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terça-feira, 19 de maio de 2015

08 - ESBOÇO DO LIVRO O CEU E O INFERNO

ÍNDICE
Objetivo Da Aula
Bibliografia Principal
Bibliografia Complementar
Entendendo O Espiritismo
O Ceu E O Inferno  Allan Kardec
A Existência Do Céu E Do Inferno Na Visão Espírita
Os Problemas Dessa Visão Tradicional
Algumas Considerações Sobre Inferno, Limbo, Purgatório
O Purgatório
Doutrina Das Penas Eternas - Segundo O Profeta Ezequiel:
A Visão Espírita Da Vida Futura
Plano de ideia nº 01

OBJETIVO DA AULA
O Céu e o Inferno: a justiça divina segundo o Espiritismo;
Reafirmar o aspecto cientifico (Ciência de Observação, ciência de Pesquisa)
O Conhecimento da vida espiritual  seus valores e trabalhos comparando com os materiais

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
O Evangelho Segundo o Espiritismo   (Allan Kardec) Capitulo
O Livro dos Espíritos  (Allan Kardec) Questões
O Céu e o Inferno - (Allan Kardec)
Entendendo o Espiritismo - (Edgard Armond) 8

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
O Abismo  (Andre Luiz  R A Raniere)
Na Semeadura I - (Edgard Armond) 10  75  114  201  226
Na Semeadura II - (Edgard Armond) 47  149 - 193
Respondendo e Esclarecendo - (Edgard Armond)  12 - 163

ENTENDENDO O ESPIRITISMO
O CEU E O INFERNO  ALLAN KARDEC (publicado em agosto de 1865)
Denominado também A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, este livro oferece o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual.
Na primeira parte, são expostos vários assuntos:
* Causas do temor da morte;
* Porque os espíritas não temem a morte;
* O céu, o inferno;
* O inferno cristão imitado do pagão;
* Os limbos;
* Quadro do inferno pagão;
* Esboço do inferno cristão;
* Purgatório;
* Doutrina das penas eternas;
* Código penal da vida futura;
* Os anjos segundo a igreja e o Espiritismo;
* Origem da crença dos demônios, segundo a igreja e o Espiritismo;
* Intervenção dos demônios nas modernas manifestações;
* A proibição de evocar os mortos.
A segunda parte deste livro é dedicada ao Pensamento; Kardec reuniu várias dissertações de casos reais, a fim de demonstrar a situação da alma, durante e após a morte física, proporcionando ao leitor amplas condições para que possa compreender a ação da Lei de Causa e Efeito, em perfeito equilíbrio com as Leis Divinas; assim, constam desta parte, narrações de espíritos infelizes, espíritos em condições medianas, sofredores, suicidas, criminosos e espíritos endurecidos.
O livro, O CÉU E O INFERNO, coloca ao alcance de todos os conhecimentos do mecanismo pelo qual se processa a Justiça Divina, em concordância com o princípio evangélico: A cada um segundo suas obras.
 A EXISTÊNCIA DO CÉU E DO INFERNO NA VISÃO ESPÍRITA
OS PROBLEMAS DESSA VISÃO TRADICIONAL
Para analisar os problemas da visão tradicional de Céu e Inferno, devemos iniciar por examinar alguns atributos de Deus:
* Deus é amor infinito;
* Deus é bondade e justiça infinita;
* Deus é perfeito;
* Deus é Criador de todos os espíritos;
* Deus é sabedor de todas as coisas em todos os tempos;
O destino e o funcionamento de todo o universo é regido pela vontade de Deus.
Considerando que esses atributos Divinos são verdadeiros, e são realmente aceitos por todas as religiões, cabem algumas interrogações:
Ao criar o espírito Deus já não saberia o seu destino final, ou seja, o céu ou o inferno?
R.: - Claro que sim, pois Deus possui a onisciência.
Se Deus já sabia o destino de um espírito ao criá-lo, por que cria espíritos destinados ao inferno, ao sofrimento eterno?

R.: - Se Deus criasse espíritos destinados eternamente ao sofrimento e a dor (ao inferno), isso estaria em desacordo com sua infinita bondade, justiça e amor.
Se for verdade que o mal é necessário, para que os justos, que os bons o superem, não seria o mal criado também por Deus?
R.: - Se o mal fosse criado por Deus, este não seria soberanamente justo, bom e amoroso e, portanto, não seria Deus.
Se existir uma só vida na terra, e no final dela existir a recompensa para os bons e justos, na forma do Céu (Paraíso), ao criar espíritos que vão para o céu e espíritos que vão para o inferno, isso seria justo por parte de Deus?
R.: - Claro que não, e nesse caso Deus não existiria, pois Deus, necessariamente, é justiça infinita.
No inferno tradicional, temos a figura do demônio, diabo, satã, belzebu, o anjo decaído, guardião eterno do mal, encarregado de punir os pecadores no fogo do inferno. Isso é coerente com os atributos divinos?
R.: - Evidentemente que não. Se o demônio existisse, seria criação de Deus e, portanto, o mal teria sido criado por Deus.
Além disso, se Deus tivesse criado o demônio, teria criado um filho seu destinado ao sofrimento e ao mal eterno. Ele não o faria.
Se for verdadeiro que o demônio era um anjo rebelado, Deus teria falhado ao criar anjos, e com isso não seria perfeito, e sem perfeição, Deus não existiria.
No Céu ou paraíso tradicional, existe a figura dos anjos, arcanjos, querubins, serafins e outros da plêiade dos anjos. Esses seres foram criados por Deus, para trabalhar ao seu lado e para ajudar os Homens. Isso está de acordo com os atributos de Deus?
R.: - Claro que não. Se Deus tivesse criado os anjos de forma diferenciada do que cria os espíritos dos seres humanos, estaria cometendo uma enorme injustiça;
Teria criado seres privilegiados, os anjos, que nada fizeram para merecerem receber tal título e incumbência, e teria criado os espíritos, seres de segunda classe, destinados ao sofrimento e a dor.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE INFERNO, LIMBO, PURGATÓRIO e Doutrina das Penas Eternas, extraídas do Livro dos Espíritos e do Livro O Céu e o Inferno
O Inferno cristão conseguiu, em alguns pontos, superar, em exagero, o próprio inferno pagão:
Se estes tinham o tonel das Danaides, a roda de Íxion, o rochedo de Sísifo, eram estes suplícios individuais; os cristãos, ao contrário, têm para todos, sem distinção, as caldeiras ferventes cujos tampos os anjos levantam para ver as contorções dos supliciados; e Deus, sem piedade, ouve-lhes os gemidos por toda a eternidade. Jamais os pagãos descreveram os habitantes dos Campos Elíseos deleitando a vista nos suplícios do Tártaro .
Quanto aos limbos, Kardek coloca:  A simples lógica repele uma tal doutrina em nome da justiça de Deus, que se contém integralmente nestas palavras do Cristo: "A cada um, segundo as suas obras." Obras, sim, boas ou más, porém praticadas voluntária e livremente, únicas que comportam responsabilidade. Neste caso não podem estar a criança, o selvagem e tampouco aquele que não foi esclarecido .

O PURGATÓRIO
O Evangelho não faz menção alguma do purgatório, que só foi admitido pela Igreja no ano de 593. É incontestavelmente um dogma mais racional e mais conforme com a justiça de Deus que o inferno, porque estabelece penas menos rigorosas e resgatáveis para as faltas de gravidade mediana.
Jamais foram determinados e definidos claramente o lugar do purgatório e a natureza das penas aí sofridas. À Nova Revelação estava reservado o preenchimento dessa lacuna, explicando-nos a causa das terrenas misérias da vida, das quais só a pluralidade das existências poderia mostrar-nos a justiça .
DOUTRINA DAS PENAS ETERNAS - SEGUNDO O PROFETA EZEQUIEL:
(20) A alma que tem pecado morrerá ela mesma: o filho não sofrerá pela iniquidade do pai e o pai não sofrerá pelo iniquidade do filho; a justiça do justo verterá sobre ele mesmo, a impiedade do ímpio verterá sobre ele.
(21) Se o ímpio fez penitencia de todos os pecados que tem cometido, se observou todos os meus preceitos, se obra segundo a equidade e a justiça,ele viverá certamente e não morrerá.
(22) Eu não me lembrei mais de todas as iniquidades que ele tenha cometido; viverá nas obras de justiça que houver praticado.
(23) É que eu quero a morte do ímpio? disse o Senhor Deus, e não quero antes que se converta e desgarre do mau caminho que trilha? (Ezequiel, cap. XVIII.)
Dizei-lhes estas palavras: Eu juro por mim mesmo que não quero a morte do ímpio, mas que o ímpio se converta, que abandone o mau caminho e que viva. (Ezequiel, cap. XXXIII, v. 11.)
Confrontando-se os atributos Divinos com a teoria da unicidade da existência (uma só vida) e que após esta, espera o espírito ou alma o castigo eterno no Inferno, ou o repouso eterno no Céu ou Paraíso, podendo existir uma breve passagem pelo purgatório, destinado a purificar aqueles que pecaram pouco, vemos que isso é incoerente e excludente da existência de Deus.
O próprio conceito de Céu ou paraíso dessa visão é abstrato, incoerente com os anseios e necessidades do ser humano, pois um paraíso de felicidade eterna, onde nada se tenha que fazer, crescer, evoluir ou aprender, além de ficar num estado de felicidade, não é possível, e seria um verdadeiro inferno para o ser humano.

A VISÃO ESPÍRITA DA VIDA FUTURA
O Espírito exercita o aprendizado da felicidade no processo de encarnação / reencarnação na matéria;
Tem para lhe guiar as leis Divinas ou naturais, que regem o funcionamento do Universo;
Conforme transita, de acordo com o seu livre arbítrio, nas leis naturais, o espírito registra, energicamente, em seu perispírito, os erros e acertos, sendo que as infrações as leis naturais determinam suas encarnações futuras e mesmo seu estado no plano espiritual;
O espírito tem um inviolável livre arbítrio, sendo que tudo lhe é permitido fazer, mas cada infração as leis naturais implicarão em necessidade automática de resgate, como parte do processo de aprendizado, de construção do conhecimento e da felicidade verdadeira;
O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória, visto que plantamos em nosso próprio espírito. O Próprio Mestre Jesus nos disse que não ficará um só centil sem ser pago, ou seja temos que responder por todos os nossos erros, por menor que sejam;
O único determinismo a que está sujeito o espírito é o da evolução, pois o Universo evolui constantemente, mas o ritmo dessa evolução é ditado por nós mesmos.
Nessa ótica, o espírito foi criado por Deus, simples e ignorante, com uma centelha divina a impulsionar sua consciência, com livre arbítrio inviolável, destinado a apreender a ser feliz e a ajudar a Deus na transformação, evolução e mesmo na criação da natureza;como existe o livre arbítrio, muitos podem se transviar pelo caminho, trilhar as vias do mal, do erro e do sofrimento, mas dependendo apenas de si mesmo para resgatar as dívidas contraídas com a lei Divina, sem necessidade de castigos que não o do sofrimento e da dor autoimposto, e com isso, galgar novamente a evolução no sentido da perfeição relativa, da felicidade do trabalho ao lado de Deus, do prazer indescritível do conhecimento da verdade.
A reencarnação e a vida futura decorrente dessa possibilidade restabelecem nossa compreensão da justiça Divina, pois entendemos que os anjos, arcanjos e outros seres evoluídos da Criação, assim mesmo como o Mestre Jesus, são espíritos que foram criados exatamente como nós, com os mesmos potenciais, com os mesmos deveres, obrigações e oportunidades, e que evoluíram através dos séculos, recebendo a felicidade de trabalhar na construção do bem, do amor, ao lado de Deus.
Aquele irmão transviado, com o mal dentro de si, mais dia, menos dia, entenderá que precisa evoluir, crescer e ser feliz, e para estimulá-lo a isso, terá o mecanismo inexorável da dor, a lhe dizer que está no caminho errado.

PLANO DE IDEIA Nº 01

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