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terça-feira, 18 de outubro de 2016

O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


Estudo #13

Capítulo IV – Sistemas


Estranhos fenômenos do Espiritismo começaram a se produzir e suscitaram dúvidas sobre a sua realidade e mais ainda sobre a sua causa.


Quando averiguados por testemunhos irrecusáveis e através de experiência que todos puderam fazer, acontece que cada um os interpretou a seu modo de acordo com suas crenças, idéias pessoais e seus preconceitos, surgindo daí diversos sistemas, que eram uma tentativa de explicar os fenômenos.


Os adversários do Espiritismo logo perceberam as divergências de opinião e aproveitaram para dizer que os próprios espíritas não concordavam entre si.


A medida que os fatos se completam e são melhor observados, as idéias prematuras se desfazem e a unidade de opinião se estabelece, quando não sobre os detalhes, pelo menos sobre os pontos fundamentais.


Foi exatamente dessa maneira que aconteceu com o Espiritismo, que não podia escapar a essa lei comum e que devia mesmo, por sua natureza, prestar-se ainda mais à diversidade de opiniões.


Nesse sentido o seu avanço foi bem mais rápido que o de ciências mais antigas, como a Medicina por exemplo.


Seguindo uma ordem progressiva de idéias, de maneira metódica, convém colocar em primeiro os chamados sistemas negativos dos adversários do Espiritismo.


Os fenômenos espíritas são de duas espécies: os de efeitos físicos e os de efeitos inteligentes. Não admitindo a existência dos Espíritos, por não admitirem nada além da matéria compreende-se que eles neguem os efeitos inteligentes.


Quanto aos efeitos físicos, eles os comentam à sua maneira e seus argumentos podem ser resumidos nos quatro sistemas seguintes.


Sistema do Charlatanismo:
Muitos dos antagonistas atribuem esses efeitos à esperteza, pela razão de alguns terem sido imitados.


Essa suposição transformaria todos os espíritas em mistificados e todos os médiuns em mistificadores, sem consideração pela posição, ou caráter, o saber e a honorabilidade das pessoas.


Sistema de Loucura:


Alguns, por condescendência, querem afastar a suspeita de fraude e pretendem que os que não enganam são enganados por si mesmos, o que equivale a chamá-los de imbecis.


Quando os incrédulos são menos maneirosos, dizem simplesmente que se trata de loucura, atribuindo-se sem cerimônias o privilégio do bom senso. Essa forma de crítica se tornou ridícula pela sua própria leviandade e não merece que se perca tempo em refutá-la.


Sistema de Alucinação:


Outra opinião, menos ofensiva porque tem um leve disfarce científico, consiste em atribuir os fenômenos a uma ilusão dos sentidos. Assim o observador seria de muita boa fé, mas creria ver o que não vê.


Quando vê uma mesa levantar-se e permanecer no ar sem qualquer apoio, a mesa nem se moveu. Ele a vê no espaço por uma ilusão ou por um efeito de refração, como o que nos faz ver um astro ou um objeto na água, deslocado de sua verdadeira posição.


Sistema do Músculo Estalante:


Se assim fosse no que toca à visão, não seria diferente para o ouvido, mas quando os golpes são ouvidos por toda uma assembléia, não se pode razoavelmente atribuí-los à ilusão. Afastamos aqui qualquer idéia de fraude, considerando uma observação atenta em que se tenha constatado que não havia nenhuma causa fortuita ou material. Um sábio médico deu ao caso uma explicação decisiva, segundo pensava: "a causa, disse ele, está nas contrações voluntárias ou involuntárias do tendão muscular do pequeno perônio" e, depois de tentar explicar as minúcias anatômicas da produção dos estalos, acaba concluindo que os que ouvem os golpes numa mesa são vítimas de uma mistificação ou de uma ilusão. Segundo A. Kardec, é uma explicação apressada que o homem de ciência dá sobre o que não conhece, mas que os fatos podem desmentir.


Bibliografia:

  • Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns,


  • Kardec, Allan - O que é o Espiritismo.
Elisabeth Maciel

Agosto / 2002

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