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terça-feira, 14 de outubro de 2008

O LIVRO DOS ESPÍRITOS * Estudo de: Eurípedes Kühl

PARTE TERCEIRA - Das leis morais

CAPÍTULO II — DA LEI DE ADORAÇÃO - (questões 649 a 673)

2.1 – Objetivo da adoração - (questões 649 a 652)

 “Adorar”, aqui, equivale a elevar o pensamento a Deus, aproximando nossa alma d’Ele. E isso é inato no ser humano, que desde sempre — em todas as civilizações —, compenetrando-se da sua incapacidade diante do poder e da grandeza da Natureza, elegeu um Ente Supremo como detentor daquele poder.

2.2 – Adoração exterior - (questões 653 a 656)

Em qualquer hipótese, a verdadeira adoração é aquela que se origina na alma.

 Pode ser expressa verbal ou mentalmente. Não se deve negar que a oração mesmo exterior, feita em conjunto, mas com fé sincera, tem real valor, pois que isso, pelo exemplo, catalisa os não-participantes à adoração a Deus.

 Jesus não se cansou de recomendar a adoração a Deus, pela voz da alma.

 Adorar a Deus, assim, tanto pode ser comungando-se a fé com outros, quanto fazê-lo individualmente.

2.3 – Vida contemplativa - (questão 657)

 Pensando bem, não há mérito algum em alguém se isolar para adorar a Deus, passando a vida toda nisso. A reencarnação, em todas as circunstâncias, é sempre oportunidade de crescimento moral e isso só é conseguido quando o homem utiliza os meios disponíveis a benefício do próximo. Aquele que se entrega à contemplação infinita, não terá tempo para trabalhar, para produzir, tornando-se inclusive um peso morto para a sociedade.

 Há uma grandeza inconteste na vida de todos nós: somos co-criadores, por Delegação Divina. Cada um, dentro das suas possibilidades. Isso é que vem promovendo a Humanidade e que certamente nos levará a planos cada vez mais felizes.

2.4 – A prece - (questões 658 a 666)

 Orar é adorar a Deus, pois que direta ou indiretamente quem faz a prece pensa n’Ele. Para Deus, a intenção é tudo! Para nós, a humildade, a fé, o fervor, a sinceridade nas nossas preces! Sejam preces longas ou pequenas. São três as razões, não excludentes, para se orar a Deus: louvar, pedir, agradecer.

 Orar por nós mesmos é próprio do nosso estágio, mas orar pelos necessitados será sempre muito mais precioso. Quando oramos a benefício próprio, os bons Espíritos se aproximam e avaliam a possibilidade do atendimento aos nossos pedidos, sempre em razão do nosso merecimento e do esforço em nos melhorar.

 Embora as preces não mudem os desígnios divinos previstos pela Lei de Justiça, para nós ou outrem, indubitavelmente elas podem, e muito, aliviar ou fortalecer o ânimo e a capacidade de bem reagir às vicissitudes que a vida apresenta. Tudo isso pelo amparo dos Espíritos bondosos que ouvem nossas preces, ajuízam a sinceridade e o merecimento e a seguir agem. Invariavelmente, no Bem.

Orar pelos mortos é ato de fraternidade que muito os amparará, caso estejam em dificuldades espirituais; não sendo este o caso, a prece muito os sensibiliza, por se saberem lembrados.

2.5 – Politeísmo - (questões 667 e 668)

 Politeísmo = concepção filosófica e/ou religiosa que admite uma pluralidade de seres divinos (deuses).

 Os homens das remotas eras, observando o Sol, a Lua, as estrelas, o trovão, o raio, a chuva, o arco-íris, o vulcão, a colheita, etc., acharam por bem atribuir a seres sobrenaturais tal poder em produzir tais fenômenos naturais. Tais seres foram endeusados. De uma forma ou de outra, isso se generalizou.

 Foi assim que desde os tempos primitivos houve a criação de inúmeros deuses, pois a concepção de um deus único (monoteísmo) só poderia visitar a mente depois de se desenvolverem as idéias, pelo progresso humano.

    Os profetas e em especial Jesus, muito contribuíram para esse progresso.

2.6 – Sacrifícios - (questões 669 a 673)                               

Os homens primitivos, diante dos já citados acontecimentos “sobrenaturais”, particularmente os ligados aos fenômenos geológicos, concebeu que sua origem estava na “vingança” de deuses, insatisfeitos para com seu povo. Daí, pelo seu atraso moral, ideoplasmaram tais deuses, morfológica e moralmente como eles próprios, isto é, ficando contentes com presentes e irados diante de carências ou de desobediências. Por decorrência, imaginaram (em equivocada dedução, fruto da ignorância de então) que dando presentes àqueles deuses aplacariam sua ira.

 Estavam inaugurados os holocaustos...

 Holocaustos, assim, em qualquer nível de qualquer época, nada mais representaram ou representam, do que desconhecimento do Amor do Pai.

 Jamais um sacrifício qualquer — dano de alguma espécie, a si ou a outrem —, ou mesmo as chamadas “guerras santas” (?) agradarão a Deus, primeiro porque não redundam em bem para ninguém, segundo porque ao próximo se deve amar e não guerrear. Macerações e penitências, conquanto a sinceridade com que são realizadas, pouco ou nada adicionam ao progresso moral dos seus autores.

 Leciona-nos o Espiritismo, a propósito, que os melhores de todos os sacrifícios, os que são abençoados por Deus, são aqueles feitos em benefício do próximo e os que destroem nosso orgulho, nossa vaidade. Nosso egoísmo, enfim. 

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