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quinta-feira, 23 de julho de 2015

DESOBSESSÃO 3

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LLUIZ
(15)

9
TEMPLO ESPÍRITA

          À medida que se nos aclara o entendimento, nas realizações de caráter mediúnico, percebemos que as lides da desobsessão pedem o ambiente do templo espírita para se efetivarem com segurança.

          Para compreender isso, recordemos que, se muitos doentes conseguem recuperar a saúde no clima doméstico, muitos outros reclamam o hospital.

          Se no lar dispomos de agentes empíricos a benefício dos enfermos, numa casa de saúde encontramos toda uma coleção de instrumentos selecionados para a assistência pronta.

          No templo espírita, os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos avançados do plano espiritual para o socorro a obsidiados e obsessores, razão por que, tanto quanto nos seja possível, é aí, entre as paredes respeitáveis da nossa escola de fé viva, que nos cabe situar o ministério da desobsessão. Razoável, ainda, observar que os servidores de semelhante realização não podem assumir, sem prejuízo, compromissos para outras atividades medianímicas, antes ou depois do trabalho em que se comprometem a benefício dos sofredores desencarnados.

10
RECINTO DAS REUNIÕES

O recinto das reuniões pede limpeza e simplicidade.

A mesa, com alguns dos livros básicos da Doutrina Espírita, de preferência «O Livro dos Espíritos», «O Evangelho segundo o Espiritismo» e um volume que desenvolva o pensamento kardequiano, conjugado aos ensinamentos do Cristo, estará cercada pelas cadeiras devidas ao número exato dos componentes da reunião, apresentando-se despida de toalhas, ornamentos, recipientes de água e objetos outros.

Em seguida à fila dos assentos, colocar-se-ápequena acomodação, seja um simples banco ou algumas cadeiras para visitas eventuais.

Um relógio será colocado à vista ou à mão, seja numa parede, no bolso ou no pulso do dirigente, para que o horário e a disciplina estabelecida não sofram distorções, e o aparelho para a gravação de vozes, na hipótese de existir no aposento, não deverá perturbar o bom andamento das tarefas e será colocado em lugar designado pelo orientador dos trabalhos.

11
CHEGADA DOS COMPANHEIROS

          Os benfeitores espirituais de plantão, na obra assistencial aos irmãos desencarnados sofredores, esperam sempre que os integrantes da equipe alcancem o recinto de serviço em posição respeitosa.
          Nada de vozerio, tumulto, gritos, gargalhadas.

          Lembrem-se os companheiros encarnados de que se aproximam de enfermos reunidos, como num hospital, credores de atenção e carinho.

          A obra de socorro está prestes a começar.

          Necessário inclinar o sentimento ao silêncio e à compaixão, à bondade e à elevação de vistas, a fim de que o conjunto possa funcionar em harmonia na construção do bem.

 12
CONVERSAÇÃO ANTERIOR Á REUNIÃO

          Há sempre margem a conversações no recinto para os que chegam mais cedo, cabendo aos seareiros do conjunto evitar a dispersão de forças em visitas, mesmo rápidas, mas impróprias, a locais vizinhos, sejam casas particulares ou restaurantes públicos.

          Compreensível rogar aos colaboradores da tarefa a total abstenção de temas contrários à dignidade do trabalho que vão desempenhar.

          Evitem-se os anedotários jocosos, as considerações injuriosas a quem quer que seja.

          Esqueçam-se críticas, comentários escandalosos, queixas, azedumes, apontamentos irônicos.

          Toda referência verbal é fator de indução.

          Se somos impelidos a conversar, durante os momentos que precedem a atividade assistencial, seja a nossa palestra algo de bom e edificante que auxilie e pacifique o clima do recinto, ao invés de conturbá-lo.

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DIRIGENTE

          O dirigente das tarefas de desobsessão não pode esquecer que a Espiritualidade Superior espera nele o apoio fundamental da obra.

          Direção e discernimento. Bondade e energia.

          Certo, não se lhe exigirão qualidades superiores à do homem comum; no entanto, o orientador da assistência aos desencarnados sofredores precisa compreender que as suas funções, diante dos médiuns e freqüentadores do grupo, são semelhantes às de um pai de família, no instituto doméstico.

          Autoridade fundamentada no exemplo.

          Hábito de estudo e oração.

          Dignidade e respeito para com todos. Afeição sem privilégios.

          Brandura e firmeza.

          Sinceridade e entendimento.

          Conversação construtiva.

          Para manter-se na altura moral necessária o diretor dispensarà a todos os componentes de conjunto a atenção e o carinho idênticos àqueles que um professor reto e nobre cultiva perante os alunos, e, como se erguerá, perante os instrutores Espirituais, na posição de médium es clarecedor mais responsável, designará dois três companheiros, sob a orientação dele próprio a fim de que se lhe façam assessores em serviço e o substituam nos impedimentos justificados.

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PONTUALIDADE

          Pontualidade  tema essencial no quotidiano, disciplina da vida.

          Administrações não respeitam funcionários relapsos.

          Em casa, estimamos nos familiares os compromissos em dia, os deveres executados com exatidão.

          Habitualmente não falhamos no horário marcado pelas personalidades importantes do mundo, a fim de corresponder-lhes ao apreço.

          A entrevista com um industrial...

          A fala com um Ministro de Estado...

          Nas lides da desobsessão, é forçoso entender que benfeitores espirituais e amigos outros desencarnados se deslocam de obrigações graves da Vida Superior, a fim de assistir-nos e socorrer-nos.

          Pontualidade é sempre dever, mas na desobsessão assume caráter solene.

          Não haja falha de serviço por nossa causa. Não se pode esquecer que o fracasso, na maioria das vezes, é o produto infeliz dos retardatários e dos ausentes.

          A hora de início das tarefas precisa mostrar-se austera, entendendo-se que o instante do encerramento é variável na pauta das circunstâncias.

          Aconselhável se feche disciplinarmente a porta de entrada, 15 minutos antes do horário marcado para a abertura da reunião, tempo esse que será empregado na leitura preparatória.

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MOBILIÁRIO PARA OS TRABALHOS

          O mobiliário no recinto dedicado à desobsessão não apenas necessita estar escoimado de objetos e apetrechos que recordem rituais e amuletos, simbolos e ídolos de qualquer espécie, mas também deve ser integrado por peças simples e resistentes.

          A mesa deve ser sólida e as cadeiras talhadas em madeira, lembrando, sem adornos desnecessários, a austeridade de uma família respeitável.

          Se tivermos de acrescentar algo, aditemos dois bancos, igualmente de madeira, para visitas casuais ou para o socorro magnético a esse ou àquele companheiro do grupo quando necessite de passe, a distância do circulo formado em comunhão de pensamento.

          Evitarmos tapetes, jarros, telas e enfeites outros, porqüanto o recinto é consagrado, além de tudo, ao alívio de Espíritos sofredores ou alienados mentais autênticos, necessitados de ambiente limpo e simples, capaz de auxiliâ-los a esquecer ilusões ou experiências menos felizes vividas na Terra.

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CADEIRAS

          As cadeiras para a reunião merecem apontamentos particulares.

          Evite-se o uso de poltronas que sugiram a sesta, como também o emprego de móveis desprovidos de qualquer anteparo, à feição de tamboretes que imponham desconforto.

          Utilizemo-nos de cadeiras, pesadas na constituição, para frustrar os impulsos de queda ou de agitação excessiva, habituais nos médiuns em transe, mas construídas em estilo singelo, com o espaldar amplo e alto que suporte com firmeza os seareiros empenhados no socorro espiritual aos irmãos perturbados, além do plano físico.



          Evitem-se as cadeiras desconjuntadas ou rangedoras que só ruídos desnecessários e perturbações outras provocam no ambiente.

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