanças entre as quais se podem contar os incrédulos por covardia: a coragem lhes virá quando virem que os outros não se prejudicam; os incrédulos por escrúpulos religiosos: um estudo esclarecido lhes ensinará que o Espiritismo se apóia sobre as bases fundamentais da religião e respeita todas as crenças e que uma das suas consequências é dar sentimentos religiosos aos que não os têm e fortificá-los naqueles em que estão vacilantes; há ainda os incrédulos por orgulho, por espírito de contradição, por indiferença, por leviandade etc. etc.
25 Não podemos omitir uma categoria que chamaremos de incrédulos por decepções. São pessoas que passaram de uma confiança exagerada à incredulidade, causada por decepções; então, desencorajadas, abandonaram e rejeitaram tudo. É como se alguém negasse a honestidade só por ter sido enganado. É a consequência de um estudo incompleto do Espiritismo e da falta de experiência. Os Espíritos enganam geralmente aqueles que lhes solicitam o que não devem ou não podem dizer e que não são esclarecidos o suficiente sobre o assunto para discernir a verdade da impostura. Muitos, aliás, vêem o Espiritismo apenas como um novo meio de adivinhação e imaginam que os Espíritos existem para adivinhar o futuro; acontece que os Espíritos levianos e zombeteiros não deixam de se divertir à custa dos que pensam dessa forma; é por isso que prometem marido às moças; ao ambicioso, honras, heranças, tesouros escondidos etc.; daí surgem, muitas vezes, decepções desagradáveis, das quais o homem sério e prudente sempre sabe se preservar.
26 Uma outra classe, a mais numerosa de todas, mas que não podemos classificar como opositores, é a dos indecisos; geralmente são espiritualistas por princípio; na sua maioria, têm uma vaga intuição das ideias espíritas, uma aspiração para algo que não podem definir. Falta-lhes somente formular e coordenar os pensamentos; para eles, o Espiritismo é como um raio de luz: é a claridade que dissipa o nevoeiro; por isso o acolhem com entusiasmo, porque os liberta das angústias da incerteza.
27 Se continuarmos examinando as diversas categorias dos que crêem, encontraremos também os espíritas sem o saberem; e, especificamente falando é uma variedade ou uma nuança da classe dos indecisos. Sem nunca terem ouvido falar na Doutrina Espírita, possuem o sentimento inato dos seus grandes princípios, e esse sentimento se percebe em algumas passagens de seus escritos e discursos, a tal ponto que, ao ouvi-los, julgaríamos que são conhecedores da Doutrina. Encontra-se numerosos exemplos disso nos escritores sacros e profanos, nos poetas, nos oradores, nos moralistas, nos filósofos antigos e modernos.
terça-feira, 26 de maio de 2015
13 = AULAS E DINÂMICAS PARA A JUVENTUDE
Família - importância da família
Objetivos da aula: levar os evangelizandos a reconhecerem a importância da família em nossas vidas. Que nossos familiares erram e acertam, e merecem nosso carinho, nosso perdão e a nossa gratidão. Que nossos pais biológicos, adotivos ou as pessoas responsáveis por nós são os responsáveis pela nossa educação, nos amam e querem o melhor para nós, ensinando-nos, dentro do seu grau evolutivo e suas limitações, o que é certo. A aula visa despertar nos jovens a compreensão de que é no lar, junto do grupo familiar, que encontramos a ajuda que necessitamos para nosso crescimento espiritual.
Obs.: caso o tempo determinado para a aula não seja suficiente para realizar a aula completa, ela pode ser adaptada pelo evangelizador, ou dividida em duas aulas.
Prece inicial
Primeiro momento: aplicar a dinâmica “Cada coisa a seu Tempo”: dividir a sala em dois grupos e entregar para cada grupo um pote de vidro vazio, 03 bolas de golfe ou de tênis (ou outras similares que tenham peso), algumas bolas de gude, uma porção de areia e um copo de água. Pedir que cada grupo coloque TODOS os componentes dentro do pote de vidro, da maneira que achar melhor, deixando de fora, apenas o copo de água para o momento que o evangelizador solicitar. Aguardar os resultados sem influenciar.
Obs.: se a turma for grande e não houver material suficiente para cada evangelizando fazer sua experiência, o evangelizador poderá fazer a dinâmica convidando um ou dois evangelizandos para lhe auxiliarem.
Segundo momento: caso não tenham conseguido colocar todos os componentes dentro do vidro, fazer a demonstração do modo certo: pegar as 03 bolas de golfe ou similar e colocar primeiramente dentro do pote de vidro e perguntar se o pote de vidro está cheio. Em seguida, o evangelizador deverá colocar as bolas de gude e estas encherão todos os espaços vazios entre as bolas de golfe. O evangelizador deve perguntar se o vidro está cheio e aguardar respostas. Na seqüência, pegar a porção de areia e colocar dentro do vidro. A areia preencherá
os espaços vazios que ainda restam. Perguntar novamente aos alunos se o pote agora está cheio e aguardar as respostas.
Terceiro momento: explicar o significado da dinâmica.
* O pote de vidro representa nossas vidas.
* As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como DEUS, A FAMÍLIA E OS AMIGOS. São com as quais nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade.
* As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa, o carro, a escola. * A areia representa todos as pequenas coisas, como os brinquedos, as roupas de marcas, o computador.
Se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para as de gude. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas, nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes.
Lembrar que devem prestar atenção nas coisas que são importantes para felicidade. Brincar com os irmãos, sair para se divertir com a família e com os amigos, dedicar um pouco de tempo a vocês mesmos, buscar a Deus e crer nEle. Vocês estão fazendo isso participando das aulas de evangelização.
Também é importante buscar o conhecimento, estudar, praticar esportes. Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas é essencial se ocupar das bolas maiores em primeiro lugar, o resto é apenas areia.
Quarto momento: o evangelizador deverá perguntar se ainda cabe alguma coisa dentro do vidro, aguardando as respostas. Em seguida, deverá pedir então que os evangelizandos peguem o copo de água e o derramem dentro do pote de vidro. Perguntar se agora o pote de vidro está totalmente cheio e aguardar as respostas.
Perguntar então: O que representa a água? A água serve apenas para demonstrar que, por mais ocupada que esteja nossa vida, sempre que aparecer alguma coisa que nós achamos realmente importante, encontraremos tempo para realizá-la.
Obs.: só encontramos tempo para as coisas que damos prioridade, ou seja, para aquilo que achamos importante.
Quinto momento: pedir para que cada evangelizando exponha o seu ponto de vista e dizer o que aprendeu com a dinâmica. Este é um momento muito importante porque os jovens gostam de serem escutados, além do mais, podem apresentar opiniões equivocadas que podem ser corrigidas pelo evangelizador, em um diálogo esclarecedor.
Sexto momento: contar uma das histórias abaixo.
A Flor Azul
D. Tereza estava fazendo compras no supermercado e de repente um estranho trombou com ela: - Oh, me desculpe por favor! Foi a reação dela.
E ele disse: - Ah, desculpe-me também, eu simplesmente nem te vi!
Foram muito educados um com o outro, aquele estranho e ela.
Então, se despediram e cada um foi para o seu lado.
Mais tarde naquele dia, ela estava fazendo o jantar e seu filho parou do seu lado tão em silêncio que ela nem percebeu.
Quando ela se virou, tomou o maior susto e lhe deu uma bronca.
- Saia do meu caminho filho! E ela disse aquilo com certa braveza.
E ele foi embora, certamente com seu pequeno coração partido.
Ela nem imaginava como havia sido rude com ele.
Quando ela foi se deitar, podia ouvir a voz calma e doce de seu anjo da guarda lhe dizendo:
- Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou! Mas com seu filho, a criança que você ama, você nem sequer se preocupou com isso! Olhe no chão da cozinha, você verá algumas flores perto da porta. São flores que ele trouxe para você. Ele mesmo as pegou, a cor-de-rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e você nem viu as lágrimas nos olhos dele.
Nesse momento, D. Tereza se sentiu muito pequena.
E agora, o seu coração era quem derramava lágrimas.
Então ela foi até o quarto do filho e ajoelhou-se ao lado de sua cama e disse:
- Acorde filhinho, acorde. Estas são as flores que você pegou para mim? Ele sorriu:
- Eu as encontrei embaixo da árvore. Eu as peguei porque as achei tão bonitas como você! Eu sabia que você iria gostar, especialmente da azul.
Ela disse: - Filho, eu sinto muito pela maneira como agi hoje. Eu não devia ter gritado com você daquela maneira.
- Ah mamãe, não tem problema, eu te amo mesmo assim!
- Eu também te amo. E eu adorei as flores, especialmente a azul.
Autor desconhecido
Mensagem pra você!
Marcela era uma menina muito gentil e educada na escola e com os amigos. Em casa, porém, suas atitudes eram diferentes: gritava com todos, reclamava de tudo, e parecia não conhecer as palavras mágicas obrigado, com licença, por favor e desculpe.
Um dia, teve uma enorme briga com uma de suas irmãs, xingou muito e foi se trancar no quarto. Uma hora depois, recebeu no celular a seguinte mensagem:
Horrível o seu comportamento, Marcela! Você deve estar envergonhada de ter gritado tanto...
Ela não estava envergonhada e achou que devia ser engano. Mas se deu conta que dizia seu nome, então pensou que era uma brincadeira. Como não conhecia o número de quem mandou o recado, logo já tinha esquecido.
No dia seguinte, à hora do almoço, foi mal-educada com sua mãe, saindo da mesa sem terminar o almoço e reclamando da comida.
Meia hora depois, em seu celular havia uma nova mensagem:
Deus, através dos seus mensageiros, está observando suas atitudes, Marcela.
Uma ameaça? - pensou a garota. Quem teria a coragem de enviar algo assim? Resolveu ligar de volta para o número indicado para pedir satisfações, mas o telefone estava desligado. Tentou várias vezes, sem sucesso.
No dia seguinte, pediu um tênis novo para o pai e como não ganhou, bateu a porta do quarto dizendo:
- Mas que droga! Ninguém faz o que eu quero nesta casa!
Algum tempo depois, nova mensagem:
Quem tem Jesus no coração não deve se comportar assim.
Marcela ficou ofendida, e prometeu a si mesma não mais olhar as mensagens daquele número de celular.
Pensou bastante em quem poderia ser, achava que era uma de suas irmãs, mas, embora tentasse, não conseguia descobrir o autor dos recados.
Marcela continuava uma menina mal-educada em casa e gentil com aqueles que não eram de sua família.
Por isso, nos dias que se seguiram, ela recebeu várias outras mensagens, que faziam pensar sobre o seu comportamento e sugeriam mudanças.
Irritar-se é o melhor processo de perder – dizia uma delas.
Ela tentava não olhar os recados, mas sua curiosidade era grande e ela tinha esperança que descobriria o autor, que mantinha o celular sempre desligado para não ser encontrado, mas que mandava mensagens assim:
Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa. Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
O tempo foi passando, e os recados continuavam. Quando tinha alguma atitude legal com algum familiar,
Marcela ficava contente com os recados carinhosos que recebia, pois mensagens de incentivo eram enviadas:
Muito bem! Jesus deve estar feliz com sua atitude!
E foi assim, acompanhado de perto por uma de suas irmãs, que comprou um celular especialmente para ajudar Marcela, que ela foi se tornando gentil e educada também em casa, com os familiares. Ela nunca descobriu quem lhe mandava as mensagens, mas conseguiu entender que as atitudes de cada um são importantes para que haja paz e harmonia em família.
Claudia Schmidt
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
Família - importância da família
Objetivos da aula: levar os evangelizandos a reconhecerem a importância da família em nossas vidas. Que nossos familiares erram e acertam, e merecem nosso carinho, nosso perdão e a nossa gratidão. Que nossos pais biológicos, adotivos ou as pessoas responsáveis por nós são os responsáveis pela nossa educação, nos amam e querem o melhor para nós, ensinando-nos, dentro do seu grau evolutivo e suas limitações, o que é certo. A aula visa despertar nos jovens a compreensão de que é no lar, junto do grupo familiar, que encontramos a ajuda que necessitamos para nosso crescimento espiritual.
Obs.: caso o tempo determinado para a aula não seja suficiente para realizar a aula completa, ela pode ser adaptada pelo evangelizador, ou dividida em duas aulas.
Prece inicial
Primeiro momento: aplicar a dinâmica “Cada coisa a seu Tempo”: dividir a sala em dois grupos e entregar para cada grupo um pote de vidro vazio, 03 bolas de golfe ou de tênis (ou outras similares que tenham peso), algumas bolas de gude, uma porção de areia e um copo de água. Pedir que cada grupo coloque TODOS os componentes dentro do pote de vidro, da maneira que achar melhor, deixando de fora, apenas o copo de água para o momento que o evangelizador solicitar. Aguardar os resultados sem influenciar.
Obs.: se a turma for grande e não houver material suficiente para cada evangelizando fazer sua experiência, o evangelizador poderá fazer a dinâmica convidando um ou dois evangelizandos para lhe auxiliarem.
Segundo momento: caso não tenham conseguido colocar todos os componentes dentro do vidro, fazer a demonstração do modo certo: pegar as 03 bolas de golfe ou similar e colocar primeiramente dentro do pote de vidro e perguntar se o pote de vidro está cheio. Em seguida, o evangelizador deverá colocar as bolas de gude e estas encherão todos os espaços vazios entre as bolas de golfe. O evangelizador deve perguntar se o vidro está cheio e aguardar respostas. Na seqüência, pegar a porção de areia e colocar dentro do vidro. A areia preencherá
os espaços vazios que ainda restam. Perguntar novamente aos alunos se o pote agora está cheio e aguardar as respostas.
Terceiro momento: explicar o significado da dinâmica.
* O pote de vidro representa nossas vidas.
* As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como DEUS, A FAMÍLIA E OS AMIGOS. São com as quais nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade.
* As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa, o carro, a escola. * A areia representa todos as pequenas coisas, como os brinquedos, as roupas de marcas, o computador.
Se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para as de gude. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas, nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes.
Lembrar que devem prestar atenção nas coisas que são importantes para felicidade. Brincar com os irmãos, sair para se divertir com a família e com os amigos, dedicar um pouco de tempo a vocês mesmos, buscar a Deus e crer nEle. Vocês estão fazendo isso participando das aulas de evangelização.
Também é importante buscar o conhecimento, estudar, praticar esportes. Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas é essencial se ocupar das bolas maiores em primeiro lugar, o resto é apenas areia.
Quarto momento: o evangelizador deverá perguntar se ainda cabe alguma coisa dentro do vidro, aguardando as respostas. Em seguida, deverá pedir então que os evangelizandos peguem o copo de água e o derramem dentro do pote de vidro. Perguntar se agora o pote de vidro está totalmente cheio e aguardar as respostas.
Perguntar então: O que representa a água? A água serve apenas para demonstrar que, por mais ocupada que esteja nossa vida, sempre que aparecer alguma coisa que nós achamos realmente importante, encontraremos tempo para realizá-la.
Obs.: só encontramos tempo para as coisas que damos prioridade, ou seja, para aquilo que achamos importante.
Quinto momento: pedir para que cada evangelizando exponha o seu ponto de vista e dizer o que aprendeu com a dinâmica. Este é um momento muito importante porque os jovens gostam de serem escutados, além do mais, podem apresentar opiniões equivocadas que podem ser corrigidas pelo evangelizador, em um diálogo esclarecedor.
Sexto momento: contar uma das histórias abaixo.
A Flor Azul
D. Tereza estava fazendo compras no supermercado e de repente um estranho trombou com ela: - Oh, me desculpe por favor! Foi a reação dela.
E ele disse: - Ah, desculpe-me também, eu simplesmente nem te vi!
Foram muito educados um com o outro, aquele estranho e ela.
Então, se despediram e cada um foi para o seu lado.
Mais tarde naquele dia, ela estava fazendo o jantar e seu filho parou do seu lado tão em silêncio que ela nem percebeu.
Quando ela se virou, tomou o maior susto e lhe deu uma bronca.
- Saia do meu caminho filho! E ela disse aquilo com certa braveza.
E ele foi embora, certamente com seu pequeno coração partido.
Ela nem imaginava como havia sido rude com ele.
Quando ela foi se deitar, podia ouvir a voz calma e doce de seu anjo da guarda lhe dizendo:
- Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou! Mas com seu filho, a criança que você ama, você nem sequer se preocupou com isso! Olhe no chão da cozinha, você verá algumas flores perto da porta. São flores que ele trouxe para você. Ele mesmo as pegou, a cor-de-rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e você nem viu as lágrimas nos olhos dele.
Nesse momento, D. Tereza se sentiu muito pequena.
E agora, o seu coração era quem derramava lágrimas.
Então ela foi até o quarto do filho e ajoelhou-se ao lado de sua cama e disse:
- Acorde filhinho, acorde. Estas são as flores que você pegou para mim? Ele sorriu:
- Eu as encontrei embaixo da árvore. Eu as peguei porque as achei tão bonitas como você! Eu sabia que você iria gostar, especialmente da azul.
Ela disse: - Filho, eu sinto muito pela maneira como agi hoje. Eu não devia ter gritado com você daquela maneira.
- Ah mamãe, não tem problema, eu te amo mesmo assim!
- Eu também te amo. E eu adorei as flores, especialmente a azul.
Autor desconhecido
Mensagem pra você!
Marcela era uma menina muito gentil e educada na escola e com os amigos. Em casa, porém, suas atitudes eram diferentes: gritava com todos, reclamava de tudo, e parecia não conhecer as palavras mágicas obrigado, com licença, por favor e desculpe.
Um dia, teve uma enorme briga com uma de suas irmãs, xingou muito e foi se trancar no quarto. Uma hora depois, recebeu no celular a seguinte mensagem:
Horrível o seu comportamento, Marcela! Você deve estar envergonhada de ter gritado tanto...
Ela não estava envergonhada e achou que devia ser engano. Mas se deu conta que dizia seu nome, então pensou que era uma brincadeira. Como não conhecia o número de quem mandou o recado, logo já tinha esquecido.
No dia seguinte, à hora do almoço, foi mal-educada com sua mãe, saindo da mesa sem terminar o almoço e reclamando da comida.
Meia hora depois, em seu celular havia uma nova mensagem:
Deus, através dos seus mensageiros, está observando suas atitudes, Marcela.
Uma ameaça? - pensou a garota. Quem teria a coragem de enviar algo assim? Resolveu ligar de volta para o número indicado para pedir satisfações, mas o telefone estava desligado. Tentou várias vezes, sem sucesso.
No dia seguinte, pediu um tênis novo para o pai e como não ganhou, bateu a porta do quarto dizendo:
- Mas que droga! Ninguém faz o que eu quero nesta casa!
Algum tempo depois, nova mensagem:
Quem tem Jesus no coração não deve se comportar assim.
Marcela ficou ofendida, e prometeu a si mesma não mais olhar as mensagens daquele número de celular.
Pensou bastante em quem poderia ser, achava que era uma de suas irmãs, mas, embora tentasse, não conseguia descobrir o autor dos recados.
Marcela continuava uma menina mal-educada em casa e gentil com aqueles que não eram de sua família.
Por isso, nos dias que se seguiram, ela recebeu várias outras mensagens, que faziam pensar sobre o seu comportamento e sugeriam mudanças.
Irritar-se é o melhor processo de perder – dizia uma delas.
Ela tentava não olhar os recados, mas sua curiosidade era grande e ela tinha esperança que descobriria o autor, que mantinha o celular sempre desligado para não ser encontrado, mas que mandava mensagens assim:
Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa. Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
O tempo foi passando, e os recados continuavam. Quando tinha alguma atitude legal com algum familiar,
Marcela ficava contente com os recados carinhosos que recebia, pois mensagens de incentivo eram enviadas:
Muito bem! Jesus deve estar feliz com sua atitude!
E foi assim, acompanhado de perto por uma de suas irmãs, que comprou um celular especialmente para ajudar Marcela, que ela foi se tornando gentil e educada também em casa, com os familiares. Ela nunca descobriu quem lhe mandava as mensagens, mas conseguiu entender que as atitudes de cada um são importantes para que haja paz e harmonia em família.
Claudia Schmidt
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
13 = AULAS E DINÂMICAS PARA A JUVENTUDE
Família - importância da família
Objetivos da aula: levar os evangelizandos a reconhecerem a importância da família em nossas vidas. Que nossos familiares erram e acertam, e merecem nosso carinho, nosso perdão e a nossa gratidão. Que nossos pais biológicos, adotivos ou as pessoas responsáveis por nós são os responsáveis pela nossa educação, nos amam e querem o melhor para nós, ensinando-nos, dentro do seu grau evolutivo e suas limitações, o que é certo. A aula visa despertar nos jovens a compreensão de que é no lar, junto do grupo familiar, que encontramos a ajuda que necessitamos para nosso crescimento espiritual.
Obs.: caso o tempo determinado para a aula não seja suficiente para realizar a aula completa, ela pode ser adaptada pelo evangelizador, ou dividida em duas aulas.
Prece inicial
Primeiro momento: aplicar a dinâmica “Cada coisa a seu Tempo”: dividir a sala em dois grupos e entregar para cada grupo um pote de vidro vazio, 03 bolas de golfe ou de tênis (ou outras similares que tenham peso), algumas bolas de gude, uma porção de areia e um copo de água. Pedir que cada grupo coloque TODOS os componentes dentro do pote de vidro, da maneira que achar melhor, deixando de fora, apenas o copo de água para o momento que o evangelizador solicitar. Aguardar os resultados sem influenciar.
Obs.: se a turma for grande e não houver material suficiente para cada evangelizando fazer sua experiência, o evangelizador poderá fazer a dinâmica convidando um ou dois evangelizandos para lhe auxiliarem.
Segundo momento: caso não tenham conseguido colocar todos os componentes dentro do vidro, fazer a demonstração do modo certo: pegar as 03 bolas de golfe ou similar e colocar primeiramente dentro do pote de vidro e perguntar se o pote de vidro está cheio. Em seguida, o evangelizador deverá colocar as bolas de gude e estas encherão todos os espaços vazios entre as bolas de golfe. O evangelizador deve perguntar se o vidro está cheio e aguardar respostas. Na seqüência, pegar a porção de areia e colocar dentro do vidro. A areia preencherá
os espaços vazios que ainda restam. Perguntar novamente aos alunos se o pote agora está cheio e aguardar as respostas.
Terceiro momento: explicar o significado da dinâmica.
* O pote de vidro representa nossas vidas.
* As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como DEUS, A FAMÍLIA E OS AMIGOS. São com as quais nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade.
* As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa, o carro, a escola. * A areia representa todos as pequenas coisas, como os brinquedos, as roupas de marcas, o computador.
Se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para as de gude. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas, nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes.
Lembrar que devem prestar atenção nas coisas que são importantes para felicidade. Brincar com os irmãos, sair para se divertir com a família e com os amigos, dedicar um pouco de tempo a vocês mesmos, buscar a Deus e crer nEle. Vocês estão fazendo isso participando das aulas de evangelização.
Também é importante buscar o conhecimento, estudar, praticar esportes. Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas é essencial se ocupar das bolas maiores em primeiro lugar, o resto é apenas areia.
Quarto momento: o evangelizador deverá perguntar se ainda cabe alguma coisa dentro do vidro, aguardando as respostas. Em seguida, deverá pedir então que os evangelizandos peguem o copo de água e o derramem dentro do pote de vidro. Perguntar se agora o pote de vidro está totalmente cheio e aguardar as respostas.
Perguntar então: O que representa a água? A água serve apenas para demonstrar que, por mais ocupada que esteja nossa vida, sempre que aparecer alguma coisa que nós achamos realmente importante, encontraremos tempo para realizá-la.
Obs.: só encontramos tempo para as coisas que damos prioridade, ou seja, para aquilo que achamos importante.
Quinto momento: pedir para que cada evangelizando exponha o seu ponto de vista e dizer o que aprendeu com a dinâmica. Este é um momento muito importante porque os jovens gostam de serem escutados, além do mais, podem apresentar opiniões equivocadas que podem ser corrigidas pelo evangelizador, em um diálogo esclarecedor.
Sexto momento: contar uma das histórias abaixo.
A Flor Azul
D. Tereza estava fazendo compras no supermercado e de repente um estranho trombou com ela: - Oh, me desculpe por favor! Foi a reação dela.
E ele disse: - Ah, desculpe-me também, eu simplesmente nem te vi!
Foram muito educados um com o outro, aquele estranho e ela.
Então, se despediram e cada um foi para o seu lado.
Mais tarde naquele dia, ela estava fazendo o jantar e seu filho parou do seu lado tão em silêncio que ela nem percebeu.
Quando ela se virou, tomou o maior susto e lhe deu uma bronca.
- Saia do meu caminho filho! E ela disse aquilo com certa braveza.
E ele foi embora, certamente com seu pequeno coração partido.
Ela nem imaginava como havia sido rude com ele.
Quando ela foi se deitar, podia ouvir a voz calma e doce de seu anjo da guarda lhe dizendo:
- Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou! Mas com seu filho, a criança que você ama, você nem sequer se preocupou com isso! Olhe no chão da cozinha, você verá algumas flores perto da porta. São flores que ele trouxe para você. Ele mesmo as pegou, a cor-de-rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e você nem viu as lágrimas nos olhos dele.
Nesse momento, D. Tereza se sentiu muito pequena.
E agora, o seu coração era quem derramava lágrimas.
Então ela foi até o quarto do filho e ajoelhou-se ao lado de sua cama e disse:
- Acorde filhinho, acorde. Estas são as flores que você pegou para mim? Ele sorriu:
- Eu as encontrei embaixo da árvore. Eu as peguei porque as achei tão bonitas como você! Eu sabia que você iria gostar, especialmente da azul.
Ela disse: - Filho, eu sinto muito pela maneira como agi hoje. Eu não devia ter gritado com você daquela maneira.
- Ah mamãe, não tem problema, eu te amo mesmo assim!
- Eu também te amo. E eu adorei as flores, especialmente a azul.
Autor desconhecido
Mensagem pra você!
Marcela era uma menina muito gentil e educada na escola e com os amigos. Em casa, porém, suas atitudes eram diferentes: gritava com todos, reclamava de tudo, e parecia não conhecer as palavras mágicas obrigado, com licença, por favor e desculpe.
Um dia, teve uma enorme briga com uma de suas irmãs, xingou muito e foi se trancar no quarto. Uma hora depois, recebeu no celular a seguinte mensagem:
Horrível o seu comportamento, Marcela! Você deve estar envergonhada de ter gritado tanto...
Ela não estava envergonhada e achou que devia ser engano. Mas se deu conta que dizia seu nome, então pensou que era uma brincadeira. Como não conhecia o número de quem mandou o recado, logo já tinha esquecido.
No dia seguinte, à hora do almoço, foi mal-educada com sua mãe, saindo da mesa sem terminar o almoço e reclamando da comida.
Meia hora depois, em seu celular havia uma nova mensagem:
Deus, através dos seus mensageiros, está observando suas atitudes, Marcela.
Uma ameaça? - pensou a garota. Quem teria a coragem de enviar algo assim? Resolveu ligar de volta para o número indicado para pedir satisfações, mas o telefone estava desligado. Tentou várias vezes, sem sucesso.
No dia seguinte, pediu um tênis novo para o pai e como não ganhou, bateu a porta do quarto dizendo:
- Mas que droga! Ninguém faz o que eu quero nesta casa!
Algum tempo depois, nova mensagem:
Quem tem Jesus no coração não deve se comportar assim.
Marcela ficou ofendida, e prometeu a si mesma não mais olhar as mensagens daquele número de celular.
Pensou bastante em quem poderia ser, achava que era uma de suas irmãs, mas, embora tentasse, não conseguia descobrir o autor dos recados.
Marcela continuava uma menina mal-educada em casa e gentil com aqueles que não eram de sua família.
Por isso, nos dias que se seguiram, ela recebeu várias outras mensagens, que faziam pensar sobre o seu comportamento e sugeriam mudanças.
Irritar-se é o melhor processo de perder – dizia uma delas.
Ela tentava não olhar os recados, mas sua curiosidade era grande e ela tinha esperança que descobriria o autor, que mantinha o celular sempre desligado para não ser encontrado, mas que mandava mensagens assim:
Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa. Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
O tempo foi passando, e os recados continuavam. Quando tinha alguma atitude legal com algum familiar,
Marcela ficava contente com os recados carinhosos que recebia, pois mensagens de incentivo eram enviadas:
Muito bem! Jesus deve estar feliz com sua atitude!
E foi assim, acompanhado de perto por uma de suas irmãs, que comprou um celular especialmente para ajudar Marcela, que ela foi se tornando gentil e educada também em casa, com os familiares. Ela nunca descobriu quem lhe mandava as mensagens, mas conseguiu entender que as atitudes de cada um são importantes para que haja paz e harmonia em família.
Claudia Schmidt
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
Família - importância da família
Objetivos da aula: levar os evangelizandos a reconhecerem a importância da família em nossas vidas. Que nossos familiares erram e acertam, e merecem nosso carinho, nosso perdão e a nossa gratidão. Que nossos pais biológicos, adotivos ou as pessoas responsáveis por nós são os responsáveis pela nossa educação, nos amam e querem o melhor para nós, ensinando-nos, dentro do seu grau evolutivo e suas limitações, o que é certo. A aula visa despertar nos jovens a compreensão de que é no lar, junto do grupo familiar, que encontramos a ajuda que necessitamos para nosso crescimento espiritual.
Obs.: caso o tempo determinado para a aula não seja suficiente para realizar a aula completa, ela pode ser adaptada pelo evangelizador, ou dividida em duas aulas.
Prece inicial
Primeiro momento: aplicar a dinâmica “Cada coisa a seu Tempo”: dividir a sala em dois grupos e entregar para cada grupo um pote de vidro vazio, 03 bolas de golfe ou de tênis (ou outras similares que tenham peso), algumas bolas de gude, uma porção de areia e um copo de água. Pedir que cada grupo coloque TODOS os componentes dentro do pote de vidro, da maneira que achar melhor, deixando de fora, apenas o copo de água para o momento que o evangelizador solicitar. Aguardar os resultados sem influenciar.
Obs.: se a turma for grande e não houver material suficiente para cada evangelizando fazer sua experiência, o evangelizador poderá fazer a dinâmica convidando um ou dois evangelizandos para lhe auxiliarem.
Segundo momento: caso não tenham conseguido colocar todos os componentes dentro do vidro, fazer a demonstração do modo certo: pegar as 03 bolas de golfe ou similar e colocar primeiramente dentro do pote de vidro e perguntar se o pote de vidro está cheio. Em seguida, o evangelizador deverá colocar as bolas de gude e estas encherão todos os espaços vazios entre as bolas de golfe. O evangelizador deve perguntar se o vidro está cheio e aguardar respostas. Na seqüência, pegar a porção de areia e colocar dentro do vidro. A areia preencherá
os espaços vazios que ainda restam. Perguntar novamente aos alunos se o pote agora está cheio e aguardar as respostas.
Terceiro momento: explicar o significado da dinâmica.
* O pote de vidro representa nossas vidas.
* As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como DEUS, A FAMÍLIA E OS AMIGOS. São com as quais nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade.
* As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa, o carro, a escola. * A areia representa todos as pequenas coisas, como os brinquedos, as roupas de marcas, o computador.
Se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para as de gude. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas, nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes.
Lembrar que devem prestar atenção nas coisas que são importantes para felicidade. Brincar com os irmãos, sair para se divertir com a família e com os amigos, dedicar um pouco de tempo a vocês mesmos, buscar a Deus e crer nEle. Vocês estão fazendo isso participando das aulas de evangelização.
Também é importante buscar o conhecimento, estudar, praticar esportes. Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas é essencial se ocupar das bolas maiores em primeiro lugar, o resto é apenas areia.
Quarto momento: o evangelizador deverá perguntar se ainda cabe alguma coisa dentro do vidro, aguardando as respostas. Em seguida, deverá pedir então que os evangelizandos peguem o copo de água e o derramem dentro do pote de vidro. Perguntar se agora o pote de vidro está totalmente cheio e aguardar as respostas.
Perguntar então: O que representa a água? A água serve apenas para demonstrar que, por mais ocupada que esteja nossa vida, sempre que aparecer alguma coisa que nós achamos realmente importante, encontraremos tempo para realizá-la.
Obs.: só encontramos tempo para as coisas que damos prioridade, ou seja, para aquilo que achamos importante.
Quinto momento: pedir para que cada evangelizando exponha o seu ponto de vista e dizer o que aprendeu com a dinâmica. Este é um momento muito importante porque os jovens gostam de serem escutados, além do mais, podem apresentar opiniões equivocadas que podem ser corrigidas pelo evangelizador, em um diálogo esclarecedor.
Sexto momento: contar uma das histórias abaixo.
A Flor Azul
D. Tereza estava fazendo compras no supermercado e de repente um estranho trombou com ela: - Oh, me desculpe por favor! Foi a reação dela.
E ele disse: - Ah, desculpe-me também, eu simplesmente nem te vi!
Foram muito educados um com o outro, aquele estranho e ela.
Então, se despediram e cada um foi para o seu lado.
Mais tarde naquele dia, ela estava fazendo o jantar e seu filho parou do seu lado tão em silêncio que ela nem percebeu.
Quando ela se virou, tomou o maior susto e lhe deu uma bronca.
- Saia do meu caminho filho! E ela disse aquilo com certa braveza.
E ele foi embora, certamente com seu pequeno coração partido.
Ela nem imaginava como havia sido rude com ele.
Quando ela foi se deitar, podia ouvir a voz calma e doce de seu anjo da guarda lhe dizendo:
- Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou! Mas com seu filho, a criança que você ama, você nem sequer se preocupou com isso! Olhe no chão da cozinha, você verá algumas flores perto da porta. São flores que ele trouxe para você. Ele mesmo as pegou, a cor-de-rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e você nem viu as lágrimas nos olhos dele.
Nesse momento, D. Tereza se sentiu muito pequena.
E agora, o seu coração era quem derramava lágrimas.
Então ela foi até o quarto do filho e ajoelhou-se ao lado de sua cama e disse:
- Acorde filhinho, acorde. Estas são as flores que você pegou para mim? Ele sorriu:
- Eu as encontrei embaixo da árvore. Eu as peguei porque as achei tão bonitas como você! Eu sabia que você iria gostar, especialmente da azul.
Ela disse: - Filho, eu sinto muito pela maneira como agi hoje. Eu não devia ter gritado com você daquela maneira.
- Ah mamãe, não tem problema, eu te amo mesmo assim!
- Eu também te amo. E eu adorei as flores, especialmente a azul.
Autor desconhecido
Mensagem pra você!
Marcela era uma menina muito gentil e educada na escola e com os amigos. Em casa, porém, suas atitudes eram diferentes: gritava com todos, reclamava de tudo, e parecia não conhecer as palavras mágicas obrigado, com licença, por favor e desculpe.
Um dia, teve uma enorme briga com uma de suas irmãs, xingou muito e foi se trancar no quarto. Uma hora depois, recebeu no celular a seguinte mensagem:
Horrível o seu comportamento, Marcela! Você deve estar envergonhada de ter gritado tanto...
Ela não estava envergonhada e achou que devia ser engano. Mas se deu conta que dizia seu nome, então pensou que era uma brincadeira. Como não conhecia o número de quem mandou o recado, logo já tinha esquecido.
No dia seguinte, à hora do almoço, foi mal-educada com sua mãe, saindo da mesa sem terminar o almoço e reclamando da comida.
Meia hora depois, em seu celular havia uma nova mensagem:
Deus, através dos seus mensageiros, está observando suas atitudes, Marcela.
Uma ameaça? - pensou a garota. Quem teria a coragem de enviar algo assim? Resolveu ligar de volta para o número indicado para pedir satisfações, mas o telefone estava desligado. Tentou várias vezes, sem sucesso.
No dia seguinte, pediu um tênis novo para o pai e como não ganhou, bateu a porta do quarto dizendo:
- Mas que droga! Ninguém faz o que eu quero nesta casa!
Algum tempo depois, nova mensagem:
Quem tem Jesus no coração não deve se comportar assim.
Marcela ficou ofendida, e prometeu a si mesma não mais olhar as mensagens daquele número de celular.
Pensou bastante em quem poderia ser, achava que era uma de suas irmãs, mas, embora tentasse, não conseguia descobrir o autor dos recados.
Marcela continuava uma menina mal-educada em casa e gentil com aqueles que não eram de sua família.
Por isso, nos dias que se seguiram, ela recebeu várias outras mensagens, que faziam pensar sobre o seu comportamento e sugeriam mudanças.
Irritar-se é o melhor processo de perder – dizia uma delas.
Ela tentava não olhar os recados, mas sua curiosidade era grande e ela tinha esperança que descobriria o autor, que mantinha o celular sempre desligado para não ser encontrado, mas que mandava mensagens assim:
Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa. Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
O tempo foi passando, e os recados continuavam. Quando tinha alguma atitude legal com algum familiar,
Marcela ficava contente com os recados carinhosos que recebia, pois mensagens de incentivo eram enviadas:
Muito bem! Jesus deve estar feliz com sua atitude!
E foi assim, acompanhado de perto por uma de suas irmãs, que comprou um celular especialmente para ajudar Marcela, que ela foi se tornando gentil e educada também em casa, com os familiares. Ela nunca descobriu quem lhe mandava as mensagens, mas conseguiu entender que as atitudes de cada um são importantes para que haja paz e harmonia em família.
Claudia Schmidt
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
3-9 = O BOM SAMARITANO
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
QUESTIONAMENTOS:
Quais as lições que podemos tirar desta parábola?
Ela enfatiza o que?
Qual a característica dos personagens da história?
Estimular a sensibilidade de cada um para os diferentes comportamentos
Comentar os benefícios e prejuízos com determinados comportamentos.
Estimular a reflexão em nossas atitudes atuais.
Discutir isoladamente o perfil de cada personagem, ressaltando o comportamento do samaritano.
Discutir o valor de uma boa ação.
Comparar uma boa ação com o pensamento em linha reta
Comparar o que é o bem e o que é o mal
Mostrar o valor do bem na vida do Ser, entendendo a máxima de Jesus "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo"
Mostrar o compromisso que cada um assume perante Deus e com a vida. Este compromisso desperta nossa consciência no sentido de buscar soluções para nosso melhoramento.
O BOM SAMARITANO" OU "O BOM TRAVESTI" - (RUBEM ALVES)
E perguntaram a Jesus: "Quem é o meu próximo?" E ele lhes contou a seguinte parábola:
Voltava para sua casa, de madrugada, caminhando por uma rua escura, um garçom que trabalhara até tarde num restaurante. Ia cansado e triste.
A vida de garçom é muito dura, trabalha-se muito e ganha-se pouco.
Naquela mesma rua dois assaltantes estavam de tocaia, à espera de uma vítima. Vendo o homem assim tão indefeso saltaram sobre ele com armas na mão e disseram: "Vá passando a carteira".
O garçom não resistiu. Deu-lhes a carteira.
Mas o dinheiro era pouco e por isso, por ter tão pouco dinheiro na carteira, os assaltantes o espancaram brutalmente, deixando-o desacordado no chão.
Às primeiras horas da manhã passava por aquela mesma rua um padre no seu carro, a caminho da igreja onde celebraria a missa. Vendo aquele homem caído, ele se compadeceu, parou o caro, foi até ele e o consolou com palavras religiosas: "Meu irmão, é assim mesmo. Esse mundo é um vale de lágrimas. Mas console-se: Jesus Cristo sofreu mais que você." Ditas estas palavras ele o benzeu com o sinal da cruz e fez-lhe um gesto sacerdotal de absolvição de pecados: "Ego te absolvo..." Levantou-se então, voltou para o carro e guiou para a missa, feliz por ter consolado aquele homem com as palavras da religião.
Passados alguns minutos, passava por aquela mesma rua um pastor evangélico, a caminho da sua igreja, onde iria dirigir uma reunião de oração matutina. Vendo o homem caído, que nesse momento se mexia e gemia, parou o seu carro, desceu, foi até ele e lhe perguntou, baixinho: "Você já tem Cristo no seu coração? Isso que lhe aconteceu foi enviado por Deus! Tudo o que acontece é pela vontade de Deus! Você não vai à igreja. Pois, por meio dessa provação, Deus o está chamando ao arrependimento. Sem Cristo no coração sua alma irá para o inferno. Arrependa-se dos seus pecados. Aceite Cristo como seu salvador e seus problemas serão resolvidos!" O homem gemeu mais uma vez e o pastor interpretou o seu gemido como a aceitação do Cristo no coração. Disse, então, "aleluia!" e voltou para o carro feliz por Deus lhe ter permitido salvar mais uma alma.
Uma hora depois passava por aquela rua um líder espírita que, vendo o homem caído, aproximou-se dele e lhe disse: "Isso que lhe aconteceu não aconteceu por acidente. Nada acontece por acidente. A vida humana é regida pela lei do karma: as dívidas que se contraem numa encarnação têm de ser pagas na outra. Você está pagando por algo que você fez numa encarnação passada. Pode ser, mesmo, que você tenha feito a alguém aquilo que os ladrões lhe fizeram.
Mas agora sua dívida está paga. Seja, portanto, agradecido aos ladrões: eles lhe fizeram um bem. Seu espírito está agora livre dessa dívida e você poderá continuar a evoluir." Colocou suas mãos na cabeça do ferido, deu-lhe um passe, levantou-se, voltou para o carro, maravilhado da justiça da lei do karma.
O sol já ia alto quanto por ali passou um travesti, cabelo louro, brincos nas orelhas, pulseiras nos braços, boca pintada de batom. Vendo o homem caído, parou sua motocicleta, foi até ele e sem dizer uma única palavra tomou-o nos seus braços, colocou-o na motocicleta e o levou para o pronto socorro de um hospital, entregando-o aos cuidados médicos. E enquanto os médicos e enfermeiras estavam distraídos, tirou do seu próprio bolso todo o dinheiro que tinha e o colocou no bolso do homem ferido.
Terminada a estória, Jesus se voltou para seus ouvintes. Eles o olhavam com ódio. Jesus os olhou com amor e lhes perguntou: "Quem foi o próximo do homem ferido?"
A PARÁBOLA RELEMBRADA
Depois da parábola do bom samaritano, à noite, em casa de Simão, Tadeu, sinceramente interessado no assunto, rogou ao Mestre fosse mais explícito no ensinamento, e Jesus, com a espontaneidade habitual, falou:
Um homem enfermo jazia no chão, em esgares de sofrimento, às portas de grande cidade, assistido por pequena massa popular menos esclarecida e indiferente.
Passou por ali um moço romano de coração generoso, em seu carro apressado, e atirou-lhe duas moedas de prata, que um rapazelho de maus costumes subtraiu às ocultas.
Logo após, transitou pelo mesmo local um venerando escriba da Lei, que, alegando serviços prementes, prometeu enviar autoridades, em benefício do mendigo anônimo.
Quase de imediato, desfilou por ali um sacerdote que lançou ao viajante desamparado um gesto de bênção e, afirmando que o culto ao Supremo Senhor esperava por ele, exortou o povo a asilar o doente e alimentá-lo.
Depois dele, surgiu, de relance, respeitável senhora, a quem o pobre se dirigiu em comovedora súplica; todavia, a nobre matrona, lastimando as dificuldades da sua condição de mulher, invocou o cavalheirismo masculino, para aliviá-lo, como se fazia imprescindível.
Minutos após, um grande juiz varou o mesmo trecho da via pública asseverando que nomearia testemunhas a fim de saber se o mísero não seria algum viciado vulgar, afastando-se, lépido, sob o pretexto de que a oportunidade lhe não era favorável.
Decorridos mais alguns instantes, veio à cena um mercador de bolsa que, condoído, asseverou a sua carência de tempo e deu vinte moedas a um homem que lhe pareceu simpático, a fixa de que o problema de assistência fôsse resolvido, mas o preposto improvisado era um malfeitor evadido do cárcere e fugiu com o dinheiro sem prestar o socorro prometido.
O doente tremia e suava de dor, rojado ao pó, quando surgiu ali velho publicano, considerado de má vida, por não adorar o Senhor, segundo as regras dos fariseus. Com espanto de todos, aproximou-se do infeliz, endereçou-lhe palavras de encorajamento e carinho, deu-lhe o braço, levantou-o e, sustentando-o com as próprias energias, conduziu-o a uma estalagem de confiança, fornecendo-lhe medicação adequada e dividindo com ele o reduzido dinheiro que trazia consigo. Em seguida, retomou a sua jornada, seguindo tranqüilamente o seu caminho.
Depois de interromper-se, ligeiramente, o Mestre perguntou ao discípulo:
Em tua opinião, quem exerceu a caridade legítima?
Ah! sem dúvida exclamou Tadeu, bem-humorado , embora aparentemente desprezível, foi o publicano, porquanto, além de dar o dinheiro e a palavra, deu também o sentimento, o tempo, o braço e o estímulo fraterno, utilizando, para isso, as próprias forças.
Jesus, complacente, fitou no aprendiz os olhos penetrantes e rematou:
Então, fase tu o mesmo. A caridade, por substitutos, indiscutivelmente é honrosa e louvável, mas o bem que praticamos em sentido direto, dando de nós mesmos, é sempre o maior e o mais seguro de todos.
(Jesus no Lar - Francisco Cândido Xavier - Neio Lucio)
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
QUESTIONAMENTOS:
Quais as lições que podemos tirar desta parábola?
Ela enfatiza o que?
Qual a característica dos personagens da história?
Estimular a sensibilidade de cada um para os diferentes comportamentos
Comentar os benefícios e prejuízos com determinados comportamentos.
Estimular a reflexão em nossas atitudes atuais.
Discutir isoladamente o perfil de cada personagem, ressaltando o comportamento do samaritano.
Discutir o valor de uma boa ação.
Comparar uma boa ação com o pensamento em linha reta
Comparar o que é o bem e o que é o mal
Mostrar o valor do bem na vida do Ser, entendendo a máxima de Jesus "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo"
Mostrar o compromisso que cada um assume perante Deus e com a vida. Este compromisso desperta nossa consciência no sentido de buscar soluções para nosso melhoramento.
O BOM SAMARITANO" OU "O BOM TRAVESTI" - (RUBEM ALVES)
E perguntaram a Jesus: "Quem é o meu próximo?" E ele lhes contou a seguinte parábola:
Voltava para sua casa, de madrugada, caminhando por uma rua escura, um garçom que trabalhara até tarde num restaurante. Ia cansado e triste.
A vida de garçom é muito dura, trabalha-se muito e ganha-se pouco.
Naquela mesma rua dois assaltantes estavam de tocaia, à espera de uma vítima. Vendo o homem assim tão indefeso saltaram sobre ele com armas na mão e disseram: "Vá passando a carteira".
O garçom não resistiu. Deu-lhes a carteira.
Mas o dinheiro era pouco e por isso, por ter tão pouco dinheiro na carteira, os assaltantes o espancaram brutalmente, deixando-o desacordado no chão.
Às primeiras horas da manhã passava por aquela mesma rua um padre no seu carro, a caminho da igreja onde celebraria a missa. Vendo aquele homem caído, ele se compadeceu, parou o caro, foi até ele e o consolou com palavras religiosas: "Meu irmão, é assim mesmo. Esse mundo é um vale de lágrimas. Mas console-se: Jesus Cristo sofreu mais que você." Ditas estas palavras ele o benzeu com o sinal da cruz e fez-lhe um gesto sacerdotal de absolvição de pecados: "Ego te absolvo..." Levantou-se então, voltou para o carro e guiou para a missa, feliz por ter consolado aquele homem com as palavras da religião.
Passados alguns minutos, passava por aquela mesma rua um pastor evangélico, a caminho da sua igreja, onde iria dirigir uma reunião de oração matutina. Vendo o homem caído, que nesse momento se mexia e gemia, parou o seu carro, desceu, foi até ele e lhe perguntou, baixinho: "Você já tem Cristo no seu coração? Isso que lhe aconteceu foi enviado por Deus! Tudo o que acontece é pela vontade de Deus! Você não vai à igreja. Pois, por meio dessa provação, Deus o está chamando ao arrependimento. Sem Cristo no coração sua alma irá para o inferno. Arrependa-se dos seus pecados. Aceite Cristo como seu salvador e seus problemas serão resolvidos!" O homem gemeu mais uma vez e o pastor interpretou o seu gemido como a aceitação do Cristo no coração. Disse, então, "aleluia!" e voltou para o carro feliz por Deus lhe ter permitido salvar mais uma alma.
Uma hora depois passava por aquela rua um líder espírita que, vendo o homem caído, aproximou-se dele e lhe disse: "Isso que lhe aconteceu não aconteceu por acidente. Nada acontece por acidente. A vida humana é regida pela lei do karma: as dívidas que se contraem numa encarnação têm de ser pagas na outra. Você está pagando por algo que você fez numa encarnação passada. Pode ser, mesmo, que você tenha feito a alguém aquilo que os ladrões lhe fizeram.
Mas agora sua dívida está paga. Seja, portanto, agradecido aos ladrões: eles lhe fizeram um bem. Seu espírito está agora livre dessa dívida e você poderá continuar a evoluir." Colocou suas mãos na cabeça do ferido, deu-lhe um passe, levantou-se, voltou para o carro, maravilhado da justiça da lei do karma.
O sol já ia alto quanto por ali passou um travesti, cabelo louro, brincos nas orelhas, pulseiras nos braços, boca pintada de batom. Vendo o homem caído, parou sua motocicleta, foi até ele e sem dizer uma única palavra tomou-o nos seus braços, colocou-o na motocicleta e o levou para o pronto socorro de um hospital, entregando-o aos cuidados médicos. E enquanto os médicos e enfermeiras estavam distraídos, tirou do seu próprio bolso todo o dinheiro que tinha e o colocou no bolso do homem ferido.
Terminada a estória, Jesus se voltou para seus ouvintes. Eles o olhavam com ódio. Jesus os olhou com amor e lhes perguntou: "Quem foi o próximo do homem ferido?"
A PARÁBOLA RELEMBRADA
Depois da parábola do bom samaritano, à noite, em casa de Simão, Tadeu, sinceramente interessado no assunto, rogou ao Mestre fosse mais explícito no ensinamento, e Jesus, com a espontaneidade habitual, falou:
Um homem enfermo jazia no chão, em esgares de sofrimento, às portas de grande cidade, assistido por pequena massa popular menos esclarecida e indiferente.
Passou por ali um moço romano de coração generoso, em seu carro apressado, e atirou-lhe duas moedas de prata, que um rapazelho de maus costumes subtraiu às ocultas.
Logo após, transitou pelo mesmo local um venerando escriba da Lei, que, alegando serviços prementes, prometeu enviar autoridades, em benefício do mendigo anônimo.
Quase de imediato, desfilou por ali um sacerdote que lançou ao viajante desamparado um gesto de bênção e, afirmando que o culto ao Supremo Senhor esperava por ele, exortou o povo a asilar o doente e alimentá-lo.
Depois dele, surgiu, de relance, respeitável senhora, a quem o pobre se dirigiu em comovedora súplica; todavia, a nobre matrona, lastimando as dificuldades da sua condição de mulher, invocou o cavalheirismo masculino, para aliviá-lo, como se fazia imprescindível.
Minutos após, um grande juiz varou o mesmo trecho da via pública asseverando que nomearia testemunhas a fim de saber se o mísero não seria algum viciado vulgar, afastando-se, lépido, sob o pretexto de que a oportunidade lhe não era favorável.
Decorridos mais alguns instantes, veio à cena um mercador de bolsa que, condoído, asseverou a sua carência de tempo e deu vinte moedas a um homem que lhe pareceu simpático, a fixa de que o problema de assistência fôsse resolvido, mas o preposto improvisado era um malfeitor evadido do cárcere e fugiu com o dinheiro sem prestar o socorro prometido.
O doente tremia e suava de dor, rojado ao pó, quando surgiu ali velho publicano, considerado de má vida, por não adorar o Senhor, segundo as regras dos fariseus. Com espanto de todos, aproximou-se do infeliz, endereçou-lhe palavras de encorajamento e carinho, deu-lhe o braço, levantou-o e, sustentando-o com as próprias energias, conduziu-o a uma estalagem de confiança, fornecendo-lhe medicação adequada e dividindo com ele o reduzido dinheiro que trazia consigo. Em seguida, retomou a sua jornada, seguindo tranqüilamente o seu caminho.
Depois de interromper-se, ligeiramente, o Mestre perguntou ao discípulo:
Em tua opinião, quem exerceu a caridade legítima?
Ah! sem dúvida exclamou Tadeu, bem-humorado , embora aparentemente desprezível, foi o publicano, porquanto, além de dar o dinheiro e a palavra, deu também o sentimento, o tempo, o braço e o estímulo fraterno, utilizando, para isso, as próprias forças.
Jesus, complacente, fitou no aprendiz os olhos penetrantes e rematou:
Então, fase tu o mesmo. A caridade, por substitutos, indiscutivelmente é honrosa e louvável, mas o bem que praticamos em sentido direto, dando de nós mesmos, é sempre o maior e o mais seguro de todos.
(Jesus no Lar - Francisco Cândido Xavier - Neio Lucio)
AULA 16 - LEI DE AÇÃO E REAÇÃO
Pré Aula- Anotando as experiências vividas
Propor para que após as pessoas terem contado suas semanas para que escrevam em um papel a melhor coisa e a pior coisa que aconteceu esta semana com eles.
Depois de anotarem eles devem guardar o papel e esquece-lo por enquanto
1ª parte- Tema da aula
Visão da física (nesta parte o expositor deve manter uma atitude de cientista.)
Falar que na verdade a aula de hoje não faz parte do programa de mocidade, que na verdade será dada uma aula de física.
Falar que ela será sobre a 3ª Lei de Newton... Não explicar o que é.
Propor um experimento cientifico para que percebam o que é esta 3ª lei.
Entregar uma bolinha de ping-pong para cada um dos participantes. E em seguida pedir para que se levantem, fiquem de frente para uma parede e joguem a bolinha na parede. Mas todos devem jogar a bolinha juntos ao comando do expositor.
Questionar: O que percebem que acontece?
Que princípio da física podemos tirar deste experimento?
Explicar cientificamente como é a 3ª lei de Newton.
2ª parte- O tema dentro do espiritismo
Visão da ação e reação dentro do espiritismo
Explicar que isso não acontece só com a bolinha, mas também em nossas vidas.
De que maneira?
Questionar os participantes: Vocês já ouviram as frases: Quem planta, colhe ou Fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem?
O que isso significa para vocês? (comentar)
A primeira frase tem relação direta com esta lei.
Vocês acreditam que isso realmente acontece em nossas vidas?
Atividade de Adoletá:
Objetivo: Mostrar que as vezes não percebemos este mecanismo dentro da vida porque a reação as vezes acontece de maneira indireta.
Com os participantes sentados em roda, pedir para que coloquem as mãos sobre as pernas com a palma virada para cima e em seguida coloquem sua mão esquerda debaixo da mão do seu companheiro da esquerda e a mão direita por cima da mão do companheiro da direita ( da mesma maneira que na brincadeira de adoletá). Em seguida o expositor deve começar a brincadeira batendo na palma da mão do seu companheiro da esquerda e aquele que recebeu o tapa deve fazer o mesmo até que o circulo se complete. Não deve ser cantada a música de adoletá para não tirar atenção dos participantes e para que seja mais fácil depois eles entenderem a conclusão desta brincadeira.
Questionamento: Que conclusão podemos tirar desta brincadeira?
Perceber que da mesma maneira que batemos em alguém, também recebemos um tapa. E que desta maneira formamos um círculo de ódio.
A segunda frase ( Fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem? ) quem disse foi o J.C. e ela tem relação direta com a brincadeira. Comentar com a turma.
3ª parte- Ação e reação nas nossas vidas
Perceber a causa dos nossos sofrimentos
Questionamento: Será que conseguimos perceber este universo de coisas acontecendo em nossas vidas?
Ativ. Percepção desta realidade: Este momento de percepção pode ser guiado como um relaxamento onde os participantes de olhos fechados são levados a fazerem suas próprias reflexões.
Iniciar pegando a folha que eles escreveram no começo da aula e pedir para lerem para si e pedir para que fechem os olhos. O expositor deve guia-los para tentarem lembrar daquilo que pode der causado aquele acontecimento em nossas vidas. Tanto as coisas boas como as coisas ruins, será que não encontramos nos nossos atos passados algo que justifique estarmos recebendo estas coisas? (mesmo coisas simples podem servir, como ter ido bem em uma prova, pode ser o resultado de ter estudado para ela).
Quem pôde verificar a ação que trouxe determinada reação para nossas vidas?
As vezes não encontramos na nossa vida atual nenhuma justificativa para o que acontece nas nossas vidas, mas ai devemos lembrar que o que nos acontece hoje pode ser efeito de outras vidas.
Tudo o que acontece é de forma justa, por isso mesmo que não tenhamos conseguido lembrar o que pode ter causado aquilo vale é importante lembrar disso quando formos fazer alguma coisa, pois se queremos reações boas precisamos ter ações iguais!
Aproveitar esta etapa para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o tema.
E ai entram todas as aulas que tiveram anteriormente: Humildade e Bom exemplo, Caridade e auxilio, indulgencia e o perdão e outras que ainda vão ter!
Esta é a aula em que a gente tem que sair com a proposta de praticar todos esses conhecimentos!
4ª parte- Lei de amor
Como amenizamos nossas provas
Mas será que sempre vamos ter que sofrer tudo aquilo que fizemos os outros sofrer?
Não, a bondade divina é tão grande que temos como amenizar as nossas provas. Nós podemos escolher pagar nossas dívidas pelo amor ou pela dor. Infelizmente na maioria das vezes escolhemos paga-la pela dor.
De que forma?
Através da prática do bem e do amor sincero. Em alguns momentos por mais que tenhamos que passar por uma prova muito ruim, se tivermos esses sentimentos dentro de nós temos muita ajuda para nos amparar e ajudar a superar as dificuldades, isso por causa da nossa sintonia com o plano superior e os espíritos bons.
Contar a historinha do Escravo que perdeu o braço e o senhor que perdeu o dedo
Conclusão
Precisamos prestar atenção em nossos atos
Agora que eles já tem o conhecimento desta lei universal devem colocá-la sempre que puderem em prática.
E para ajudá-los a colocar em prática os conhecimentos da aula de hoje, os participantes devem ficar com as bolinhas de ping-pong para sempre se lembrarem da lei de ação e reação.
Ex: de como devemos agir daqui para frente.
Adoleta : Eu te odeio.
Para concluir a aula, deve-se realizar novamente a brincadeira do adoletá sem a musiquinha, porem desta vez quando o expositor iniciar batendo na mão do seu companheiro da esquerda, ele deve dizer eu te odeio e todos devem repetir o mesmo procedimento até que roda se feche, e quando a brincadeira chegar novamente no expositor, este deve para a brincadeira e não bater mais em ninguém. Com isso deve ser explicado que as vezes basta uma pessoa emitir amor para ser capaz de acabar com correntes enormes de ódio que poderiam durar por várias encarnações diferentes.
Historinha
Conta-se, que na época do feudalismo quando o forte da economia era a cana de açúcar, estava um dia um escravo a trabalhar na moenda, servindo como tração para a máquina moer a cana, quando este ficou cansado e não agüentava mais continuar. O senhor do engenho, vendo que o escravo tinha parado de trabalhar, mandou açoitá-lo. E como o escravo estava com suas forças esgotadas e mesmo assim não voltou para o trabalho, o senhor do engenho mandou colocar o braço deste escravo no moedor de cana para que este perdesse seu membro brutalmente.
Agora voltamos aos nosso dias atuais, e acompanhamos um senhor que tem uma vida que é um exemplo de caridade e de humildade. Ele ajuda em todos os trabalhos da casa espírita e é um exemplo de trabalhador abnegado e dedicado ao próximo. No entanto um dia num acidente de carro ele se fere de tal forma que é obrigado a ter que amputar o seu dedo indicador. E alem da sua própria dor pessoal, os trabalhadores que atuavam com ele na casa espírita ficaram indignados com isso, e questionavam em seus comentários: onde está a lei da justiça, como pode uma pessoa tão boa perder o dedo de uma maneira tão brutal? e assim rolavam os comentários. Até que um dia em uma sessão mediúnica o mentor do nosso companheiro se manifestou e disse, que este senhor que hoje praticava a caridade e a beneficência foi um dia aquele senhor que ordenou que o escravo perdesse o braço na moenda de cana. E que em sua programação de vida estava escrito para que ele perdesse o braço inteiro, mas tendo em conta as obras de caridade que ele tem praticado, esta prova foi atenuada e ele perdeu somente o dedo.
Desta pequena história podemos concluir que na ação e reação podemos estar pagando por nossas faltas não somente pela dor, mas também pelo amor podemos abrandar as nossa provas.
Pré Aula- Anotando as experiências vividas
Propor para que após as pessoas terem contado suas semanas para que escrevam em um papel a melhor coisa e a pior coisa que aconteceu esta semana com eles.
Depois de anotarem eles devem guardar o papel e esquece-lo por enquanto
1ª parte- Tema da aula
Visão da física (nesta parte o expositor deve manter uma atitude de cientista.)
Falar que na verdade a aula de hoje não faz parte do programa de mocidade, que na verdade será dada uma aula de física.
Falar que ela será sobre a 3ª Lei de Newton... Não explicar o que é.
Propor um experimento cientifico para que percebam o que é esta 3ª lei.
Entregar uma bolinha de ping-pong para cada um dos participantes. E em seguida pedir para que se levantem, fiquem de frente para uma parede e joguem a bolinha na parede. Mas todos devem jogar a bolinha juntos ao comando do expositor.
Questionar: O que percebem que acontece?
Que princípio da física podemos tirar deste experimento?
Explicar cientificamente como é a 3ª lei de Newton.
2ª parte- O tema dentro do espiritismo
Visão da ação e reação dentro do espiritismo
Explicar que isso não acontece só com a bolinha, mas também em nossas vidas.
De que maneira?
Questionar os participantes: Vocês já ouviram as frases: Quem planta, colhe ou Fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem?
O que isso significa para vocês? (comentar)
A primeira frase tem relação direta com esta lei.
Vocês acreditam que isso realmente acontece em nossas vidas?
Atividade de Adoletá:
Objetivo: Mostrar que as vezes não percebemos este mecanismo dentro da vida porque a reação as vezes acontece de maneira indireta.
Com os participantes sentados em roda, pedir para que coloquem as mãos sobre as pernas com a palma virada para cima e em seguida coloquem sua mão esquerda debaixo da mão do seu companheiro da esquerda e a mão direita por cima da mão do companheiro da direita ( da mesma maneira que na brincadeira de adoletá). Em seguida o expositor deve começar a brincadeira batendo na palma da mão do seu companheiro da esquerda e aquele que recebeu o tapa deve fazer o mesmo até que o circulo se complete. Não deve ser cantada a música de adoletá para não tirar atenção dos participantes e para que seja mais fácil depois eles entenderem a conclusão desta brincadeira.
Questionamento: Que conclusão podemos tirar desta brincadeira?
Perceber que da mesma maneira que batemos em alguém, também recebemos um tapa. E que desta maneira formamos um círculo de ódio.
A segunda frase ( Fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem? ) quem disse foi o J.C. e ela tem relação direta com a brincadeira. Comentar com a turma.
3ª parte- Ação e reação nas nossas vidas
Perceber a causa dos nossos sofrimentos
Questionamento: Será que conseguimos perceber este universo de coisas acontecendo em nossas vidas?
Ativ. Percepção desta realidade: Este momento de percepção pode ser guiado como um relaxamento onde os participantes de olhos fechados são levados a fazerem suas próprias reflexões.
Iniciar pegando a folha que eles escreveram no começo da aula e pedir para lerem para si e pedir para que fechem os olhos. O expositor deve guia-los para tentarem lembrar daquilo que pode der causado aquele acontecimento em nossas vidas. Tanto as coisas boas como as coisas ruins, será que não encontramos nos nossos atos passados algo que justifique estarmos recebendo estas coisas? (mesmo coisas simples podem servir, como ter ido bem em uma prova, pode ser o resultado de ter estudado para ela).
Quem pôde verificar a ação que trouxe determinada reação para nossas vidas?
As vezes não encontramos na nossa vida atual nenhuma justificativa para o que acontece nas nossas vidas, mas ai devemos lembrar que o que nos acontece hoje pode ser efeito de outras vidas.
Tudo o que acontece é de forma justa, por isso mesmo que não tenhamos conseguido lembrar o que pode ter causado aquilo vale é importante lembrar disso quando formos fazer alguma coisa, pois se queremos reações boas precisamos ter ações iguais!
Aproveitar esta etapa para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o tema.
E ai entram todas as aulas que tiveram anteriormente: Humildade e Bom exemplo, Caridade e auxilio, indulgencia e o perdão e outras que ainda vão ter!
Esta é a aula em que a gente tem que sair com a proposta de praticar todos esses conhecimentos!
4ª parte- Lei de amor
Como amenizamos nossas provas
Mas será que sempre vamos ter que sofrer tudo aquilo que fizemos os outros sofrer?
Não, a bondade divina é tão grande que temos como amenizar as nossas provas. Nós podemos escolher pagar nossas dívidas pelo amor ou pela dor. Infelizmente na maioria das vezes escolhemos paga-la pela dor.
De que forma?
Através da prática do bem e do amor sincero. Em alguns momentos por mais que tenhamos que passar por uma prova muito ruim, se tivermos esses sentimentos dentro de nós temos muita ajuda para nos amparar e ajudar a superar as dificuldades, isso por causa da nossa sintonia com o plano superior e os espíritos bons.
Contar a historinha do Escravo que perdeu o braço e o senhor que perdeu o dedo
Conclusão
Precisamos prestar atenção em nossos atos
Agora que eles já tem o conhecimento desta lei universal devem colocá-la sempre que puderem em prática.
E para ajudá-los a colocar em prática os conhecimentos da aula de hoje, os participantes devem ficar com as bolinhas de ping-pong para sempre se lembrarem da lei de ação e reação.
Ex: de como devemos agir daqui para frente.
Adoleta : Eu te odeio.
Para concluir a aula, deve-se realizar novamente a brincadeira do adoletá sem a musiquinha, porem desta vez quando o expositor iniciar batendo na mão do seu companheiro da esquerda, ele deve dizer eu te odeio e todos devem repetir o mesmo procedimento até que roda se feche, e quando a brincadeira chegar novamente no expositor, este deve para a brincadeira e não bater mais em ninguém. Com isso deve ser explicado que as vezes basta uma pessoa emitir amor para ser capaz de acabar com correntes enormes de ódio que poderiam durar por várias encarnações diferentes.
Historinha
Conta-se, que na época do feudalismo quando o forte da economia era a cana de açúcar, estava um dia um escravo a trabalhar na moenda, servindo como tração para a máquina moer a cana, quando este ficou cansado e não agüentava mais continuar. O senhor do engenho, vendo que o escravo tinha parado de trabalhar, mandou açoitá-lo. E como o escravo estava com suas forças esgotadas e mesmo assim não voltou para o trabalho, o senhor do engenho mandou colocar o braço deste escravo no moedor de cana para que este perdesse seu membro brutalmente.
Agora voltamos aos nosso dias atuais, e acompanhamos um senhor que tem uma vida que é um exemplo de caridade e de humildade. Ele ajuda em todos os trabalhos da casa espírita e é um exemplo de trabalhador abnegado e dedicado ao próximo. No entanto um dia num acidente de carro ele se fere de tal forma que é obrigado a ter que amputar o seu dedo indicador. E alem da sua própria dor pessoal, os trabalhadores que atuavam com ele na casa espírita ficaram indignados com isso, e questionavam em seus comentários: onde está a lei da justiça, como pode uma pessoa tão boa perder o dedo de uma maneira tão brutal? e assim rolavam os comentários. Até que um dia em uma sessão mediúnica o mentor do nosso companheiro se manifestou e disse, que este senhor que hoje praticava a caridade e a beneficência foi um dia aquele senhor que ordenou que o escravo perdesse o braço na moenda de cana. E que em sua programação de vida estava escrito para que ele perdesse o braço inteiro, mas tendo em conta as obras de caridade que ele tem praticado, esta prova foi atenuada e ele perdeu somente o dedo.
Desta pequena história podemos concluir que na ação e reação podemos estar pagando por nossas faltas não somente pela dor, mas também pelo amor podemos abrandar as nossa provas.
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