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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

ESTUDO *CAPÍTULO I - CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA - (ITENS DE 11 À 18)*

*ESTUDO* 

*CAPÍTULO I - CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA - (ITENS DE 11 À 18)*


11. - Importante revelação se opera na época atual e mostra a possibilidade de nos comunicarmos com os seres do mundo espiritual. Não é novo, sem dúvida, esse conhecimento; mas ficara até aos nossos dias, de certo modo, como letra morta, isto é, sem proveito para a Humanidade A ignorância das leis que regem essas relações o abafara sob a superstição; o homem era incapaz de tirar daí qualquer dedução salutar; estava reservado à nossa época desembaraçá-lo dos acessórios ridículos, compreender-lhe o alcance e fazer surgir a luz destinada a clarear o caminho do futuro.

12. - O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivíamos sem o suspeitarmos, assim como as leis que o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte, é uma verdadeira revelação, na acepção científica da palavra.

13. - Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Participa da primeira, porque foi providencial o seu aparecimento e não o resultado da iniciativa, nem de um desígnio premeditado do homem; porque os pontos fundamentais da doutrina provêm do ensino que deram os Espíritos encarregados por Deus de esclarecer os homens acerca de coisas que eles ignoravam, que não podiam aprender por si mesmos e que lhes importa conhecer, hoje que estão aptos a compreendê-las. Participa da segunda, por não ser esse ensino privilégio de indivíduo algum, mas ministrado a todos do mesmo modo; por não serem os que o transmitem e os que o recebem seres passivos, dispensados do trabalho da observação e da pesquisa, por não renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio; porque não lhes é interdito o exame, mas, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os Espíritos lhe põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações. Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.

14. - Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as conseqüências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não apresentou como hipóteses a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; concluiu pela existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos, procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios. Não foram os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas.

15. - Citemos um exemplo. Passa-se no mundo dos Espíritos um fato muito singular, de que seguramente ninguém houvera suspeitado: o de haver Espíritos que se não consideram mortos. Pois bem, os Espíritos superiores, que conhecem perfeitamente esse fato, não vieram dizer antecipadamente: «Há Espíritos que julgam viver ainda a vida terrestre, que conservam seus gostos, costumes e instintos.» Provocaram a manifestação de Espíritos desta categoria para que os observássemos. Tendo-se visto Espíritos incertos quanto ao seu estado, ou afirmando ainda serem deste mundo, julgando-se aplicados às suas ocupações ordinárias, deduziu-se a regra. A multiplicidade de fatos análogos demonstrou que o caso não era excepcional, que constituía uma das fases da vida espírita; pode-se então estudar todas as variedades e as causas de tão singular ilusão, reconhecer que tal situação é sobretudo própria de Espíritos pouco adiantados moralmente e peculiar a certos gêneros de morte; que é temporária, podendo, todavia, durar semanas, meses e anos. Foi assim que a teoria nasceu da observação. O mesmo se deu com relação a todos os outros princípios da doutrina.

16. - Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do principio espiritual. Ora, como este último principio é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o principio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro. O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo.

17. - Todas as ciências se encadeiam e sucedem numa ordem racional; nascem umas das outras, à proporção que acham ponto de apoio nas idéias e conhecimentos anteriores. A Astronomia, uma das primeiras cultivadas, conservou os erros da infância, até ao momento em que a Física veio revelar a lei das forças dos agentes naturais; a Química, nada podendo sem a Física, teve de acompanhá-la de perto, para depois marcharem ambas de acordo, amparando-se uma à outra. A Anatomia, a Fisiologia, a Zoologia, a Botânica, a Mineralogia, só se tornaram ciências sérias com o auxílio das luzes que lhes trouxeram a Física e a Química. À Geologia nascida ontem, sem a Astronomia, a Física, a Química e todas as outras, teriam faltado elementos de vitalidade; ela só podia vir depois daquelas.

18. - A Ciência moderna abandonou os quatro elementos primitivos dos antigos e, de observação em observação, chegou à concepção de um só elemento gerador de todas as transformações da matéria; mas, a matéria, por si só, é inerte; carecendo de vida, de pensamento, de sentimento, precisa estar unida ao principio espiritual. O Espiritismo não descobriu, nem inventou este princípio; mas, foi o primeiro a demonstrar-lhe, por provas inconcussas, a existência; estudou-o, analisou-o e tornou-lhe evidente a ação. Ao elemento material, juntou ele o elemento espiritual. Elemento material e elemento espiritual, esses os dois princípios, as duas forças vivas da Natureza. Pela união indissolúvel deles, facilmente se explica uma multidão de fatos até então inexplicáveis.(1) O Espiritismo, tendo por objeto o estudo de um dos elementos constitutivos do Universo, toca forçosamente na maior parte das ciências; só podia, portanto, vir depois da elaboração delas; nasceu pela força mesma das coisas, pela impossibilidade de tudo se explicar com o auxílio apenas das leis da matéria.

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(1) A palavra elemento não é empregada aqui no sentido de corpo simples, elementar, de moléculas primitivas, mas no de parte constitutiva do um todo. Neste sentido, pode dizerse que o elemento espiritual tem parte ativa na economia do Universo, como se diz que o elemento civil e o elemento militar figuram no cálculo de uma população; que o elemento religioso entra na educação; ou que na Argélia existem o elemento árabe e o elemento europeu.




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*QUESTÕES PARA ESTUDO* 

*CAPÍTULO I - CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA - (ITENS DE 11 À 18)*

*POR QUE O ESPIRITISMO PODE SER CONSIDERADO UMA REVELAÇÃO CIENTÍFICA?*

R.: - Além de uma revelação divina, o Espiritismo é também uma revelação científica por terem seus ensinamentos sido recebidos através de um trabalho de observação e de pesquisa realizado por Allan Kardec. Sua doutrina não foi ditada completa nem impingida como crença cega. Ao contrário, é deduzida pelo trabalho de observação dos fatos, tendo se submetido à experimentação os ensinamentos e instruções que os Espíritos Superiores transmitiram. Caracteriza-se, ainda, como revelação científica, por dar a conhecer à humanidade o mundo invisível que a cerca e no meio do qual vive sem que o suspeitasse, assim como as leis que o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte. É, portanto, uma verdadeira revelação, na acepção científica da palavra.


*QUAL O CARÁTER DIVINO DA REVELAÇÃO ESPÍRITA?*

R.: - O Espiritismo é uma revelação divina por ter o seu surgimento resultado da ação da Providência de Deus e não da iniciativa ou desígnio de um homem. Os seus ensinamentos foram dados a conhecer pelos Espíritos Superiores, sob a égide de Jesus e encarregados por Deus de esclarecer os homens sobre coisas que eles ignoravam e que não tinham condições de aprender por si mesmos.


*HÁ SEMELHANÇA ENTRE O MÉTODO DE ELABORAÇÃO DO ESPIRITISMO E DAS CIÊNCIAS POSITIVAS?*

R.: - O método de elaboração utilizado por Kardec para codificar o Espiritismo foi exatamente o mesmo que é usado pelas ciências positivas. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas, são observados, comparados, analisados e, remontando dos efeitos às causas, chega-se à lei que os rege. Depois, deduz-lhes as conseqüências e busca as aplicações úteis. Não foram, portanto, os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria. A teoria é que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação, elaborado pelo mesmo método experimental, que se aplica não apenas à matéria, mas, igualmente, às questões metafísicas.


*QUAL A IMPORTÂNCIA DESTAS CIÊNCIAS PARA O ADVENTO DO ESPIRITISMO?*

R.: - O Espiritismo e as Ciências positivas se completam reciprocamente. Sem os conhecimentos trazidos pelo Espiritismo, a Ciência acha-se impossibilitada de explicar certos fenômenos, utilizando-se apenas as leis da matéria. O Espiritismo, por sua vez, sem a Ciência, não encontraria apoio nem comprovação para muitos dos fenômenos que explica. Por essa razão, o estudo das leis da matéria tinha que preceder o das leis que regem o mundo espiritual, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos.

O Espiritismo, tendo por objeto o estudo de um dos elementos constitutivos do Universo, toca forçosamente na maior parte das ciências. Só podia, portanto, vir depois da elaboração delas, pela força mesma das coisas e pela impossibilidade de tudo se explicar com o auxílio apenas das leis da matéria.




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*CONCLUSÃO DO ESTUDO* 

*CAPÍTULO I - CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA - (ITENS DE 11 À 18)*


É antigo o conhecimento da possibilidade de nos comunicarmos com os seres do mundo espiritual. No entanto, até o surgimento do Espiritismo, esse conhecimento ficou sem proveito para a Humanidade. A ignorância das leis que regem as relações entre esses dois planos levou o homem à superstição, incapaz de tirar daí qualquer dedução salutar. Estava reservado ao Espiritismo desembaraçá-lo de crenças ridículas, fazendo surgir a luz destinada a clarear-lhe o caminho do futuro. Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: divino e científico. Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.

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