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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

(Espiritismo) - Nl08 13 Alma E Fluidos

(Espiritismo) - Nl08 13 Alma E Fluidos

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
Sala de Estudos André Luiz

Livro em estudo: Evolução em dois mundos (Editora FEB)
Autor: Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

Primeira parte - Capítulo XIII - Alma e fluidos (parte 1)
Comentários: Eurípides Kühl

FLUIDOS EM GERAL
A consciência que aprendera a realizar complexas transubstanciações de força nas diversas linhas da Natureza, em se adaptando aos continentes da esfera extrafísica, passa a manobrar com os fenômenos de mentação e reflexão, de que o pensamento é a base fundamental.
Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.     
Temos, assim, os fluidos líquidos, elásticos ou aeriformes e os outrora chamados fluidos imponderáveis tidos como agentes dos fenômenos luminosos, caloríficos e outros mais.

Comentários -  
OBS: Considero curial definir fluido, pois para nós, espíritas, em particular, esse é um tema, ou conceito, que a todo instante importa compreender.
Indo à Grande Enciclopédia Larousse Cultural, ela define fluido:
Diz-se de um corpo sem forma própria, que toma a forma do recipiente que o contém, podendo sofrer escoamento.
Pela Química: Diz-se de uma substância cujas moléculas têm pouca adesão e podem deslizar livremente umas sobre as outras (líquidos) ou se deslocar independentemente umas das outras (gases), de modo que a substância em seu todo tome a forma do vaso que a contém.
Pela Física: Nome genérico dos líquidos, dos gases e dos plasmas, que têm em comum a propriedade de poder tomar qualquer forma sob efeito de forças tão pequenas quanto se queira.
Mentalizando, raciocinando e pensando o homem passa a administrar, a conviver e a adaptar-se com as diversas forças da Natureza.
Fluido, de uma ou outra procedência, é um corpo cujas moléculas não resistem à pressão, por menor que seja. Essas moléculas, se em meio de contenção, permanecem retidas, contudo, entregues a si mesmas, separam-se.
São várias as espécies de fluidos: líquidos, elásticos, aeriformes (gasosos), fluidos imponderáveis (que provocam fenômenos de luz, calor, etc.)

FLUIDO VIVO
No plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.
Esse fluido é o seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado.
Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória.
Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, e em forma diversa daquela em que se caracterizam, na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética.
O solo do mundo espiritual, estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência, corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza, porquanto, se o plano terrestre é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, medrar, florir e amadurecer em energia consciente, o plano espiritual é a escola em que a alma se aperfeiçoará em trabalho de frutescência antes que possa desferir mais amplos vôos no rumo da Luz Eterna.

Comentários
Desencarnado, o homem tem a bênção de que de sua própria alma nasce um fluido vivo, de variadas formas, ardente, permanente...
Que fluido seria esse?!
Caracteriza-se por ser subproduto do fluido cósmico (presente em todo o Universo) e que é absorvido pela mente humana, de forma semelhante à respiração, vitalizando o ser e proporcionando-lhe transformá-lo nas criações que elabora.
Esse fluido... É seu próprio pensamento, ininterrupto, que se transforma em energia absolutamente insondável, inimaginada, não obstante encontrar no Plano espiritual a mesma matéria terrena, só que em densidade outra.
Se pela Química (Tabela de Classificação Periódica dos Elementos Químicos) os elementos são catalogados e enumerados por densidade atômica, indo do hidrogênio ao urânio _ menor e maior números atômicos, respectivamente, na Espiritualidade elementos há ainda mais sutis e de outras propriedades.
Considerando que o Espírito é revestido de matéria quintenssenciada, (o perispírito, que é a sede das sensações) ele não notará diferença no mundo espiritual relativamente ao mundo material, pois o que há é adequação de densidade e por conseqüência, de percepções, num e noutro.

VIDA NA ESPIRITUALIDADE
Na moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme, como se os equinócios e solstícios entrelaçassem as próprias forças, retificando automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.
Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de existência, ao fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas.
As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira espontânea, a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem exigir maior sacrifício dos habitantes em sua conservação.
Ao longo dessas vastíssimas regiões de matéria sutil que circundam o corpo ciclópico do Planeta, com extensas zonas cavitárias, sob as linhas que lhes demarcam o início de aproveitamento, qual se observa na crosta da própria Terra, a estender-se da superfície continental até o leito dos oceanos, começam as povoações felizes e menos felizes, tanto quanto as aglomerações infernais de criaturas desencarnadas que, por temerem as formações dos próprios pensamentos, se refugiam nas sombras, receando ou detestando a presença da luz.

Comentários
No Plano espiritual o homem desencarnado irá encontrar, assim, condições de tempo (dias e noites) semelhantes ao Plano físico.
O clima é mais equilibrado: nem inverno, nem verão, intensos, rigorosos. Plantas e animais que ao longo do tempo tenham sido domesticados pelo homem, lá permanecem em aprimoramento, sendo submetidos a mutações espontâneas para que estejam aprimorados ao regressarem à matéria, às espécies que pertencem.
O mundo espiritual que orbita envolvendo a Terra é de dimensões fantásticas e lá são encontrados núcleos de Espíritos vivendo em condições de maior ou menor facilidade, segundo o mérito de cada um. Mas, naquelas imensas paragens encontraremos também Espíritos vivenciando condições infernais, evitando e detestando a luz, buscando refúgio nas sombras...

ESFERAS ESPIRITUAIS
Muitos comunicantes da Vida Espiritual têm afirmado, em diversos países, que o plano imediato à residência dos homens jaz subdividido em várias esferas. Assim é, com efeito, não do ponto de vista do espaço, mas sim sob o prisma de condições, qual ocorre no globo de matéria mais densa, cujo dorso o homem pisa orgulhosamente.                             
Para justificar a nossa asserção, lembraremos, em rápida síntese, que a crosta terrestre, na maior parte dos elementos que a constituem, é sólida, mas conservando, aqui e ali, vastas cavidades repletas de líquido quente ou de material plástico.                       
Guarda o orbe grande núcleo no seio, e que podemos considerar como sendo plasmado num aço de níquel natural, revestido por grossa camada de rocha basáltica, medindo dois mil quilômetros, aproximadamente, de raio, no topo da qual, ali e acolá, surgem finas superfícies de rocha granítica, entre as quais a face basáltica está recoberta de água. Mais ou menos nessa superfície, reside a zona mais apropriada para indicar o limite do solo que é, consequentemente, o leito do oceano.                       
Temos desse modo, os continentes do mundo, como ligeira película, com a propriedade de flutuar, à maneira de barcaças imensas, sobre o maciço basáltico, película essa que mantém a espessura de cinqüenta quilômetros em média.                         
Encontramos, assim, na constituição natural do Planeta, desde a barisfera à ionosfera, múltiplos círculos de força e atividade na terra, na água e no ar, tanto quanto nos continentes identificamos as esferas de civilização e nas civilizações as esferas de classe, a se totalizarem numa só faixa do espaço.

Comentários
Vários Espíritos têm informado que imediatamente após o Plano físico o Plano espiritual está _subdividido_ em várias esferas. Essa subdivisão pode ser constituída de planos ascendentes, cada um com densidade moral diferente, indo das esferas mais densas, na crosta, até as mais elevadas. A faixa do espaço na qual se situam essas esferas é o que podemos denominar de psicosfera terrestre. Da mesma forma, na parte física, da barisfera (núcleo da Terra) à ionosfera (região aérea, de 60 a 700 km acima do solo) há múltiplas camadas, ora incandescentes, ora líquidas, ora de grandes cavidades, ora de placas tectônicas, muitas delas cobertas de grandes massas de águas oceânicas.
Os continentes flutuam sobre massa basáltica de espessura média de cinqüenta quilômetros e todas as civilizações, juntas, constituem uma única faixa espacial.
                                                                                                                   
CENTROS ENCEFÁLICOS
É, pois, em novo plano, a dividir-se em variados setores de ação e de luta, que a consciência desencarnada, agora relativamente responsável, vai conhecer o resultado de suas próprias criações na passagem pelo campo carnal, através dos reflexos respectivos em seu pensamento, - o fluido em que se lhe imprimem os mais íntimos sentimentos e que lhe define os mais íntimos desejos.  
Com a superpervisão dos Orientadores Divinos, associaram-se-lhe no cérebro o centro coronário e o centro cerebral em movimento sincrônico de trabalho e sintonia.
Por intermédio do primeiro, a mente administra o seu veículo de exteriorização, utilizando-se, a rigor, do segundo que lhe recolhe os estímulos, transmitindo impulsos e avisos, ordens e sugestões mentais aos órgãos e tecidos, células e implementos do corpo por que se expressa.
E assim como o centro cerebral se representa no córtex encefálico por vários núcleos de comando, controlando sensações e impressões do mundo sensório, o centro coronário, através de todo um conjunto de núcleos do diencéfalo, possui no tálamo, para onde confluem todas as vias aferentes à cortiça cerebral, com exceção da via do olfato, que é a única via sensitiva de ligações corticais que não passa por ele, vasto sistema de governança do Espírito. Aí, nessa delicada rede de forças, através dos núcleos intercalados nas vias aferentes, através do sistema talâmico de projeção difusa e dos núcleos parcialmente abordados pela ciência da Terra (quais os da linha média, que não se degeneram após a extirpação do córtex, segundo experiências conhecidas), verte o pensamento ou fluido mental, por secreção sutil não do cérebro, mas da mente, fluido que influencia primeiro, por intermédio de impulsos repetidos, toda a região cortical e as zonas psicossomatossensitivas, vitalizando e dirigindo todo o cosmo biológico, para, em seguida, atendendo ao próprio continuísmo de seu fluxo incessante, espalhar-se em torno do corpo físico da individualidade consciente e responsável pelo tipo, qualidade e aplicação do fluido, organizando-lhe a psicosfera ou halo psíquico, qual ocorre com a chama de uma vela que, em se valendo do combustível que a nutre, estabelece o campo em que se lhe prevalece a influência.
Esse fluido ou matéria mental tem a sua ponderabilidade e as suas propriedades quimioeletromagnéticas específicas, definindo-se em unidades perfeitamente mensuráveis, qual acontece no sistema periódico dos elementos químicos, no plano terrestre, compreendendo-se que, em círculos da inteligência mais evoluída, surpreendentes combinações dos fatores conhecidos podem ser efetuadas com vistas a certos fins, como sucede atualmente na Terra, onde elementos como o netúnio, o plutônio, o amerício e o cúrio podem ser artificialmente produzidos.
Nota - Devemos esclarecer que a via olfatória não passa pelo tálamo, contudo, mantém conexões com alguns núcleos talâmicos através de fibras provenientes do corpo mamilar, situado no hipotálamo. (Nota do Autor espiritual.)

Comentários:
Consoante com o que pensa o homem projeta de si mesmo uma imagem autocriada. Assim, o pensamento de cada Espírito é o passaporte para a esfera espiritual à qual aportará, ao desencarnar.
Supervisionado por Inteligências Siderais cada ser associa no cérebro o centro coronário ao centro cerebral, os quais agem     sincrônicos e sintonizados.
O centro coronário, pela mente, projeta a forma (aparência) espiritual e é responsável por grande parte da administração da vida  espiritual.
O centro cerebral responde no córtex encefálico pelo controle de sensações e impressões.
É dessa forma que o pensamento, fluindo da mente e impressionando por secreções sutis, primeiro a parte cerebral e depois todo o demais do organismo físico, imprime ao Espírito um halo psíquico, aqui denominado psicosfera individual. Esse halo, que em última análise é a resultante energética da somatória dos pensamentos e ações de cada ser, pode operar maravilhosas      combinações entre si, com aplicação para determinados fins todos de elevado teor.
OBS: Neste tópico me encontro a deduzir que os chamados milagres, quase todos de realização inimaginável, talvez sejam manipulação caridosa dessas energias alcandoradas, emanadas e processadas pelos Orientadores do Bem.       

REFLEXÃO DAS IDÉIAS
A partícula de pensamento, pois, como corpúsculo fluídico, tanto quanto o átomo, é uma unidade na essência, a subdividir-se, porém, em diversos tipos, conforme a quantidade, qualidade, comportamento e trajetórias dos      componentes que a integram.
E assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria contextura, passiva, entretanto, diante da inteligência que a mobiliza para o bem ou para o mal, a partícula de pensamento, embora viva e poderosa na composição em que se derrama do espírito que a produz, é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza para o bem ou para o mal, convertendo-se, por acumulação, em fluido gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificador ou mortífero, segundo a força do sentimento que o tipifica e configura, nomeável, à falta de terminologia equivalente, como raio da emoção ou raio do desejo, força essa que lhe opera a diferenciação de massa e trajeto, impacto e estrutura.
Com o fluido mental carreiam-se, desse modo, não apenas as disposições mentossensitivas das criaturas, em atuação recíproca, mas também as imagens que transitam entre os cérebros que se afinam pela reflexão natural e incessante, estabelecendo-se as ideações progressistas que, originariamente vertidas dos Espíritos Superiores, transmitem aos desencarnados da Terra as noções de civilização mais apurada. E por essas mesmas entidades, em contacto com as tribos encarnadas do paleolítico, semelhantes noções descem para o chão planetário, disciplinando as criaturas e ofertando-lhes novos horizontes à visão e ao entendimento.
Pela reflexão das idéias, surge, assim, entre as duas esferas entranhado circuito de forças.

Comentários:
Tanto quanto o átomo é poderosa força viva, embora sem ação própria, a matéria mental que se derrama do Espírito, formada de partículas de variadas intensidades energéticas, pode ter boa ou má aplicação.
A partícula do pensamento é semelhante ao átomo e é pelo sentimento do bem ou do mal que se converte em raio da emoção ou raio do desejo ambos, força criadora.
Como exemplo elementar do que acontece com nossas idéias, cito, na vertente física, o caso do aço que, segundo os objetivos pelo qual é usinado, tanto pode se transformar em punhal ou bisturi; na vertente espiritual, temos a forma-pensamento, que      dirigida contra alguém pode ser qual um torpedo, ou, ao contrário, a prece caridosa, em favor de um sofredor...
Foi por esse abençoado mecanismo que desde as primeiras eras da civilização as Mentes Benfeitoras inspiraram aos primeiros homens a melhor forma de progredir, física e espiritualmente.

INTELIGÊNCIA ARTESANAL
O plano físico é o berço da evolução que o plano extrafísico aprimora.
O primeiro insufla o sopro da vida, cujas edificações o segundo aperfeiçoa.
A reencarnação multiplica as experiências, somando-as, pouco a pouco.
A desencarnação subtrai-lhes lentamente as parcelas inúteis ao progresso do Espírito e divide os remanescentes, definindo os resultados com que o Espírito se encontra enobrecido ou endividado perante a Lei.
Consolidada a incessante eclosão do fluido mental entre as duas esferas, começa para o homem novo ciclo de cultura.
Em verdade, a mente da era paleolítica mostra-se, ainda, limitada, nascitura, mas não tanto que não possa absorver, embora em baixa dosagem, as idéias renovadoras que lhe são sugeridas no Plano Superior.
Em razão disso, pela reflexão possível, aparece entre os homens, mal saídos da selva, a inteligência artesanal, instalando no mundo a indústria elementar do utensílio.
Por ela, o habitante do império verde encontra meios de efetuar com mais segurança velhos atos instintivos, utilizando o varapau para alongar o braço na colheita dos frutos dificilmente acessíveis, fabricando anzóis e arpões que lhe substituam os dedos na profundez das águas, burilando o sílex que lhe veicule a energia dos punhos e plasmando a roda que lhe poupe, de alguma sorte, o sacrifício dos pés.

Comentários:
No Plano físico inicia o ser inicia a evolução. No Espiritual, aprimora-a.
No primeiro plano emerge a vida. No segundo, aperfeiçoa-se.
Nasce o homem para experiências, das quais, as dispensáveis, a morte subtrai, espelhando o Espírito o quanto evoluiu            moralmente.
OBS: Pergunto:
Que experiências dispensáveis são subtraídas pela morte?
Imagino que podem ser, por exemplo, algumas das habilidades físicas (datilografia, direção de veículos, desempenhos esportivos, etc etc). A propósito, me vejo a refletir que todos nascemos analfabetos... O que dizer sobre o fato de que Rui Barbosa, ao reencarnar, terá que ser alfabetizado, tanto quanto Einstein terá que aprender as propriedades mais      elementares da matemática?...
Mesmo o homem primitivo olha para o céu e sonha com uma vida melhor, daí abrindo as portas da inspiração que de lá flui,      ensejando-lhe a criatividade, impulsionada pela necessidade, respondem pelo progresso.
Inaugura-se assim, a fase primordial da fabricação de ferramentas e utensílios (machado, escada, roda, anzol, panela, canoa, etc. etc.), chegando aos nossos dias com infinita gama de utilitários e processos.

PLASMA CRIADOR DA MENTE
É pelo fluido mental com qualidades magnéticas de indução que o progresso se faz notavelmente acelerado.
Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Indústria e da Arte descem das Esferas Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-Ihe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos.
Épocas imensas despendera o princípio inteligente para edificar os prodígios da sensação e do automatismo, do instinto e da inteligência rudimentar; entretanto, com a difusão do plasma criador oriundo da mente, em circuitos contínuos, consolida-se a reflexão avançada entre o Céu e a Terra, e os fluidos mentais ou pensamentos atuantes, no reino da alma, imprimem radicais transformações no veículo fisiopsicossomático, associando e desassociando civilizações numerosas para construí-las de novo, em que o homem, herdeiro da animalidade instintiva, continua, até hoje, no trabalho progressivo de sua própria elevação aos verdadeiros atributos da Humanidade.
Uberaba, 12/3/58.

Comentários:
O fluido mental vindo das Elevadas esferas induziu e vem induzindo o homem ao progresso material e principalmente moral.
Provêm também do Mais alto, em troca e em expansão permanente de pensamentos de cultura e beleza, as grandes realizações da Ciência, da Arte, da Indústria e as criações da Religião, da Virtude e da Educação.
 Esse, o grande plano do progresso! Tanto que vem transformando o corpo espiritual (perispírito), aperfeiçoando-o, com reflexões  no corpo físico, que aos poucos vai mudando de hábitos...
É claro que no foco dessa mudança estão contidas multiplicadas eras.
Graças ao Criador e aos incansáveis Orientadores do Progresso, somos hoje vestibulandos à angelitude, conquanto nos          primórdios das aulas enobrecedoras. Mas, se esse fanal está longínquo, não devemos nos esquecer de que também nosso      primeiro segundo de vida, já está distante, muito distante, como Princípio Inteligente que éramos, quando recém-criados por Deus.
Ribeirão Preto/SP
                                                                                                             
QUESTÕES PARA ESTUDO (1)

1) Como podemos definir os fluidos?
2) O que vem a ser o chamado "fluido vivo"?
3) De que forma André Luiz descreve a vida na espiritualidade?
4) Como são divididas as esferas espirituais?

QUESTÕES PARA ESTUDO(2)

1) De que forma o pensamento imprime no espírito o seu psiquismo, denominado por André Luiz de "psicosfera individual"?
2) Como o Autor explica o mecanismo de influência do pensamento de um espírito sobre o pensamento de outro?
3) Como podemos interpretar a afirmação de que "a desencarnação subtrai-lhes lentamente as parcelas inúteis ao progresso do Espírito"?
4) O que é a "inteligência artesanal", mencionada pelo Autor?
5) Qual a importância dessa troca de pensamentos descrita por André Luiz para o espírito em evolução?

C  O  N  C  L  U  S  à O - questões(1)

1) Como podemos definir os fluidos?
R - Os fluidos são definidos por André Luiz como sendo corpos "cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas".  Acrescenta que os fluidos podem se apresentar na forma de líquidos, elásticos, aeriformes (gasosos) ou imponderáveis (que provocam fenômenos de luz, calor, etc.). Através do pensamento, a consciência humana, adaptada à esfera extrafísica, manobra essa força da Natureza, que são os fluidos, produzindo fenômenos de mentação e reflexão.                                                     
Obs.: Definição de fluidos pela Química: substância cujas moléculas têm pouca adesão e podem deslizar livremente umas sobre as outras (líquidos) ou se deslocar independentemente umas das outras (gases), de modo que a substância em seu todo tome a forma do vaso que a contém;
 - pela Física: nome genérico dos líquidos, dos gases e dos plasmas, que têm em comum a propriedade de poder tomar qualquer forma sob efeito de forças tão pequenas quanto se queira.                                                                                            
 2) O que vem a ser o chamado "fluido vivo" e quais as suas características?
 R - André Luiz chamou de "fluido vivo" o fluido nascente no próprio espírito após a desencarnação. Caracteriza-se por ser uma derivação do fluido cósmico universal e por ser absorvido pela mente humana desencarnada, em processo semelhante ao da  respiração no mundo corpóreo. Vitaliza o espírito e proporciona-lhe a faculdade de transformá-lo nas criações que elabora. É o seu próprio pensamento contínuo, que se transforma em energia. Encontrando-se revestido de matéria sutil, quintenssenciada, que é o seu perispírito, o espírito não terá dificuldade, no novo plano de vida, em se adequar à densidade desse fluido, pois se trata de mesma matéria terrena, porém em outra densidade.                                     
3) De que forma André Luiz descreve as condições de vida na espiritualidade?
R -  Segundo o Autor, ao desencarnar, o espírito passa a viver num mundo onde as condições de vida são semelhantes às que vivenciou na Terra. As leis de gravitação são as mesmas e o tempo é marcado através dos dias e das noites, como no mundo terreno. Difere-se, todavia, quanto ao clima, pois inexistem os rigores das estações terrenas. No plano espiritual, o clima é quase sempre o mesmo, uniforme todo o tempo, pois forças naturais retificam, automaticamente, os excessos característicos de cada estação. Plantas e animais que servem de morada a princípios inteligentes em evolução rumo ao reino hominal aprimoram-se durante determinados períodos, aclimatados às condições de vida reinantes, para, mais tarde, retornarem mais aperfeiçoadas à romagem terrena, nas espécies a que se adequam. As plantas, inclusive, segundo André Luiz, por possuírem uma organização celular mais simples, podem reproduzir-se de maneira limitada.
Ainda segundo o Autor, os espíritos vivem núcleos constituídos de povoações mais ou menos felizes, conforme o mérito de cada um. Há, também, aglomerações de espíritos que se refugiam nas sombras, temendo as criações de suas próprias mentes em desalinho, em regiões que comumente qualificamos como infernais.

4) Como são divididas as esferas espirituais?
R - André Luiz confirma informações de outros espíritos que se comunicam com o mundo corpóreo, no sentido de que, assim como o plano físico, o plano espiritual é composto de esferas diferentes. No plano físico, o orbe é formado por camadas múltiplas (incandescentes, líquidas, em forma de grandes cavidades, de placas tectônicas ou cobertas de águas oceânicas), que vão desde o seu núcleo (denominado barisfera) até a ionosfera (espaço aéreo localizado até 700 quilômetros do solo).
No plano espiritual, esta divisão é ditada pela densidade moral dos espíritos, constituindo-se de planos ascendentes que vão  das esferas mais densas, mais próximas da crosta terrestre, habitada por espíritos ainda muito presos à matéria e de baixo adiantamento moral, até as mais elevadas, habitat de espíritos mais depurados. A faixa do espaço na qual se situam essas esferas é o que podemos denominar de psicosfera terrestre. 
                       
C  O  N  C   L  U  S  à O - questões(2)

1) De que forma o pensamento imprime no espírito o seu psiquismo, a denominada "psicosfera individual"?
 R - André Luiz explica que o centro coronário é o principal responsável pelo governo da vida do espírito, através de uma rede de forças situada no núcleo do cérebro. O pensamento, fluindo da mente, impressiona, por meio de secreções sutis, primeiro a parte cerebral e, depois, todo o organismo físico, imprimindo no espírito uma espécie de auréola psíquica, que pode ser chamada de "psicosfera individual". O estado psíquico do espírito, portanto, é resultante das energias geradas pelos pensamentos e ações que manifesta, podendo, segundo o Autor, operar maravilhosas combinações entre si, com aplicação para determinados fins de elevado teor. É dessa maneira que podemos entender o organismo físico como expressão material das forças psíquicas.

2) Como o Autor explica o mecanismo de influência do pensamento de um espírito sobre o pensamento de outro?
R - O pensamento manifestado pelo espírito forma partículas fluídicas que guardam a natureza do sentimento que lhe dá forma. Converte-se em matéria fluídica, que vai agir, conforme a natureza do sentimento que a dirige, para o bem ou para o mal. É matéria mental que o espírito exterioriza e difunde através de ondas eletromagnéticas. Ao expressar um pensamento com muita determinação, o espírito alcança as correntes mentais daqueles que nutrem sentimentos e pensamentos da mesma natureza, através da sintonia. É por este mecanismo que os Espíritos Superiores inspiram aos desencarnados a melhor forma de progredir.

3) Como podemos interpretar a afirmação de que "a desencarnação subtrai-lhes lentamente as parcelas inúteis ao progresso do Espírito"?
R - Durante a vida física, o espírito vivencia inúmeras experiências nos mais variados campos que a vida na Terra lhe propicia. As parcelas inúteis ao seu progresso seriam todo o aprendizado das coisas temporais, passageiras, indispensáveis à vida terrena, mas que nenhum valor tem para o progresso do espírito. Retém o espírito, tão somente, o que lhe aproveitará na vida futura e que irá influenciar no seu progresso, como os valores morais e intelectuais adquiridos e as dívidas contraídas. Ao desencarnar, é feito como que um balanço entre o que é positivo e negativo, definindo sua situação de enobrecimento ou como endividado perante a lei.

4) O que é a "inteligência artesanal", mencionada pelo Autor?
R - No início da evolução como espírito, embora tenha a mente ainda limitada, o homem já é capaz de absorver as idéias renovadoras que vêm do Plano Superior. Surge, então, o que André Luiz denomina "inteligência artesanal", através da qual dá início à produção de utensílios que lhe irão facilitar a vida, ajudando-o na prática de antigos atos instintivos, como a colheita de frutos ou a pesca para a sua alimentação e a roda, que irá lhe poupar esforço físico para a execução de muitas tarefas.

5) Qual a importância dessa troca de pensamentos descrita por André Luiz para o espírito em evolução?
R - Por intermédio do fluido mental, as Esferas Superiores da espiritualidade induzem o homem ao progresso moral e intelectual. Trazem e impressionam na mente do homem pensamentos que envolvem os grandes princípios da Religião, da Ciência, da Educação, da Indústria e da Arte. O princípio inteligente, que despendera longo tempo para desenvolver as sensações, o automatismo, o instinto e a inteligência rudimentar, agora na fase hominal, consolida a sintonia com as Esferas Superiores e, através dos fluidos mentais, procede à renovação de seu corpo espiritual e, em conseqüência e gradativamente, do seu veículo físico, que passa a adotar novos hábitos. Para tanto, muitas civilizações são construídas e, mais tarde, destruídas, dando continuidade ao processo evolutivo que o levará à elevação a que está destinado.

Muita paz a todos

Equipe CVDEE

Sala André Luiz

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