Jávier Godinho
Jornal O Espírita
O surgimento da tecnologia para a clonagem humana deverá vir junto com a descoberta do mundo espiritual pela ciência. Não se conseguirá clonar um ser humano em 10 anos. Vai demorar mais, porque existem impedimentos éticos e legais que atravancam os experimentos.
O genoma humano é muito mais complexo, com animais tudo é bem mais simples.
O autor dessas previsões é o médico e mestrando da Universidade de São Paulo, Sérgio Felipe de Oliveira, também diretor do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu de Psicobiofisica da USP.
Para ele, essas experiências possibilitarão maiores certezas de que a Espiritualidade existe.
Quando se fizer a clonagem humana e constatar-se o nascimento de dois seres diferentes, embora com carga genética igual e, muitas vezes, com diferenças pronunciadas, as indagações exigirão respostas convincentes.
Perguntar-se-á: o que está por trás dessas diferenças?
Considera o professor Sérgio Felipe de Oliveira que o clone humano é uma utopia patética. A clonagem útil é feita pelo plano espiritual, dentro da lei natural.
A ciência ortodoxa está centrada na Europa e nos Estados Unidos e esses países não respeitam o embrião.
Quando não se tem respeito, não se tem capacidade de percepção e a ciência precisa de percepção.
Se a ciência não se submete á ética para lidar com os embriões, como pode discutir, com equilíbrio, a clonagem de seres humanos? Em primeiro lugar está o respeito incondicional à vida.
No seu entendimento, se 30% das gestações americanas são abortadas, quanto tempo vai demorar para começar a aparecerem problemas genéticos na população daquele país? Dentro de 30 a 40 anos, surgirão doenças e outras conseqüências as mais variadas, porque o que se está provocando é uma seleção artificial da espécie.
Clone é um conjunto de células de mesma carga genética.
Os clones já existem de forma natural. Os gêmeos univitelinos, por exemplo, são uma clonagem da Natureza. Nesse caso, só um óvulo dará origem a dois seres, geneticamente idênticos, mas com impressões digitais diferentes. São idênticos no ponto de vista genotípico, porque têm a mesma carga genética, mas não são iguais quanto à fenotipia.
No caso desses gêmeos, os bebezinhos estarão acomodados, no útero materno, um à direita e outro á esquerda, porque, é óbvio, dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, ao mesmo tempo.
Por si só, isso já traz influências estereoespaciais diferentes.
No caso mais conhecido de clonagem, que gerou a ovelha Dolly, as ovelhinhas também não são iguais na fenotipia, porque foram geradas em espaços físicos e tempos diversos. A diferença será ainda mais acentuada pelo fato de que dois espíritos vão estar ocupando cada um dos conjuntos de células que originará o novo ser.
São dois princípios inteligentes diferentes.
Quando se fizer um estudo comportamental na Dolly e na ovelha fornecedora da célula mamaria que a originou, se constatará que são seres diferentes. Certamente elas possuirão semelhanças comportamentais, determinados tipos, padrões de comportamento que são genéticos. Um papagaio imita o som, já nasce com tal tipo de comportamento, mas em compensação haverá o papagaio mais arisco e o mais afetuoso, o que aprende mais fácil e o que tem dificuldade de aprender. Constatam-se, assim, nuances diferentes dentro da mesma espécie.
No caso da Dolly, ocorrerão semelhanças mais do que as encontradas entre duas ovelhas, mas não mais do que se tem nos gêmeos univitelinos.
Quanto menos células, mais dificuldades de se achar diferenças.
No caso de ovelhas e macacos, as diferenças são mais perceptíveis, por se tratar de seres mais complexos e mais completos, já que são trilhões de células e as semelhanças não são tantas.
Assim, só se entenderá a clonagem humana quando a ciência estiver iluminada pelo conhecimento do espírito e trabalhando pelo engrandecimento espiritual da Humanidade.
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