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quinta-feira, 12 de março de 2015

4 - OS CAMINHOS DE INICIAÇÃO 2ª PARTE
Geese

O conhecimento (3ª vertente)
E, vendo-os fatigados a remar, porque o vento lhes era contrário, pela quarta vigília da noite, foi ter com eles, andando sobre o mar; e queria passar-lhes adiante; (...) mas ele imediatamente falou com eles e disse-lhes: Tende ânimo; sou eu; não temais. (Marcos, 6:48-50)
Para nós, ocidentais, mais difícil é a caracterização da prática iogue, pois conhecemos manifestações muito parciais e limitadas das escolas iogues.
O mais comum é associar a palavra ioga com a prática de exercícios de postura corporal ou relaxamento. Às vezes, pensamos nos sábios tibetanos, ou na liderança religiosa representada pelo conhecido Dalai Lama.
As várias correntes iogues têm em comum a busca da compreensão do todo: da Criação e do Criador. O seguidor deste caminho amplia seu intelecto e seus poderes mentais pela prática da peregrinação, pelo diálogo com discípulos, pelos exercícios de interação com o mundo invisível, utilizando os poderes da mente, dominando os recursos dos corpos fluídicos, meditando em desdobramento astral para alcançar a vidência da sucessão das eras e do encadeamento das forças naturais.
Em busca da Verdade, lança-se à compreensão dos limites da matéria, do seu corpo e da própria mente, tentando superá-los, por isso às vezes o iogue é confundido com o faquir, mas seus objetivos são bem outros. Ao interpretar a ação superior e as causas primárias, seus ensinamentos podem ser confundidos com os do monge, mas o esforço do iogue volta-se para a ampliação da mente e para a compreensão da intenção criadora, ao passo que o monge não ousa questionar as razões do Criador.
Mestres e discípulos
Nos três modelos de escolas aqui apresentados, é interessante analisar qual é o papel do mestre. Para o discípulo de faquir, seu mestre é o exemplo a ser imitado. Não há propriamente um processo de ensino: há o fazer e sua repetição. Para o discípulo de monge, seu mestre é um representante da vontade superior, portanto seu aprendizado constitui-se na prática da obediência. Ao obedecer às regras do mosteiro e dos superiores, aprende a obediência à vontade divina e alimenta a força de sua fé. Já o discípulo de iogue assume que a própria mente de seu mestre é o seu caminho de vida. Os pensamentos e as lições dele aprendidos constituem luz para seus próprios pensamentos, até o momento em que ele se sente em condições de conduzir sua própria escola e contribuir ele próprio para disseminar a Verdade.
Renúncia
Nesses três modelos, o iniciado renuncia a tudo o que é da vida comum: propriedades, relações familiares e sentimentais, lar, amigos etc. O primeiro passo em seu caminho de iniciação é o rompimento com a vida passada.
A partir daí, mergulha em um novo ambiente ou novas condições de vida, onde está completamente cercado de valores que reforçam sua escolha, a ponto de que esta seja irreversível.
Duração das iniciações
As práticas iniciáticas destes três modelos são exigentes e prolongadas, relativamente à duração de uma encarnação.
Assim, é muito raro que o iniciado que alcançou iluminação em um dos modelos, ao reconhecer que lhe faltam as conquistas espirituais próprias dos outros caminhos, tenha tempo disponível e vitalidade para iniciar um novo processo de iniciação, desencarnando antes de alcançar a iluminação integral.
No próximo artigo nos aprofundaremos no entendimento de outras Escolas Iniciáticas.

O TREVO - SETEMBRO 2009
ESCOLA DE APRENDIZES

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