CAPÍTULO VI
URANOGRAFIA GERAL
AS ESTRELAS FIXAS
Atualmente a Ciência, através da Astronomia, sabe que no Universo nada se mantém imóvel, incluindo as estrelas, mesmo aquelas que na Antigüidade foram definidas como fixas.
Tais estrelas assim foram chamadas porque suas posições em relação a outras estrelas pareciam não variar. Algumas movem-se tão lentamente que durante toda sua existência um observador, a olho nu, não consegue perceber seu movimento.
Os antigos astrônomos agruparam, arbitrariamente, as estrelas em 88 constelações fixas, nomeando-as conforme a aparência que lhes causava; entre estas 12 vieram constituir as zodiacais: Carneiro, Touro, Gêmeos, Caranguejo, Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes estudadas pela Astrologia, ciência que surgiu também na Antigüidade, relacionando cada um dos doze meses do ano a uma dessas constelações.
Com a evolução dos processos de observação do Universo descobriu-se que as estrelas não são fixas, com o passar do tempo uma estrela de determinada constelação pode migrar para outra alterando, portanto, esse conceito de agrupamento de estrelas.
O Espírito Galileu esclarece que “As estrelas que chamamos fixas, e que constelam os dois hemisférios do firmamento, não são isentas de toda atração exterior, como geralmente se supõe; longe disso, elas pertencem todas a uma mesma aglomeração de astros estelares. Essa aglomeração não é outra coisa senão a grande nebulosa da qual fazemos parte, e cujo plano equatorial que se projeta no céu, recebeu o nome de via láctea. Todos os sóis que a compõem são solidários; suas múltiplas influências reagem perpetuamente umas sobre as outras, e a gravitação universal as reúne todas numa mesma família.” 2
Como integrantes do Universo nós seres humanos, ou melhor, Espíritos habitando temporariamente corpos humanos, também agimos e reagimos, não só com nossos semelhantes, mas também sobre o mundo que habitamos, através de nossas ações sobre o meio ambiente e por decorrência sobre o próprio Universo.
“(...) sistemas de sistemas pareceriam de longe, ao olhar investigador do filósofo que pudesse abarcar o quadro desenvolvido pelo espaço, e pelo tempo, uma poeira de pérolas de ouro levantada em turbilhão pelo sopro divino que faz voar os mundos siderais nos céus, como grãos de areia nas ondulações do deserto.
Não há imobilidade, nem silêncio, nem noite! O grande espetáculo que se desenvolvesse desta maneira sob nossas vistas seria a criação real, imensa e cheia de vida etérea que abraça no conjunto imenso a visão infinita do Criador.” 2
Bibliografia:
1 - Instituto de Astronomia, Geofísica e ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo - http://www.iag.usp.br/siae98/universo/estrelas.htm
2 - KARDEC, Allan. A Gênese. 19. Ed., São Paulo, SP: LAKE, 1999, cap. VI, itens 32-36, p. 106-109
Adelino Alves Chaves Jr.
Janeiro / 2009
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