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sábado, 25 de outubro de 2008

24- O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO III: HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI
ITENS 13 A 15: MUNDOS DE EXPIAÇÕES E DE PROVAS

              Trata-se de uma mensagem de Santo Agostinho, um dos Espíritos que fazem parte de equipe do Espírito de Verdade, sob a direção de Jesus, que veio trazer o Consolador prometido pelo Mestre, conforme João, XIV: 15 a 17 e 26; XVI: 12 a 14. A mensagem foi psicografada em Paris, em 1862.

              Inicia nosso irmão Maior dizendo que todos nós temos o conhecimento de como é um mundo de expiações e de provas, pois sendo a Terra um deles, basta analisar seus habitantes, o que ele faz, citando três características: inteligência, qualidades inatas e os vícios.

              O grau de inteligência de uma grande parte dos homens demonstra que nosso mundo já não é primitivo. O avanço da ciência, da tecnologia nos dias de hoje atestam bem o poder da inteligência do homem.

              As qualidades inatas, as aptidões e habilidades que trazem, ao nascer, demonstram que seus habitantes são espíritos que já fizeram uma boa parte de sua caminhada evolutiva.

              Todavia, seus vícios, provenientes do pouco desenvolvimento moral, que não acompanhou o intelectual, estimula a inteligência a perseverar no egoísmo e no orgulho, procurando obter vantagens cada um para si ou para seu grupo.

Demonstram seus vícios a sua inferioridade espiritual.

              Para esses espíritos rebeldes à lei do amor, existem os mundos de expiações e de provas, como é ainda hoje a Terra, que nos parece estar desde o século passado em um processo de transição que lhe permitirá transformar-se em um mundo de regeneração para os habitantes que conseguirem adequar-se às leis do Bem a tudo e a todos.

              Todos os habitantes da Terra encontram-se na mesma situação de rebeldia, em expiações?

              Diz-nos Santo Agostinho que não. Uma parte é constituída por espíritos apenas saídos da infância, tendo iniciado sua vida como espíritos, talvez no planeta Terra e que aqui continuaram, ou vieram de outros mundos primitivos, porque apresentavam condições de continuarem seu desenvolvimento junto de espíritos mais avançados.

              Outra parte é constituída por esses mesmos espíritos que evoluíram nesses milênios, e nela estão incluídas as raças indígenas. Muitos deles já alcançaram o desenvolvimento intelectual dos mais esclarecidos.

              Os outros são os estrangeiros, espíritos que fizeram sua evolução em outros mundos, dos quais foram expulsos por não evoluírem moralmente, como os demais, não podendo lá permanecer, para não perturbar a marcha evolutiva dos seus habitantes. Vivendo em um mundo inferior, junto de espíritos bem mais atrasados, poderiam eles desaprender seus hábitos negativos e desenvolver as qualificações morais, tarefa que desprezaram.

              ”É por isso que os punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso."

              No livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, no capítulo III : As Raças Adâmicas, o autor revela que " Há muito milênios alguns milhões de espíritos de um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos."

 Alguns milhões de seus habitantes, todavia, perseveravam no mal, "dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes." Foram então, afastados daquele mundo e localizados na Terra, " onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores."

              Escreve Emmanuel que grande parte desses espíritos rebeldes só puderam voltar ao seu mundo, depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros porém continuam, "nos dias que correm, contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos."

              Kardec também escreve sobre emigrações e imigrações dos espíritos e sobre a raça adâmica no livro A Gênese capítulo XI: Gênese Espiritual: questões 35 a 49.

              A Terra então é um dos tipos de mundos de expiações e de provas, mas todos eles " têm a característica comum de servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses mundos os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus na sua bondade, torna o castigo proveitoso para o progresso do Espírito."

              Gostaríamos de lembrar também que, como a vida é dinâmica em toda parte, há mundos da categoria da Terra em diferentes graus de tempo e de evolução. Assim, devem existir uns no início, outros já mais adiantados, outros mais próximos de nova mudança, etc.

              A Terra já vive seu período de transição para nova mudança, período este iniciado no século passado e que não sabemos quando findará, visto que não há data precisa, dependendo da evolução dos seus habitantes.

Essa transformação para mundo regenerado pode acontecer no final do milênio ou mais tarde, mas já vivemos o processo e nós, habitantes da Terra, estamos tendo nossas últimas chances, neste milênio, para decidirmos nosso futuro de acompanhar a Terra ou sermos exilados em um mundo inferior. Não precisamos ser anjos para nela permanecer. " É bastante a modificação em seus preceitos morais, modificação esta que se operará em todos aqueles que a ela se inclinarem, quando subtraídos à influência do mundo." A Gênese- Allan Kardec, capítulo XVIII item 34

              ..."É um desses movimentos generalizados que está ocorrendo neste momento, para realizar uma reforma da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição é sinal característico dos tempos, porque irão apressar a eclosão dos novos germes. São as folhas de outono que caem, às quais sucederão nova folhas cheias de vida, pois a Humanidade tem suas estações como as pessoas têm as suas idades. As folhas mortas da Humanidade caem levadas pelos tufões e rajadas de vento, para renascerem mais viçosas com o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica." Idem, item 33

Bibliografia:

  1. Allan Kardec, O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Livro Primeiro: Capítulo III: CRIAÇÃO, V: Pluralidade dos Mundos Capítulo IV, PLURALIDADES DAS EXISTÊNCIAS, III e IV: Encarnação nos Diferentes Mundos e Transmigração Progressiva. Capítulo VI, VIDA ESPÍRITA, I e II : Espíritos Errantes e Mundos Transitórios.
  2. A CAMINHO DA LUZ, Capítulo III: As Raças Adâmicas.

Leda de Almeida Rezende Ebner

Maio / 2003 

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