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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O CÉU E O INFERNO 006-1a. parte/Capítulo III: O Céu (itens 12 a 18) - Resumo

O CÉU E O INFERNO 006

1a. parte/Capítulo III: O Céu (itens 12 a 18) - Resumo

12. - A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade contemplativa, que seria, como temos dito multas vezes, uma eterna e fastidiosa inutilidade. A vida espiritual em todos os seus graus é, ao contrário, uma constante atividade, mas atividade isenta de fadigas.

A suprema felicidade consiste no gozo de todos os esplendores da Criação, que nenhuma linguagem humana jamais poderia descrever, que a imaginação mais fecunda não poderia conceber. Consiste também na penetração de todas as coisas, na ausência de sofrimentos físicos e morais, numa satisfação intima, numa serenidade d_alma imperturbável, no amor que envolve todos os seres, por causa da ausência de atrito pelo contacto dos maus, e, acima de tudo, na contemplação de Deus e na compreensão dos seus mistérios revelados aos mais dignos. A felicidade também existe nas tarefas cujo encargo nos faz felizes. 

13. - As atribuições dos Espíritos são proporcionais ao seu progresso, às luzes que possuem, às suas capacidades, experiência e grau de confiança inspirada ao Senhor soberano. Nem favores, nem privilégios que não sejam o prêmio ao mérito; tudo é medido e pesado na balança da estrita justiça. As missões mais importantes são confiadas somente àqueles que Deus julga capazes de as cumprir e incapazes de desfalecimento ou comprometimento. E enquanto que os mais dignos compõem o supremo conselho, sob as vistas de Deus, a chefes superiores é cometida a direção de turbilhões planetários, ê a outros conferida a de mundos especiais. Vêm, depois, pela ordem de adiantamento e subordinação hierárquica, as atribuições mais restritas dos prepostos ao progresso dos povos, à proteção das famílias e indivíduos, ao impulso de cada ramo de progresso, às diversas operações da Natureza até aos mais ínfimos pormenores da Criação. Neste vasto e harmônico conjunto há ocupações para todas as capacidades, aptidões e esforços; ocupações aceitas com júbilo, solicitadas com ardor, por serem um meio de adiantamento para os Espíritos que ao progresso aspiram.

14. - Ao lado das grandes missões confiadas aos Espíritos superiores, há outras de importância relativa em todos os graus, concedidas a Espíritos de todas as categorias, podendo afirmar-se que cada encarnado tem a sua, isto é, deveres a preencher a bem dos seus semelhantes, desde o chefe de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos germens de progresso. É nessas missões secundárias que se verificam desfalecimentos, prevaricações e renúncias que prejudicam o indivíduo sem afetar o todo.

15. - Todas as inteligências concorrem, pois, para a obra geral, qualquer que seja o grau atingido, e cada uma na medida das suas forças, seja no estado de encarnação ou no espiritual. Por toda parte a atividade. Assim se estabelece a solidaridade entre o mundo espiritual e o corporal, ou, em outros termos, entre os homens e os Espíritos, entre os Espíritos libertos e os cativos. Por toda parte, a vida e o movimento: nenhum canto do infinito despovoado, nenhuma região que não seja incessantemente percorrida por legiões inumeráveis de Espíritos radiantes, invisíveis aos sentidos grosseiros dos encarnados. Das qualidades do indivíduo depende-lhe a felicidade, e não do estado material  do meio em que se encontra, podendo a felicidade, portanto, existir em qualquer parte  onde haja Espíritos capazes de a gozar. Nenhum lugar lhe é circunscrito e assinalado no Universo.

16. - Entretanto, a felicidade não é pessoal: Se a possuíssemos somente em nós mesmos, sem poder reparti-la com outrem, ela seria tristemente egoísta. Também a encontramos na comunhão de idéias que une os seres simpáticos. Os Espíritos felizes, atraindo-se pela similitude de gestos e sentimentos, formam vastos agrupamentos ou famílias homogêneas. 

17. - Posto que os Espíritos estejam por toda parte, os mundos são de preferência os seus centros de atração, em virtude da analogia existente entre eles e os que os habitam. Em torno dos mundos adiantados abundam Espíritos superiores, como em torno dos atrasados pululam Espíritos inferiores. Cada globo tem, de alguma sorte, sua população própria de Espíritos encarnados e desencarnados, alimentada em sua maioria pela encarnação e desencarnação dos mesmos. 

18. - Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu? Em toda parte. Nenhum contorno lhe traça limites. Os mundos adiantados são as últimas estações do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vícios interditam. Ante este quadro grandioso que povoa o Universo, que dá a todas as coisas da Criação um fim e uma razão de ser, quanto é pequena e mesquinha a doutrina que circunscreve a Humanidade a um ponto imperceptível do Espaço. Como é desesperadora a perspectiva dos eleitos votados à contemplação perpétua, enquanto a maioria das criaturas padece tormentos sem-fim! Como lacera os corações sensíveis a idéia dessa barreira entre mortos e vivos! As almas ditosas, dizem, só pensam na sua felicidade, como as desgraçadas, nas suas dores. Admira que o egoísmo reine sobre a Terra quando no-lo mostram no Céu? Entre duas doutrinas, das quais uma amesquinha e a outra exalta os atributos de Deus; das quais uma só está em desacordo e a outra em harmonia com o progresso; das quais uma se deixa ficar na retaguarda enquanto a outra caminha, o bom-senso diz de que lado está a verdade. Que, confrontando-as, consulte cada qual a consciência, e uma voz íntima lhe falará por ela. Pois bem, essas aspirações íntimas são a voz de Deus, que não pode enganar os homens. Antes de a Ciência ter revelado aos homens as forças vivas da Natureza, a constituição dos astros, o verdadeiro papel da Terra e sua formação, poderiam eles compreender a imensidade do Espaço e a pluralidade dos mundos? Antes de a Geologia comprovar a formação da Terra, poderiam os homens tirar-lhe o inferno das entranhas e compreender o sentido alegórico dos seis dias da Criação? Antes de a Astronomia descobrir as leis que regem o Universo, poderiam compreender que não há alto nem baixo no Espaço, que o céu não está acima das nuvens nem limitado pelas estrelas? Poderiam   identificar-se com a vida espiritual antes dos progressos da ciência psicológica? conceber depois da morte uma vida feliz ou desgraçada, a não ser em lugar circunscrito e sob uma forma material? Não; compreendendo mais pelos sentidos que pelo pensamento, o Universo era muito vasto para a sua concepção; era preciso restringi-lo ao seu ponto de vista para alargá-lo mais tarde. 

Questões para estudo:

Neste capítulo Kardec mostra as atribuições dos espíritos superiores, os considerados _anjos_, e como a atividade e o progresso estão presentes em todas os níveis da evolução, concluindo o capítulo 3 contrapondo a Doutrina Espírita às outras idéias existentes sobre o _céu_.

1) Quais tipos de atividades estão reservadas aos espíritos conforme estes evoluem?

2) Por que podemos afirmar que todos os espíritos concorrem para a evolução e para o equilíbrio?

3) Os espíritos podem falhar em suas missões? Isto pode comprometer o equilíbrio geral?

4) Por que as revelações científicas devem, normalmente, preceder às revelações espirituais?

Conclusão:

Questões para estudo:

1) Quais tipos de atividades estão reservadas aos espíritos conforme estes evoluem?

As atribuições dos Espíritos são proporcionais ao seu progresso. As missões mais importantes são confiadas somente àqueles capazes de as cumprir e incapazes de desfalecimento ou comprometimento. Os mais dignos compõem o supremo conselho, sob as vistas de Deus; chefes superiores se responsabilizam pela direção de planetas; depois, pela ordem de adiantamento e subordinação hierárquica, as atribuições mais restritas dos prepostos ao progresso dos povos, à proteção das famílias e indivíduos, ao impulso de cada ramo de progresso, às diversas operações da Natureza até aos mais ínfimos pormenores da Criação.

Cada espírito encarnado tem a sua missão, isto é, deveres a preencher a bem dos seus semelhantes, desde o chefe de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos germens de progresso. 

2) Por que podemos afirmar que todos os espíritos concorrem para a evolução e para o equilíbrio?

Todas as inteligências concorrem para a obra geral, qualquer que seja o grau atingido, e cada uma na medida das suas forças, seja no estado de encarnação ou no espiritual. Em toda a parte existe atividade. Em toda parte, a vida e o movimento: nenhum canto do infinito despovoado, nenhuma região que não seja incessantemente percorrida por legiões inumeráveis de Espíritos radiantes, invisíveis aos sentidos grosseiros dos encarnados. 

3) Os espíritos podem falhar em suas missões? Isto pode comprometer o equilíbrio geral?

Sim, nas missões secundárias, mais limitadas, podem se verificar desfalecimentos, abandonos, renúncias que prejudicam o indivíduo sem afetar o todo. O equilíbrio geral não pode depender de um ou outro espírito, e nas missões críticas, se um falha outro assume seu posto. O próprio codificador questionou aos espíritos o que aconteceria se ele falhasse, sendo informado que outros estariam preparados para assumir a tarefa.

4) Por que as revelações científicas devem, normalmente, preceder às revelações espirituais? 

Porque a Ciência possibilita uma compreensão racional e aceitável de fatos que se tornam base para um entendimento mais amplo, no aspecto espiritual. Kardec cita, no texto, a necessidade de evolução da Astronomia, por exemplo, para que as revelações espirituais sobre céu e inferno pudessem ser compreendidas sem as alegorias apresentadas pelas religiões. Neste nosso século XXI observemos que o progresso nas áreas da Genética, da Física, da Psicologia, preparam o caminho para uma compreensão espiritual da vida, mostrando a grandeza e a profundidade da criação.

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