Danilo Carvalho Villela
O amanhã é sempre uma incógnita para nós.
Sem dúvida poderemos visualizá-lo como a continuação aproximada do hoje mas essa suposição – e a experiência demonstra isso claramente –, além de insegura, nunca abrange um período mais largo de tempo.
A própria ciência, aliás, já há alguns anos, mostrou o caráter relativo de nossas percepções, que dependem de nossos sentidos e constituem para o homem “expressões de controle dos fenômenos da sua existência” (“Emmanuel”, psicografia de Chico Xavier, capítulo 33).
Em nosso estágio evolutivo é uma bênção que o futuro só imperfeitamente se delineie para nós, bem como o passado cujo conhecimento mais completo não readquirimos nem mesmo após a desencarnação, conforme esclarece a literatura doutrinária, pela nossa incapacidade de conviver com a lembrança das faltas mais graves ainda não regularizadas ante as Leis Divinas.
Por outro lado, desconhecendo o futuro, o indivíduo realiza, por vezes, esforços que o levarão a situações difíceis, não previsíveis para ele mas que lhe cabe enfrentar por estarem em sua programação reencarnatória. Se as conhecesse de antemão seria naturalmente levado a evitá-las, comprometendo aquele planejamento, de que participou na espiritualidade, e que objetiva o seu progresso e sua felicidade verdadeira. Nossos protetores conhecem esse roteiro e, como nos mostra a Doutrina Espírita, preocupam-se principalmente não com as nossas dificuldades, que sabem ser necessárias e passageiras, mas com a maneira pela qual as enfrentamos (questão 976 de “O Livro dos Espíritos”). Devendo lembrar-se ainda que tais provas, consoante as Leis Divinas, jamais estarão acima de nossa capacidade para enfrentá-las.
Os benfeitores espirituais que conhecem o futuro que nos está reservado somente o revelam quando isto possa ser útil e quase sempre de forma espontânea. Donde se compreende a inutilidade, e o perigo, de forçar a obtenção de tais informações através da mediunidade, atitude impensada que exporá os que a adotam ao charlatanismo ou a decepções pois as entidades levianas ou imaturas que se proponham a oferecer informações nesse sentido, na verdade não têm acesso a elas.
Com respeito aos acontecimentos mais importantes, por terem relação com os interesses gerais da Humanidade, são eles regulados pela Providência Divina, realizando-se fatalmente.
Não é raro, neste caso, que entidades elevadas, com a permissão divina, venham trazer, pela inspiração ou de forma mais ostensiva, algumas indicações a respeito.
Em nossa tradição judaico-cristã possuímos dois exemplos notáveis acerca desse fato: o profetismo hebreu anunciando, com séculos de antecedência, a vinda do Mestre, e as referências deste ao fim dos tempos (de ignorância e egoísmo). Quanto ao primeiro, conforme sabemos, não teve a devida atenção, sobretudo por parte da direção religiosa, preocupada com questões puramente materiais e aguardando um messias guerreiro, capaz de dar ao povo hebreu, prestígio e poder, desconhecendo e rejeitando Jesus e sua mensagem quando este surgiu em sua simplicidade. Quanto ao segundo, consoante as descrições do Mestre e de obras da literatura doutrinária, estamos em pleno período de mudanças, cabendo-nos participar delas com a nossa colaboração singela e com a certeza da vitória final do bem.
“A Gênese” (capítulo 16, item 4).
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Sábado, 11/10/2008 – no 2115
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