DESTINAÇÃO
DIVINA
01 - APEGO AOS BENS MATERIAIS.
Narra-se que um caçador, em terras
canadenses, surpreendeu certo dia um ninho de águias, construído em rocha alta,
nas vizinhanças da cabana onde se abrigava, durante a temporada de caça.
Resolveu tirar do ninho um dos filhotes e
levá-lo consigo. A ave, ainda implume se deixou conduzir.
O caçador, finda a temporada, retornou ao
próprio lar e aos demais afazeres de sua vida.
Porque fosse também afeiçoado à criação de
algumas espécies animais, mantinha em seu vasto terreiro, um expressivo número
de pintinhos.
Foi ali, junto aos demais filhotes de
galinha, que a pequena águia passou a viver, esquecendo-se de sua origem.
O tempo passou. As penas abundaram no corpo
da ave de rapina, fazendo com que ela se destacasse do grupo.
Contudo, passava os dias a ciscar, tal qual
o faziam os pintainhos.
Certo dia, quando a pequena águia repousava
tranqüila, avistou uma grande águia que sobrevoava o vasto terreno.
Observou-lhe o vôo majestoso, o domínio dos
céus.
Era um ponto negro movendo-se pelo anil do
firmamento.
Então, uma estranha agitação tomou conta da
aguiazinha. Desdobrou as asas, ficou na ponta das suas patas e principiou a
correr. Depois, soltou um grito estridente e alçou vôo, em direção à sua irmã.
Em breve, também ela não passava de um
pequenino ponto escuro na linha do horizonte.
Descobrira, enfim, que não nascera para
viver nas estreitas vias de um quintal, limitada.
Seu destino era o infinito, a
amplidão, conquistar as rochas mais altas, buscar os rochedos agudos. Enfim,
era a vida total, plena de uma águia para lá das nuvens e das tempestades.
À semelhança da pequena águia, muitos dos
que vivemos nas terras nos esquecemos de nossa origem divina.
Olvidamos que fomos criados pelo amor de
Deus e destinados às alturas da perfeição. Conseqüentemente, da felicidade.
Aquartelamo-nos na estreiteza do mundo
material que nos cerca e que habitamos, vivemos à cata dos que nos possam
conceder alegrias, elegendo coisas efêmeras e com o significado de poucos dias,
quiçá semanas.
Isto porque, no mundo, os valores que não
são reais, mudam constantemente, valendo hoje muito e amanhã mais nada.
No entanto, como a aguiazinha, chegará um
dia, breve ou distante, em que haveremos de redescobrir nossa filiação divina e
então, atraídos pelas vozes sublimes, desejaremos atingir as amplidões da
verdade.
Este dia será o da felicidade suprema,
quando sentiremos nos abrasar pelas chamas do amor de Deus e, qual uma águia
empreenderemos o garboso vôo rumo à perfeição, para o alto, para cima.
Você sabia?
Que é no hemisfério norte que habita a
águia que é considerada a rainha dos céus? Chama-se águia real e atinge 2
metros de envergadura.
E que a águia-do-mar é a ave símbolo dos
Estados Unidos?
Ela foi escolhida pela sua coragem e
beleza.
Pode ser encontrada na América do Norte e
na Sibéria.
Mais imponente do que o vôo das águias é o
da alma, quando se deixa levar pelas grandiosas realizações da vida, que
ultrapassam a estreiteza de uma jornada na Terra, curta e breve, ante a
Eternidade.
*******
Do livro: Lendas do Céu e da Terra - A
Aguiazinha Desperta
Nenhum comentário:
Postar um comentário