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terça-feira, 28 de abril de 2015

6 - DIFERENÇA ENTRE ESPIRITISMO, UMBANDA E RELIGIÕES AFRO-INDÍGENAS

6-6

Religiões Afro-Indigenas Ou Afro-Brasileiras

Babaçuê                       Maranhão, Pará
Batuque Rio Grande do Sul
Cabula Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro
Candomblé   Em todos estados do Brasil
Culto aos Egungun Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
Culto de Ifá Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
Encantaria Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas
Omoloko Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
Pajelança Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas
Quimbanda Em todos estados do Brasil
Tambor-de-Mina Maranhão
Terecô Maranhão
Umbanda     Em todos estados do Brasil
Xambá   Alagoas, Pernambuco
Xangô do Nordeste Pernambuco

As religiões Afro-brasileiras

As religiões afro-brasileiras são muito limitadas em número de seguidores e popularidade se comparadas com as protestantes ou a católica, porém são relevantes pelo seu significado, elas são parte da nossa cultura.
Essas religiões surgiram por aqui no período final da escravidão, quando os africanos daqui tiveram mais contato uns com os outros, assim foi possível a sobrevivência de alguns costumes africanos, inclusive grupos de culto.
Esse período foi o fim século XIX, quando a única religião tolerada no Brasil era a católica. Mas como assim? É que os escravos negros fingiam-se de católicos para uma melhor aceitação na sociedade, inclusive participando de missas católicas. Mesmo depois que o país foi proclamado República e ainda hoje eles continuaram dizendo-se como tais pois até hoje as religiões afro-brasileiras sofrem preconceito do mesmo jeito que o negro sofre, além de perseguições de suas rivais: as igrejas pentecostais. Por isso em estimativas e censos, essas religiões aparecem com um reduzido número de seguidores se comparado com o real.
Embora agora o país esteja num clima de liberdade religiosa, os maiores disfarces de seguidores destas religiões são o catolicismo e o espiritismo. O catolicismo denominava-as inclusive baixo-espiritismo pois era importante que ela não estivesse vinculada a outras religiões que pudessem denegri-la perante os possíveis novos seguidores. No entanto, lideranças afro-brasileiras vêm empenhando-se na dessincretização das religiões afro-brasileiras com outras, contribuindo para que elas tenham uma maior identidade.
As religiões afro-brasileiras adotam nomes diferentes porque sua formação deu-se em diferentes momentos históricos e localização geográfica. Além do nome, suas diferenças incluem rituais e versões mitológicas distintas que derivam de tradições diversificadas.
Atualmente essas religiões são consideradas expressões culturais da negritude e parte do Movimento Negro, embora o número de brancos seja crescente incluindo até mesmo descendentes de japoneses e coreanos que aderem ao candomblé e a umbanda.

Referências Bibliográficas: Ref 1:
http://www.fflch.usp.br/sociologia/prandi/seguidor.doc

Ref 2: GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

Candomblé
O Candomblé incorporou muitos elementos do Catolicismo pois este já era apresentado na África para uma posterior conversão. Orixás são parecidos com Santos Católicos e o crucifixo também foi incorporado. Nas senzalas, negros colocavam por baixo de estátuas de santos os artefatos do candomblé. Porém, a Igreja Católica o considera uma religião pagã e o condenou bruxaria.
O Candomblé já vigora desde o fim da escravatura em 1888 e conta com seguidores de todas as classes sociais. Censos recentes mostram que aproximadamente 3 milhões de brasileiros declararam ser adeptos do candomblé, apesar de até 70 milhões participarem de seus rituais, pois essa religião é entrelaçada com outras (sincretismo religioso), ou seja, muitas pessoas de outras religiosidades participam de seus cultos. Suas características como festas, orixás e rituais são parte do folclore brasileiro.
Ele se caracteriza por sua mágica e seus rituais, fugindo a ética catolicista. Ele não prioriza a salvação em outro mundo, mas sim, a interferência de suas divindades (orixás) de um mundo sobrenatural neste mundo. Sua base são práticas e rituais, regras de comportamento, com um pluralismo de deuses não moralistas, por isso é considerado uma religião aética (desprovida de princípios éticos gerais ou um código de conduta geral).
As divindades do Candomblé são os orixás, personalidades diferentes que se comportam de maneiras diversas, com qualidades e defeitos (não são perfeitos como as divindades de outras religiões monoteístas). Por meio do jogo de búzios, e dos pais ou mães de santo, cada adepto se identifica com um orixá, procurando imitá-lo à melhor maneira possível. Assim, o bem e o mal são definidos de modo diferente de orixá para orixá, não sendo o mesmo para todos da religião. Os poderes e habilidades de cada um e o modo e a área em que interferem nesse mundo na vida de seus respectivos fiéis também muda entre eles. A meta dos fiéis é se sentirem identificados com suas divindades, adequando seu comportamento ao do orixá.
Na África, há em média 400 orixás, porém, no Brasil, pouco mais de vinte foram registrados. Mesmo assim, tem rica série de narrações míticas e elementos marcantes na cultura brasileira.
Sua prática ocorre em casas de candomblé registradas.

Referências Bibliográficas:

http://www.fflch.usp.br/sociologia/prandi/seguidor.doc

GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

Umbanda ou Macumba, a religião brasileira

A umbanda é tida como uma religião afro pela maioria das pessoas, mas apesar de suas raízes terem em parte vindo da África, ela nasceu no Brasil, Rio de Janeiro (1920) e consiste em uma mistura de características do catolicismo com religiões afro e indígenas, cardecismo e pajelança. Mesmo advindo da fusão de religiões de diferentes locais, a umbanda não possui nenhum tipo de similar em lugar além do Brasil, pois foi só nele que se deu o encontro de portugueses com espanhóis e africanos.
Do catolicismo, veio a crença num Deus, do cardecismo, a crença em entidades espirituais, das religiões afro a crença em orixás e do indígena um chefe chamado caboclo que encarna o espírito indígena. Mas a mensagem única é a caridade, a humildade, a paz e o amor fraternal.
A umbanda ficou conhecida como baixo espiritismo porque seu método de culto é a comunicação com os mortos, os espíritos que se manifestam nos corpos dos vivos prestando caridade: intercedem em sua saúde e evolução espiritual, a meta dos seus praticantes.
Mas assim como crêem nos espíritos bons, admitem a crença nos maus, daí surge a quimbanda, o lado oculto umbanda, chamado bruxaria pois os espíritos invocados estão no último degrau da evolução espiritual.
A meta da umbanda tem sido tornar-se universal, uma religião para todos que não busca o reconhecimento de suas raízes como africanas, ao contrário do candomblé, mostrando-se multiétnica e declarando sua origem como brasileira. Inclusive abandonou o uso da língua afro e práticas com morte de animais e sangue. Pode-se verificar a sua prática da classe baixa a classe alta da população, existindo casas de umbanda até mesmo nos Estados Unidos. E ela tem se esforçado para penetrar cada vez mais no povo abrindo seus braços e oferecendo magia para todos.

Referências Bibliográficas:

http://www.umbandabrasil.com.br/umbanda.asp

http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/umbanda.htm

GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

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