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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

68 - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO VII: BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITOS

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS : ORGULHO E HUMILDADE

ITEM 11: MENSAGEM DE LACORDAIRE*
Venho até vós para encorajar-vos a seguir o bom caminho. "
Esta é uma das atividades de Espíritos, que tendo alcançado um bom nível de evolução, se dispõem a colaborar com seus irmãos, ainda presos aos valores da vida material, mas já conhecendo e aceitando as verdades reveladas pelos Espíritos, através do espiritismo, lutam por transformar-se, interiormente, no desenvolvimento do seu potencial divino, que trazem em si, desde a sua criação por Deus.
E eles sempre vieram, e continuam vindo, muitas vezes de forma ostensiva, através de médiuns, outras, inspirando, aconselhando, durante o sono físico, ou mesmo em vigília, não sendo atendidos quase sempre, sendo até repelidos outras vezes, mas eles perseveram, confiantes nas leis divinas e em nós, em nossa perfectibilidade, porque sabem das nossas dificuldades em sair do visgo que nos prende à Terra.
Vêm com vontade, com entusiasmo, com humildade, pedindo o amparo de Deus...
Nessa mensagem, psicografada em 1863, humildemente, ele pede o amparo espiritual para que sua palavra seja compreensível por todos.
Diz que a humildade é uma virtude muito esquecida entre os homens. Penso eu que assim o é, por ser um sentimento, que, juntamente, com o amor, é o resumo de todas as virtudes, isto é, sem o desenvolvimento das demais, ela não cresce, nem se desenvolve.
Afirma, também, que sem humildade não se pode ser caridoso para o próximo, pois esse sentimento é que nivela todos os homens, fazendo- os sentirem-se iguais, levando-os a se ajudarem mutuamente, encaminhando-se todos para o bem. O orgulhoso coloca-se sempre acima dos demais.
"Sem a humildade, enfeitai-vos de virtudes, que não possuís, como se vestísseis um hábito para ocultar as deformidades do corpo."
Dirige-se aos ricos e aos orgulhosos a verem os pobres como filhos de Deus iguais a ele, a quem lhes cabe auxiliar e amparar, ressaltando a transitoriedade dos bens e valores materiais, que ficarão na Terra, com a morte do corpo.
"Quem te diz que também não foste miserável como ele? Que não pediste esmola? Que não a pedirás um dia a esses mesmos que hoje desprezas?" ... "Oh! debruça-te, humildemente, sobre ti mesmo! Lança enfim, os olhos sobre a realidade das coisas desse mundo, sobre o que constitui a grandeza e a humildade no outro...”
O entendimento da lei das vidas sucessivas e sua aceitação é, talvez, a maior demonstração da inutilidade do orgulho, uma vez que, através delas, pode-se passar, tantas vezes quantas forem necessárias ao aprendizado e aperfeiçoamento, pelas experiências da pobreza, da riqueza, vivendo-se nos meios mais variados. Orgulho de quê, se cada existência é tão transitória?!
Ressalta o autor que todos os homens são iguais perante Deus, sendo distinguidos apenas, pelas qualificações nobres que consegue desenvolver em si mesmo, e que “a caridade e a humildade são os seus títulos de nobreza", sendo o orgulho o terrível inimigo da humildade.
Dirige-se também aos pobres e humildes que lutam para sobreviver em um mundo que os exclui.
Conclama-os a confiarem em Deus, argumentando que quase sempre a felicidade dos ricos é apenas ilusão e aparência.
Pede aos que sofrem injustiças dos homens que não alimentem ódio no coração, que sejam indulgentes com as faltas alheias, porque esse ato é caridade e reconhecer que só Deus é grande e só Ele tudo pode, é ser humilde.
Conclama a todos a serem caridosos e generosos, com humildade, demolindo as motivos ilusórios do orgulho, que, em realidade, são vencidos pela morte do corpo.
Fala das transformações que tornará nosso mundo um paraíso terreno, quando o homem se entregar ao bem, à fraternidade, quando, então, todos se considerarem iguais e viverem auxiliando-se, mutuamente, nas diferenças individuais, com fraternidade, com humildade.
* - Dados biográficos do autor no estudo nº 44

Leda de Almeida Rezende Ebne
Fevereiro / 2007

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