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sexta-feira, 10 de abril de 2015

10-2 ==  AULAS E DINÂMICAS PARA A JUVENTUDE
Conhecimento de si mesmo II
         Prece inicial
         Primeiro momento: leitura da questão 919 de O Livro dos Espíritos.
         Segundo momento: comentários acerca da questão.
         O Livro dos Espíritos na questão 919 nos diz que o meio mais eficaz para nos melhorarmos e resistirmos ao mal é nos conhecermos. Sabendo da dificuldade que temos em nos conhecer Allan Kardec indaga a espiritualidade a este respeito, e o espírito amigo responde que quando ele estava aqui na Terra, ao fim do dia interrogava sua consciência sobre tudo o que tinha feito ou deixado de fazer naquele dia e se seus atos representavam um repouso para vossa consciência ou a indicação de um mal que é preciso curar.
         Ele ainda sugere que para não nos enganarmos quanto o valor dos nossos atos, nos perguntarmos: como o qualificaria se fosse praticado por outra pessoa?
         Santo Agostinho completa seu pensamento nos advertindo sobre as opiniões alheias, esclarecendo que o nosso próximo e, principalmente aqueles que se opõem a nós, representam espelhos de nossa alma. E que Deus em sua bondade, permite que através deles possamos ser advertidos de nossos atos infelizes, com muito mais franqueza que um amigo usaria.
         Podemos assim concluir que aquele que tem realmente vontade de se melhorar deverá sempre que possível sondar sua consciência e corrigir seus atos, libertando-se assim de suas más tendências.
       Terceiro momento: contar a história O Homem e o Rio.
O Homem e o Rio
         Havia um homem apaixonado por um rio, gastava longas horas vendo suas águas a passar, carregando em seu dorso suave folhas e histórias das cidades acima e isto lhe dava felicidade.
         Sua grande alegria era quando chegava a tarde, depois do trabalho ele ia correndo para o rio, pulava uma cerca e ficava lá em uma prainha, com os pés mexendo nas areias grossas, bem embaixo de um velho ingá.
         Falava muito, confidenciava segredos, dava gargalhadas, nunca ia embora, enquanto houvesse luz e por muitas vezes só se deu conta que era noite quando a lua ladrilhava de prata as águas do rio.
         Ficava lá, remoendo lembranças, indo para o futuro em sonhos. Seus olhos eram rio. O rio passeava com suas águas amigas em seus olhos, como em nenhum outro. Ambos pareciam ter nascido para ser daquele jeito, nunca um sem o outro, a unidade de almas. Dizia o homem: - amor pra toda vida consentia o rio...
         Porém, um dia, o céu escureceu. Nuvens cobriram a terra, a chuva desabou sobre o mundo. A cabeceira do rio foi enchendo e logo tudo virou correnteza.
         Árvores foram arrancadas. Folhas deram lugar aos galhos pesados, estes arranhavam tudo o que encontravam, as barrancas desmaiavam e sumiam devoradas pela fúria das águas.
         O rio cresceu, ultrapassou as margens, derrubou cercas, foi crescendo até chegar na casa do homem da história e destruiu tudo o que encontrou.
         Avançou o jardim... Margaridas e rosas desapareceram, entrou porta adentro com as mãos cheias de lama. Apagou o fogo no velho fogão a lenha, tudo ficou destruído.
         Quando veio o sol, veio também a desolação. Tinha que recomeçar e como é difícil recomeçar. Fez o que pôde, sem olhar em direção ao rio. Seu peito era uma amargura só. Sua cabeça não ficava em silêncio. Só pensava no que iria dizer. Então falou:
         - Por quê? Por que fez isto? Eu confiava em você, tinha certeza que isto não iria acontecer, não conosco. Havia muito amor entre nós, amor que não merecia acabar assim. Não é só a lama que está no jardim, é a confiança que nunca mais será confiança, o amor que nunca mais será amor, é o adeus que será para sempre adeus...
         Foi inútil o rio tentar explicar. Nunca mais tarde se encontraram. Nunca mais a lua cantou naquele lugar e as águas daquele rio, como o coração daquele homem, nunca mais foram os mesmos.
         O homem mudou-se para muito longe e o rio, quando passava por lá, tentava não olhar... Mas sonhava, bem dentro, em suas águas mais profundas, um dia ver ali, debaixo do ingá, quem nunca deveria ter ido embora...
         Estas palavras falam por si... Temos tendência a esquecer fácil os bons momentos e damos uma eternidade para as lembranças negativas, esquecemos as conversas onde só o coração fala e perdemos tardes lindas de amor...
         Abraços apertados, aconchego... Por não querer relevar. Não querer lutar um pouco mais. Às vezes temos 100% e por causa de 1% perdemos 99%... Já viram como sempre ficamos presos a este 1% ???.
         Guardamos sempre a imagem da casa destruída, mas, negamos dar vida ao rio iluminado. Esquecemos toda uma vida de encanto e só lembramos as marcas da ferida. Há muita gente vivendo assim. Esquecendo que o amor ajuda a suportar as tempestades da vida e só o amor pode fazer o rio voltar a passar na porta da sua casa.
Grupo de Apoio “Vida Bem Vivida Amor Exigente"
http://www.cvdee.org.br/ev_planotexto.asp?id=121
         Quarto momento: ao final da história, concluir: sabendo que o Rio, amigo de muitas horas, não tinha como voltar atrás, não tinha como ceder aos efeitos da natureza, o homem se sentiu ferido, prejudicado, lesado. E assim acabou uma relação de amizade, carinho, respeito.
         Quinto momento: solicitar que todos se coloquem bem à vontade pela sala. Colocar uma música suave, de preferência que tenha sons de natureza. Enquanto os evangelizando relaxam, escrever no quadro as perguntas abaixo, para que eles reflitam por alguns momentos:
         Até que ponto nos conhecemos?
         O que sabemos sobre nossas reações e nossos sentimentos?
         Quando nos sentimos prejudicados, traídos, magoados, costumamos agir ou reagir?
         Sexto momento - atividade: entregar uma cópia para cada um dos evangelizandos do Teste de Personalidade. Solicitar que respondam com calma. Explicar que o teste visa uma reflexão acerca do conhecimento que cada um tem de si mesmo, sendo secundário o resultado da pontuação obtida.



Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais

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