PLANO DE TRABALHO
- INTRODUÇÃO
I - Reflexões: Para Entender o Tema
II - O papel das civilizações
III - Evolução
IV - As Instituições
V - As civilizações e a cultura
VI - A Revolução Industrial
- DESENVOLVIMENTO
VII - A vinda de Jesus
VIII - O Espiritismo como proposta ao Homem para que mais claramente entenda sua função em relação a si e ao planeta que o acolhe
- CONCLUSÃO
IX - Guerras como entendê-las, apesar de todo esse encadear de reflexões ?
X - A educação para humanização
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos Alan Kardec
- A Gênese Alan Kardec
- Ação Cultural para a Liberdade Paulo Freire
- História da Civilização Ocidental Edvard Macnall Burns
- Dicionário da Língua Portuguesa
- Páginas: 154-282, 364, 59, 515, 422, 440, 158, 190, 504, 599 29 658, 290, 295, 126, 562, 359, 200, 234, 514, 346, 451, 449, 433
INTRODUÇÃO
I Reflexões: Para Entender o Tema
É o homem fadado, destinado por antecipação a crescer, desenvolver-se, mudar apresentando novas estruturas cada vez mais avançadas e perfeitas?
Reflitamos:
Deus criou o Universo e criou o Espírito.
"Deus é a Inteligência Suprema, Causa Primária de Todas as Coisas."
Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus ?
Não há efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem e encontraremos a razão da existência de Deus.
Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação, à Natureza em suas infinitas variações.
A harmonia que regula suas forças revela combinações e fins determinados o que prova ser obra de um "Poder Inteligente". O acaso é cego; não pode produzir efeitos inteligentes. Afirmar que o homem é criação de Deus, é afirmar uma verdade.
O homem é constituído pelo Espírito que significa individualização do Princípio Inteligente e pelo corpo que é a individualização do princípio material. A existência do Espírito é preexistente, existente e sobrevivente ao corpo físico.
Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, aptos para o bem como para o mal. Ao entrar na fase de humanização já é ele dotado do senso moral; dispõe do livre-arbítrio; começa a responsabilidade dos seus atos. O livre-arbítrio dá-lhe condições e direito de traçar a própria história. Ele se desenvolve à medida que o Espírito toma consciência de si mesmo. Não haveria justiça e liberdade se as suas escolhas na vida não fossem feitas pela sua própria determinação e por sua espontânea vontade.
O homem, sob o ponto de vista anatômico, tem a mesma composição dos mamíferos, só difere deles, por razões e necessidades específicas, na forma exterior. Tem as mesmas funções, os mesmos modos de nutrição, respiração, secreção e reprodução.
Todavia, o homem não tem só o corpo, ele é o Princípio Espiritual desenvolvido e individualizado. E ao Espírito, o limite a que chegará, será atingir a perfeição relativa, isto é, tornar-se um Puro Espírito pelo desenvolvimento e educação total da sua potencialidade. Esse Princípio Espiritual é conseqüência necessária da existência de Deus, dados os seus atributos de Inteligência, Justiça e Bondade.
Não se poderia conceber um Deus soberanamente justo e bom, a criar seres inteligentes e sensíveis para lançá-los ao nada, após existências de lutas sofrimentos e progressos à custa de sua própria responsabilidade e capacidade. Concluímos que o pensamento é um atributo do Espírito que quanto mais trabalhado e educado mais capacitado para arbitrar, escolher, optar e viver o Bem.
É inato no homem a idéia de perpetuidade do ser espiritual; essa se acha nele em estado de intuição e de aspiração.
Desde que a inteligência e o pensamento não podem ser atributos da matéria, chega-se à conclusão de que o elemento material e o elemento espiritual são os dois princípios constitutivos do Universo e acima deles Deus.
De modo individualizado, o elemento espiritual constitui os seres chamados Espíritos. Assim como o elemento material individualizado constitui os diferentes corpos da natureza; orgânicos e inorgânicos. A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo em ritmo de constante progressão.
O que se pode deduzir do princípio da soberana justiça de Deus é que todos os Espíritos procedem do mesmo ponto de partida. Onde o futuro será o resultado das suas opções e da sua vontade. O livre-arbítrio lhes concede essa liberdade. Todos atingirão o grau máximo da perfeição com seus esforços pessoais, vivendo o processo de múltiplas vidas que ocorrem pela eternidade.
Progredir é condição normal dos seres espirituais. O que constitui o processa da evolução dos Espíritos, são as contínuas mudanças de consciência que vão se processando conforme vai sendo trabalhado o conhecimento. Assim não basta conhecer. Faz-se necessário refletir, comparar, adequar, mudar, renovar, exteriorizar em atos as novas propostas aceitas.
O corpo é o envoltório e o instrumento que o Espírito usa para a realização do seu trabalho na Terra e em outros mundos do Universo.
Por ser imortal e constituído por um potencial perfectível, faz-se necessário para que se atinja esse desenvolvimento o processo de múltiplas vidas e a pluralidade dos mundos.
Assim como para o Espírito vidas se sucedem a outras vidas também mundos se sucedem a outros mundos numa seqüência eterna para a evolução gradativa dos Espíritos, significando estes, vários e diferentes estágios evolutivos, cada qual com seu conteúdo de estímulos adequados, e seqüentes do grau daqueles Espíritos que aí habitam ou vão habitá-los.
A obrigação que tem o Espírito encarnado de prover o alimento para o corpo, sua segurança, seu bem estar, força-o a empregar suas faculdades em investigações, a exercitá-las e desenvolvê-las.
Se tudo isso é útil ao seu progresso, só através da sua união com a matéria o corpo, é que conseguirá, nos atritos e convivências com o meio, educar-se mudando comportamentos.
Conclui-se que as reencarnações são necessárias.
Além disso, no processo da reencarnação dá-se também o progresso e as transformações materiais do globo terrestre.
Os Espíritos deixam na Terra os efeitos de suas experiências vividas neste planeta, o que contribui para o acúmulo cultural que é incorporado ao processo de evolução da Terra, tornando-o cada vez mais elaborado, propiciadora de campo evolutivo mais amplo à esse mesmo Espírito que renovando-se, renova o meio, a sociedade, o Universo enfim.
Luiza de Campos Freire Favaretto
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