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terça-feira, 31 de março de 2015

1-1 => Reunião Mediúnica
Textos retirados de: O Dirigente de Reuniões Mediúnicas - DEPARTAMENTO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA - UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
Tipos de reuniões mediúnicas
De acordo com a apostila Mediunidade  nº 6 da Série Evangelho e Espiritismo, da União Espírita Mineira - temos, basicamente, seis tipos de reuniões mediúnicas. São elas:
1) Reunião de Experimentação de Sensibilidade: destina-se especificamente àqueles que, julgando-se portadores de sensibilidade mediúnica, procuram na Doutrina Espírita uma solução cristã para as dificuldades com as quais se deparam;
2) Reunião de Educação Mediúnica: objetiva preparar e educar os médiuns para o exercício equilibrado de suas faculdades medianímicas, embasando tal exercício no direcionamento evangélico e com a segurança que a Doutrina Espírita proporciona;
3) Reunião Mista de Estudo e Prática Mediúnica: é conhecida como reunião prática, visando aos estudos evangélico-doutrinários e à prática mediúnica;
4) Reunião de Desobsessão: visa a assistir os encarnados e desencarnados através do auxílio evangélico às entidades vinculadas a processos obsessivos individuais ou coletivos;
5) Reunião de Tratamento: tem por finalidade cooperar com os irmãos enfermos, através de tratamento espiritual que será dispensado pela própria espiritualidade. Mesmo apresentando caráter privativo, pode contar com a presença daqueles irmãos a serem assistidos, desde que o local ofereça acomodações adequadas. É necessário ressaltar que nessas reuniões não devem ser tratados os casos de obsessão.
6) Reunião de Orientação: objetiva orientar as criaturas a respeito de problemas cuja complexidade ultrapasse o campo de intervenção do integrante do Grupo. O integrante recorrerá, assim, a uma orientação espiritual em favor da pessoa carente.
Preparação para o trabalho
As assembléias eram dominadas por ascendentes profundos de amor espiritual. A solidariedade estabelecera-se com fundamentos divinos. (...) A união de pensamentos em torno de um só objetivo dava ensejo a formosas manifestações de espiritualidade. Em noites determinadas havia fenômenos de vozes diretas. A instituição de Antioquia foi um dos raros centros apostólicos onde semelhantes manifestações chegaram a atingir culminância indefinível. A fraternidade reinante justificava essa concessão do céu.
Analisando a anotação de Emmanuel ao se referir à Igreja de Antioquia, fundada nos tempos apostólicos, podemos depreender que todo trabalho do bem recebe o incentivo dos Espíritos Superiores, desde que as mínimas condições se estabeleçam. As manifestações chegaram a atingir a culminância indefinível, em virtude da fraternidade reinante e do estabelecimento da solidariedade com fundamentos divinos, a justificarem a concessão do céu, ensejando formosas manifestações de espiritualidade.
Para que ocorra a adesão dos benfeitores espirituais no desempenho das tarefas mediúnicas, necessário se faz que busquemos um ambiente harmonioso sustentado pela prece, a fim de possibilitar um clima propício, que justifique a concessão do céu. Nesse sentido, destacamos do livro Desobsessão e da apostila Mediunidade, publicada pela União Espírita Mineira, as seguintes recomendações com relação ao preparo para a reunião, tendo em vista a perspectiva física, espiritual e pessoal.
Sob o ponto de vista físico, é relevante destacar os seguintes aspectos:
· local adequado e reservado;
· sala despida de quaisquer ornamentos e objetos estranhos à reunião;
· obras da Codificação e subsidiárias de caráter evangélico-doutrinário;
· limpeza e simplicidade;
· mesa, cadeiras ou bancos para acomodação;
· evitar o recinto às escuras.
· abolir o uso de velas, defumadores, vestimentas especiais ou quaisquer objetos e apetrechos que recordem rituais e amuletos, símbolos e ídolos de qualquer espécie.
Sob o ponto de vista espiritual, requerem-se os seguintes procedimentos:
· silêncio (nada de vozerio, tumulto, gritos, gargalhadas tanto ao chegar ao recinto, quanto ao terminar o trabalho);
· dirigente prático instruído doutrinariamente;
· pontualidade na abertura e fechamento dos trabalhos;
· assiduidade;
· preces curtas;
· leituras preparatórias;
· médiuns educados;
· conversação edificante no ambiente para os que chegarem mais cedo e ao término da reunião;
· ao se dirigir à casa espírita para a reunião, evitar a dispersão de forças em visitas, mesmo
rápidas, mas impróprias, a locais vizinhos, sejam casas particulares ou restaurantes públicos;
· manter discrição, evitando-se o comentário acerca dos acontecimentos verificados durante a reunião, em respeito às entidades atendidas.
No desenrolar de uma reunião mediúnica, é aconselhável que nos mantenhamos com propósitos dignos e cristãos. Nesse sentido, o livro Memórias de um Suicida assinala que é dever do cristão honesto e sério, calar paixões e desejos impuros. Quando estiver no local de trabalho onde se consagrará o sublime mistério da confraternização entre mortos e vivos, deve o cristão escudar-se na boa-vontade para dominar tais paixões e desejos reeducando-se diariamente.
Como sabemos, toda plantação requer uma colheita. Para tanto, recomenda-nos Yvonne Pereira, que é necessário não só termos precauções com as mais dignas atitudes, chamando os pensamentos mais sadios, como também esquecermos mágoas, preocupações subalternas elevando bem alto o padrão dos sentimentos caridosos no intento de beneficiação ao próximo.
Caso nos esqueçamos desse procedimento, nossas ações serão vazias, levianas, não se inserindo nos padrões cristãos. Assim, cumularemos, de acordo com Yvonne Pereira, responsabilidades gravíssimas, as quais pesarão amargamente na consciência, em dias futuros.
Sob o ponto de vista pessoal, é necessário ressaltar o serviço de harmonização preparatória, segundo a orientação de André Luiz. O autor espiritual recomenda quinze minutos de prece, quando não sejam de palestra ou leitura com elevadas bases morais. Tal prática é justificada, pois os participantes do grupo mediúnico não devem abordar o mundo espiritual sem a atitude nobre e digna que lhes outorgará a possibilidade de atrair companhias edificantes. Por esse motivo, eles não devem comparecer sem trazer ao campo que lhes é invisível as sementes do melhor que possuem.
Em se tratando das sementes do melhor que possuímos, são apresentadas quais sejam:
· moralidade;
· estudo e trabalho;
· dedicação ao bem;
· vigilância quanto às companhias;
· conversações edificantes;
· oração e vigilância;
· evitar rusgas e discussões;
· alimentação leve e moderada;
· abster-se do uso de álcool, fumo, carne, café, condimentos;
· meditação;
· superação de impedimentos;
· disposição física e mental.
Gostaríamos de enfatizar também a importância do estudo, da meditação e do preparo do ambiente para o desenvolvimento de uma reunião mediúnica. Yvonne Pereira exemplifica tal importância, ao examinar a condição de um varão idoso, absorvido na leitura de um manual de filosofia transcendental, o que o empolgava, pois, de fato, estava concentrado nos pensamentos que ia captando das páginas sábias. Essa concentração possibilitava a irradiação de sua fronte de fagulhas luminosas que muito o recomendavam no conceito do Invisível. Tudo indicava compreender ele a responsabilidade dos trabalhos daquela noite, que sobre seus ombros também pesavam, e, por isso, preparava-se a tempo, estabelecendo correntes harmoniosas entre si próprio e seus diletos amigos espirituais. Era o diretor terreno da casa.
As qualidades apresentadas até o momento, necessárias ao tarefeiro da mediunidade, representam a meta que deverá ser alcançada por todos nós. Entretanto, sabemos que são muitas as dificuldades morais que nos envolvem, dificultando, ainda, uma caminhada sem tropeços e quedas. Sendo assim, é necessário recordar a orientação evangélica para não desistirmos de trabalhar pela nossa melhoria espiritual, pois reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.26 O apóstolo Paulo, no versículo 9 do capítulo 6 de sua epístola aos Gálatas - já apontava a atitude de não desanimarmos de fazer o bem, porque, a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Ao interpretar essa passagem, Emmanuel esclarece que:
A perseverança é a base da vitória.
Não olvides que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita se caminhares para diante, entre o suor e a confiança, sem nunca desfaleceres.

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