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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

AS DIFICULDADES DO ESPÍRITO FRENTE À PROPOSTA DE JESUS

O ensino moral contido no Evangelho de Jesus constitui uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública. É o principio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça.

O codificador da Doutrina Espírita complementa que é o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura.

Mesmo advertidos e reconhecedores da importância dos ensinamentos evangélicos, aceitando-os e admirando-os de um modo geral, há quem apreenda a moral evangélica de forma passiva, confiando cegamente no que está escrito, sem compreendê-la, ou seja, sem basear-se na reflexão e no raciocínio lógico. São poucos os que a conhecem a fundo e menos ainda são os que a compreendem e sabem deduzir as conseqüências, aplicando-as no viver e nos atos do dia-a-dia.

O Mestre Lionês, conhecedor dessa limitação do homem, sabia que a razão dessa incompreensão se detém no fato de ater-se à sua forma alegórica. Torna-se ininteligível para o maior número de seus leitores, fazendo com que estes o leiam por desencargo de consciência ou por dever. Passam assim, despercebidos o que é mais importante, ou seja, os preceitos morais, os convites contidos para que esse homem, vivendo-os, se renove, fazendo para si uma verdadeira proposta de re-engenharia em seu ser.

O Evangelho Segundo o Espiritismo possui uma forma lógica, coerente, racional, tendo o cuidado de agrupar e classificar as máximas segundo as respectivas naturezas, de modo que decorressem uma das outras tanto quanto possível.

Podemos perceber isso pela forma como se estruturam as seqüências de capítulos e dos itens que os compõem. Os elementos necessários para a compreensão de um determinado tópico, por exemplo, foram preparados nos itens e capítulos anteriores, não se atendo a uma ordem cronológica, no que diz respeito às passagens da vida de Jesus, mas a esse encadeamento de raciocínio que visaram facilitar entendimento e clareza ao Espírito encarnado ou desencarnado.

O essencial desponta nos artigos e ensinamentos que estando ao alcance de todos, mediante a explicação das passagens obscuras e o desdobramento das conseqüências, permitem ao leitor compreensão dos ensinos de forma clara, objetiva e consequentemente sua aplicação nas diversas circunstâncias da vida.

A Doutrina Espírita interpreta o Evangelho sem figuras nem alegorias. Vem trazer esclarecimento e a consolação aos que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil às dores.
Necessário se faz compreender as leis de amor, como um roteiro preciso, baseando na Moral de Jesus, no qual encontramos luz e entendimento para as dificuldades.

A vida é campo fecundo de experiências, que proporciona, através das situações diversas o burilar sentimentos. Somente na prática, nos relacionamentos afetivos de toda ordem, temos oportunidade de trabalhá-los e interiorizarmos as máximas evangélicas. Agindo conforme os preceitos morais, nas circunstâncias mais diferenciadas da vida, estaremos promovendo o desenvolvimento moral e amadurecendo como Espírito Imortal.

O Evangelho é sublime roteiro de luz para ser colocado em prática, no campo das relações, do contrário será simplesmente letra morta, de nada servindo a preciosidade de seu conteúdo se somente ficar no campo das idéias.

À medida que o Espírito amadurece intelectual e moralmente, baseado nos ensinamentos de luz que Cristo deixou, vai se sublimando e galgando sua evolução, rumo à perfeição.

Bibliografia:

Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec, Obras Póstumas

Samir Minto Braga / Elisabeth Maciel

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