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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

MEDIUNIDADE

“No complexo mecanismo da consciência humana, a paranormalidade desabrocha, alargando horizontes da percepção em torno das realidades profundas do ser e da vida.

A mediunidade, que vige latente no organismo humano aprimora-se com o contributo da consciência de responsabilidade e mediante a atenção que o exercício de função bem direcionada lhe conceda.

Faculdade da consciência superior ou Espírito imortal, reveste-se dos orgãos físicos que lhe exteriorizam os fenômenos no mundo das manifestações concretas.”

Conceito de Mediunidade

“Mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. A Mediunidade pertence ao campo da comunicação. Desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial da coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos afeta com suas vibrações psíquicas e afetivas. Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a Mediunidade se desenvolve no processo de relação.”

Mediunidade é uma faculdade humana que cada qual possui em graus variados. Não é um poder oculto que se possa desenvolver através de rituais ou pelo poder misterioso de um iniciado ou de um guru.

Vivemos mediunicamente entre dois mundos, em relação permanente com os Espíritos, sem viver em constante transe medíunico, ligados à outras mentes, influenciando e sendo influenciados. Agimos e reagimos uns sobre os outros através da energia mental em que nos renovamos ou nos conturbamos, criando, alimentando e destruindo formas e situações, paisagens e coisas.

A Ciência através de pesquisas, constata a existência de diferentes formas de energias, desde a matéria, tal qual a conhecemos, até as formas mais sutilizadas. A mente humana constitui o ponto intermediário que permite a comunicação da matéria com as diferentes formas de energia. O Espírito , através do processo mental , consegue criar , interpretar, analisar, transformar, trabalhar, desenvolvendo sentimentos, pensamentos, como instrumento de contato com energias mais sutis. A mente é , de fato, um núcleo de forças atuantes , por meio do qual, ao sentir e pensar, o Espírito exterioriza energia atuante, estabelecendo um campo psíquico que lhe é próprio.
Por ser esse processo, constante, ininterrupto, porque sempre estamos pensando, é que se afirma que todos somos médiuns, ou seja, a mediunidade está em nós como uma faculdade natural, na base de todas as nossas relações.

Constantemente atraímos e somos atraídos por mentes que estão em conformidade com o nosso pensar do momento. Conforme são os sentimentos e pensamentos, o nosso campo psíquico varia de tamanho, intensidade e abrangência estabelecendo sintonia com mentes afins, que passam a ser nossas companhias.

A mediunidade também se expressa de modo mais intenso, sempre baseada na relação de sintonia mental, em pessoas que possuem sensibilidade bastante acentuada, caracterizando amediunidade de serviço, através da qual o médium não desfruta apenas as vantagens da mediunidade generalizada, pois se vê investido de uma missão mediúnica a que os Espíritos deram o nome de mediunato.

O mediunato decorre de compromissos assumidos no plano espiritual , seja para auxiliar indiscriminadamente os que necessitam de ajuda e orientação, seja para recompor situações infelizes originadas no passado do próprio médium. O mediunato não é uma sagração ritual inventada pelos homens. Nasce das leis naturais que regem consciências no fluir do tempo, no suceder das reencarnações. Um ato mediúnico é o cumprimento de um dever assumido perante a própria consciência.

Esses conceitos mostram a mediunidade como sendo um processo de Vida, em que o médium não é alguém especial, mas um ser comum cuja moral própria definirá os rumos a seguir na aplicabilidade do seu potencial mediúnico.

Ser médium não significa necessariamente ser moralizado e vice-versa. Uma pessoa pode ser detentora de virtudes e excelentes qualidades de caráter e não passar passar a sua mediunidade de uma discreta sensibilidade, sendo que outra carregada de imperfeições, pode ter mediunidade ostensiva e bem caracterizada.

Ao afirmar-se que a moral não determina a mediunidade, não se desconsidere a necessidade da moralização do médium. A mediunidade está em nossas vidas com faculdade humana natural que serve como instrumento de crescimento moral e espiritual, significando possibilidade de aperfeiçoamento. Por basear-se na sintonia mental, através da auto-educação, o médium torna-se seletivo, criando campo para estabelecer relações mediúnicas saudáveis, e o uso da faculdade é que representará o grande diferencial.

Do livro Vivência Mediúnica - Projeto Manoel P. de Miranda, extraímos o seguinte texto:

" Há uma relação muito estreita entre a educação para a vida e a educação para a mediunidade. Se a vida exige do ser disciplina e responsabilidade no fruir dos gozos materiais, equilíbrio e brandura no lidar com o próximo além de resistência nas provas, a mediunidade se enriquece de modo idêntico com essas conquistas. Pode-se pois afirmar que não existe médium educado antes que tenhamos um cidadão educado.
Por ser faculdade humana natural, a mediunidade, independente de manifestar-se de forma generalizada ou ostensiva, desenvolve-se no processo das relações humanas (seja com encarnados ou desencarnados), exigindo de todos nós, porque todos somos médiuns, esforços para mais entender, melhor conhecer-se e através do estudo da Doutrina Espírita, ampliar a própria consciência, a fim de melhor servir.

A Doutrina Espírita dá à mediunidade o caráter moral e a ética necessários para fazer do seu exercício uma possibilidade de crescimento individual no trabalho com Jesus, e não se trabalha com Jesus, se não existir o esforço do automelhoramento.

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