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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Estudos sobre Mediunidade 9

 CAPÍTULO  7
OS CENTROS DE FORÇA E A GLÂNDULA PINEAL
INTRODUÇÃO
Sabemos que os Espíritos encarnados e desencarnados são dotados de um corpo fluídico, semi-material, isto é, composto de fluidos em diferentes estados de condensação. Esse corpo fluídico é o perispírito ou corpo espiritual.
O perispírito está intimamente regido por vários centros de força que trabalham vibrando uns em sintonia com os outros, sob o po¬der diretor da mente. A mente é que determina o funcionamento mais ou menos equilibrado destes centros de força e são eles que dão condições para que o perispírito desempenhe as suas várias funções.
A localização desses centro de força no perispírito corresponde a dos plexos no corpo físico, com exceção dos que estão no crânio perispiritual, o coronário e o frontal, que se ligam aos centros encefálicos.
Plexos são feixes nervosos do corpo físico onde há maior con¬centração de nervos.
Os centros de força são também denominados de discos energéticos e centros vitais, mas são vulgarmente conhecidos pelo nome de chacras, por causa das filosofias orientais.
Chacra é palavra sânscrita que significa roda, pois eles têm forma circular com mais ou menos 5cm de diâmetro, possuem vários raios de ação que giram, incessantemente, com a passagem da energia, lembrando um ventilador em movimento.
Cada um tem as suas cores próprias, características. Quanto mais evoluída a pessoa, mais brilhantes são essas cores, alcançam maior diâmetro e os seus raios giram com maior desenvoltura.
São eles que distribuem, controlam e dosam as energias que o nosso corpo físico necessita, como também regulam e sustentam os sentimentos, as emoções, e alimentam as células do pensamento.
É através dos centros de força que são levadas as sensações do corpo físico para o Espírito, pois são eles que captam as energias e as influências exteriores.
O Fluido Cósmico Universal ao ser absorvido é metabolizado pelo centro coronário, em fluido espiritual - uma energia vitalizadora - imprescindível para a dinâmica do nosso corpo físico, sentimentos, emoções e pensamentos.
Após a metabolização, essa energia circula pelos outros centros de força e é canalizada através da rede nervosa para todo o organismo com maior ou menor intensidade de acordo com o estado emocional da criatura, porque eles estão subordinados a impulsos da mente, irradiando-se, posteriormente, em seu derredor, formando a nossa aura, que é uma espécie de espelho fluídico capaz de refletir o que se passa no campo psíquico. Ela reflete o nosso estado de Espírito.
Hábitos, conduta e ações nocivas, todos os atos contrários às Leis Divinas, tornam os chacras desequilibrados e comprometem o funcionamento harmonioso do conjunto.
Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força correspondente que reagirá sobre o corpo físico.
Exemplo:
- maledicência, calúnia -> desequilibra o centro de força laríngeo;
- sentimentos inferiores (inveja, ciúme, egoísmo, vaidade, mágoa) -> desequilibram o centro de força cardíaco;
- sexo sem amor, sem respeito ou sem responsabilidade -> desequilibra o centro de força genésico.
Quanto mais equilibrados e harmônicos entre si, mais saúde fí¬sica e psíquica para a criatura e maior carga de energias ou forças vitalizadoras teremos para doar no processo de irradiação.
O equilíbrio para os nossos chacras conseguiremos através da reforma íntima, pela reforma moral, através do burilamento das nossas facetas negativas, procurando desfazer-nos das imperfeições que ainda trazemos dentro de nós.
São em número de sete os principais centros de força:
a) Centro Coronário: é o mais importante pelo seu alto potencial de radiações.
Nele se assenta a ligação com a mente. Relaciona-se materialmente com a epífise ou glândula pineal, ligando os planos espiritual e material.
Recebe, em primeiro lugar, os estímulos do Espírito comandando os demais, vibrando, porém, com eles em regime de interdependência, isto é, são ligados entre si, obedecem ao comando do coronário, mas cada um tem a sua função própria. É como se todos formassem uma orquestra e o coronário fosse o regente.
Dele emanam as energias de sustentação de todo o sistema nervoso. É o grande assimilador das energias solares e captador dos raios que a espiritualidade superior envia para a Terra, capazes de favorecer a sublimação das almas. Esse centro de força desenvolve-se na proporção da evolução espiritual.
b) Frontal ou Cerebral: tem grande influência sobre os demais.
Relaciona-se materialmente com o córtex cerebral. Trabalha em movimen¬tos sincrônicos e de sintonia com o centro coronário, do qual recolhe os estímulos mentais, transmitindo impulsos e anseios, ordens e sugestões aos órgãos e tecidos, células e implementos do corpo por que se expressa.
É responsável pelo funcionamento dos centros da inteligência. Comanda os 5 sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar.
Comanda através da hipófise todo o sistema glandular interno, com exceção do timo, tireóide e paratireóides.
Administra todo o sistema nervoso. O coronário fornece as energias e ele administra.
É por este centro de força que podemos, segundo a nossa von¬tade, irradiar calma, alívio, equilíbrio, conforto a quem esteja ne¬cessitando, bastando usar a força do pensamento. É responsável pelos poderes mentais.
c) Laríngeo: controla os órgãos da respiração, da fala e as atividades do timo, da tireóide e paratireóides. Relaciona-se com o plexo cervical. É um centro de força muito desenvolvido nos grandes cantores e oradores.
d) Cardíaco: controla, regula as emoções. Comanda os sentimento. É responsável pelo funcionamento do coração e do aparelho circulatório. Relaciona-se materialmente com o plexo cardíaco.
e) Esplênico: responsável pelo funcionamento do baço, pela for¬mação e reposição das defesas orgânicas através do sangue. Relaciona-se materialmente com o plexo mesentérico e baço.
f) Gástrico ou Umbilical: responsável pelos aparelhos digestivos. Relaciona-se com o plexo solar. Responsável pela absorção dos alimentos.
g) Genésico ou Básico: relaciona-se com os plexos sacro e lombar. Responsável pelos órgãos reprodutores e das emoções daí advindas. Como diz André Luiz, nele se assenta o santuário do sexo. É responsá¬vel não só pela modelagem de novos corpos físicos como pelos estímulos criadores com vistas ao trabalho, à associação e a realização entre as almas. São essas energias sexuais, quando equilibradas, que levam os homens a pesquisar no campo da Ciência, da tecnologia com vistas a descobrir remédios, vacinas, inventar aparelhos, máquinas que visem a melhorar a qualidade de vida dos homens.
Levam também as pessoas a criarem no ramo das Artes, da Literatura ou em qualquer outro ramo cultural ou educacional. Quando equilibradas, levam as pessoas a se dedicarem a obras beneméritas, a se associarem para promover os homens socialmente, para estabelecerem a paz e a concórdia entre a humanidade, defenderem a natureza, etc.
Quanto mais evoluída a pessoa, mais ampliação terá das forças sexuais em inúmeras atividades para o bem. Vai havendo maior diversificação na canalização dessas energias. Elas deixam de ser canalizadas somente para o erotismo, como acontece nas pessoas menos evoluídas. As que já conseguem viver em regime de castidade sem tormento mental podem canalizar estas energias para o trabalho em benefício do próximo, para o campo da Ciência, da Cultura, da Mediunidade.
A GLÂNDULA PINEAL
Jorge Andréa, médico psiquiatra, expositor e escritor espí¬rita, que há muitos anos tem se dedicado aos estudos da mediunidade e das obsessões, afirma-nos em [Nos Alicerces do Inconsciente]:
"A tríade por excelência, da mais alta expressão no mecanismo mediú¬nico,seria representada:
a) pela glândula pineal;
b) pelos centros de energia vital ou chacras;
c) pelo sistema neuro-vegetativo."
Como podemos notar, a glândula pineal e o sistema neuro-vegetativo são órgãos do corpo físico e os centros de energia vital são órgãos do corpo perispiritual.
A glândula pineal foi bastante conhecida dos antigos, fato observado através de descrições existentes. A escola de Alexandria participou ativamente dos estudos da pineal que achavam-se ligados a questões religiosas. Os gregos conheciam-na como conarium, e os latinos como pinealis, semelhante à uma pinha. Estes povos, em suas dissertações, localizavam na pineal o centro da vida. Mais tarde, os trabalhos sobre a glândula pineal se enriqueceram com estudos de De Graff, Stenon e Descartes que, em 1677, fez uma minuciosa descrição da glândula, atribuindo-lhe papel relevante que se tornou conhecida até os nossos dias. Para ele:
"A alma é o misterioso hóspede da glândula pineal."
No início do séc. XIX, embriologistas relacionaram a pineal ao terceiro olho de alguns répteis lacertídeos da Nova Zelândia e passa¬ram a considerá-la como um órgão vestigial, abandonado pela natureza, o que atrasou, em muito, os estudos sobre a pineal. Porém, em 1954, vários estudiosos publicaram um livro como o somatório crítico de toda a literatura existente sobre a glândula pineal, chegando a algumas conclusões que foram comprovadas em trabalhos subsequentes. Dentre estas

que a glândula pineal passou de um órgão sensorial a uma glândula de secreção endócrina, entretanto, permanece sofrendo influência da luz, ou seja: a luz inativa a pineal e a ausência de luz, ativa a pineal;
a pineal teria influência sobre o amadurecimento das glândulas sexuais - ovários e testículos; quando atuante, a pineal inibiria o desenvolvimento destas glândulas, e a inatividade da pineal permitiria o seu desenvolvimento ocorrendo assim o aflorar da sexualidade;
seus hormônios favoreceriam o sono, diminuiriam crises convulsivas, sendo por isso conhecida como glândula da tranquilidade;
atuaria ainda como reguladora das funções da tireóide, pâncreas e supra-renais;
seria ainda uma reguladora global do sistema nervoso central.
Temos, até aqui, um ligeiro resumo do que a Ciência oficial conhece hoje sobre a glândula pineal Busquemos agora, algumas considerações espíritas. Allan Kardec [LM-it 226] questiona aos Espíritos:
O desenvolvimento da mediunidade guarda relação como o desenvolvi¬mento moral do médium?
Não, a faculdade propriamente dita se radica no organismo não depende da moral.
Tecem a seguir valiosos comentários quanto ao problema do uso da faculdade. Interessa-nos, porém, a expressão textual dos Espíritos: a faculdade propriamente dita se radica no organismo, esta afirmação aguça-nos a sã curiosidade de pesquisar em torno da sede da mediunidade. Qual seria o órgão responsável por tal aquisição fundamental do Espírito encarnado? Na época em que Kardec codificou o Espiritismo pouco se conhecia da anatomia e estrutura microscópica da pineal e muito menos ainda de suas funções. Com o avanço da Ciência, porém, houve condições de recebermos informações mais amplas dos Espíritos através das obras complementares da codificação. André Luiz, é, sem dúvida alguma, o autor espiritual que mais amplas elucidações nos faz sobre o assunto.
Em [Missionários da Luz-cap I e II] André Luiz estudando um médium psicógrafo com o instrutor Alexandre, observa a epífise - ou pineal - do médium que está a emitir intensa luminosidade azulada, e o instrutor Alexandre esclarece:
"No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a pineal desempenha o papel mais importante.
André Luiz observa: - Reconheci que a glândula pineal do médium ex¬pedia luminosidade cada vez mais intensa... a glândula minúscula transformara-se em núcleo radiante e ao redor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes.
André Luiz prossegue narrando o que vê: - Examinei atentamente os demais encarnados, em todos eles a pineal apresentava notas de luminosidade, mas em nenhum brilhava como no médium em serviço.
Alexandre esclarece: pode reconhecer agora que todo centro glandular é uma potência elétrica. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera espiritual, é na pineal que reside o sentido novo dos homens, entretanto, na grande maioria, a potência divina dorme embrionária."
Em [Evolução em Dois Mundos-cap IX], que fala da Evolução do cérebro, André Luiz explica a evolução da pineal, que deixou de ser um olho exterior, como era nos lacertídeos da Nova Zelândia, para fazer parte do cérebro em seu interior na zona mais nobre o tálamo, relacionando às emoções mais sutis. Em [Missionários da Luz], o instrutor Ale¬xandre fornece ainda outras informações a André Luiz:
"Não se trata de um órgão morto segundo as velhas suposições, é a glândula da vida mental. Ela acorda no organismos do homem na puberdade, as forças criadoras, e em seguida continua a funcionar como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. Aos 14 anos aproximadamente, a glândula reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus maravilhosos mundos de sensações e impressões da esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examinando o inventário de suas paixões vividas em outras épocas, que reaparecem sob fortes impulsos. Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata de certo modo os laços divinos da natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na sequência de lutas pelo aprimoramento da alma e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida."
Vemos então atribuídas à glândula pineal funções que só agora estão sendo esclarecidas pela Ciência oficial. Segundo revelações dos instrutores espirituais, ela domina o campo da sexualidade e estabelece contato com o mundo extra-corpóreo.
Continuando as elucidações doutrinárias, voltemos a [Missionários da Luz] e vamos encontrar André Luiz surpreso com a amplitude de funções da pineal, e, a certa altura, interroga a Alexandre sobre o papel das gônadas (testículos e ovários) no desencadeamento e preservação das energias sexuais. Alexandre esclarece:
"As glândulas genitais são demasiadamente mecânicas para guardarem os princípios sutis e quase imponderáveis da geração. Acham-se abso¬lutamente controladas pelo potencial magnético de que a pineal é a fonte fundamental. As glândulas genitais segregam hormônios psíquicos ou unidades-força que vão atuar nas energias geradoras. Os cromossomas da bolsa seminal não lhe escapam à influenciação absoluta e determinada".
Alexandre prossegue fornecendo valiosas informações sobe a influência do nosso estado emocional, sobre as gônadas - via glândula pineal, o que é de grande importância para os padrões de conduta íntima que devem vigorar em cada um de nós.
Bibliografia
1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Missionários da Luz - André Luiz/Chico Xavier
3) Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier
4) Grilhões Partidos - Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco
5) Entre a Terra e o Céu - André Luiz/Chico Xavier
6) Forças Sexuais da Alma - Jorge Andréa
7) Nos Alicerces do Inconsciente - Jorge Andréa

IDE-JF/CVDEE
IDE-JF  Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora-MG

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