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terça-feira, 17 de março de 2015

5 -- UM OUTRO CAMINHO INICIÁTICO 1ª PARTE
Geese
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve (Mt 11:30)
Em artigos anteriores vimos que o homem que deseja apressar a sua trajetória evolutiva pode contar com a ajuda de escolas de iniciação espiritual.
Dentre as diversas escolas que já existiram e existem em nosso planeta, delineamos três grandes vertentes de possibilidades: escolas da ação (faquires), da devoção (monges) e do discernimento (iogues). Esses caminhos embora sejam muito bons em diversos aspectos, não são bastante flexíveis, não se ajustam ao nosso atual modo de vida e exigem um alto preço inicial: o abandono completo de seu convívio social e imersão num ambiente místico que lhe lembra a todo instante que está realizando esforços para atingir a sua iluminação.
Felizmente, em séculos recentes, tem surgido uma outra vertente que comporta diversas escolas iniciáticas.
Esta vertente, o caminho alternativo, não pede que uma pessoa se retire do mundo, não exige que abandone tudo aquilo de que tinha vivido até então, como ocorre nos outros três caminhos.
Mas é preciso estar preparado para entrar no caminho alternativo  o quarto caminho  e essa preparação deve ser adquirida no dia a dia. Além disso, o homem que quer seguir uma escola dessa vertente deve reunir, em sua vida, condições favoráveis ao trabalho evolutivo. Uma característica dessas escolas de iniciação espiritual é que elas devem ser encontradas.
É o primeiro teste. E é difícil, porque esta é uma senda que está muito longe de ser conhecida, tanto quanto os três caminhos tradicionais. Numerosas são as pessoas que nunca ouviram falar dela, numerosas são as que simplesmente negam sua existência.
No entanto, o início do caminho alternativo é mais fácil que o início dos caminhos da ação, da devoção e do discernimento. É possível ingressar nesse outro caminho e avançar nele enquanto continuamos ocupados com as tarefas ordinárias nas condições de vida habituais, sem romper as relações com as pessoas. Esta vertente não exige o isolamento. Ao contrário, as condições de vida em que um homem se encontra colocado, quando empreende o trabalho da escola são as melhores possíveis para ele, pelo menos no início, pois elas lhe são naturais. Elas são esse próprio homem, porque a vida de um homem e suas condições correspondem ao que ele é. A vida criou-se à sua medida; por conseguinte, quaisquer outras condições seriam artificiais e, nesse caso, o trabalho da escola não poderia tocar imediatamente todos os ângulos de seu ser.
Assim, o caminho alternativo atinge todos os aspectos do ser humano simultaneamente. É um trabalho imediato sobre o corpo físico, as emoções e a mente ao mesmo tempo. O adepto do caminho da ação trabalha quase que exclusivamente sobre o corpo físico, o devoto sobre o corpo astral, e o iogue sobre o corpo mental. Quando atingem a iluminação no seu campo de atuação, o faquir, o religioso e o iogue deixam para trás muitas tarefas inacabadas e não podem utilizar o que alcançaram, porque não dominam todas as suas funções. O faquir é dono de seu corpo, mas não tem domínio de suas emoções nem de seu pensamento; o devoto é senhor de suas emoções, mas não de seu corpo nem de seu pensamento; o iniciado nas escolas da mente é senhor de seu pensamento, mas não de seu corpo nem de suas emoções (lembrando que esta nomenclatura é conceitual, esses caminhos não se apresentam como escolas de forma pura no mundo real, conforme nossos artigos anteriores).
Na próxima edição haverá a continuidade deste artigo.
O TREVO - OUTUBRO 2009
ESCOLA DE APRENDIZES

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