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sábado, 18 de julho de 2015

ESTUDANDO O CRISTIANISMO 11

11 O NASCIMENTO DE JESUS

Naqueles dias foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam alistar-se, cada um à sua cidade.
23 - Lc 2. 1-3

11.1 A GRUTA E O NASCIMENTO

E ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria.

Pelas circunstâncias apontadas por Lc 2,7, o nascimento de Jesus aconteceu num local que servia de estábulo (grego phatne, lat. Praesepium, uma manjedoura). Uma antiquíssima tradição aponta uma gruta, o que é de todo possível, haja vista que as grutas serviam não só de estábulo, mas às vezes, também, de moradia.

12 O ANO E O MÊS DO NASCIMENTO DE JESUS

Com relação ao ano de nascimento de Jesus, Humberto de Campos traz a seguinte afirmativa, registrada no Item 15 A Ordem do Mestre João disse-lhe o Mestre - lembras-te do meu aparecimento na Terra? - Recordo-me, Senhor. Foi no ano 749 da era romana, apesar da arbitrariedade de Frei Dionísio, que calculando no século VI da era cristã, colocou erradamente o vosso natalício em 754.

Sanada esta primeira dúvida, partamos para o mês do seu nascimento. Acreditamos que não poderia ser em dezembro como nós cristãos comemoramos, porque, como diz Lesetre, em seu Guia através do Evangelho, os únicos meses de chuvas abundantes naquela região são os de dezembro e janeiro, e os evangelhos nos falam de uma noite cheia de estrelas. Portanto, os meses de dezembro e janeiro, em nosso ponto de vista, estão descartados. Com relação ao mês de fevereiro, achamos pouco provável que o governador da Síria, conhecendo tão bem o clima da região, estabeleceria um recenseamento logo a seguir a um período chuvoso.Com relação aos meses de março e abril (Nisan), meses sagrados para o povo judeu, pois é neste período que eles comemoram sua festa mais importante, a Páscoa, que lembra a libertação do povo Hebreu do Egito, por Moisés, e a data em que todo judeu, tem por obrigação dirigir-se a Jerusalém para festejar com seus irmãos, excetuando, claro, aqueles impedidos por motivos de força maior. A festa comemora também o início das colheitas. Diante desses fatos, acreditamos ser muito difícil para os Judeus fazerem duas viagens num período curto de tempo, pois acreditamos que se o recenseamento fosse feito no período da Páscoa, certamente algum evangelista o faria constar em suas narrativas, como constaram em outras passagens de Jesus. Se o recenseamento ocorreu um pouco antes ou um pouco depois, antes de iniciar as colheitas, julgamos pouco provável que o governador os obrigasse a sair de suas terras duas vezes em período muito curto, um por compromisso religioso e outro por obrigação política. Nos meses subseqüentes maio, junho, julho e agosto eram os meses em que todo povo estava em trabalho contínuo da colheita e se eles tivessem de se ausentarem por um tempo relativamente longo, pois mesmo levando em consideração a pouca extensão territorial da Palestina, as viagens eram demoradas, além do tempo gasto para se recensearem, devido ao acúmulo de pessoa. Essa parada na colheita causaria, certamente, um prejuízo para todos. O fim da colheita era comemorado com a festa dos tabernáculos ou das cabanas. Sendo assim, julgamos que o nascimento de Jesus tenha ocorrido ou no mês de setembro ou outubro, sendo que novembro seria um mês que antecede as chuvas abundantes .

12.1 O AVISO DO NASCIMENTO AOS PASTORES

Havia naquela mesma região pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu onde eles estavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, e que será para todo o povo; é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E subitamente apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem. E ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.

12.2 A VISITA DOS PASTORES A JESUS

Foram apressadamente e acharam Maria e José, e a criança deitada na manjedoura. E, vendo, divulgaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino. Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores. Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração. Voltaram então os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.

12.3 A ESTRELA DE DAVI

Seja qual for a hipótese respeitável sobre a estrela de Belém, a união dos Espíritos de Luz que mantinham o intercâmbio entre as duas Esferas formou um facho poderoso que indicava o lugar da tradição, em que Ele deveria começar o ministério entre os homens. Pastores e reis magos, todos videntes, convidados pelas Entidades Celestes, seguiram-na, cada um a seu turno, enquanto os cantores sublimes, proclamavam: Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade!

12.4 - A ADORAÇÃO DOS REIS MAGOS MT 2.1-12

 1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. 2 E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo. 3 Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes e, como ele, toda Jerusalém. 4 Então convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. 5 Em Belém da Judéia, respondiam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: 6 E tu Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel. 7 Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. 8 E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo. 9 Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. 10 E vendo eles a estrela, alegraram-se com intenso júbilo. 11 Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. 12 Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para que não voltassem a presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.

"O Messias havia de nascer em Belém" - (Profeta Miquéias 5.2): "E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Esta profecia se cumpriu em Mateus 2.1-6; " E tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E Perguntavam: onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo. Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes e, com ele, toda Jerusalém; então convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. "Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do Profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel"

O fato que induz Mateus a chamar estes personagens estrangeiros de Magos (isto é, simples adivinhos) sem insinuar de modo algum que fossem reis, é um argumento para acreditar que o evangelista tencionava referir um fato histórico e não simplesmente uma espécie de parábola. Na verdade, percebe-se claramente como nas entrelinhas há uma contínua alusão aos fatos do Antigo Testamento, onde reis estrangeiros levavam seus presentes ao rei messiânico ( 1Rs 10: a rainha de Sabá; Sl 72[71], 10,15: os reis da Arábia e de Sabá; cf. Também Is 60,6). O paralelo teria sido mais completo se Mt. pudesse dizer que os magos eram reis. Mas não podia afirmar isso, precisamente porque não estava querendo criar uma parábola, mas referir um fato. O lugar de proveniência dos Magos ficou indeterminado: do Oriente. O nome magos faz logo pensar na casta sacerdotal persa, que professava a doutrina de Zoroastro . Todavia, na época helenista, esse nome tomou um sentido mais genérico para indicar os astrólogos e os adivinhos, numerosos na Babilônia e em outras regiões do Oriente. A natureza dos presentes leva a pensar na Arábia, mas a região dos Magos teria sido apontada como situada no sul ( Mt. 12.42: a rainha do Sul); nem podemos pensar nos nabateus, pois seu país estava muito próximo para justificar as expressões usadas pela narração evangélica e o detalhe dos dois anos calculados por Herodes, mesmo admitindo que quisesse ter uma ampla margem de certeza, a fim de estabelecer a idade do recém-nascido. Se tivessem vindo da Pérsia ou mesmo da Babilônia, seu itinerário devia passar pela Mesopotâmia do norte, haja vista a imensa extensão do deserto siro-arábico, alcançando a Judéia pelo norte.

12.5 A CIRCUNCISÃO DE JESUS LC 2. 21- VER ITEM 3.7

21 Completados oito dias para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de Jesus, como lhe chamara o anjo, antes de ser concebido.

12.6 - A APRESENTAÇÃO DE JESUS AO TEMPLOLC 2. 22-24

 22 Passados os dias da purificação deles segundo a lei de Moisés, levaram-no à Jerusalém para o apresentarem ao Senhor. 23 Conforme o que está escrito na lei do Senhor: todo primogênito ao Senhor será consagrado; 24 e para oferecer um sacrifício, segundo o que está escrito na referida lei: um par de rolas ou dois pombinhos.

Passados 40 dias desde o nascimento de Jesus, a Sagrada Família foi para Jerusalém, a fim de cumprirem dois deveres distintos no Templo: o resgate do primogênito ( com 5 ciclos de prata Ex 13,2) Nm 18, 15-16) e a purificação da mãe mediante os sacrifícios ( de holocausto e expiação) de dois pombinhos ou um par de rolas ( Lv 12,2-8). Nesta circunstância aconteceram os fatos narrados por Lc. 2,22-38). Depois disso a Sagrada Família retornou a Belém, onde pensava permanecer pelo menos até quando o menino tivesse crescido um pouco mais.

Sigmar Gama

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