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sábado, 25 de julho de 2015

DESOBSESSÃO 5

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LLUIZ
(15)
   
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MÉDIUNS ESCLARECEDORES

          Na equipe em serviço, os médiuns esclarecedores, mantidos sob a condução e inspiração dos Benfeitores Espirituais, são os orientadores da enfermagem ou da assistêncià aos sofredores desencarnados. Constituídos pelo dirigente do grupo e seus assessores, são eles que os instrutores da Vida Maior utilizam em sentido direto para o ensinamento ou o socorro necessários.

          Naturalmente que a esses companheiros compete um dos setores mais importantes da reunião.
          Vejamos alguns dos itens do trabalho fundamental que se lhes assinala:

          1. Guardarem atenção no campo intuitivo, a fim de registrarem, com segurança, as sugestões e os pensamentos dos benfeitores espirituais que comandam as reuniões;

          2. Tocar no corpo do médium em transe somente quando necessário;

          3. Estudar os casos de obsessão, surgidos na equipe de médiuns psicofônicos, que devam ser tratados na órbita da psiquiatria, a fim de que a assistência médica seja tomada na medida aconselhável;

          4. Cultivar o tato psicológico, evitando atitudes ou palavras violentas, mas fugindo da doçura sistemática que anestesia a mente sem renová-la, na convicção de que é preciso aliar raciocínio e sentimento, compaixão e lógica, a fim de que a aplicação do socorro verbalista alcance o máximo rendimento;

          5. Impedir a presença de crianças nas tarefas da desobsessão.

          Outros aspectos de suas funções são lembrados nos capítulos 13 e 32 a 37.

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EQUIPE MEDIÚNICA: PSICOFÔNICOS

          Na obra da desobsessão, os médiuns psicofônicos são aqueles chamados a emprestar recursos fisiológicos aos sofredores desencarnados para que estes sejam socorridos. Deles se pede atitude de fé positiva, baseada na certeza de que a Espiritualidade Superior lhes acompanha o trabalho em moldes de zelo e supervisão. Compreendendo que ninguém é chamado por acaso a tarefa de tamanha envergadura moral, verificarão facilmente que, da passividade construtiva que demonstrem, depende o êxito da empreitada de luz e libertação em que foram admitidos.

          Atentos à função especial de colaboradores e medianeiros em que se acham situados, é justo se lhes rogue o cuidado para alguns pontos julgados essenciais ao êxito e à segurança da atividade que se lhes atribui: 1  desenvolvimento da autocrítica; 2  aceitação dos próprios erros, em trabalho medianímico, para que se lhes apure a capacidade de transmissão; 3 reconhecimento de que o médium é o responsável pela comunicação que transmite; 4  abstenção de melindres ante apontamentos dos esclarecedores ou dos companheiros, aproveitando observações e avisos para melhorar-se em serviço; 5  fixação num só grupo, evitando as inconveniências do compromisso de desobsessão em várias equipes ao mesmo tempo; 6  domínio completo sobre si próprio, para aceitar ou não a influência dos Espíritos desencarnados, inclusive reprimir todas as expressões e palavras obscenas ou injuriosas, que essa ou aquela entidade queira pronunciar por seu intermédio; 7  interesse real na melhoria das próprias condições de sentimento e cultura; 8  defesa permanente contra bajulações e elogios, conquanto saiba agradecer o estímulo e a amizade de quantos lhes incentivem o coração ao cumprimento do dever; 9  discernimento natural da qualidade dos Espíritos que lhes procurem as faculdades, seja pelas impressões de presença, linguagem, eflúvios magnéticos, seja pela conduta geral; 10  uso do vestuário que lhes seja mais cômodo para a tarefa, alijando, porém, os objetos que costumem trazer jungidos ao corpo, como sejam relógios, canetas, óculos e jóias.

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EQUIPE MEDIÚNICA: PASSISTAS

          Entre os seareiros do bem que integram o conjunto, destaca-se, como sendo de particular valimento, a colaboração dos médiuns passistas, que permanecerão atentos ao concurso eventual que se lhes peça, no transcurso da reuniao.

          Diligência e devotamento.

          Vigilância e espontaneidade.

          Agora é um problema que irrompe entre os próprios colegas de atividade; em seguida, um que outro médium psicofônico possivelmente caído em exaustão; depois, o pedido de auxílio para esse ou aquele dos assistentes a lhes solicitarem concurso, e, por fim, a assistência de rotina, na fase terminal do trabalho.

          Os medianeiros do passe traçarão a si mesmos as disciplinas aconselháveis em matéria de alimentação e adestramento, a fim de corresponderem plenamente ao trabalho organizado para o grupo em sua edificação assistencial, entendendo-se que os médiuns esclarecedores, se necessario, acumularão também as funções de médiuns passistas, mas não a de psicofônicos, de modo a não se deixarem influenciar por Espíritos enfermos.

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LIVROS PARA LEITURA

          Os livros para leitura preparatória no grupo serão, de preferência:

          1. «O Evangelho segundo o Espiritismo».

          2. «O Livro dos Espíritos».

          3. Uma obra subsidiária que comente os princípios kardequianos à luz dos ensinamentos do Cristo.

          Bastarão esses recursos, porqüanto neles sintonizar-se-ão os assistentes no mesmo padrão de pensamento, em torno dos temas vitais do Espiritismo Cristão, compondo clima vibratório adequado ao trabalho em mira.

          «O Livro dos Médiuns» e obras técnicas correlatas não devem ser lidos nas reuniões de desobsessão, mas sim em oportunidades adequadas, referidas nos capítulos 66 e 72.

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 LEITURA PREPARATÓRIA

          A leitura preparatória, que não ultrapassará o tempo-limite de 15 minutos, constituir-se-á, preferentemente, de um dos itens de «O Evangelho segundo o Espiritismo», seguindo-se-lhe uma das questões de «O Livro dos Espíritos», com um trecho de um dos livros de comentários evangélicos, em torno da obra de Allan Kardec.

          Efetuada a leitura, o dirigente retirará os livros de sobre a mesa, situando-os em lugar próprio.

          O contacto com o ensino espírita, antes do intercâmbio com os irmãos desencarnados, ainda sofredores, dispõe o ambiente à edificação moral, favorecendo a integração vibratória do grupo para o socorro fraterno a ser desenvolvido.

          O conjunto evitará entretecer comentários ao redor dos temas expostos, atento que precisa estar em uníssono, à recepção das entidades enfermas em expectativa, quase sempre aguardando alívio com angustiosa ansiedade.

          Repitamos, assim: o dirigente providenciará a leitura, aproximadamente quinze minutos antes do momento marcado para o início do intercâmbio, pronunciando a prece de abertura, depois de lida a página última, com o que se iniciarão, para logo, as tarefas programadas.

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PRECE INICIAL

          Sobrevindo o momento exato em que a reunião terá começo, o orientador diminuirá o teor da iluminação e tomará a palavra, formulando a prece inicial.

          Cogitará, porém, de ser preciso, não se alongando além de dois minutos.

          Há quem prefira a oração decorada; todavia, é aconselhável que o dirigente ore com suas próprias palavras, envolvendo a equipe nos sentimentos que lhe fluem da alma.

          A prece, nessas circunstâncias, pede o mínimo de tempo, de vez que há entidades em agoniada espera de socorro, à feição do doente desesperado, reclamando medicação substancial. Em diversas circunstâncias, acham-se ligadas desde muitas horas antes à mente do médium psicofônico, alterando-lhe o psiquismo e até mesmo a vida orgânica, motivo pelo qual o socorro direto não deve sofrer dilação.

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MANIFESTAÇÃO INICIAL DO MENTOR

          Feita a oração inicial, o dirigente e a equipe mediúnica esperarão que o mentor espiritual do grupo se manifeste pelo médium psicofônico indicado.

          Essa medida é necessária, porqüanto existem situações e problemas, estritamente relacionados com a ordem doutrinária do serviço, apenas visíveis a ele, e o amigo espiritual, na condição de condutor do agrupamento, perante a Vida Maior, precisará dirigir-se ao conjunto, lembrando minudências e respondendo a alguma consulta ocasional que o dirigente lhe queira fazer, transmitindo algum aviso ou propondo determinadas medidas.

          Esse entendimento, no limiar do programa de trabalho a executar-se, é indispensável à harmonização dos agentes e fatores de serviço, ainda mesmo que o mentor se utilize do medianeiro tão-só para uma simples oração que, evidentemente, significará tranqüilidade em todos os setores da instrumentação.

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CONSULTAS AO MENTOR

          Começada a reunião, o dirigente, por vezes, tem necessidade de ouvir o mentor espiritual para o exame de assuntos determinados.

          Freqüentemente, é um amigo que deseja acesso à reunião e que não pode ser acolhido sem a consulta necessária; de outras, é a localização mais aconselhável para as visitas que venham a ocorrer, é a ministração de socorro medicamentoso ou magnético a esse ou àquele companheiro que se mostre subitamente necessitado de assistência, é a pergunta inevitável e justa em derredor de problemas que sobrevenham no mecanismo da equipe, ou o pedido de cooperação em casos imprevisíveis.

          Nessas circunstâncias, o dirigente esperará que o mentor finalize a pequena instrução de início, através do médium responsável, e formulará as indagações que considere inevitáveis e oportunas.

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