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quinta-feira, 30 de julho de 2015

 NOSSO LAR 01-012

Síntese: O capítulo trata da visita de André Luiz, juntamente com Alexandre, a uma instituição no plano espiritual onde são planejadas as reencarnações. A visita é feita após uma solicitação para que Alexandre auxiliasse no processo reencarnatório de Segismundo. Durante a visita, André Luiz toma contato com alguns aspectos relativos a reencarnação (e suas implicações) e toma contato com a situação de 4 espíritos, com experiências diferentes, que devem reencarnar em breve.

O caso Segismundo

    - Segismundo deve reencarnar, num processo de resgate de faltas passadas, mas está encontrando a resistência do futuro pai, Adelino. O caso será analisado com detalhes no Cap. 13.

Comentários de Alexandre

    - Grande percentagem de reencarnações se processa em moldes padronizados, no campo das manifestações puramente evolutivas. Outra percentagem obedece a programação mais complexa, num processo mais individual.

    - No segundo caso, se enquadram os trabalhadores e missionários. Trabalhadores são aqueles que apresentam maior soma de qualidades superiores, embora ainda possuam débitos a ressarcir. Estes podem influenciar de alguma forma o processo reencarnatório, embora tais alterações nem sempre sejam agradáveis.

    - A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim. Temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa.

    - O serviços de planejamento reencarnatório, na colônia espiritual, têm, portanto esta finalidade regulamentadora.

O Instituto de planejamento das reencarnações

    - Grande movimentação de espíritos, tanto os que vão reencarnar, quanto os que estão intercedendo por outros.

    - Planos adequados são estabelecidos de acordo com o serviço a ser desempenhado e o grau de adiantamento do reencarnante.

    - A hereditariedade fisiológica funciona em todos os seres, mas sofre a influência dos que alcançam qualidades superiores ao ambiente geral. Forças mais elevadas podem imprimir modificações ao material genético.

    - Todas as colônias de expressão elevadas mantém serviços semelhantes.

    - O auxílio aos espíritos reencarnantes se traduz de duas formas: através de intercessão superior - se o reencarnante possui a razão esclarecida - ou através dos espíritos encarregados do trabalho reencarnacionista na Crosta - no caso do reencarnante em esforço puramente evolutivo.

    - Dois modelos, a semelhança de estátuas, um masculino e outro feminino, revelavam detalhes da fisiologia do corpo físico e são observados com admiração, por André Luiz.
   
Os reencarnantes

    a) Espírito iria reencarnar, após 15 anos de atividades de auxílio no plano espiritual, com objetivos de reparar erros passados. Estava um tanto hesitante, com receio de contrair novos débitos, devido ao esquecimento do passado. Acatou a sugestão de trazer um defeito físico na perna, a fim de se defender das tentações de natureza inferior, como antídoto à vaidade. Tem possibilidade de viver até 70 anos, pelo menos.

    b) Anacleta vai reencarnar após 40 anos de trabalho em favor de espíritos familiares que estão em desequilíbrio. Pretende recebe-los como filhos, dois na condição de paralisia, outro com debilidade mental, e uma filha, também com problemas, mas que deverá auxilia-la na velhice do corpo. Repara o erro de outra encarnação, quando permitiu, como mãe, através da falta de disciplina e do excesso de mimo, que seus filhos não conseguissem enfrentar as lutas da vida.

    c) Outra entidade que deve reencarnar, pede que haja interferência na formação das glândulas endócrinas, a fim de que o corpo não se apresente harmônico fisicamente, uma vez a beleza física poderia dificultar as tarefas que ela devia desempenhar.

    d) André Luiz ainda analisa a situação de um espírito que deve reencarnar com a possibilidade de surgimento de uma úlcera logo que chegue a maioridade. Através deste processo, poderá resgatar um crime cometido há mais de cem anos antes, quando assassinou um homem a facadas. A vítima tornou-se seu obsessor e provocou gradativamente sua desencarnação. Após sofrer no plano espiritual, reergueu-se moralmente e obteve várias intercessões. No entanto, pela lei de ação e reação, o crime ainda permanece em aberto, e a reencarnação dolorosa servirá de pena e reparação.

Os completistas

    O termo é usado no capítulo como título para aqueles espíritos que conseguem aproveitar integralmente todas as oportunidades oferecidas pela reencarnação. A situação é rara, uma vez que a grande maioria perde inúmeras possibilidades e desgasta sobremaneira o corpo físico. O completista tem a possibilidade de escolher livremente o corpo da futura reencarnação, optando quase sempre por medidas que diminuam seu magnetismo pessoal, embora se preocupem com a saúde do corpo físico.

Referências sobre o tema:

    O Livro dos Espíritos - qts 132, 166 a 171, 334 a 342

    O Evangelho sgdo o Espitisimo - cap. IV - it 25 e 36

    O Céu e o Inferno - Cap. V

    A Gênese - cap. XI - it 33 e 34

1) De forma geral, conseguimos atender às finalidades de nossa encarnação atual? Por que?

2) O que Alexandre quer dizer, ao afirmar que grande parte das reencarnações se dão em moldes padronizados, atendendo puramente a manifestações evolutivas?

3) Quais os principais objetivos da reencarnação?

4) Por que nem todos os espíritos tem liberdade de influenciar no próprio processo reencarnatório?

5) Apresentado em sua primeira versão nos últimos dias, o mapa genético conseguirá explicar todas as ocorrências com o ser humano? Qual a influência da hereditariedade no processo reencarnatório?

6) Em que consiste a chamada "intercessão espiritual"?

7) Por que a condição de completista é tão rara?

8) Por que a maioria dos espíritos que tem liberdade de influencia no processo reencarnatorio, opta por dificuldades na encarnação?

9) De que forma o esquecimento do passado nos beneficia durante a vida física?

Conclusão:

1) De forma geral, conseguimos atender às finalidades de nossa encarnação atual? Por que?

-  Conforme os Espíritos Superiores nos ensinam, fomos criados simples e ignorantes e nos instruímos na vida corporal.  Esse é o fim da encarnação dos espíritos: progredir sempre, tal é a lei, como está no túmulo de Kardec. Assim, ainda que com erros e acertos, na maior parte dos casos, o espírito sempre progride, o mínimo que seja, numa encarnação.  Melhora um pouco em um aspecto, adquire uma perfeição, se despoja de uma imperfeição, mas sempre procurando a evolução.  É certo que em alguns casos o espírito desperdiça a oportunidade reencarnatória, deixando de evoluir, estacionando.  Mas, na maioria das vezes, pode-se dizer que, quer adquirindo uma perfeição, quer se despojando de uma imperfeição, quer expiando uma falta, o espírito progride.  Dessa maneira, de uma forma geral, pode-se afirmar que atendemos, cada um num grau diferente, as finalidades da encarnação.

- Talvez possamos afirmar que de uma maneira básica estejamos sim cumprindo com nossos compromissos assumidos, mas  creio que se muitas vezes conseguimos atender um lado, deixamos de atender a outro; creio estarmos ainda nos passos primários para realmente efetivarmos uma responsabilidade maior com todos os compromissos que assumimos antes de vir, de uma forma mais total, mais abrangente.

    Como bem lembra Alexandre no capítulo, enquanto ainda estamos na esfera espiritual temos uma maior conscientização e responsabilidade com a nossa programação ; coisa que se dilui quando  chegamos efetivamente ao plano terreno.

2) O que Alexandre quer dizer, ao afirmar que grande parte das reencarnações se dão em moldes padronizados, atendendo puramente a manifestações evolutivas?

- Alexandre quis demonstrar que a maioria das reencarnações se dão com objetivos puramente evolutivos, como vimos acima.  Ao contrário de outras, de espíritos mais elevados que a maioria, que reencarnam como trabalhadores ou missionários. Nesses casos, como explicou o instrutor, o trabalho preparativo quase não necessita do auxílio dos benfeitores espirituais.

3) Quais os principais objetivos da reencarnação?

- Seria o burilamento, ou seja, a experiência necessária que temos para nos livrarmos das paixões e adquirirmos experiências superiores; seria a oportunidade de repararmos os erros cometidos em existências passadas e com isso ir depurando nosso espírito.

- a evolução do espírito, ou, como responderam a Kardec os Espíritos Superiores na questão 167 de O Livro dos Espíritos, o melhoramento progressivo da humanidade.

4) Por que nem todos os espíritos tem liberdade de influenciar no próprio processo reencarnatório?

- Alexandre ensina que há espíritos que sequer têm consciência do ato reencarnatório em que estão envolvidos. Segundo o instrutor, esses espíritos retornam à carne inconscientes, como crianças adormecidas.

Portanto, nesses casos, devido à sua baixa evolução, esses espíritos  não têm  como influenciar no seu próprio processo reencarnatório, escolhendo provas, por exemplo.

- Porque ainda utilizamos muito pouco de forma útil, ou de forma mais salutar nossa encarnação.

5) Apresentado em sua primeira versão nos últimos dias, o mapa genético conseguirá explicar todas as ocorrências com o ser humano? Qual a influência da hereditariedade no processo reencarnatório?

-   A hereditariedade sempre exercerá grande influência na formação do corpo humano.  É ela quem ditará a conformação dos caracteres físicos, tais como cor da pele, estatura, tipo sanguíneo, etc.  Todavia, existe uma outra influência que exerce igual domínio no  processo reencarnatório: é a resultante dos valores morais do reencarnante. Esses  valores, bons ou maus, estão impressos no perispírito e também influenciam na formação do novo corpo. Há, também, a influência das forças espirituais mais elevadas, que podem interferir na formação do corpo, imprimindo modificações na matéria , de acordo com o mérito do reencarnante.

    Quanto à questão mapa genético,  talvez se poderá explicar muitas ocorrências com o ser humano, porém não todas.  Acredita-se que sempre poderá haver determinadas ocorrências no corpo somático que um mapa genético único  para toda a humanidade não conseguirá explicar. São as decorrentes da questão espiritual individual, como a interferência da lei de ação e reação, por exemplo.

-  Talvez explique o mapa genético físico, o processo de curas em termos de corpo físico  mas o espírito que comanda as ações seria ainda não explicado pelo mapeamento genético e tb terá dificuldade em se explicar as forças intercessórias dos Espíritos mais elevados.

6) Em que consiste a chamada "intercessão espiritual"?

- Consiste no trabalho executado por espíritos de elevada condição evolutiva, no sentido de auxiliar o processo reencarnatório.  Através da intercessão, esses espíritos procuram reequilibrar não só o futuro reencarnante como também os encarnados que deverão com ele conviver na nova etapa carnal, para se harmonizarem ou para resgate num processo expiatório. Através do trabalho intercessório é também definida a formação do novo corpo do reencarnante.


7) Por que a condição de completista é tão rara?

-    Porque ao reencarnar o espírito sofre a influência da vida material e, na maioria das vezes, esquece-se dos compromissos assumidos no plano espiritual.  Deixa-se levar pelos prazeres e interesses materiais, perdendo importantes oportunidades redentoras.

-    Porque raros são os que conseguem aproveitar de forma mais efetiva e maior as encarnações, inclusive quanto à maquina corporal. Nos dizeres de Manassés: "É o título que designa os raros irmãos que aproveitaram todas as possibilidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferecia."

8) Por que a maioria dos espíritos que tem liberdade de influencia no processo reencarnatorio, opta por dificuldades na encarnação?

- Pelo próprio processo de depuramento do espírito, porque já têm uma maior consciência das responsabilidade evolutivas necessárias e , uma vez que na terra , face ao jogo ou importância do aspecto de aparência externa poderia esmagar os missionários do bem; daí a preferência por ocultar a beleza de suas almas.

-     Segundo explica Alexandre, esses espíritos assim procedem para evitarem a influência de paixões terrenas bem com que o magnetismo pessoal lhes possa prejudicar o trabalho a que se propõem na nova encarnação.

9) De que forma o esquecimento do passado nos beneficia durante a vida física?

-     O esquecimento do passado é um providência de Deus sem a qual o objetivo da nova existência poderia se frustrar. No atual nível evolutivo em que nos encontramos, não  estamos, ainda, preparados para saber tudo.  Como estamos num mundo de provas e expiações, isso significa que ainda nos encontramos muito distante da perfeição a que um dia teremos de chegar.

Nossas existências anteriores nos inibiria e, até, nos envergonharia, dificultando nossa caminhada para a frente.  Sem a lei do esquecimento, inimizades pretéritas voltariam à tona, perpetuando-se.  Por isso, o corpo carnal dos habitantes da Terra não comporta uma memória maior que a por nós possuída.  Nos mundos superiores, esse esquecimento é abrandado ou quase não existe, como explicam  os Espíritos Superiores.

Questões surgidas através do Estudo:

A)Seria possível por intermédio de hipnose ou por algum tipo de regressão mental, o acesso a fatos ocorridos em encarnações anteriores?

- Acreditamos que sim. No Brasil inclusive já existe a SBTVP, a Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada (que não tem nenhuma ligação com o Espiritismo, vale ressaltar) agrupando médicos e psicólogos que usam a regressão com fins terapêuticos (se quiser mais detalhes veja
 http://www.sbtvp.com.br/
 ). Inúmeros pesquisadores, desde o século passado até os nossos dias tem feito experiências nesta área. (o livro do Hermínio Miranda chama-se "A memória e o tempo", e é uma referência fundamental para os interessados no assunto)

B) Se isso pode ocorrer, não seria uma contrariedade ao fato de não termos discernimento suficiente (devido ao nosso estado evolutivo) para aceitar qualquer coisa que tenhamos feito no passado?

-    O esquecimento tem causas fisiológicas, psicológicas e "morais", se pudermos dizer assim. Esquecemos devido à mudança de padrão vibratório do perispirito, devido a estarmos reencarnando num corpo "novinho", por ser um mecanismo inconsciente de defesa do ego, por estarmos em contato direto com inimigos passados, etc. etc.Assim, não se trata apenas do estado evolutivo, mas também do estado fisiológico, psicológico e emocional. Mesmo como desencarnados não temos acesso, regra geral, a todas as nossas vivencias anteriores.

Por esses, e outros motivos, é que as primeiras manifestações espirituais acerca do assunto foram contrárias à regressão (Emmanuel, por exemplo se posicionou através de psicografia de Chico Xavier). Mas devemos considerar que há alguns anos atrás não havia mesmo muito controle, e vários "curiosos" se arriscaram a regredir outras pessoas...Hoje a coisa toda está mais controlada, embora ainda sem um aval científico, e a terapia pode ajudar em muitos casos. Em outros, óbvio, é completamente desaconselhada.

C) Existe algum caso de pessoas que se lembram de fatos ocorridos em vidas passadas, seja de forma consciente ou inconsciente?

- Sim, existem. Muitas pessoas tem acesso aos fatos passados através dos sonhos (por isso a psicanálise começou por aí...). Choques (físicos, psicológicos, emocionais) também podem trazer à tona fatos arquivados no inconsciente. A regressão também, já citada (existem inúmeros livros..o Paulo Afonso citou o Brian Weiss, mas antes dele vários pesquisadores já escreveram, tais como a Dr. Moris Netherton e Dr. Helen Wenbach - não espíritas - e Dr. Jorge Andréa, Hernani Guimarães e Maria Júlia e Júlio
Prieto Peres - estes espíritas - entre muitos e muitos outros).

Conhecemos também médiuns que tem, ou tiveram, acesso a suas (e de outras pessoas..) histórias pregressas...

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