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domingo, 16 de outubro de 2016

DIFERENÇAS

 D. Villela


 Quando ainda pouco amadurecido, o espírito é naturalmente inseguro, por vezes também agressivo, constituindo a família e o clã suas experiências iniciais de convivência e trabalho em grupo. Nessa fase, tudo o que não lhe seja conhecido ou semelhante será considerado perigoso ou inferior.

Tal postura de rejeição deu origem a concepções infundadas de base puramente material, como a nobreza de sangue ou a superioridade de raça, esta utilizada por demagogos e ditadores até no século XX para justificarem suas arbitrariedades.

Já há muitas décadas a falsidade daquelas suposições foi demonstrada pela Ciência, cujas recentes conquistas no campo da Biologia mais acentuaram o fato de serem todos os seres humanos basicamente iguais em termos físicos, representando as diferenças de aparência percentual mínimo em nossa bagagem genética, circunstância, aliás, que possibilita a eficácia da medicina, pois a intervenção cirúrgica, a redução da fratura ou a transfusão de sangue nada têm que ver com a cor dos olhos ou o tipo de pele das pessoas.

O contato entre indivíduos de diferentes povos  raro no passado  foi aos poucos se intensificando, o que permitiu verificar-se, já há muito tempo, a existência de aspirações comuns a todos, independentemente de época e lugar, como a saúde, a segurança e o bem-estar físico e moral, expresso este em relações afetivas sinceras e estáveis e nos sentimentos de autoestima e autorrealização. Constatava-se, assim, que além da constituição física, quase idêntica, os seres humanos apresentavam também profundas semelhanças morais. Natureza e comportamento contribuíam para corroborar a tese religiosa de que somos criaturas irmãs pela nossa filiação divina.

Sendo também religião e defendendo, portanto, a igualdade essencial de todos os homens, o Espiritismo, como as demais doutrinas reencarnacionistas, mostra que em suas sucessivas experiências na matéria o espírito renasce em locais e contextos sociais os mais diversos, oferecendo desta forma mais um poderoso argumento contra qualquer tipo de discriminação.

O Movimento Espírita mostrou-se desde o início coerente com esse posicionamento, acolhendo trabalhadores sem distinção de raça, sexo, idade ou condição social, mas sinceramente interessados no estudo doutrinário e na melhoria de si mesmos, dispostos a cooperar na construção de um mundo melhor no qual todos se sintam realmente irmãos, integrantes da grande família humana.

O Livro dos Espíritos (questões 52 a 54).

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Edição 2253 Outubro 2015


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