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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

69 - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTUO VII – BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITOS
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: ORGULHO E HUMILDADE
ITEM 12: MENSAGEM DE ADOLFO, BISPO DE ALGER
Inicia o autor, afirmando que as calamidades, os sofrimentos dos habitantes da Terra, são conseqüências do orgulho, que os levam a desprezar os ensinos de Jesus.
“O mal-estar se torna geral. A quem se deve, senão a vós mesmos, que incessantemente, procurais aniquilar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência, e como poderá esta existir juntamente com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males.”
Considerando que a benevolência leva o homem a ter boa vontade para com os outros, a ser complacente, e que o orgulho o leva a ter um conceito elevado de si mesmo, o que o coloca, a seus olhos, acima dos demais, percebemos que ambos os sentimentos são antagônicos.
O orgulho leva o homem a ser rigoroso, exigente com os demais, porque não são como ele, não possuem a sua inteligência, suas habilidades, sua riqueza, seu poder, sendo indulgente somente para tudo que o agrade.
A benevolência ao contrário, leva o homem a colocar-se no lugar do outro, compreendendo-o nas suas dificuldades, tendo boa vontade para com suas falhas, sua maneira de viver.

São, de fato, sentimentos incompatíveis!
Enquanto o homem agir em função do orgulho, a dor e o sofrimento continuarão a existir, como efeito da lei de ação e reação, até que ele, cansado de sofrer, busque eliminar seu orgulho, olhando seus irmãos como iguais a ele, com os quais pode aprender, também.
Assim, o autor conclama a todos os homens a eliminarem o orgulho que têm em si, seguindo a lei do Cristo, se almejam ser felizes, e tornarem a Terra um mundo melhor.
Fala da consideração que se tem aos ricos e poderosos, abrindo-se-lhes todas as portas e do desprezo, do desdém, da falta de consideração aos menos deserdados dos diferentes valores materiais, mas que podem ser ricos em valores espirituais, que eles, os orgulhosos, nem percebem.
Sua mensagem é de 1862, houve melhorias substanciáveis no relacionamento entre os homens, entre as diferentes classes sociais. Todavia, continua existindo a supervalorização dos valores materiais e das suas necessidades, sobrepondo-se ao bom senso e à razão.

De lá até agora, quanto sofrimento, quanta dor: duas grandes guerras mundiais, que trouxeram grandes transformações sociais, muitos ensinamentos, mas, a humanidade continua forjando guerras regionais, como meio para se chegar à paz, quando já existem ou deveriam existir condições de resolução de problemas entre nações através do diálogo, da solidariedade, da boa vontade entre os povos. Parece que grande parte da humanidade não consegue viver sem disputas e guerras...
Cita também o egoísmo que corrompe o homem, impedindo-o de perceber as necessidades alheias.
Lembra a todos que, assim como Deus abate os soberbos, através das suas leis, Sua misericórdia se fazendo presente sempre, nos dá hoje um poderoso remédio, um socorro às aflições humanas.
São as revelações das almas que deixaram o corpo e vêm falar aos homens o quanto as vaidades e as grandezas dos homens se tornam insignificantes diante da eternidade, conclamando-os ao cumprimento dos seus deveres para com Deus, com o próximo e consigo mesmo.
São os “mortos” que retornam para dizer que, após a morte do corpo, a vida continua em um outro plano, onde será maior o que foi humilde na Terra, o que mais amou será mais amado. Que a caridade e a humildade, “duas irmãs que se dão as mãos, são os títulos mais eficazes para obter-se a graça do Eterno.”

Leda de Almeida Rezende Ebner

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