Francisco C. Xavier/Emmanuel
(estudo n.9)
TEMA: “SOCORRO E CONCURSO”
"Quantos pães tendes? "- Jesus (Marcos, 8:5)
Havia grande multidão, Jesus sentia compaixão por todos aqueles que há tanto tempo ali estavam acompanhando-o sem ter o que comer. Se os deixasse ir em jejum poderiam desfalecer no caminho, porque alguns moravam longe.
Os discípulos, falam-lhe que não dispunham de alimentos. Como satisfazê-los de pão.
É quando Jesus faz a pergunta: quantos pães tendes?
Jesus não perguntou, de quantos pães necessitavam, mas, "quantos pães tendes? ", demonstrando a precaução em alertar para a necessidade de se apresentar algo como base para o auxílio que suplicamos.
Quando solicitamos amparo, socorro para alguém, pensemos primeiro na cooperação que podemos ofertar.
Invigilantes, quase sempre, fazemos rogativas e relacionamos diversas situações, onde poderíamos exercitar nossas próprias forças, no entanto, transferimos responsabilidades nossas para os Benfeitores Espirituais, esquecidos de que os trabalhadores da Espiritualidade , estão sempre se movimentando, ajudando, prontos para nos fortalecer tão logo ofereçamos nossas disposições firmes no Bem.
Quanto auxílio, quanto socorro poderiam ser prestados se fossemos mais atentos, despertos para essa realidade de que acontecerá ou não esse auxílio, dependente do campo mental aberto, receptivo.
Esta lição fala a Espíritos mais amadurecidos, que já conseguiram substituir o peditório pelo ofertório.
Quem se oferece em trabalho, em nome de Jesus, tem muito a fazer, qualquer que seja o meio em que lhe foi ofertado viver.
Quem se interessa pelo trabalho, se encanta com ele, e faz dele a oração em essência. É feliz com o que aprende e quer repartir, precisa mesmo distribuir.
"Quantos pães tendes?" pergunta Jesus.
"O ensinamento é precioso para a nossa experiência de oração", esclarece Emmanuel.
Oração pobre é a do acomodado que só quer receber, pedindo sempre carente, "alongando mãos vazias".
Oração rica é a daquele que busca em si recursos para ofertar, que quer ser grande para ser mais gente e que, desenvolvendo-se promove o meio em que está. Este oferece o que pode e vai ser sempre mais. Agradece muito e recebe em abundância, cento por um, segundo Jesus.
Em síntese, as respostas às nossas rogativas dependerão sempre de condições, embora mínimas, que ofereçamos. Em essência, não é o Senhor que precisa de nossas orações, mas cada qual que precisa aproveitar a essa oportunidade, através da qual, acima de tudo, nos fortalecemos na direção à renovação espiritual.
Assim, antes de orar - se erramos sob qualquer aspecto - retifiquemo-nos antes. Se ofendemos alguém, se nos desviamos do melhor caminho, se abrigamos a revolta ou qualquer outra posição de desequilíbrio, temos antes que tomar a iniciativa do reequilíbrio, uma vez que a súplica da ajuda, por não mais atender a convencionalismos e palavras bonitas, deve nascer nas condições íntimas de retorno ao Bem.
Idalina Magro / Maria Ap. Ferreira Lovo
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