Estudos anteriores:
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Junho Estudo 1 - Reflexões para entender o tema
Estudo 2 - O papel das civilizações
Estudo 3 - Evolução
Estudo 4 - As instituições
Estudo 5 - As Civilizações e a cultura
Estudo 6 - A Revolução Industrial dos Séculos XIX e XX
Estudo 7 - A Vinda de Jesus ao Planeta Terra
Estudo 8 - O Espirit.como prop.para se entender a pres.do ser humano na Terra
Estudo 9 - As guerras são as Catástrofes na Terra
Estudo 10 - A Educação para a Humanização
Educação: Frize-se e recorde-se que ao usar o termo "Educação", não se fala aqui em intelectualização, em saber coisas. Mas no ato ou efeito de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser, visando sua melhor integração e atuação individual e social. Constituiu-se como o aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas, usadas pelo próprio ser, que se renovando sempre, atua no meio que cresce com ele.
Considerando o homem primitivo em seu desenvolvimento avalia-se que ele se desenvolveu através das funções do "sentir", do "pensar" e do "fazer".
São funções que se conjugam e se completam para propiciar desenvolvimento ao ser humano.
Ele sente, deseja, anseia, pensa, imagina, faz, refaz e cria novos modos de fazer. É a causa e o preparo para desenvolver as práticas da tecnologia. Ao "fazer" no sentido de realizar o sentir e o pensar, o homem cria a instrumentalização para o trabalho e para o seu conforto material, cresce no aspecto intelectual. A corrente do "saber" se faz pela relação: a cada "prática" corresponde uma "teoria" e, também, a cada "teoria" correspondem novas "práticas".
A inteligência é a propulsora do fazer e pensar. O acúmulo do conhecimento dá condições ao ser humano de conquistar sua autonomia e acentuar a responsabilidade na sua formação cultural e moral.
O Espírito sente, é sensível e amoroso por natureza. As emoções, as aspirações e o amor são os sentimentos que o fazem revelar a espiritualidade.
O homem sente os impulsos de doar-se ao mundo. Ele modela a própria formação cultural, moral e social conjuntamente com o que a sociedade lhe oferece; resultando, de todas essas relações, as propostas de ideais que, espiritualmente estabelece para si.
A consciência do individual e do social vêm de uma prática que envolve estes procedimentos: sentir, pensar e repensar, fazer e refazer, criar e recriar, discernir, julgar, optar, decidir, refletir e construir sua filosofia de vida.
Humanizar-se (decorrerá desse trabalho que o homem, ao educar-se realiza consigo; tornando-se realmente humano – menos fera – benévolo, afável, tratável, civilizado, bondoso, benfeitor, que ama seus semelhantes, que age, deseja e trabalha visando o bem da Humanidade) é o efeito da conscientização dos valores humanos e é incorporação desses valores na conduta humana. Essa consciência de comportamento e de conduta faz com que o cidadão ofereça certa qualidade ao social.
Como ser histórico, que é o homem, tem a responsabilidade de estar presente e atuante nos meios sociais para transferir à sociedade o sentido da qualidade de vida.
Concluirmos – o homem pelo seu modo de sentir, pensar e agir influi no processo cultural a exteriorizar-se no campo social.
Deveria agir só após a reflexão da conseqüência de suas ações (naturalmente o faz por impulsos). A reflexão é, ou deveria ser o pensar no que se sente, para depois agir, ou não, conforme o maior ou menor número de Bem que suas atitudes gerarão a si e principalmente aos outros.
Ninguém, ao sentir, pensar e agir o faz só por si e para si. O campo envolve produtos das relações:
• Eu e eu
• Eu e o outro
• Eu e a sociedade
• Eu e o mundo.
Na função social e histórica em que o ser humano se coloca, não há como negar, que o homem é um ser inacabado, a completar-se continuamente como a fazer a própria história. É a característica de não estar pronto, dominando todo o saber e o fazer, portanto, o evoluir eternamente é a predestinação do Espírito. Ele tem a perspectiva do futuro no seu presente.
A educação, como um processo de vida, direciona esse homem para fins futuros.
Permeia ela as tendências e as conduz para as aspirações da vida moral e ética.
Entretanto, tudo isso tem relação com os tipos do processo educativo.
A educação deve ser o recurso para conduzir o homem a ser ético e consciente da sua responsabilidade na construção de uma realidade social.
A sociedade terá as características que resultam das relações dos seres humanos que, por sua vez, passa a expressar uma cultura, a qual, determinará os valores para a conduta desse homem. É uma interdependência a resultar a realidade a que o ser humano fica relativamente sujeito.
A educação deve dar os meios para fazer homens livres, conscientes, criativos e responsáveis pelos seus destinos, opções e realizações.
O homem criativo é o ser que à base da curiosidade em objetivos e ideais desvenda novo saber como metas de vida. E, homens responsáveis são aqueles que têm a consciência de que o futuro é obra de suas opções e do seu trabalho realizado agora.
Desta forma, consciência da realidade e a ação sobre o social são ocorrências que se relacionam; são inseparáveis constituintes do ato transformador dos sistemas sociais.
Assim entendido, a orientação no mundo porá a questão das finalidades da "ação" ao nível da percepção crítica da realidade.
O caráter político (sistema respeitante aos direitos de todos com habilidade no trato das relações humanas, visando o melhor para todos, tendo em vista os objetivos almejados. Política é o processo que se usa para resolver os problemas sociais que afetam o indivíduo) da educação é a marca que torna libertadora ou não.
Cada sociedade cria o seu sistema de educação de acordo com os valores que a norteiam. Se a sociedade é quem estrutura a educação ela o faz em função dos interesses políticos de quem detém o poder.
Mais que nunca faz-se ela imprescindível uma vez que passa a ser um fator fundamental para preservação de sistemas políticos, formando seres conscientes e livres.
Por isso, é que a transformação radical e profunda dos ideais da educação, como sistema libertador do ser humano, só se dará quando a sociedade estiver num processo de transformação consciente onde cada qual se entenda como elo básico, fundindo-se aí os ideais maiores do próprio existir.
Considerando-se a família como célula principal da sociedade percebe-se que há muito o que se realizar no campo da educação. É ela o grupo social que chega diretamente ao indivíduo no período da formação da personalidade.
A criança, o adolescente e o jovem são trabalhados individualmente e em grupo sob as diretrizes da família. Mas a família não educa sozinha; a convivência das crianças com outras crianças, dos adolescentes e jovens com outros adolescentes e jovens é fator de mistura do modo de ser desses elementos. É assim que a sociedade interfere no processo de educação dos indivíduos na família, que se estiver atenta, retornará esses elementos e através do diálogo, onde todos se enriquecem.
A educação em família, deve ter por objetivo o aperfeiçoamento de cada um de seus elementos nos sentidos da moral e da espiritualidade. É na família que o ser processa o dia a dia de seu viver. Portanto, é a família que propõe diretamente, aos seus membros, as regras, os valores morais e espirituais a cada um dos participantes que, frize-se não são estanques e fechados, mas abertos ao dinamismo das análises e retomadas.
Aí está a grande responsabilidade dos pais na escolha do seu sistema de educar os filhos.
Será que os pais entre si, individual e reciprocamente "se educam”?
Será que os filhos estão sendo educados para viverem com dignidade e para serem responsáveis pela sua própria liberdade? É, ela discutida, questionada, avaliada ?
Ao lado desses fatores há a escola, a religião, o trabalho, o companheirismo, os clubes recreativos e toda forma de sociabilidade que dividem, entre si, a responsabilidade de indicar as melhores normas de ação visando o bem estar de todos.
À família entretanto, é que caberá oferecer aos jovens maior lucidez da razão e o maior poder de discernimento para efetuar as suas opções de comportamento e de futuro.
A família ativa e atuante, contribui, assim, para o processo de burilamento dos Espíritos encarnados na Terra.
Na família está o embrião da Evolução Espiritual do Ser Humano.
*Luiza de Campos Freire Favareto
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